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Preço da soja no Brasil atinge maior nível em três meses, influenciado por clima irregular
Essa dinâmica foi influenciada pela demanda industrial e cautela dos sojicultores devido às chuvas irregulares no país no período de início dos tratos de plantio.

Produção
Em sua última divulgação, a Conab manteve a sua estimativa para a safra nacional de soja na safra 2023/24 em 147,4 milhões de toneladas, recuo de 4,7% em relação à safra anterior. Da mesma forma, o IBGE projeta uma queda de 4,9% na produção do grão. Esse resultado é principalmente atribuído à redução da produtividade, associada a fatores climáticos adversos com origem no El Niño.
Na atual safra, Mato Grosso, maior produtor nacional, deve apresentar recuo de 13,7% devido à queda de 15,7% na produtividade. Influenciados pelos mesmos fatores, Paraná (-18,0%), Goiás (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-19,5%) também devem apresentar retração na produção do grão. Na outra ponta, Rio Grande do Sul deve combinar o aumento de área plantada (3,2%) e produtividade (46,3%) e expandir sua safra em 51,0%.
Olhando para frente, o primeiro levantamento para produção agrícola e pecuária da Conab na safra 2024/25 apontou para uma safra de 166 milhões de toneladas, nova máxima histórica e aumento de 12,7% em relação à anterior. Resultado advém de um aumento na área plantada (1,1%) e de produtividade (9,6%). Regionalmente, Mato Grosso deve ampliar sua participação na produção nacional com crescimento de 17,0%. Paraná, deve se consolidar como segundo maior produtor nacional do grão, combinando o aumento de área plantada (1,2%) e produtividade (12,5%). Rio Grande do Sul, deve registrar crescimento mais tímido após registar expressiva expansão na safra anterior. Na região do MATOPIBA, o destaque fica por conta da expansão da produção de Tocantins e Bahia, que nos últimos cinco anos incrementaram sua área plantada em 35,1% e 43,2% respectivamente.
O processo de semeadura da safra 2024/25 nos estados segue em ritmo mais lento em relação à safra anterior devido ao atraso das chuvas. No Mato Grosso e Paraná, maiores produtores, o percentual semeado encontra-se em 21,1% e 41,0% respectivamente. Com exceção da parte norte da Bahia, todas as regiões apresentam condições favoráveis ao plantio, segundo dados da Conab. Em relação às exportações, segundo o MDIC, o mês de setembro registrou um volume de 2,6 bilhões de reais, recuo de 25,6% na passagem mensal e 8,0% na variação acumulada em 12 meses.

Preço
Os preços da soja apresentaram crescimento no mercado doméstico no mês de setembro, com o indicador ESALQ/BM&F Bovespa apresentando expansão de 5,0%, com média de R$ 139,90 a saca de 60kg, cotação mais elevada nos últimos três meses. Essa dinâmica foi influenciada pela demanda industrial e cautela dos sojicultores devido às chuvas irregulares no país no período de início dos tratos de plantio.
Os preços e prêmios de exportação do óleo de soja foram impulsionados pela baixa disponibilidade do subproduto para embarques imediatos, devido em grande medida a maior demanda de indústrias alimentícias e de biodiesel.
No mercado externo, os preços subiram, impulsionados pela forte demanda internacional. Na Bolsa de Chicago, o contrato de primeiro vencimento de soja apresentou valorização de 3,0% em setembro..

Perspectivas para o trimestre
Neste último trimestre, produtores deverão estar atentos à evolução da safra 2024/25 nos EUA, que segundo projeções do USDA deve ter um aumento de 10% na produção (124,8 milhões de toneladas), com estoque final expandindo significativos 62% ante a passagem de 2023/24, para 15 milhões de toneladas. Para o Brasil, o USDA também estima crescimento relevante da produção, de 153 para 169 milhões de toneladas. Com a produção maior nos principais produtores, a oferta global da commodity deve ficar bem mais confortável.
Apesar do atraso no início do plantio da nova safra no Brasil, as chuvas nas regiões produtoras a partir de outubro e previstas para continuarem pelo menos até o fim do 3º trimestre de 2025 devem colaborar para o bom andamento das lavouras, inclusive na Argentina e no Paraguai.
Apesar dos preços estarem menores do que na safra anterior, o excesso de oferta pode resultar em mais quedas à frente.

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Ricardo Nicodemos é reconduzido à presidência da ABMRA
Reeleição assegura a continuidade do fortalecimento institucional da associação, amplia o diálogo com o mercado e consolida a comunicação estratégica como pilar do agronegócio brasileiro.

