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Práticas de inoculação e coinoculação associadas à cultura da soja

Podemos dizer que as práticas, seja de inoculação ou coinoculação, possuem grande potencial para maior eficiência na fixação de N

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Artigo escrito por Igor Fernando Barbosa, supervisor de Desenvolvimento Técnico de Mercado Fast Agro

Para o cultivo da soja o nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura, devido ao fato de seus grãos serem muito ricos em proteínas e apresentarem em média 6,5% deste nutriente em sua composição.

Sendo assim, para se produzir 1.000 quilos de grãos de soja, são necessários no mínimo 65 kg de N. Além disso, são necessários pelo menos mais 15 kg de N para a manutenção de folhas, caules e raízes, totalizando uma necessidade média de 80 kg de N para produção de 1.000 Kg de soja.

Neste sentido, se considerarmos uma produção de 3. 000 Kg de grãos, são necessários 240 kg de N, sendo que 195 Kg serão apenas para a composição dos grãos.

A utilização de fertilizantes nitrogenados é a forma mais rápida de se fornecer N às plantas, de forma que este nutriente seja rapidamente absorvido e assimilado, porém, esta prática possui um custo muito elevado.

Caso esta fosse a única forma para o fornecimento do nitrogênio necessário, o cultivo da soja estaria praticamente inviabilizado, devido ao seu elevado custo de produção. Contudo, existem outras opções de se fornecer N às plantas de forma eficaz e com custo menor, sendo uma delas a inoculação com bactérias do gênero Bradyrhizobium, que se associam ao sistema radicular da soja, estabelecendo uma importante simbiose que resulta no fornecimento de todo o nitrogênio que a planta necessita.

Tendo isso em vista, o entendimento de todo o processo fisiológico envolvendo bactéria, planta e fixação de nutriente é de suma importância tanto para pesquisadores, quanto para agricultores, pois é através deste conhecimento que será possível a adequação de manejo, visando a maior eficiência na utilização do nitrogênio e, consecutivamente, o incremento na produtividade da soja.

Os processos fisiológicos envolvendo fixação biológica de nitrogênio na cultura da soja são bastante complexos, com diversas interações entre a planta e a bactéria fixadora.

Um destes processos está relacionado à infecção pelo rizóbio, que envolve diferentes agentes sinalizadores entre a planta e a bactéria. O modelo proposto por TIMMERS et al. (1999) mostra que as bactérias moduladoras migram em direção às raízes em função de uma resposta quimiostática, que é decorrente da atração causada pelos isoflavonóides e betaínas secretadas pelas raízes.

A nodulação em si ocorre aproximadamente duas horas após o contato da bactéria com a raiz, que em seguida dará início à fixação biológica de N, que possui uma série de processos, iniciando com a adaptação da bactéria à planta e resultando na fixação do N2 atmosférico.

Além da inoculação da soja com bactérias do gênero Bradyrhizobium, outra prática que tem se tornado cada vez mais evidente é a de coinoculação, que consiste na utilização de bactérias do gênero Azospirillum, que atuam como promotoras do crescimento de plantas, podendo aumentar o sistema radicular e o volume de solo explorado e, assim, influenciar na nodulação da soja e na eficiência de absorção de nutrientes devido a sua capacidade de estimular a produção de hormônios vegetais em quantidades expressivas.

Também conhecida como inoculação mista, a coinoculação consiste na utilização de diferentes microrganismos, que quando combinados produzem um efeito sinérgico, em que se superam os resultados produtivos obtidos com os mesmos, quando usados de forma isolada (FERLINI, 2006; BÁRBARO et al., 2008).

Deste modo, produtos à base de Azospirillum brasilense tem sido preconizado para coinoculação de soja, juntamente com Bradyrhizobium (REIS, 2007), devido a ocorrência da potencialização da nodulação e maior crescimento radicular, em resposta à interação positiva entre as bactérias simbióticas (Bradyrhizobium) e as bactérias diazotróficas, em especial as pertencentes ao gênero Azospirillum (FERLINI, 2006).

Assim, podemos considerar que a inoculação e coinoculação são práticas de baixo custo e que incrementam os rendimentos de produtividade, porém, necessitam de condições favoráveis para a boa atuação dos microrganismos, algumas delas são:

  • População adequada de microrganismos;
  • A temperatura, sendo uma faixa ótima para fixação entre 25-32 graus;
  • Necessidade de umidade do solo;
  • pH na faixa de 5,5-6,5;
  • Nutrição correta.

Em suma, podemos dizer que ambas as práticas citadas, seja ela a de inoculação ou coinoculação, possuem grande potencial para maior eficiência na fixação de N, que quando aliada à boas práticas culturais e de manejo podem se tornar uma excelente ferramenta para a maior sustentabilidade na agricultura, através dos diversos benefícios que são gerados para os agricultores, como os que foram citados anteriormente.

