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Portos do Paraná batem recorde histórico e superam 70 milhões de toneladas movimentadas em 2025
Volume já é 5% maior que o de 2024 e deve chegar a até 73 milhões de toneladas até o fim do ano, impulsionado por investimentos, aumento de calado e novas obras estruturantes.

A Portos do Paraná alcançou a marca de 70 milhões de toneladas movimentadas entre janeiro e parte de dezembro de 2025, o que representa um recorde histórico para a empresa pública e supera a produtividade de 2024 quinze dias antes do término do ano. Até o momento, o volume é 5% maior do que o registrado no ano anterior.
A expectativa é aumentar ainda mais essa escala de movimentação, com previsão de alcançar entre 72 e 73 milhões de toneladas até o dia 31 de dezembro.
Com isso, a Portos do Paraná irá superar o planejamento técnico, que previa uma movimentação de 70 milhões de toneladas somente a partir de 2035. “Os portos do Paraná alcançaram novamente uma marca histórica e muito antes do previsto. O Porto de Paranaguá é o mais eficiente do Brasil. Estamos trabalhando com novos investimentos para garantir essa expansão contínua nos próximos anos para garantir fluxo internacional para as empresas e indústrias paranaenses”, afirma o governado Carlos Massa Ratinho Junior.

Foto: Claudio Neves
“Em 2019, quando dissemos que iríamos alcançar as 60 milhões de toneladas, houve dúvida por parte de muitos, que afirmavam que não seria possível. Em cinco anos, superamos a meta e chegamos a 66,7 milhões de toneladas. Agora, ultrapassamos a marca de 70 milhões, provando que, com o uso de inteligência logística, investimentos e muito trabalho de toda a equipe da Portos do Paraná, além da participação ativa da comunidade portuária, quebrar barreiras e antecipar o futuro é possível”, acrescenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O aumento da movimentação de cargas nos portos paranaenses entre os anos de 2018 e 2025 é de 32%.
Quando o assunto é exportação, o Porto de Paranaguá se destaca como um dos mais importantes do mundo no embarque de grãos e farelos. Também é o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do planeta, por onde saem mais de 48% de toda a produção nacional, destinada ao mercado externo.
Entre os portos brasileiros, Paranaguá é o maior exportador de carnes (frango, bovino e suíno), sendo responsável por cerca de 40% de toda a exportação nacional. É também o principal canal de embarque de óleo de soja e possui o segundo maior fluxo de carregamento de soja e farelo de soja do país.
A Portos do Paraná também se destaca no recebimento de fertilizantes. Em 2025, mais de 11 milhões de toneladas foram recepcionadas em Paranaguá e Antonina.
Novo calado
Um fator que contribui com essa marca foi o aumento do calado operacional (distância entre a superfície da água e o ponto mais profundo da embarcação) nos berços de granéis sólidos, que passou de 13,1 metros para 13,3 metros. A ampliação, confirmada em setembro, permitiu um crescimento médio de até 1,5 mil toneladas por navio.
Em outubro, foi a vez dos navios porta-contêineres ampliarem a movimentação devido ao aumento do calado operacional, que passou de 12,8 metros para 13,3 metros. “Com o aumento de 50 centímetros, houve um crescimento de aproximadamente 400 TEUs por navio”, destacou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. O TEU é a unidade equivalente a um contêiner de 20 pés, ou cerca de seis metros de comprimento.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
A realização do leilão para a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá vai ampliar ainda mais o potencial logístico portuário. O Consórcio Canal da Galheta Dragagem — formado pelas empresas FTS Participações Societárias S.A., Deme Concessions NV e Deme Dredging NV — foi o vencedor do certame realizado em outubro.
Após assumir definitivamente o contrato, a concessionária terá cinco anos para realizar uma série de melhorias, como a ampliação e o aprofundamento do canal para a obtenção de um calado operacional de 15,5 metros. A empresa também será responsável pela manutenção desse parâmetro até o final do contrato, que terá vigência de 25 anos.
O incremento de mais de dois metros no calado permitirá um salto na capacidade de embarque de mercadorias: um adicional de mil contêineres ou 14 mil toneladas de granéis sólidos vegetais em um único navio
Áreas regularizadas
Outro fator que contribuiu foi a conclusão da regularização de áreas arrendáveis do Porto de Paranaguá. Ao todo, foram realizados nove leilões na Bolsa de Valores do Brasil, que estão trazendo novos investimentos e mais segurança operacional.
De acordo com os contratos firmados, as arrendatárias têm a obrigação de realizar investimentos tanto nos espaços outorgados quanto nas áreas comuns. Com isso, em poucos anos, a eficiência na movimentação de cargas será ampliada, tornando os portos paranaenses ainda mais competitivos.
A partir dos recursos a serem aportados, será possível modernizar e ampliar a infraestrutura do Porto de Paranaguá. Entre as novidades está a construção de um píer em “T”, com quatro novos berços de atracação equipados com um sistema de esteiras transportadoras de alta velocidade, projetadas especialmente para o novo complexo.
A nova estrutura ampliará a capacidade de carregamento dos navios. Atualmente, em um único berço, é possível embarcar três mil toneladas de soja ou outros grãos e farelos por hora. Com o novo sistema, esse volume passará para oito mil toneladas por hora em cada berço.
Moegão
E para ampliar a produtividade, a Portos do Paraná está construindo o Moegão, a maior obra pública portuária do Brasil, que alcançou 80% de execução em dezembro. Após a conclusão, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste (Corex).