O atual presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, e os atuais Diretores foram reconduzidos para liderarem a entidade no biênio 2026/27. Com isso, a ABMRA dá continuidade a um trabalho focado em fortalecimento institucional, ampliação do diálogo com o mercado e valorização das boas práticas de comunicação no agronegócio brasileiro. Tanto a diretoria quanto os conselheiros começarão a exercer o novo mandato a partir de janeiro de 2026.
Sob a liderança de Ricardo Nicodemos, a ABMRA tem ampliado sua atuação como referência nacional para empresas, agências e veículos de mídia. Entre os avanços estão o crescimento da base de associados, o lançamento da 9ª edição da Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, a participação em eventos estratégicos do setor, fortalecimento do atual portfólio de serviços e produtos e a correalização e curadoria do Global Agribusiness Festival 2026 (GAFFFF).
Para Ricardo Nicodemos, a recondução representa a continuidade do compromisso da ABMRA em promover uma comunicação cada vez mais qualificada e estratégica no Agro. “Assumir mais um ciclo à frente da ABMRA reforça nossa responsabilidade em fortalecer o marketing como pilar essencial para a evolução do agronegócio brasileiro. Seguiremos trabalhando para ampliar o conhecimento, valorizar as boas práticas, conectar o mercado e apoiar empresas e profissionais na construção de uma comunicação cada vez mais criativa e relevante”, avalia.
Com a reeleição, a ABMRA também apresentou a composição da nova diretoria:
Presidente
Ricardo Nicodemos da Silva
Vice-Presidente e Diretor do ABMRA Ideia Café
Julio César Cargnino
Diretor Administrativo e Financeiro e Diretor do HUB de Mídia de Serviços ABMRA
Roberto Fernando Alves de Souza
Diretor dos Comitês ABMRA
Daniel Ribeiro
Diretor da Mostra de Comunicação do Agro ABMRA
Alberto Meneghetti
Diretor do Projeto Conexões ABMRA
Ricardo Cristin Krauz
Diretor do Congresso de Marketing do Agro ABMRA
Wanderson Tosta
Diretor do Projeto Cases & Causos ABMRA
Daniel Fontão de Pauli
Diretor da Academia ABMRA
Gabriel Saul Maialli dos Santos
A renovação também inclui o Conselho da ABMRA, responsável por apoiar a entidade na condução estratégica das iniciativas da Associação.
Presidente do Conselho Consultivo
Donário Lopes de Almeida
Conselheiros
Adriano de Castro Henriques
Guilherme Soria Bastos Filho
Luciana Florêncio de Almeida
Marcelo Augusto Boechat Morandi
Marcelo Duarte Monteiro
Paulo do Carmo Martins
Pedro de Camargo Neto
Relatório de atividades
A ABMRA acaba de divulgar o Relatório de Atividades 2025, documento que reúne as principais ações realizadas ao longo do ano e sua contribuição para o fortalecimento da comunicação no agronegócio. Entre os destaques estão o Projeto Conexões e a tradicional Pesquisa Hábitos do Produtor Rural.
O Projeto Conexões ABMRA ampliou sua atuação como elo entre o agronegócio e o universo do marketing. A iniciativa promove alianças com associações, instituições e entidades dentro e fora da porteira, fortalecendo a troca qualificada de informações entre os diversos segmentos do setor.
Como única entidade que reúne todo o ecossistema do marketing Agro desde anunciantes, agências e veículos de mídia, a ABMRA tem a capacidade de transformar o repertório de dados e conhecimento em insumos estratégicos para apoiar a evolução de outros setores. Em 2025, o programa avançou de forma consistente ao consolidar novas parcerias e reforçar a visão integrada que a associação mantém sobre o mercado.
Já a Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, o mais completo estudo sobre comportamento do produtor brasileiro, chegou à sua nona edição reafirmando o papel de referência para empresas e profissionais. Desde 1986, o levantamento realiza entrevistas presenciais nas fazendas para garantir precisão e profundidade nas informações coletadas.
Na edição atual, foram 3.100 entrevistas em 16 estados, com 280 questões aplicadas a produtores de 15 culturas e quatro rebanhos. O estudo detalha hábitos de mídia, comportamento de compra, atributos de marca, perfis produtivos e diferenças regionais. Os cotistas têm acesso a um software exclusivo que permite cruzar dados e gerar análises personalizadas por cultura, rebanho, porte e localização da propriedade.
O acesso ao Relatório de Atividades 2025 ABMRA é gratuito e está disponível no site da entidade em abmra.org.br/relatorio-de-atividades-2025.
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Por que exportar em 2025 ficou mais arriscado e não é por causa do preço
Tarifaços, rotas redesenhadas e exigências regulatórias transformam documentação e tradução técnica em fator decisivo para acessar mercados globais.

