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“Práticas sustentáveis são fundamentais para os negócios prosperarem”, afirma presidente da Ocergs

No Rio Grande do Sul, integram o Sistema Ocergs-Sescoop 423 cooperativas de sete ramos diferentes: agropecuário, crédito, infraestrutura, saúde, transporte, trabalho, consumo, além da produção de bens e serviços. Em 2021, o número de cooperados cresceu 6,6%, alcançando 3,2 milhões de pessoas, o que reforça a confiança da sociedade gaúcha no sistema cooperativista.

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Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Darci Hartmann: “O movimento ESG está se solidificando cada vez mais no Rio Grande do Sul e vamos promover um trabalho intenso para melhorarmos cada vez mais” - Fotos: Divulgação/Ocergs

Por seus princípios e valores, as cooperativas estão mais próximas dos pilares ESG (conjunto de boas práticas sociais, ambientais e de governança) do que os demais segmentos empresariais, e tem atuado fortemente para fomentar uma cultura mais sustentável em suas atividades, principalmente em decorrência do novo momento em que vivemos, onde o mercado e os consumidores exigem posturas mais transparentes e negócios que não agridam o meio ambiente.

No Rio Grande do Sul, integram o Sistema Ocergs-Sescoop 423 cooperativas de sete ramos diferentes: agropecuário, crédito, infraestrutura, saúde, transporte, trabalho, consumo, além da produção de bens e serviços. Em 2021, o número de cooperados cresceu 6,6%, alcançando 3,2 milhões de pessoas, o que reforça a confiança da sociedade gaúcha no sistema cooperativista.

Entre as ações realizadas no Dia C estão arrecadação de alimentos e roupas de inverno, plantio de mudas de árvores e orientações educativas

De acordo com o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, que também é vice-presidente da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Darci Pedro Hartmann, o agro representa mais de 90% do sistema cooperativo no Estado, tendo registrado um faturamento de R$ 51 bilhões em 2021, um aumento de 45,9% em relação ao exercício anterior. Atualmente, 60 cooperativas agropecuárias possuem planta agroindustrial em solo gaúcho, onde processam a matéria-prima e agregam valor em mais de 130 produtos diferentes. O faturamento das cooperativas do setor representa 71,6% do total dos sete ramos de cooperativismo no Rio Grande do Sul e as sobras correspondem a 28,5%.

“Acreditamos cada vez mais que hoje a grande diferença do desenvolvimento rural é o cooperativismo que faz, porque ele consegue democratizar todas as suas atividades e, acima de tudo, tem resultados para que, além dos produtores, os colaboradores e a comunidade possam usufruir de tudo que está sendo construído”, reforça Hartmann, ampliando: “O cooperativismo agropecuário no Rio Grande do Sul passa por um processo de renovação de lideranças regionais com bastante velocidade, e a Organização Cooperativa tem te atentado a isso. Aqui nós temos uma situação diferente de outros Estados porque há uma Federação das Cooperativas Agropecuárias, fundada antes da Ocergs, mas nós temos uma integração muito boa na condução dos trabalhos”, afirma Hartmann.

Segundo o gestor cooperativista, o grande desafio do Sistema Ocergs-Sescoop/RS é buscar a intercooperação entre os sete ramos do cooperativismo gaúcho. “A riqueza do setor começa neste pilar, porque todos os setores se comunicam e precisam uns dos outros. Muitas vezes temos todas as ferramentas em um ciclo virtuoso e deixamos de usar, precisamos melhorar isso e essa é a função da Ocergs, construir pontes para aproximar todos os segmentos cooperativistas para que possamos fazer essa intercooperação”, ressalta Hartmann.

De forma sistêmica e integrada aos valores que norteiam o cooperativismo, Hartmann, que assumiu recentemente a presidência da Ocergs, disse que entre os objetivos da sua gestão está desenvolver de forma homogênea todas as cooperativas. “Já começamos a estruturar seminários regionais para, entre outras questões, discutir onde queremos chegar nos próximos cinco anos, qual o volume em faturamento, quais resultados com sobras que vamos gerar, quais impactos vamos causar no desenvolvimento econômico, e, acima de tudo, social nas comunidades em que as cooperativas estão atuando. Esses dados precisam ser mensurados para que possamos planejar nossas ações e traçar um horizonte para onde queremos caminhar nos próximos anos, bem como para mostrar a sociedade a importância do cooperativismo no desenvolvimento dos municípios e do Estado”, enfatiza Hartmann.

Para os próximos meses, o presidente da Ocergs adianta que a organização fará um trabalho através de uma empresa especializada para levantar informações sobre a realidade do cooperativismo no Estado. A partir desta iniciativa será possível saber o que já está sendo adotada das diretrizes do ESG e aquilo que a Organização Cooperativa poderá fomentar dentro do sistema.

O que é certo é que existem várias iniciativas individuais que contemplem as premissas ESG nas cooperativas, agora o trabalho da Ocergs, segundo Hartmann, será promover iniciativas conjuntas. “Dentro do planejamento estratégico vamos levantar quais iniciativas estão sendo disseminadas nas cooperativas para trabalharmos uma ação conjunta. No projeto de crescimento de rentabilidade, que vamos elaborar, o ESG também será contemplado, para que possamos mostrar à sociedade o trabalho que estamos fazendo”, pontua, acrescentando: “Sabemos que toda mudança não ocorre de forma homogênea, algumas avançam mais, outras menos, e nossa função enquanto Ocergs é tentar homogeneizar ao máximo o crescimento das cooperativas. Detectar aquelas que têm dificuldade e instrumentalizar elas com ferramentas que impulsionem o seu desenvolvimento sustentável”.