Foto: Rodrigo Félix Leal
O Governo do Estado do Paraná, por meio da Portos do Paraná, está investindo mais de R$ 650 milhões na construção, com recursos próprios e financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em termos de investimento, a obra equivale a quase duas pontes de Guaratuba, outro grande projeto executado pelo governo estadual.
Atualmente, em média, 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga: 180 vagões poderão ser descarregados a cada cinco horas, o que equivale a aproximadamente 900 vagões por dia. Os granéis vegetais seguirão por correias transportadoras até 11 terminais interligados ao sistema e, de lá, para os navios.

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Piscicultura encerra 2025 fortalecida e mira avanços estratégicos em 2026
Após um ano de oscilações, o setor registra retomada de preços, consolidação do consumo e mobilização política em temas críticos como tarifaço, espécies invasoras e importações

A piscicultura brasileira encerra 2025 com um cenário marcado por desafios relevantes, avanços estruturais e fortalecimento do mercado consumidor. A avaliação é do presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, que destaca um ano de contrastes e transformações para a atividade.

Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR – Foto: Assessoria
Segundo Medeiros, 2025 foi marcado por dois momentos distintos. “Tivemos um primeiro semestre com grande oferta de produto, o que pressionou os preços para baixo. As indústrias também reduziram valores no food service e no atacado”, explica.
O movimento se inverteu no segundo semestre, quando a demanda voltou a crescer. “No último trimestre, houve uma recuperação significativa dos preços pagos ao produtor. A indústria, no entanto, teve dificuldade em repassar esses valores imediatamente ao mercado”, destaca.
Apesar das oscilações, o setor fecha o ano com perspectiva positiva. A entrada de peixes de cultivo na cesta básica da reforma tributária é considerada um marco. “Essa inclusão representa um ganho estratégico para a competitividade no mercado interno”, afirma.
O consumidor também se tornou um aliado importante. “O período de preços mais baixos trouxe novos consumidores, que se fidelizaram. Hoje, em busca de saudabilidade e sabor, preferem o peixe de cultivo, em especial a tilápia”, completa.
Impactos do tarifaço
Sobre o tarifaço imposto às exportações, Medeiros reconhece que os efeitos foram desiguais. “O volume exportado pelo Brasil representa apenas de 3% a 5% da produção total, então o impacto geral foi limitado. Mas, para as empresas exportadoras, que têm investimentos dedicados, o efeito no fluxo de caixa foi muito significativo”, pondera.
A migração obrigatória de produto para o mercado interno exigiu ajustes. “Transferir 3% a 5% não é difícil. Mas transferir 30% é um desafio grande. Ainda assim, o setor conseguiu se adaptar e enfrentar esse cenário”, avalia.
Tilápia na lista de espécies invasoras
Um dos temas mais sensíveis de 2025 foi a inclusão da tilápia em uma proposta de lista de espécies invasoras. Para Medeiros, o tema exige máxima atenção. “Essa é uma grande preocupação. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) postergou a decisão para 2026, e estamos trabalhando intensamente para evitar a inclusão. Isso é fundamental para o negócio”, realça.
De acordo com o presidente da associação, a Peixe BR atua junto ao setor produtivo, à sociedade e, principalmente, ao Congresso, para levar informações técnicas sobre a atividade e ampliar a competitividade da espécie.
“A tilápia foi a proteína animal que mais cresceu na última década e é a mais promissora para os próximos 30 anos”, reforça. A entidade defende que tilápias, peixes nativos fora de bacia e híbridos não entrem na lista do MMA.
Os desdobramentos das importações do Vietnã
Outro ponto crítico foi o aumento das importações de pescado do Vietnã. Medeiros aponta distorções no processo. “A importação deve ocorrer quando há falta de produto, o que não é o caso da tilápia. Isso aconteceu justamente no ano de maior safra e de menores preços ao produtor”, observa.