Fonte: Assessoria

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Plantio de soja avança no Paraná e já cobre 1,3 milhão de hectares, 22% da área prevista

Lavouras estão em boas condições, mantendo-se a previsão de 22,4 milhões de toneladas para a safra de verão 2024/25. Analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo.

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Fotos: José Fernando Ogura/AEN

Foto : Jonathan Campos / AEN

As condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão.

A informação sobre o plantio faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.

Feijão – O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% comparativamente aos R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.

O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Grama – Os gramados geraram renda bruta de R$ 158,3 milhões em 17,7 milhões de metros quadrados no Paraná. Isso representa 63,4% dos R$ 249,6 milhões de

Valor Bruto da Produção (VBP) da floricultura em 2023. A produção é maior no Núcleo Regional de Maringá, com 30,1% do total, e Curitiba, com 29,3%.

Entre os municípios, a maior produção de gramados concentra-se em São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados e valor de R$ 34,4 milhões no ano passado. Marialva, no Noroeste, é o segundo com 3,6 milhões de metros quadrados e R$ 32,4 milhões em valores. Os dois municípios respondem por 42,2% do total cultivado no Estado.

Suínos – O Paraná foi o principal fornecedor de carne suína para o mercado interno no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE e com o Agrostat/Mapa. Cerca de 486 mil toneladas, ou aproximadamente 86% do produzido no Estado, foram comercializadas no Brasil.

Devido principalmente à proximidade com grandes centros consumidores, o Paraná mantém a liderança desde 2018, com Santa Catarina passando à segunda colocação. No primeiro semestre de 2024 o estado vizinho forneceu 457 mil toneladas ao mercado interno, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 328 mil toneladas.

Mel – Sobre o mel, o documento do Deral registra que nos oito primeiros meses do ano as empresas nacionais exportaram 24.240 toneladas in natura. O volume é 27% superior às 19.085 toneladas do mesmo período de 2023. O faturamento chegou a US$ 62,3 milhões, contra US$ 60,8 no ano passado.

O Paraná está na quarta colocação, com 2.415 toneladas exportadas e US$ 6,1 milhões em receitas. No ano anterior o volume tinha sido de 1.084 toneladas para US$ 3,2 milhões. Piauí lidera a exportação, com 7.794 toneladas e US$ 19,3 milhões de faturamento.

Ovos– A Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, em setembro, mostrou uma produção de 4,995 bilhões de dúzias de ovos em 2023 no Brasil, marcando um novo recorde no segmento que tem crescido ininterruptamente desde 1999.

São Paulo ficou na liderança, com produção de 1,1 bilhão de dúzias. O Paraná ocupa a segunda posição desde 2011, quando ultrapassou Minas Gerais. No ano passado o Estado produziu 492,4 milhões de dúzias.

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Brasil alcança mais um recorde histórico com número de novos mercados abertos para o agro brasileiro

Até o momento, são 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado em gestões anteriores

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Foto: Claudio Neves

Foto: Rodrigo Félix

Outubro começou com uma conquista histórica para o governo brasileiro, marcando um novo patamar nas exportações agrícolas do país sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em apenas 21 meses, o Mapa atingiu a abertura de 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado nos quatro anos da gestão anterior, que alcançou 239 aberturas.

“Esse resultado é reflexo do nosso compromisso em fortalecer a agropecuária brasileira e abrir novas oportunidades para agricultores e pecuaristas. As aberturas de mercado representam uma vitória não apenas para o setor, mas para toda a economia do país. Nosso trabalho continua, e temos a certeza de que ainda há muito a ser conquistado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Desde o início de 2023, setembro foi o mês com o maior número de mercados alcançados. Foram 50 mercados em 14 países, superando o recorde da série histórica registrado em junho deste ano, quando 26 mercados foram abertos em apenas 30 dias.

Neste mês de outubro, já ocorreram aberturas de mercado em Cuba (para sêmen e embriões bovinos e caprinos) e no Japão (para farelo de mandioca, feno, polpa cítrica desidratada, flor seca de cravo-da-índia, flor seca de erva-mate e fruto seco de macadâmia, com ou sem casca).

Foto: Claudio Neve

Ao longo dos últimos anos, o crescimento é evidente. Em 2023, foram 78 aberturas em 39 países; em 2022, 53 mercados em 26 países; em 2021, 77 aberturas em 33 países; em 2020, 74 mercados em 24 países; e em 2019, 35 mercados em 18 países.

Neste ano, o Mapa abriu 168 novos mercados, com recordes sendo estabelecidos quase todos os meses. Essa diversificação abrange uma ampla variedade de produtos além dos tradicionais, como carnes e soja, incluindo pescados, sementes, colágeno, café verde e açaí em pó.

