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Preço do boi gordo deve subir 4% até final do ano

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O preço do boi gordo deve subir entre 3% e 4% até o final do ano, tomando como base as cotações praticadas nos últimos pregões da BM&F Bovespa. A projeção é do diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, que no dia 06 de novembro, ministrará a palestra ‘Perspectivas do Mercado Pecuário’, no 1º Circuito Pecuário, que será realizado em Camapuã, na sede da Acricam – Associação dos Criadores de Camapuã, a partir das 19h.
Seguindo os cálculos do especialista e considerando a arroba do boi gordo valendo R$ 138 em Mato Grosso do Sul – segundo informações do Departamento de Economia do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) – a arroba do boi gordo pode encerrar o ano em aproximadamente R$ 143,5. 
Camapuã será o primeiro município a receber o Circuito Pecuário, criado pela Famasul com objetivo de levar informações econômicas e técnicas para nortear as decisões de negociação do produtor rural da região. 
"A capital do bezerro de qualidade dará o pontapé inicial do evento que percorrerá os principais municípios produtores em 2016. É uma largada de sucesso do Circuito que será uma ferramenta para o pecuarista que quer elevar seu desempenho produtivo", afirma o presidente da Famasul, Mauricio Saito.
Segundo o diretor da Scot Consultoria, o pecuarista precisa ficar antenado às informações de mercados e acompanhar os pregões da Bolsa de Valores. "Se o produtor rural não for à Bolsa, o risco é dele. O frigorífico e os credores do setor estão no mercado futuro, o único que ainda não está é ele [pecuarista]", alerta Torres que, durante o Circuito destacará como funciona, os riscos e as vantagens de ficar atento ao mercado futuro. "O produtor rural, lá no campo, não consegue visualizar o funcionamento do mercado. É preciso que a BM&F Bovespa fomente isso".
Para o especialista, o mercado deve se manter positivo nos próximos 14 meses. "A expectativa é que os preços não caiam, o mercado continuará comprador e se manterá sem boiada", destaca Torres que orienta o produtor a não segurar o boi no pasto e assim perder a chance de realizar bons negócios. "Se o mercado está dando lucro, é hora de vender".
Em relação à atual conjuntura econômica vivida no País, Torres não é otimista para o curto prazo. "A crise vai além de 2016, principalmente, porque temos problemas com a falta de credibilidade violenta em relação ao atual Governo. A crise moral é maior que a econômica. O pessimismo deixa o consumo comedido", avalia. 
Sobre a influência da crise na pecuária, Torres destaca: "O que salva é que a oferta também é comedida. Entretanto, a alta do boi gordo apresenta um crescimento menor que o seu potencial. Sem a crise, o boi poderia estar a R$ 170 a arroba". O perfil empreendedor do produtor rural também é destacado por Alcides Torres. "O criador de gado empreendedor e progressista está aproveitando o atual momento do setor ". 
Apesar do cenário negativo, a moeda nacional desvalorizada em relação ao dólar traz benefícios ao produtor rural brasileiro quando o assunto é exportação de carne bovina. 
"O volume das exportações brasileiras de carne bovina in natura caiu 25% em 2015. A receita, em dólar, recuou 16%. Mas quando convertemos para o real, a alta é de 9%. O único problema do câmbio está no custo de produção". Ainda sobre as vendas internacionais do setor pecuário, Torres vê com bons olhos a abertura do mercado americano para a carne bovina do Brasil. "A primeira implicação das vendas aos Estados Unidos é o reconhecimento do controle da aftosa. Isso abrirá portas para outros países".
Sobre o evento – Camapuã, a Capital do Bezerro de Qualidade, será sede do 1º Circuito Pecuário Famasul, promovido pelo Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Com o tema ‘Criando oportunidades, construindo soluções’, o evento acontecerá no dia 06 de novembro, na sede da Acricam – Associação dos Criadores de Camapuã.

Fonte: Famasul

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Atraso no plantio da soja pode impactar outras culturas

Falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul, com isso, apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro.

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Foto: Gilson Abreu

Na atualização de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a produtividade das lavouras americanas em 3,6 t/ha (59,7 sc/ha). A falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul. Apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro. O atraso da soja pode gerar consequências para outras culturas, como algodão e milho safrinha.

Balanço global de soja, em milhões de toneladas. Fonte: USDA

A produção dos EUA foi reduzida em 100 mil toneladas, enquanto os estoques americanos projetados para 2024/25 caíram 200 mil toneladas, para 15 milhões de toneladas. Ainda assim, o incremento sobre a safra passada é de 61,7%. O estoque final global sofreu leve reajuste para cima, +300 mil t ante agosto, enquanto as projeções de produção para Brasil e Argentina foram mantidas sem 169 e 51 milhões de toneladas, respectivamente.

Os rios Paraná e Paraguai estão próximos dos níveis mínimos do ano, o que tem atrapalhado a navegação e o transporte de grãos. O impacto nesse momento é limitado, por conta da sazonalidade dos embarques, mas as barcaças estão navegando com menor capacidade e maior tempo.