Segundo ele, o episódio trouxe preocupação em relação a riscos sanitários e à falta de isonomia competitiva. “Há protocolos permitidos no Vietnã que não são autorizados no Brasil. Também não há equivalência tributária, ambiental ou trabalhista. Estamos cobrando das autoridades a correção dessas não conformidades para garantir concorrência justa”, reforça.
Apesar do cenário adverso, o presidente da Peixe BR mantém confiança: “O produto brasileiro é resiliente. Tenho certeza de que venceremos mais essa batalha”.
A competitividade no centro da agenda de 2026
Para 2026, a associação mantém como norte a competitividade. “Nosso objetivo sempre foi melhorar o acesso a mercados da piscicultura nacional. O produtor precisa sentir esses ganhos na propriedade – e isso vem acontecendo ao longo dos últimos 11 anos”, diz Medeiros.
Na pauta do setor, a regulação governamental ainda é o maior entrave. Para enfrentar esse desafio, a Peixe BR está atuando nos âmbitos estadual e federal com foco na redução de impactos regulatórios sobre a atividade.
Além das ações políticas e regulatórias, a associação trabalha em frentes técnicas cruciais. “Temos projetos acelerados em genética, mercado e tecnologia, desde a produção até o processamento, todos voltados a ampliar a eficiência e fortalecer o setor”, conclui.
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Balanço anual aponta apreensão de 850 toneladas de sementes suspeitas no Brasil
Prática ilegal já ocupa 11% da área de soja e provoca prejuízos bilionários à cadeia agrícola.

As autoridades judiciais do país determinaram, em decisão preliminar, a apreensão de 848,1 toneladas de sementes suspeitas em 2025. O balanço total dos itens é resultado de cinco processos iniciados pela CropLife Brasil (CLB) no decorrer do ano, que apontaram possível prática de pirataria por produtores rurais em cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia.
As ações, que visam coibir a prática da ilegalidade no campo, evidenciaram produtos com preço abaixo do mercado, utilização de bags brancas e armazenamento irregular, havendo indicativo de violação de direitos de propriedade intelectual e de práticas em desacordo a legislação agrícola.
Bags apreendidas contendo sementes suspeitas
Os trabalhos de monitoramento e acompanhamento para uma atuação preventiva são realizados por Grupo de Trabalho instituído internamente na CLB, que reúne lideranças das empresas associadas e colaboradores de outras entidades do setor. “As apreensões realizadas esse ano são muito importantes, pois demonstram como a gente consegue engajar o poder judiciário para que olhe para esse problema presente no agronegócio brasileiro com seriedade.
Além de, claro, outros atores importantes no combate à pirataria de sementes, que gera diversos prejuízos para os agricultores, para o campo, para a sociedade e para o desenvolvimento de novos produtos”, avalia a advogada e líder de Propriedade Intelectual na CropLife Brasil, Maria Luiza Barros de Silveira.
Depósito de armazenamento irregular com sementes suspeitas
As apreensões de sementes ocorreram nas cidades de São Mateus do Sul (PR), de 341 toneladas; São Valentim (RS), de 16,6 toneladas; Bozano (RS), de 243 toneladas; Luis Eduardo Magalhães (BA), de 217 toneladas; e Santa Rosa (RS), de 30,5 toneladas.
Os processos terão prosseguimento junto à Justiça para confirmação das condutas suspeitas.
Pirataria de Sementes
A pirataria de sementes de soja no Brasil é uma realidade e a estimativa é que ocupem 11% de área plantada da cultura, o equivalente ao total do plantio em Mato Grosso do Sul. Em valores, gera perdas de R$ 10 bilhões ao ano para agricultores, indústria de sementes, setor de processamento de grãos e exportações. Os dados são resultado de estudo inédito de 2025 realizado pela CropLife Brasil, em parceria com a Céleres Consultoria.
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Sistemas integrados fortalecem a pecuária bovina no Cerrado
ILP e ILPF elevam o desempenho produtivo, melhoram o solo e ampliam o bem-estar animal, segundo a Embrapa.