Melhorias constantes

De acordo com Hartmann, dentro do tripé ESG, as áreas sociais e ambientais são amplamente contempladas com diversas ações durante o ano, e o sistema cooperativo gaúcho adota a governança de compliance, com resultados significativos alcançados na eficiência dos produtos e serviços oferecidos aos associados e à comunidade onde atuam. “Em cima da Agenda ESG tem se trabalhado muito forte. Estamos avançando para estarmos totalmente adequados a todas as diretrizes e premissas que norteiam o ESG, mas posso dizer que esse movimento está se solidificando cada vez mais no Rio Grande do Sul e vamos promover um trabalho intenso para melhorarmos cada vez mais”, realça.

Gestão da cooperativa

Entre as ações na área de governança, a Ocergs dispõe de um sistema de gestão de projetos de capacitação profissional, em que através da plataforma de Gestão do Desenvolvimento Humano, o agente da cooperativa administra, acompanha, organiza e consolida as ações, treinamentos e programas de formação profissional e promoção social.

Voltado ao desenvolvimento da autogestão das cooperativas, é promovido o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), com o objetivo de promover a adoção de boas práticas de gestão e de governança. O PDGC é aplicado por meio de instrumento de avaliação, que permitem um diagnóstico objetivo da governança e da gestão da cooperativa. É realizado em ciclos anuais, visando à melhoria contínua a cada ciclo de planejamento, execução, controle e aprendizado.

Para fomentar a transparência cooperativista, a Ocergs oferece às suas filiadas o Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (Desempenho), sistema de cadastro e consolidação dos balanços contábeis, financeiros e sociais das cooperativas. O processamento desses dados gera indicadores que facilitam o acompanhamento dos resultados da organização e de seus empregados, o que facilita o processo de tomada de decisões. Além do Estado gaúcho, a ferramenta já está em fase de implantação em Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.

Braço Social

Com o propósito de fortalecer o compromisso das cooperativas com a sociedade, estimulando ações que valorizem o desenvolvimento social e sustentável, anualmente é realizado o Dia de Cooperar (Dia C), em alusão ao Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado sempre no primeiro sábado de julho. O movimento promove ações de voluntariado e solidariedade, incluindo iniciativas que incentivam a prática dos valores e princípios cooperativistas, especialmente em atenção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Estimular e promover hábitos mais saudáveis, incentivar o esporte, a cooperação e a solidariedade norteiam algumas das ações sociais das cooperativas gaúchas

Entre as ações realizadas estão arrecadação de alimentos e roupas de inverno, plantio de mudas de árvores, orientações educativas, fomento às atividades físicas, recolhimento de embalagens de agrotóxicos e resíduos de óleo de cozinha, doação de sangue, doação de lonas de material publicitário e destinação correta de materiais para reciclagem.

No último ano, o Dia C mobilizou 204 cooperativas e mais de 16 mil voluntários no Rio Grande do Sul, beneficiando com inúmeras ações 280.122 mil pessoas em 215 municípios. Na edição de 2022, o movimento levanta a bandeira da sustentabilidade e promove ações voltadas ao uso de veículo de locomoção não poluente, tendo como símbolo a bicicleta, meio de transporte seguro, que promove saúde, bem-estar social e qualidade de vida.

No âmbito da educação, oferece o Programa Uni-Sescoop/RS, que possibilita a concessão de bolsas de estudo para cursos de pós-graduação em cooperativismo aos associados e empregados de sociedades cooperativas sediadas no Rio Grande do Sul. E ainda possibilita a qualificação profissional por meio da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), primeira instituição de ensino superior do Brasil voltada exclusivamente ao cooperativismo.

E com o Programa Aprendiz Cooperativo abre as portas do mercado de trabalho para estudantes entre 14 e 24 anos. Atuando em uma cooperativa, os jovens aprendem uma profissão e entram em contato com a cultura cooperativista, pautada em valores como igualdade, solidariedade, honestidade e transparência. Além da formação técnico-profissional, o programa contribui para a inclusão social e o desenvolvimento das comunidades.

Cada vez mais sustentáveis

Hartmann destaca que as cooperativas gaúchas estão trabalhando para serem cada vez mais sustentáveis em suas operações, entre as várias iniciativas em andamento ele cita a pesquisa para reduzir o uso de herbicidas nas lavouras e a conservação ambiental. O presidente da Ocergs também reforça que é essencial construir pontes para o cooperativismo crescer e que não existe crescimento sem sustentabilidade. “Sustentabilidade, adotar os princípios ESG e cuidar do meio ambiente não é moda. Hoje, acima de tudo, nós precisamos ter a consciência de que práticas sustentáveis são fundamentais para os negócios prosperarem. Uma cooperativa é a soma de várias iniciativas individuais, então precisamos ser inteligentes, nos adequarmos rapidamente a todas essas normas que norteiam as boas práticas para conseguirmos remunerar melhor nossos produtos”, salienta.

Para saber um pouco mais de como a agenda ESG está movimentando o cooperativismo brasileiro acesse a versão digital da edição Especial de Cooperativismo clicando aqui.

Fonte: O Presente Rural

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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