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PR: aumento da energia para avicultores passa de 67%

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O aumento nas tarifas de energia elétrica vem causando preocupação aos avicultores paranaenses, que dependem diariamente do funcionamento de equipamentos elétricos em seus aviários para garantir a produção. 
A evolução da tecnologia tem melhorado os índices zootécnicos na produção avícola, porém o investimento é alto e a maioria dos equipamentos depende da energia elétrica. 
Quanto mais fechado o galpão maior é o gasto de energia, o que mais consome é o aviário "dark house" devido aos sistemas de iluminação e ventilação. O galpão com pressão negativa necessita de sistemas para ventilação. Essa combinação de investimento em tecnologia e custo de energia elétrica interfere diretamente na rentabilidade da produção e vem sobrecarregando o bolso do avicultor nos últimos anos.
Para avaliar melhor as dimensões desse impacto vale analisar o modelo de aviário comumente instalado na região Sudoeste do Paraná, que possui o 4° maior efetivo total de galináceos no estado segundo dados do IBGE. O modelo possui 100 metros de comprimento por 12 metros de largura, sistema de pressão negativa e basicamente conta com comedouros automáticos, bebedouros tipo Nipple, seis exaustores e nebulização de média pressão além do painel de controle. Esse aviário consome aproximadamente 2150 kWh por lote de frango produzido em condições de normalidade.
Na região Sudoeste, o levantamento dos custos de produção realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná-FAEP em abril desse ano revelou aumento de 5,25% no custo variável e 7,46% no custo total de produção em relação a maio de 2014. Entre os itens que compõem o custo total a energia elétrica garantiu a liderança no ranking dos maiores reajustes. Em 2014 a energia representou 5,52% do custo total de produção e saltou para 8,59% em 2015, registrando aumento de 3,07%.
Em função da alta demanda e da baixa ampliação da oferta de energia elétrica, seu preço tem crescido acima da inflação, segundo informações da Embrapa. Analisando separadamente a energia elétrica, houve aumento de 67,10% nas faturas rurais analisadas no período de dezembro de 2014 a maio desse ano.
De acordo com a COPEL, nesse período o valor médio do kWh rural (sem ICMS) passou de R$ 0,176 para R$ 0,294, registrando aumento de R$ 0,118 por kWh. Sendo assim, o aviário modelo da região Sudoeste sofreu aumento de R$ 254,67 na fatura de energia elétrica, passando de R$ 379,55 em dezembro de 2014 para R$ 634,22 em maio desse ano.
As simulações foram realizadas com base na tarifa de energia rural noturna, alíquotas de consumidores localizados em área rural e valores da bandeira vermelha. Produtores rurais que se encontram devidamente cadastrados no Programa de Energia Rural Noturna possuem tarifas com valores reduzidos no período noturno. 
Em relação ao aviário modelo desse estudo o valor do kWh diurno em maio desse ano foi de R$ 0,346 e o noturno de R$ 0,173, média de R$ 0,294 por kWh. Além do alto custo o produtor sofre com falhas na transmissão ou até mesmo interrupções no fornecimento da energia elétrica. Conforme mencionado anteriormente, o avanço da tecnologia proporcionou modelos de aviários que favorecem conforto térmico às aves e facilitam o manejo do galpão. Entretanto, a infraestrutura das linhas de transmissão da energia necessária para manter esse aumento da produção não acompanhou a ascensão da avicultura paranaense.
As quedas na transmissão de energia elétrica elevam a taxa de mortalidade das aves e geram gastos com alternativas para manter o funcionamento dos galpões, causando aumentos consideráveis nos custos de produção. Aviários que contam com geradores de energia garantem a continuidade da produção, porém os custos sobem radicalmente, com o valor de aquisição e custo para o funcionamento do gerador a diesel. 
Com todas as dificuldades, é notório o empenho dos produtores rurais e agroindústrias para manter o ritmo de crescimento acelerado. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) o Paraná cresceu quatro vezes mais em relação à média brasileira em 2014. Porém, os reajustes na energia elétrica vêm causando impactos negativos ao produtor.
 

Fonte: VS Comunicação- FAEP

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Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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