Os benefícios em produtividade e sustentabilidade dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), estratégias de produção da agricultura regenerativa, foram apresentados por pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF) durante visita de campo na Fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO), no último dia 6.
O evento encerrou a Capacitação Gratuita em Pecuária Bovina e Pastagem Regenerativas, promovida pelo LabAgroMinas, programa de agroinovação do centro de pesquisas e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), e pelo Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS).
Iniciada em 16 de setembro deste ano com o apoio da Secretaria de Estado Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG) e da Emater-MG, a capacitação on-line foi estruturada em cinco módulos, totalizando 66 horas/aula. O objetivo foi difundir conhecimentos e soluções que aliam melhoria no desempenho produtivo, responsabilidade ambiental, resiliência climática e inovação, contribuindo para aumentar a competitividade da pecuária mineira. Participaram 840 produtores rurais, profissionais de assistência técnica, estudantes, pesquisadores e outros atores do setor agropecuário.
Benefícios do sinergismo dos componentes da ILP

Foto: Divulgação/Rede ILPF
O pesquisador Lourival Vilela apresentou resultados de pesquisas da Embrapa Cerrados com ILP que comprovam a sustentabilidade e a sustentabilidade desse sistema. De acordo com estudo da Embrapa, dos 177 milhões ha de pastagens no Brasil, 109 milhões ha têm algum nível de degradação e, desses, 28 milhões ha apresentam condições de logística, infraestrutura e topografia para serem recuperados com agricultura.
“A ILP explora o sinergismo das interações solo-planta-animal de áreas que integram as atividades de produção agrícola e pecuária”, explicou Vilela, apontando os três princípios desses sistemas – revolvimento mínimo do solo, cobertura permanente do solo e diversificação de espécies. “O solo é o compartimento centralizador dos processos da ILP. Os benefícios virão se houver balanço positivo de carbono, e este ocorre se os atributos químicos, físicos e biológicos do solo estiverem equilibrados”, disse, acrescentando que é preciso adotar sistemas mais biológicos para garantir a sustentabilidade da agricultura e a vida no planeta.
Entre os benefícios proporcionados pela ILP, estão a melhoria dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo, visando à saúde do solo; maior ciclagem e aumento da eficiência de uso de nutrientes; redução de pragas, doenças e plantas invasoras; mitigação do déficit de forragem na estação seca; bem-estar animal; mitigação de gases de efeito estufa (GEE); aumento da produção de grãos e forragem, bem como de carne e de leite; redução de risco pela diversificação de atividades; e intensificação e utilização racional dos fatores de produção.
Vilela mostrou dados de uma pesquisa com o sistema de ILP São Francisco, em que o capim é sobressemeado na soja em final de ciclo, comprovando maiores ganhos em peso dos animais durante a estação seca com o uso de diferentes forrageiras avaliadas.
Um estudo comparou a produção de palhada em milho solteiro e milho consorciado com capim, demonstrando a maior ciclagem de nutrientes no sistema em consórcio, com equivalente em ureia (fonte de nitrogênio) de 140 kg/ha, 230 kg/ha equivalentes em superfosfato simples (fonte de fósforo) e 90 kg/ha equivalentes em potássio.
Para comprovar o aumento da matéria orgânica do solo e a maior eficiência de uso de fósforo, o pesquisador apresentou uma pesquisa da década de 1970 na Embrapa Cerrados que comparou um sistema de rotação soja-milho com um sistema soja-milho que incluía capins braquiária em consórcio com o milho. A área com capim apresentou, além de maior teor de matéria orgânica do solo, mais kg de grãos por kg de fósforo residual, ou seja, utilizou menos fósforo que a área sem consórcio para obter a mesma produção de soja, demonstrando maior eficiência de uso do nutriente.
Outro estudo, comparando milho solteiro e milho consorciado com a forrageira Panicum maximum BRS Zuri, comprovou o melhor controle de plantas invasoras como a buva, com redução de 70% da ocorrência.
O pesquisador destacou intensificação dos usos dos fatores de produção ao longo do ano com a adoção dos sistemas de ILP. Quando a soja era plantada em monocultura, a terra era utilizada em apenas 42% do tempo de um ano agrícola. “À medida que fomos introduzindo o sistema, passamos a produzir o ano todo na fazenda, mantendo o solo coberto. Esse é um dos grandes benefícios desse sistema”, afirmou, mostrando dados de produtividade da soja em primeira safra, milho na segunda safra e animais na terceira safra, sendo a palhada para o Sistema Plantio Direto a quarta safra.
Em uma propriedade em Tocantins, foi feito um trabalho de rotação de soja e milho com Brachiaria brizantha cultivar Marandu e 780 cabeças de novilhas de corte em 139 ha na entressafra (período seco). Entre julho e setembro (55 dias), o animais obtiveram ganho de peso médio de 809 g/dia e 202 kg/cabeça/ha em peso vivo médio.

