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Potencial de aumento nas exportações e margens de lucro ao avicultor em 2017

No que diz respeito à biosseguridade, 2016 foi um ano muito importante para a avicultura brasileira

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*Fausto Ferraz

Assim como para o País, o ano de 2016 foi um ano de crise também para a avicultura, devido aos altos custos registrados na produção de frango, influenciados fortemente pela indisponibilidade de grãos para ração. O setor deveria ter reduzido o volume de matrizes alojadas, pois o consumo per capta da carne de frango retraiu, o que não aconteceu, impactando os números gerais. Porém, o último trimestre do ano se encerrou com dados mais positivos neste quesito.

Fechamos 2015 com 45,6 kg de consumo per capta de frango e 2016 com algo em torno de 43 kg. A produção, de 13,5 milhões de toneladas de frango em 2015 praticamente se repetiu em 2016. Analisando-se os últimos dois anos, a exportação registrou leve aumento, de 2% a 3% no consolidado do último ano, porque o que não foi utilizado no consumo interno acabou direcionado para outros países. As oscilações da moeda americana e a instabilidade da economia brasileira foram outros fatores que ajudaram na comercialização de material genético e carne de frango no exterior.

Quanto à produção, 2016 fechou com um volume um pouco maior do que o ofertado em 2015, já que tivemos um potencial de produção muito maior do que o alojado. O volume de 2016, de aproximadamente 6,2 milhões de pintos de corte, ficou aquém da capacidade total de produção, de cerca de 6,8 milhões de pintos de corte. Assim, houve capacidade ociosa planejada para conter os volumes alojados.

No que diz respeito à biosseguridade, 2016 foi um ano muito importante para a avicultura brasileira. A Cobb conquistou o certificado nº 001 de Compartimento Livre de Influenza Aviária e Newcastle, o único reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com validação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Este marco traz o grande benefício de blindagem da produção da empresa, com abertura de potencial de mercado a um maior número de países, visto que o selo de garantia dado pela compartimentação é reconhecido internacionalmente, recolocando o País na rota de compras de diversas regiões bastante exigentes.

Como previsto para 2016, as margens de lucro ao produtor foram reduzidas devido ao custo de produção, porém, elas devem se recuperar, principalmente, no segundo semestre de 2017. Se houver um aumento de consumo e os custos de produção se mantiverem estáveis, os preços dos produtos devem aumentar e as margens se tornarão positivas. Diferentemente do que foi registrado em 2016, as margens não devem ser negativas em 2017.

A expectativa para 2017 é de que os custos de produção sejam mais equilibrados, uma vez que a oferta de grãos estará muito maior do que a registrada em 2016 e o clima mais favorável para a produção. Os indicadores mostram que os Estados Unidos terão uma boa produção de grãos e a Bolsa de Chicago aponta para um preço estável do milho, o que permitirá uma melhor previsibilidade de custos ao longo do período.

Possivelmente teremos o mesmo potencial de alojamento de pintos de corte, de 6,8 milhões, mas é preciso seguir com cautela porque não estamos esperando um aumento de consumo tão grande no mercado interno.

Outra boa notícia é que o Brasil não deve registrar foco de nenhuma das doenças de controle obrigatório mundial na avicultura no próximo ano, devido a todo o esforço e ao competente trabalho realizado pela cadeia produtiva avícola brasileira. No entanto, a conquista do primeiro certificado de compartimentação para o País, que demonstra o cuidado com a biossegurança, traz alguns diferenciais, como possibilidade real de aumento de exportações e maior segurança à sanidade do plantel nacional.

Em geral, o mercado de avicultura deverá seguir bastante equilibrado neste novo período, mesmo com grande oferta de produtos. Atentos à oportunidade aberta pela comercialização a novos mercados e priorizando sempre a qualidade do material genético e da carne de frango, a cadeia avícola brasileira apresenta todos os pré-requisitos para registrar um ano de excelentes números. E, assim, contribuiremos cada vez mais para colocar e manter o Brasil no topo da cadeia produtiva de frango do mundo.  

*Fausto Ferraz é diretor de Negócios da Cobb-Vantress

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

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Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
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