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Suínos / Peixes

Posse da ABCS para biênio 2013/2015 reúne lideranças e parlamentares do setor

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A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) elegeu nessa terça-feira, 11, sua nova presidência, membros das diretorias e os conselheiros fiscais em Assembleia Geral Ordinária, realizada em Brasília/DF. Marcelo Lopes foi reeleito para ocupar novamente o posto de conselheiro presidente pelo próximo biênio. Também foram escolhidos para compor a Diretoria, José Arnaldo Penna, Conselheiro Financeiro; Paulo Lucion, Conselheiro Técnico; Valdecir Folador, Conselheiro de Relações com o Mercado e Paulo Helder Braga, Conselheiro Administrativo.

No jantar realizado na noite de ontem, a entidade reuniu mais de 80 pessoas, entre líderes do setor, parlamentares e suinocultores. Estiveram presentes presidente das associações estaduais e regionais, além de grandes parceiros do setor como a Senadora Ana Amélia, representando o Deputado Vilson Covatti, presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, também compareceu o Deputado Jerônimo Goergen, Deputado Dilceu Sperafico, Deputado Lelo Coimbra, Deputado Luis Carlos Heinze e Deputado Alceu Moreira. Estiveram presentes também representantes de empresas do setor e parceiros, como Sebrae, CNA e Senar.

À frente da entidade, o presidente afirmou em seu discurso que dará continuidade às atividades desenvolvidas pela ABCS ao longo dos últimos dois anos, com foco no relacionamento político, maior interação das atividades do Sistema ABCS, além de desenvolver ações e medidas que favoreçam o produtor de suínos do Brasil. Lopes também não deixará de lado as atividades com foco no desenvolvimento do mercado interno e nas campanhas de incentivo ao consumo da carne suína. “Nossa Diretoria vai continuar prestando contas diariamente das atividades da ABCS. Vamos dar continuidade também ao processo de incorporação de novas entidades estaduais, de forma a construir uma entidade nacional cada vez mais forte”, reforçou em seu discurso.

Lopes também comentou as conquistas para setor de suínos e a forte crise que afetou toda a suinocultura. “Em 2012, enfrentamos um dos momentos mais graves da história do setor, uma crise que atingiu a todos sem distinção. Mas foi neste momento que nós produtores conseguimos mostrar a união do setor, uma manifestação de mais de 700 produtores de suínos na capital da república, com suinocultores de todos os estados produtores de suínos do Brasil. Grandes e pequenos, industriais e familiares, do nordeste e do sul, de ônibus ou avião, todos vieram com um só propósito, defender a sua permanência na produção de suínos”, destacou o presidente.

Diante do público presente destacou também a necessidade da união do setor. “Precisamos arregaçar as mangas, agir juntos, unidos, na defesa dos nossos mais legítimos direitos, sabemos quanto dói no bolso, quanto dói na alma a falta de estabilidade no setor. Sabemos que há muito que fazer ainda. Em cada estado, uma particularidade, em cada granja uma realidade. A ABCS tem o desafio de construir a visão de conjunto sem esquecer as dificuldades enfrentadas por cada produtor. Somente assim avançaremos sem perder de vista o nosso objeto, a defesa dos suinocultores brasileiros”, encerrou.

Na oportunidade, Valdecir Folador, reeleito Conselheiro de Relações com o Mercado, falou por todos os conselheiros eleitos, reforçando a parceira com suinocultor e a busca incessante da entidade em levar ao produtor de suínos do Brasil mais sustentabilidade ao seu negócio.

A Senadora Ana Amélia, destacada no discurso no presidente eleito pelo empenho nos Projetos de Lei que tratam da integração vertical de suínos, reforçou a parceria com setor de suínos brasileiro e disse estar bastante motivada com a permanência do presidente à frente da ABCS. “A sua juventude e habilidade para fazer política trouxeram uma nova realidade para o setor de suínos. Reafirmo mais uma vez nossa parceria e sei que juntos faremos muitos mais nos próximos anos”, disse.