Foto: Gabriel Faria
Opção de ILP para o Oeste da Bahia, o Sistema Boi Safrinha, avaliado desde 2009 numa fazenda em Formosa do Rio Preto, constitui-se no plantio, após a soja, de milho consorciado com braquiária. De acordo com os dados obtidos entre 2013 e 2015, quando a pastagem formada é pastejada por bovinos, os rendimentos da soja na safra seguinte são superiores aos da soja cultivada após a pastagem sem pastejo. “No final dos três anos, houve uma diferença de 11 sc/ha. Multipliquem isso por hectare e pelo preço (da saca de soja)”, sugeriu Vilela, citando um estudo chinês que afirma que o pastejo é um fator crucial na estruturação das comunidades microbianas do solo por promover a mudança de um sistema dominado por fungos para outro dominado por bactérias. “Há muito o que aprender sobre a dinâmica de microrganismos no solo”, observou.
Segundo o pesquisador, a entrada do componente arbóreo nos sistemas de integração se deu em função do aumento da demanda por madeira para a produção de energia e, ao mesmo tempo, da pressão para não haver a abertura de novas áreas. Ele apresentou dados de um estudo realizado na Embrapa Agrossilvipastoril (MT) comparando pastagem solteira, ILP, ILPF com três linhas de árvores no renque e ILPF após desbaste de uma linha de árvores – esta última apresentou os melhores resultados em ganho de peso dos animais.
Vilela apresentou, ainda, dados da avaliação da temperatura superficial de vacas Gir e Girolando a pleno sol e à sombra durante as estações seca e chuvosa. O bem-estar animal proporcionado pela sombra resultou em maior taxa de reprodução dos animais, com produção de 81% mais ovócitos viáveis e de quatro vezes mais embriões in vitro em relação às vacas a pleno sol.
O pesquisador fez um histórico da implantação dos sistemas de integração na Fazenda Santa Brígida, iniciada em 2006, quando a propriedade praticava pecuária de baixa produtividade em pastagens degradadas e contava com apenas dois vaqueiros. Diferentes sistemas de integração foram então testados, gerando diversos dados que mostram, ao longo dos anos seguintes, os incrementos crescentes de matéria orgânica e do fósforo no solo, na produtividade de soja e de milho e na taxa de lotação dos animais e produtividade de carne. Na safra 2024/25, a soja cultivada em 1080 ha alcançou 78 sc/ha e o milho de primeira safra (255 ha) 195 sc/ha; na safrinha, o milho obteve 110 sc/ha em 185 ha, o girassol 41 sc/ha em 490 ha e o sorgo 86 sc/ha em 250 ha.
“A fazenda saiu de uma área de pastos degradados e chegou à condição atual de ter 20 funcionários registrados e com plano de saúde, e toda a equipe treinada. Hoje, podemos ver uma fila de caminhões que chegam para serem abastecidos com soja. Pensem no impacto disso na economia da região”, sintetizou Vilela. “Temos que intensificar de forma sustentável o uso de nossas áreas, sejam elas grandes ou pequenas”, finalizou.
Vantagens das árvores na ILPF