“Esse recorde, com as novas aberturas de mercado, é resultado da retomada do diálogo internacional e das boas relações diplomáticas, lideradas pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Fávaro. Isso cria novas oportunidades para produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país”, destaca Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

O resultado positivo é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Missão do Mapa em Honduras e Cuba traz avanços na cooperação e quatro novos mercados para produtos do agro

A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas

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Fotos: Divulgação/Mapa

Entre os dias 26 de setembro e 2 de outubro, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão oficial em Tegucigalpa, Honduras, e Havana, Cuba, com o objetivo de fortalecer a cooperação e o comércio no setor agropecuário. A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas.

A delegação brasileira contou com o secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares e o diretor de Promoção Comercial e Investimentos da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira.

Durante o encontro com o vice-ministro da Pecuária de Honduras, José Ángel Acosta, o diretor-geral do Serviço Nacional de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar (SENASA), Ángel Emilio Aguilar Mejía, e o diretor executivo da Direção de Ciência e Tecnologia Agropecuária (DICTA), Arturo Galo, foram debatidas iniciativas para fortalecer a sanidade agropecuária, incentivar a inovação tecnológica e expandir o comércio de produtos agropecuários entre os dois países. O Brasil manifestou interesse em ampliar o acesso de seus produtos ao mercado hondurenho, com foco em carne suína, material genético avícola, ovos e farinhas de origem animal. As autoridades hondurenhas se comprometeram a acelerar as análises necessárias para viabilizar essas importações.

Além disso, ficou acordada a elaboração de um Memorando de Entendimento (MoU) voltado para o desenvolvimento de políticas agrícolas, cooperação técnica e científica, fortalecimento da cadeia produtiva de carne suína em Honduras e ampliação do comércio bilateral.

Em encontro com Santiago Vélez, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em Honduras, foram discutidos o cenário agropecuário na América Central e a promoção da cooperação e integração regional. Também foi destacado o papel do futuro adido agrícola do Mapa, que assumirá suas funções em dezembro na Costa Rica, atuando em toda a América Central e Caribe, com o objetivo de intensificar a cooperação e as oportunidades comerciais na região.

De Honduras, o secretário-executivo adjunto do Mapa seguiu para Cuba, onde se reuniu com o vice-ministro da Agricultura de Cuba, Diosnel San Loys Martinez, reafirmando o compromisso de ambos os países em avançar no comércio e cooperação, incluindo melhoramento genético, compartilhamento de recursos genéticos, cooperação científica, agroecologia e políticas agrícolas.

Em seguida, a delegação brasileira se reuniu com o diretor do Centro Nacional de Sanidad Animal (CENASA), Roymi Hernandez Cuervo, e com a chefe de Quarentena Vegetal, Rafael Pérez. Durante a visita, o CENASA anunciou a aprovação dos requisitos apresentados pelo Brasil para a exportação de sêmen e embriões de ovinos e caprinos, configurando quatro novas aberturas de mercado. Também foi realizada uma atualização do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para ovos férteis e pintos de um dia. Além disso, as partes acordaram avançar na elaboração de um Memorando de Entendimento em defesa agropecuária, abrangendo defesa animal e vegetal, vigilância sanitária, laboratórios, quarentena e inspeção de produtos de origem vegetal e animal.

Ainda em Havana, a comitiva do Brasil se reuniu com o secretário-geral da Câmara de Comércio de Cuba, Omar Jimenez, discutindo oportunidades para ampliar o comércio e os investimentos brasileiros no setor agropecuário, com ênfase em projetos de produção de aves, suínos e grãos, além de incentivar a participação de empresários brasileiros e cubanos em feiras agropecuárias e de alimentos.

O secretário Cleber também manteve reunião com o subdiretor de Relações Internacionais do Grupo Empresarial AZCUBA, Yosbedy Pérez, discutindo oportunidades de negócios e cooperação científica no setor açucareiro. À tarde, visitou a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), onde se encontrou com a diretora de Coordenação e Trâmites, Wendy Miranda, e o diretor de Controle e Fiscalização, Ramon Daniel. Durante a visita, foram apresentadas as facilidades oferecidas pela ZEDM para atrair investimentos brasileiros no agronegócio e discutida a possibilidade de estabelecer uma planta processadora de soja em parceria com o Brasil.

Ao fim da missão, o secretário-executivo adjunto destacou o balanço positivo das visitas, enfatizando a aproximação e a definição de ações concretas de cooperação e as novas oportunidades comerciais geradas. “A missão foi extremamente produtiva, pois conseguimos definir iniciativas claras de cooperação e abrir novas frentes para o comércio agropecuário. Isso trará benefícios mútuos e reforça o papel do Brasil como um parceiro estratégico para o desenvolvimento agrícola e comercial de nossos países amigos na América Central”, afirmou Soares.

Fonte: Assessoria Mapa
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