Diretoria biênio 2013/15

Conselheiro Presidente
Marcelo Lopes/DF

Conselheiro Financeiro
José Arnaldo Penna/MG

Conselheiro Técnico
Paulo Lucion/MT

Conselheiro de Relações com o Mercado
Valdecir Folador/RS

Conselheiro Administrativo
Paulo Helder Braga/CE

Conselho Fiscal – EfetivosJosé Puppin/ES
Marcelo Plácido/BA
Mário Faccin/SC

Conselho Fiscal – SuplentesIvo Jacó/DF
Darci Backes/PR
José Evairton Brito/SE

Fonte: ass. ABCS

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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Pesquisadores adaptam técnica que acelera o crescimento do tambaqui

Por meio de um equipamento de pressão, é possível gerar um par a mais de cromossomos no peixe, gerando animais triploides e favorecendo o seu crescimento. Técnica foi adaptada de versões empregadas em criações de truta e salmão no exterior. Método gera animais inférteis, o que possibilita criações em regiões em que o tambaqui é exótico, uma vez que eventuais escapes não impactarão a fauna aquática local no longo prazo.

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Além do crescimento mais rápido e do peso maior do tambaqui, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa - Foto: Siglia Souza

A Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) estuda uma técnica capaz de deixar o tambaqui (Colossoma macropomum) aproximadamente 20% maior e mais pesado. A técnica consiste em gerar, por meio de aplicação de pressão nos ovos fertilizados, peixes com três conjuntos de cromossomos (triploides) – em condições naturais são dois conjuntos – para deixar o peixe infértil. Com isso, ele cresce e engorda mais rápido do que em condições normais. A pesquisa faz parte da tese de doutorado de Aldessandro Costa do Amaral, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sob a orientação da pesquisadora Fernanda Loureiro de Almeida O´Sullivan.

Além do crescimento mais rápido, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa. “Quando você tem um peixe estéril, abre a possibilidade de regularização de seu cultivo em uma região onde ele seja exótico”, ressalta a pesquisadora. Isso porque, em caso de escape para a natureza, os animais estéreis não ofereceriam risco de se reproduzir em regiões das quais eles não fazem parte como, por exemplo, a Bacia do Prata, no Pantanal. “Assim, você expande os locais em que a espécie pode ser cultivada, mediante a regularização da atividade”, destaca a cientista.

A tecnologia já é empregada no exterior em peixes como salmão e truta, e o maior desafio era adaptá-la para o tambaqui, a segunda espécie mais produzida no Brasil. “Nas pisciculturas de truta na Escócia, o peixe cultivado tem que ser obrigatoriamente triploide, para não desovar. Como essas espécies são criadas em gaiolas no mar, precisam ser estéreis para não se reproduzir, o que causaria uma contaminação genética na população natural. Por isso é uma obrigação que todos os peixes sejam triploides”, explica a pesquisadora, acrescentando que a técnica em si não é nova; a novidade está na aplicação em peixes nativos brasileiros. “É uma tecnologia antiga, relativamente simples e de grande efeito na aquicultura, que estamos adaptando para o tambaqui.”

Equipamento de pressão para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes – Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Equipamento importado
A pesquisa faz parte do projeto Aquavitae, o maior consórcio científico já realizado para estudar a aquicultura no Atlântico e no interior dos continentes banhados por esse oceano. Por meio do Aquavitae, a Embrapa utilizou de 2019 até 2023, para os primeiros testes dessa técnica, um equipamento de pressão próprio para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes. A empresa norueguesa Nofima cedeu o equipamento para os experimentos na Embrapa Pesca e Aquicultura. Trata-se de aparelho de grande porte que opera de forma automática, bastando regular a pressão e o tempo desejados. A máquina é inédita no Brasil. “O aparelho que mais se assemelha pertence à Universidade de Santa Catarina, porém, a aplicação da pressão é manual”, conta a pesquisadora.

Como é a técnica utilizada?
O´Sullivan explica que a pesquisa buscou definir três parâmetros cruciais para induzir à triploidia. Primeiro, o tempo após a fecundação do ovo em que se deve iniciar o choque de pressão. Depois, foi preciso definir a intensidade da pressão a ser aplicada para o tambaqui, e, por fim, a equipe teve que descobrir a duração ideal da pressão. “Tivemos que identificar esses três parâmetros para o tambaqui ao longo do projeto”, explica a cientista.

