Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Análise Cepea

Preço do boi se mantêm firme na casa dos R$ 340

Caso o atual ritmo de vendas se mantenha até o encerramento do mês, o Brasil pode escoar mais de 200 mil toneladas em março.

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

Enquanto o volume de animais abatidos no Brasil em 2021 volta aos menores patamares em mais de 17 anos, as vendas externas da proteína bovina apresentam desempenho recorde.

Como resultado, os preços do boi gordo seguem elevados, na casa de R$ 340/@.

De acordo com dados do IBGE, em 2021, foram abatidos no Brasil mais de 27 milhões de cabeças de bovinos, 7% abaixo do ano anterior e a menor quantidade desde 2004.

No caso específico de fêmeas (vacas e novilhas), foram abatidas 9,27 milhões de cabeças em 2021, queda de 14% frente ao ano anterior e o volume mais baixo desde 2003.

Quanto às vendas externas, segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somavam, até a segunda semana de março, 84,21 mil toneladas, com média diária de embarques de 10,52 mil.

Caso o atual ritmo de vendas se mantenha até o encerramento do mês, o Brasil pode escoar mais de 200 mil toneladas em março.

Fonte: Cepea

Notícias

Integra Carbono Embrapa unifica esforços para reduzir emissões de GEE no Brasil

Iniciativa vai reunir parceiros para pesquisar a dinâmica do carbono nos sistemas agroalimentares e florestais

Publicado em

em

Foto: Gabriel Faria

Integra Carbono Embrapa é uma iniciativa voltada à agregação de dados e resultados de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), gerados pela Empresa e instituições parceiras, capazes de contribuir para a redução das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) nos sistemas agroalimentares e florestais, diante das mudanças climáticas. Além disso, vai contribuir para aumentar a competitividade e a sustentabilidade das cadeias produtivas e fortalecer a adoção de boas práticas de manejo.

A ação está pavimentada na recém-criada plataforma temática de carbono em sistemas agrícolas, que reúne mais de 50 especialistas para definir dados, funcionalidades e métricas adaptados às condições tropicais dos sistemas agrícolas brasileiros, em alinhamento com os métodos do IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima).

Para o diretor de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clenio Pillon, essa iniciativa representa um marco estratégico para s Embrapa e para o Brasil, uma vez que o desenvolvimento de métricas de balanço de carbono e adaptação à agropecuária brasileira atende a uma forte demanda internacional por rastreabilidade das emissões. Ao mesmo tempo, garante a sustentabilidade da agricultura nacional, que precisa oferecer respostas embasadas em parâmetros padronizados e reconhecidos globalmente. “Além disso, a plataforma permitirá visualizar as grandes entregas que poderemos fazer nos próximos 10 a 20 anos no que se refere à mitigação de GEE e aprimoramento de práticas sustentáveis nos sistemas agroalimentares e florestais, em conexão com os acordos globais e políticas públicas nacionais”, acrescenta.

O projeto prevê o investimento em qualificação de infraestrutura e a formação de uma rede de cooperação em PD&I, que possibilite elaborar métodos de medição adequados às condições e ao modelo de produção nacional, a exemplo do que já acontece nos Estados Unidos, na União Europeia e em outros países desenvolvidos.

Integra Carbono Embrapa abre caminho para a inovação
A expectativa é que o Integra Carbono Embrapa apoie a plataforma no sentido de captar recursos não somente para fortalecer ações de pesquisa e desenvolvimento, mas também de transferência de tecnologias geradas ao setor produtivo. “Uma das ações previstas é a realização de uma caravana de carbono, a exemplo da FertBrasil, que percorreu o Brasil difundindo tecnologias e conhecimentos para aumentar a eficiência do uso de fertilizantes”, observa Pillon.

Todo esse esforço visa fomentar a compreensão das peculiaridades dos sistemas de produção tropical, incluindo características dos solos e dos ambientes naturais, em âmbito internacional. “Trata-se de uma agenda que pode ser estratégica também para outros países tropicais, o que abre a possibilidade de parcerias para fortalecer as necessidades específicas desses ambientes de produção frente aos impactos da mudança do clima”, destaca o diretor.

A intenção é contribuir com o aumento da competitividade do setor agrícola e seu impacto comercial nos mercados nacional e internacional, com o cumprimento dos compromissos internacionais do Brasil, além da previsibilidade e gerenciamento de riscos, em prol da sustentabilidade na agricultura.

Ações visam diferentes sistemas produtivos

A iniciativa abarca vários eixos de atuação, que contemplam soluções para diferentes sistemas produtivos:

  • Desenvolvimento da plataforma virtual (base de dados, funcionalidades e métricas) sobre balanço de carbono nos principais sistemas agrícolas nacionais.
  • Aprimoramento de técnicas alternativas para a coleta de dados de campo.
  • Monitoramento de risco, adaptação e sustentabilidade dos sistemas produtivos locais.
  • Desenvolvimento de plano de monitoramento e manutenção da infraestrutura a médio e longo prazos.
  • Formação de redes de cooperação e transferência de tecnologia.
  • Algumas ações já foram iniciadas, como o mapeamento em toda a rede de pesquisa da Embrapa para obter informações sobre infraestrutura, dados, experimentos e áreas de monitoramento disponíveis.