Em um ano marcado por choques tarifários, reconfiguração de fluxos comerciais e recordes históricos na corrente de comércio, o comércio exterior brasileiro atravessa 2025 sob elevada tensão operacional. Embora os números agregados indiquem desempenho robusto, o ambiente para quem exporta se tornou mais complexo, volátil e seletivo, exigindo das empresas um nível de preparação documental sem precedentes.
Dados oficiais mostram que, até outubro de 2025, o Brasil alcançou US$ 289,7 bilhões em exportações e US$ 237,3 bilhões em importações, resultando em um superávit de US$ 52,3 bilhões e uma corrente de comércio recorde de US$ 527,1 bilhões.

Gabriel Del Bello, especialista em Interpretação e Tradução de Idiomas: “Em um ano em que o mercado global se desconfigurou, não basta competir em preço ou escala. Quem não tiver papelada afiada corre o risco de ficar fora”
O avanço, no entanto, esconde assimetrias relevantes entre setores e mercados. Parte significativa dos exportadores brasileiros sentiu diretamente os efeitos do tarifaço, imposto pelos Estados Unidos, com sobretaxas que reduziram competitividade e provocaram retração em segmentos específicos.
Diante da perda de espaço em mercados tradicionais e da instabilidade cambial, empresas passaram a acelerar a abertura de novos destinos, redesenhar rotas logísticas e negociar com múltiplas jurisdições ao mesmo tempo. Esse movimento ampliou de forma significativa a complexidade regulatória e documental das operações, transformando a gestão de papéis em um dos principais gargalos do comércio exterior em 2025.
O que antes era tratado como etapa burocrática passou a ser elemento central da estratégia de exportação. Com fluxos globais mais fragmentados e fiscalização internacional mais rigorosa, exigências como comprovação de origem, rastreabilidade e conformidade técnica ganharam peso decisivo na liberação de cargas.
A tradução técnica e juramentada, especialmente de laudos, fichas de segurança (SDS), certificados de análise, contratos e rotulagens, tornou-se um ponto sensível, capaz de definir se uma mercadoria embarca ou permanece retida no porto. “Em um ano em que o mercado global se desconfigurou, não basta competir em preço ou escala. Quem não tiver papelada afiada corre o risco de ficar fora”, afirma Gabriel Del Bello, especialista em Interpretação e Tradução de Idiomas.
Segundo ele, erros aparentemente pequenos como uma tradução imprecisa, um certificado fora do padrão exigido pelo país de destino ou uma inconsistência entre documentos são suficientes para provocar atrasos, multas ou até a rejeição de cargas inteiras.

Foto: Claudio Neves
Além disso, o aumento no número de mercados atendidos elevou o volume de dossiês técnicos e contratos simultâneos, exigindo sistemas de versionamento, histórico de revisões e controle rigoroso de prazos. Em um ambiente em que tarifas e regras mudam rapidamente, o tempo para corrigir falhas diminuiu, ampliando o risco operacional. “Este ano deixou claro que a diferença entre embarcar ou ver um contêiner parado muitas vezes não está no preço, mas na documentação correta”, resume Del Bello.
Para 2026, a avaliação é de que a pressão por conformidade tende a aumentar. Importadores, autoridades sanitárias e aduaneiras devem manter ou ampliar o rigor na análise documental, especialmente em um contexto de disputas comerciais e maior preocupação com segurança, sustentabilidade e rastreabilidade.
Diante desse cenário, Del Bello recomenda que os exportadores entrem no próximo ano com planejamento prévio, mapeamento detalhado das exigências de cada mercado e processos estruturados de compliance regulatório. “Quem chegar a 2026 com checklist pronto, documentos alinhados e tradução técnica adequada terá vantagem competitiva e maior segurança para operar globalmente, mesmo em um ambiente instável”, aponta.
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Piracicaba, Adamantina e Joanópolis lideram Ranking Paulista do Programa Município Agro
Cidades alcançam o primeiro lugar em suas faixas de PIB, recebem até R$ 200 mil em premiação estadual e se destacam pela gestão de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do agro paulista.