Para realizar a técnica, são utilizados um milhão de ovos recém fertilizados, que vão para a máquina de pressão. Em seguida ao choque de pressão, os ovos vão para as incubadoras comumente usadas e o manejo é igual à larvicultura tradicional e à alevinagem. A quantidade de ração também é a mesma por biomassa; apenas os peixes começam a crescer mais. A pesquisadora conta que o protocolo para obtenção de 100% de triploides levou cinco anos para ser alcançado, após vários testes-piloto.

À esquerda, animais convencionais e, à direita, peixes submetidos ao processo de indução de poliploidia. Ambos originários da mesma desova e de idades idênticas.

Em seis meses, 20% maior
Durante a pesquisa, que avaliou o ciclo de crescimento e engorda do tambaqui triploide durante seis meses, observou-se que o peixe ficou 20% maior e mais pesado que os irmãos que não tinham passado pelo choque de pressão (usados como controle). O próximo passo da pesquisa é fazer uma avaliação durante o ciclo completo de crescimento da espécie, que dura 12 meses. “Produzimos um novo lote de triploides que deixaremos crescer até chegarem a um quilo. Se o resultado for o mesmo que tivemos com o peixe de seis meses, eles vão chegar a um quilo em menos de 12 meses”, calcula a pesquisadora, acrescentando que também estão sendo avaliadas a sobrevivência larval e a ocorrência de deformidades nesses peixes.

Outra característica que preocupa os pesquisadores são as consequências da triploidia no sistema imunológico destes peixes. Resultados preliminares indicam que o tambaqui triploide pode ter uma resistência reduzida a condições desafiadoras, como alteração da temperatura da água. Por isso, segundo a pesquisadora, antes que a tecnologia seja repassada para o setor produtivo, serão realizados estudos para a validação completa da técnica de produção de tambaquis triploides. “O primeiro passo era conseguir obter um protocolo que nos desse 100% de triploidia em tambaqui. Ficamos muito felizes e esperançosos de termos alcançado esse objetivo. Agora, outros estudos vão avaliar as vantagens e possíveis desvantagens dessa técnica na produção da espécie”, conclui Fernanda O’Sullivan.

Produção de tilápia usa outra técnica
Embora a infertilidade dos peixes seja uma vantagem para o crescimento do animal e para a expansão a novas regiões de produção, a triploidia não é indicada para a tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie mais produzida no Brasil. Segundo a pesquisadora, há para a tilápia uma técnica mais econômica, que promove a criação do monosexo do macho pelo tratamento com hormônio para esse fim.

“A tilápia também tem protocolo de triploidia desde 1980, mas não estão mais usando, pois fica mais barato fazer a masculinização pela ração”, ressalta O´Sullivan. Ao contrário do tambaqui, em que as fêmeas são maiores do que os machos, na tilápia, os machos é que são maiores. Assim, foram desenvolvidas técnicas para masculinizar as larvas da tilápia. Ainda, para se fazer a triploidia, os ovos devem ser fertilizados in vitro, ou seja, artificialmente. E a produção de larvas de tilápias hoje se baseia na reprodução natural dos casais e coletas dos ovos já em desenvolvimento.

No caso da criação de monosexo da tilápia, quando os alevinos começam a comer, é oferecida ração com metiltestosterona. Isso faz com que todos os peixes se tornem machos. Com a produção exclusiva de machos, além de acelerar o crescimento, evita-se problemas de reprodução desenfreada da espécie, que é exótica no Brasil.

A pesquisadora ressalta que a técnica do monosexo nada tem a ver com a triploidia. “A técnica empregada no peixe triploide está ligada ao crescimento e à esterilidade. A esterilidade é muito importante, porque é uma característica que o monosexo não tem. Os peixes são do mesmo sexo, porém são férteis”. Ela conta que a Embrapa já está pesquisando produzir monosexo de tambaqui feminino, também pelo uso da ração – no caso, acrescida de estradiol.

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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