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Prazo de inscrição para submissão dos trabalhos científicos da 6ª Favesu encerra em março
Fichas de inscrições podem ser obtidas através do site www.favesu.com.br e os trabalhos devem apresentar temáticas classificadas em um ou mais dos seguintes assuntos: insumos alternativos para milho e soja, sanidade, ambiência, bem-estar animal ou inspeção sanitária de produtos de origem animal.

O prazo para as inscrições dos trabalhos científicos da 6ª Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu), que acontecerá nos dias 08 e 09 de junho de 2022, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, na cidade de Venda Nova do Imigrante (ES), já está perto do fim e os pesquisadores interessados podem enviar suas fichas de inscrições até o próximo dia 1º de março.
As fichas de inscrições podem ser obtidas através do site www.favesu.com.br e os trabalhos devem apresentar temáticas classificadas em um ou mais dos seguintes assuntos: insumos alternativos para milho e soja, sanidade, ambiência, bem-estar animal ou inspeção sanitária de produtos de origem animal.
No site da Favesu, os pesquisadores também podem fazer o download das normas de elaboração dos trabalhos, que contam com um aditivo em seu texto. Após o encerramento das inscrições, os trabalhos participantes deverão ser enviados até o dia 1º de abril de 2022.
Um dos responsáveis pela coordenação científica da 6ª Favesu, o médico-veterinário Eustáquio Moacyr Agrizzi ressalta a valorização que o Espaço Científico da Favesu oferece às pesquisas voltadas para os setores avícolas e suinícolas. “Objetivamos estimular a aplicabilidade do conteúdo científico na prática, bem como aproximar o meio acadêmico de empresas dos setores e dos produtores rurais”, enfatizou Eustáquio.
Espaço Científico
Já tradicional nas edições da Favesu, o Espaço Científico é uma iniciativa que visa dar oportunidade para que estudantes de graduação, pós-graduação, professores, pesquisadores e profissionais do setor possam apresentar trabalhos nas áreas de pesquisa de frango de corte, postura comercial e suinocultura.
Exposições e premiações
Todos os trabalhos aceitos serão expostos no Espaço Científico da 6ª Favesu através de banners e receberão certificado de participação. Em cada área de pesquisa (frango de corte, postura comercial e suinocultura) o trabalho melhor avaliado terá espaço para uma apresentação oral, com duração de dez minutos, durante a programação da feira, no auditório destinado ao público pertinente àquele tipo de pesquisa.
Além disso, o primeiro colocado das três áreas receberá uma premiação em dinheiro na quantia de R$ 1.000,00, terá direito a publicação do seu trabalho no Jornal do Agronegócio (jornal de circulação nacional da Aves e Ases), e ainda poderá ter seu estudo divulgado nas mídias da Favesu e das associações.
Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a comissão organizadora pelos telefones (27) 3288-1182 e 9 9942-2552, ou através do e-mail tecnico@associacoes.org.br.
Conheça a Favesu
Maior ponto de encontro dos setores avícola e suinícola do Espírito Santo, a Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) é realizada pela Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves) e pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases) a cada dois anos.
Contando com dois dias de programação, o evento promove a interação entre gestores, empresários, técnicos, acadêmicos, fornecedores e demais envolvidos diretamente na cadeia produtiva dos dois setores, além do público consumidor.
Na quinta edição, realizada em 2019, na cidade de Venda Nova do Imigrante, a feira contou com 2.500 participações de pessoas que puderam conferir de perto diversas novidades apresentadas por 70 empresas. Além disso, durante os dois dias de feira, foram promovidas 15 horas de eventos técnicos e um percentual de 76% de negócios fechados.
Ao longo dessas cinco edições já realizadas, o evento se tornou um espaço de oportunidades para os dois setores, por meio de palestras técnicas, espaços científicos, feiras de negócios e o espaço gourmet.

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
Notícias
Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
Notícias
Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



