Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Preço de terras para pecuária subiu 40,8% desde 2013

Agricultura pressiona áreas antes dedicadas às atividades de corte e leite, o que ajudou a movimentar o mercado

Publicado em

em

Nos últimos três anos o preço de terras para a pecuária subiu 40,8% no Brasil. A média nacional era de R$ 5.454 em março/abril de 2013 e saltou para R$ 7.679 em janeiro/ fevereiro de 2016. Os dados são da Informa Economics FNP.

Segundo Márcio Perin, consultor de terras da FNP, duas realidades refletem nos preços das principais praças do país, além de questões como logística, disponibilidade de água, solo, relevo e infraestrutura. De um lado, o avanço da agricultura em áreas de pecuária, que valorizou e vem valorizando terras em algumas regiões. De outro, o fato de a pecuária ser a atividade principal em determinados locais do país, o que gera um cenário de preços mais estáveis. 

“Araçatuba já foi um grande polo de pecuária e hoje é uma região tipicamente de cana-de-açúcar”, afirma Márcio. Localizado no noroeste do Estado de São Paulo, o município tem padrão de preços elevados a nível de Brasil, com o hectare cotado hoje a R$ 18.250. “Na região, houve uma entrada de cana muito forte no passado, com usinas sendo inauguradas e expandindo sua capacidade produtiva”. A pressão sobre as terras de pecuária, no entanto, cessou há algum tempo e aquelas que permanecem dedicadas à atividade são áreas com pouca aptidão para a cana-de-açúcar. De acordo com o consultor isso acontece seja pelo fato de estarem muito longe das usinas ou por não apresentarem topografia favorável à mecanização. “Então, as terras valorizaram muito sim, mas hoje o preço já fica mais estável”, diz. A infraestrutura instalada é outro ponto que contribui para isso.

O processo experimentado em Araçatuba (SP) é mais recente em outras regiões do país. No Triângulo Mineiro, o valor da terra subiu 52% de 2013 para cá, ficando na casa dos R$ 14.167. “No Triângulo Mineiro existe ainda uma disputa grande por área. Você tem cana, grãos, e a pecuária vem como atividade secundária. Por isso, no preço da terra está embutido o custo de oportunidade para as outras lavouras”, explica Márcio. A consultoria não separa os preços de terra entre pecuária de corte e de leite, mas Márcio afirma que, muito provavelmente, o cenário reflita a realidade das terras para a atividade leiteira. “A pecuária leiteira geralmente se dá em propriedades menores, com muito gado sendo suplementado no cocho ou se alimentando em pasto cultivado. Então, quando você fala de pasto para leite, ele costuma acompanhar o preço de áreas de agricultura”. Em Dourados (MS), a situação se repete. Usinas de cana e o plantio de soja e milho pressionam as áreas de pecuária. Nos últimos três anos, o preço da terra em Dourados (MS) subiu 39%, estando hoje em R$ 13.750 o hectare.

Triângulo Mineiro (MG), Dourados (MS), Araçatuba (SP) e Paragominas (PA) já têm presença muito forte da agricultura. Diferente de Cuiabá (MT), Marabá (PA), Araguaína (TO) e Oeste Baiano (considerando as praças de Cotegipe, Santa Maria da Vitória e Wanderley), que são regiões tipicamente de pecuária. O Sul do Brasil se comporta de maneira um pouco diferente.

“No Pará os preços ainda são baixos, mas aumentam a uma velocidade considerável. O que acontece na região é que a logística vem melhorando. Novos portos – e, especificamente em Marabá, a construção de uma hidrovia – abrem portas para a valorização”, afirma o consultor. Em Paragominas (PA), o preço da terra teve alta de 47% nos últimos três anos, indo a R$ 4.250. Em Marabá (PA), no mesmo período, o crescimento foi de 67%, ficando o hectare cotado a R$ 4.350, apenas um pouco a mais do que na região ao norte do Estado, onde a soja chegou com força em 2013.

Em Cuiabá (MT), o preço variou 3,5% nos últimos 36 meses e, em 2016, é de R$ 4.400/ha. No Oeste Baiano (Cotegipe, Santa Maria da Vitória e Wanderley) a alteração foi de 13% e a cotação é de R$ 3.500/ha. Em Araguaína (TO), o aumento foi de 32% e o valor da terra, atualmente, é de R$ 3.850/ha.

Em Piratini (RS), apesar do aumento de 80% de 2013 até agora, o consultor considera que o preço da terra continua baixo, cotado a R$ 9.000/hectare. “A expansão dos grãos na região e a melhora do preço do boi contribuíram para isso, mas o preço ainda é baixo”. Nas zonas de várzea a tradição sempre foi cultivar arroz. Nas áreas altas, a dedicação é para a pecuária extensiva focada em pequenos lotes. “Agora, mais tardiamente, são as zonas com topografia favorável as que começam a ser ocupadas pelo cultivo de grãos. A soja começou a entrar, mas é algo recente”, diz Márcio.

Para quem quer investir na compra de terras, a dica do consultor é ficar atento à documentação e regulamentação ambiental seja nas áreas tradicionais ou nas novas fronteiras agrícolas, e ter em mente que não basta a terra ser barata. “Ela tem que ser viável para produzir e, preferencialmente, ter potencial de valorização”. De acordo com ele, no longo prazo, esse tipo de investimento costuma acompanhar a inflação, mas tem alto risco, variando segundo dois indicadores. “Um é o fator produtivo (o que se tira da propriedade) e o outro o fator especulativo (que é a expectativa que compradores e vendedores têm em relação ao mercado futuro)”.

Fonte: Portal DBO

Continue Lendo

Notícias

Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Publicado em

em

Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo

Notícias

ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

Publicado em

em

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.