A perspectiva de atraso na consolidação do regime de chuvas no Brasil não deve permitir um plantio acelerado para a safra 2024/25. Os modelos apresentam alguma divergência em relação a entrada das frentes frias, porém o consenso é de que isso aconteça de forma irregular. Apesar da possibilidade de atraso, o cenário para a safra brasileira segue positivo, uma vez que a expectativa é de que, quando estabelecidas, as chuvas aconteçam dentro da normalidade.

A depender do atraso, podemos ver alguma migração da soja para algodão 1ª safra, diante da janela bem apertada de plantio da safrinha da fibra no Mato Grosso (MT). Além disso, o atraso da soja acaba retardando o plantio do milho segunda safra, aumentando os riscos climáticos para o desenvolvimento do cereal. Podemos ver também uma logística mais ociosa em janeiro, com a entrada mais tardia da soja.

Projeção da anomalia da precipitação para setembro. Fonte: NOAA (CFSv2)

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Com demanda externa forte e menor oferta de fêmeas, mercado de boi gordo ganha impulso em setembro

Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado do boi gordo, em agosto e na primeira quinzena de setembro, continuou o movimento de recuperação iniciado em junho, ganhando um impulso extra neste mês. Do lado da oferta, as escalas de abate reduziram um pouco, com sinais de moderação do excesso de fêmeas enviadas à indústria que marcou o primeiro semestre do ano, isso além da seca forte que atinge a maior parte das regiões pecuárias brasileiras.

Além disso, a demanda externa continuou vigorosa e, mesmo no mercado interno, os preços das carcaças bovinas também subiram com maior ímpeto desde o início de setembro.

 

Spread da indústria no mercado interno (carcaça casada/boi gordo) – Fonte: Cepea, Itaú BBA

A alta do boi em São Paulo, entre o início de agosto e 16 de setembro, foi de 8,8%, enquanto a carcaça casada no estado subiu 13% no mesmo período. Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

Os dados mais recentes dos abates do Mato Grosso (Imea), referentes a agosto, embora recordes para o mês, mostraram que a participação de fêmeas foi, pelo terceiro mês consecutivo, menor em relação ao ano passado.

Além disso, o deságio da arroba da vaca em agosto no Mato Grosso (MT) veio de -13% em agosto de 2023 para -9% em agosto de 2024, refletindo esta moderação do excesso de fêmeas abatidas.

Do lado das exportações, agosto marcou novo recorde histórico para o mês, com envios de 217 mil t in natura, 17% acima de agosto de 2023, acumulando crescimento de 30% no ano, até o referido mês. Entretanto, o forte volume embarcado não tem vindo acompanhado de melhora do preço médio da carne, que segue relativamente de lado.

Com o boi subindo em dólares nos últimos três meses e a carne estagnada, o spread das exportações acomodou um pouco.

Preços do boi gordo (SP) e do bezerro (MS) – Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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ExpoLeite terá feiras do Pró-Genética e Pró-Fêmeas

Programa facilitará acesso de pequenos e médios produtores à genética superior durante evento, em Uberaba (MG)

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Foto: Divulgação/ABCZ

Durante a ExpoLeite, realizada pela ABCZ entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), produtores terão oportunidade de adquirir animais comprovadamente superiores, potencializando o melhoramento genético dos rebanhos nas fazendas. Nos dias 23, 24 e 25, as Feiras Pró-Genética e Pró-Fêmeas irão ofertar machos e fêmeas de alto valor genético.  Vale ressaltar que os animais comercializados através do programa são atestados pela ABCZ, com registro genealógico, exames reprodutivos e de saúde.

Criado em 2006 pela ABCZ, com apoio dos governos federal, estaduais e municipais, além de órgãos de extensão rural, o programa é voltado para pequenos e médios produtores e já comercializou milhares de animais melhoradores em todo o país, contribuindo para o aumento da produção sustentável de carne e leite bovinos. Os animais oferecidos podem ser financiados no próprio local da feira, com condições de pagamento e juros especiais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

“Os técnicos da Emater-MG e nossos outros parceiros no programa identificam, dentre os produtores assistidos por eles, a demanda de animais, entre machos e fêmeas, além de que raças os produtores têm interesse.  A ABCZ e a Associação de Girolando entram em contato com seus associados, que disponibilizam os animais de acordo com o padrão de qualidade exigido pelo Pró-Genética e pelo Pró-Fêmeas. Todo esse processo é chancelado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG (Seapa)”, detalha o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

Para participar do Pró-Genética e Pró-Fêmeas durante a ExpoLeite, enquanto comprador ou vendedor, procure o setor do Pró-Genética na sede da ABCZ, ou entre em contato pelo telefone: (34) 3319-3883.

A 2ª ExpoLeite é uma realização da ABCZ, com apoio do Sebrae, BB Seguros, e CNA/FAEMG/SENAR. A feira é patrocinada por NEOGEN e Troncos Romancini, com assessoria de DBarros Rural. Itaipava é a cerveja e Dona Nenem é o café oficial da ExpoLeite.

Confira a programação completa, clicando aqui.

Fonte: Assessoria ABCZ
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