Benefícios

  • Ampliar a competitividade do setor agrícola no cenário internacional.
  • Promover análise e gerenciamento de riscos na agricultura.
  • Contribuir com informações para o Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
  • Desenvolver métricas para quantificar as emissões e remoções de carbono e indicadores nacionais.
  • Contribuir para o cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris.
  • Outras tecnologias

Além da plataforma temática, outras tecnologias compõem o Integra Carbono Embrapa, entre as quais destacam-se:

  • Plataforma para análise de solos em projetos de agricultura de precisão e mercado de Carbono
  • RenovaCalc: Calculadora do índice de intensidade de carbono do RenovaBio
  • Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)
  • Portal de Dados da Plataforma Tecnológica PronaSolos em ambiente SIGWeb

Fonte: Assessoria de Superintendência de Comunicação da Embrapa
Continue Lendo

Colunistas

A importância dos dados ambientais na mitigação das emissões de gases de efeito estufa nas operações agrícolas

Agronegócio é responsável por 74% das emissões de gases do efeito estufa do país.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em um mundo cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas, a agricultura surge como uma peça-chave na busca por soluções sustentáveis. No entanto, compreender e mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes das operações agrícolas requer uma abordagem baseada em dados ambientais precisos e abrangentes. Esses números não apenas ajudam na avaliação das emissões, mas também orientam estratégias eficazes de adaptação.

Os dados ambientais nos fornecem uma visão detalhada das práticas agrícolas, condições do solo, uso da terra e padrões climáticos, que são todos determinantes nas emissões de GEE. Por exemplo, a aplicação de fertilizantes pode levar à emissão de óxido nitroso (N2O), enquanto a decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos pode resultar em emissões de metano (CH4). Sem dados precisos sobre esses processos, é impossível desenvolver estratégias eficazes de mitigação.

Vejo os dados ambientais como essenciais para identificar áreas de risco e pontos críticos de emissão. Com o monitoramento contínuo do ambiente agrícola, podemos detectar padrões sazonais, tendências de longo prazo e pontos de emissões específicos que exigem atenção. Isso permite uma abordagem mais direcionada na implementação de medidas de mitigação, maximizando o impacto positivo das ações tomadas.

A agropecuária que usa sistemas integrados e outras práticas de baixo carbono é a única atividade produtiva que remove carbono em seu ciclo e deve ser a melhor ferramenta para contribuir para a mitigação de eventos climáticos, principalmente no Brasil. Conhecer as informações de emissões nas operações ajuda a direcionar e planejar a prioridade dos investimentos em descarbonização.

No entanto, é importante reconhecer que a mitigação das emissões de GEE na agricultura não é uma tarefa fácil. Requer uma abordagem colaborativa que envolva agricultores, pesquisadores, governos e a sociedade como um todo. Creio que os dados ambientais não são apenas uma ferramenta técnica, mas também uma fonte de informação que pode influenciar políticas, incentivar práticas sustentáveis e promover uma mudança cultural em direção a uma agricultura mais verde e resiliente.

Além disso, os dados ambientais alimentam modelos de emissões de gases de efeito estufa, fornecendo previsões precisas sobre os impactos de diferentes práticas agrícolas e cenários climáticos. Acredito que esses modelos ajudam os agricultores a tomar decisões sobre estratégias de mitigação, como o uso de técnicas de cultivo de baixo carbono, gestão eficiente de fertilizantes e captura de biogás a partir de resíduos agrícolas.

Ao investir em tecnologias de monitoramento e análise de dados, os agricultores podem reduzir suas emissões de GEE e também contribuir significativamente para os esforços globais de combate às mudanças climáticas.

Fonte: Por Mariana Caetano, agro ambientalista, cofundadora e CEO da Salva.
Continue Lendo

Notícias

Secretaria da Agricultura e Pecuária incentiva cultivo de cereais de inverno em Santa Catarina

Governo deverá investir R$ 3,2 milhões para incentivar cultivo de trigo, triticale e cevada, valor 60% superior ao de 2023.

Publicado em

em

Foto: Gisele Barão

O cultivo de cereais de inverno é uma das apostas para reduzir o déficit de milho e abastecer a cadeia produtiva de carnes e leite em Santa Catarina. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) desenvolve o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno, com apoio para aumento da área de cultivo de trigo, triticale e cevada. Neste ano, o Governo do Estado deverá investir R$ 3,2 milhões para incentivar esse cultivo, valor 60% superior ao de 2023.

Para participar do Programa, os produtores devem procurar as cooperativas ou casas agropecuárias credenciadas e formalizar a parceria. A SAR concede um apoio de até R$ 385,00 por hectare cultivado, um acréscimo de 10%, no limite de 10 hectares por produtor, desde que o cereal colhido tenha como destino a produção de ração para alimentação animal.

Santa Catarina conta com uma cadeia produtiva de proteína animal significativa e em constante crescimento. De acordo com estudo da Epagri/Cepa, para atender essa produção o Estado necessita anualmente em torno de oito milhões de toneladas de milho  para a fabricação de ração. Na safra 2022/2023 a produção de milho em Santa Catarina foi de aproximadamente 3 milhões de toneladas, segundo dados disponíveis no Observatório Agro Catarinense. O déficit na relação de produção e consumo é de 5 milhões de toneladas, que precisam ser importadas de outros estados e países vizinhos para abastecer a cadeia produtiva catarinense.

O secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, afirma que esse programa é um estímulo para diversificação e agregação de valor na área rural. “Além de reduzir custos e melhorar a competitividade da pecuária, o cultivo de cereais de inverno é uma alternativa de renda adicional para as famílias rurais, pois aproveita áreas que não estavam sendo usadas no inverno e proporciona outros benefícios, como a rotação de culturas. As áreas cultivadas com cereais de inverno mantém o solo protegido e geram receita para as famílias”, explica.

Segundo o diretor de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural, Léo Kroth, as culturas produzidas no inverno são consideradas excelentes alternativas para suprir a escassez de milho usado para a produção de ração animal.“Segundo pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves”, enfatiza.

Fonte: Assessoria SAR
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.