Fotos: Shutterstock
“Qualquer sistema integrado chama a atenção por três pontos: a diversificação de espécies, de investimentos e de renda; o balanço de carbono e a maior eficiência dos sistemas de produção agropecuários, sobretudo na questão da ciclagem de nutrientes”, destacou o pesquisador Kleberson de Souza ao falar sobre os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Para explicar o porquê da inserção de árvores num sistema que já é integrado (ILP), ele listou benefícios exclusivos do componente arbóreo: a ambiência animal promovida pelo sombreamento, que reduz o estresse térmico, melhora o bem-estar animal e pode aumentar a produtividade; a diversificação da produção como ferramenta de diminuição de riscos do sistema com o cultivo de espécies florestais, gerando renda adicional com madeira, frutos ou biomassa, energia, celulose, resinas amêndoas, entre outros; o aumento da biodiversidade, com a criação de habitats para fauna e flora, favorecendo o equilíbrio biológico; e sequestro de carbono, uma vez que as árvores capturam gás carbônico da atmosfera, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
Souza apresentou um gráfico da evolução do preço médio do metro cúbico da madeira do eucalipto no Mato Grosso do Sul, que valorizou cerca de 150% desde 2020, tendência que deve ser mantida para os próximos anos, assim como o aumento da demanda na região devido à instalação de usinas de etanol de milho, que utilizam a madeira como energia. Por outro lado, os preços do boi gordo têm sofrido grandes oscilações nos últimos 15 anos, enquanto os preços dos fertilizantes tiveram fortes aumentos. “Se conseguirmos diversificar a produção na propriedade, correremos menos riscos. Se precisarmos vender o boi a preços mais baixos do que compramos, uma poupança verde de madeira pode nos salvar. E, ao contrário do boi, que dá prejuízo se permanecer muito tempo no confinamento, a árvore só está ali crescendo”, observou.
Para a implantação do componente florestal na propriedade, alguns critérios devem ser observados: a arquitetura da copa da árvore tem que ser favorável (mais ereta); facilidade de estabelecimento para minimizar a quantidade de tratos culturais; crescimento rápido, para que os animais sejam colocados na área o quanto antes; ausência de efeitos tóxicos para os animais e de efeitos alelopáticos sobre as forrageiras e os cultivos agrícolas; tolerância a ataques de insetos e doenças; resistência ao vento, o que ajuda na manutenção de água no solo; ausência de raízes superficiais, diminuindo assim a competição com outras culturas; e a ausência de caráter invasor.
A forma de distribuição das árvores, segundo o pesquisador, depende da finalidade da produção – energia, serraria, construção civil; da declividade e da face de exposição; da proteção dos demais componentes do sistema; e, principalmente, da conservação de água e solo. A partir de resultados de pesquisas, recomenda-se que o espaçamento entre renques de árvores seja de não menos que 30 m; o alinhamento deve ser preferencialmente Leste-Oeste para maior incidência de radiação solar no espaço entre renques, reduzindo a competição por luz entre os componentes do sistema; e definir o espaçamento múltiplo dos implementos, colocando 1 a 2 m de faixa de segurança. A distância máxima entre os renques deve ser três a quatro vezes a altura das árvores para garantir os benefícios do componente florestal no sistema.
Souza lembrou que com o crescimento das árvores, o sombreamento aumenta e a quantidade de forragem diminui. Ele mostrou um estudo em que uma pastagem com 45% de sombra apresentou densidade volumétrica de 71,6 kg/cm.ha, e de 111,5 kg/cm.ha a pleno sol. “De fato, deve-se ter cuidado com a inserção do componente florestal”, comentou. Também citou uma pesquisa realizada em Sinop em que num sistema de ILPF com desbaste do componente florestal, reduzindo a densidade para 90 árvores/ha e com 37 m de distância entre renques, houve maior ganho de peso dos animais.

Quanto ao estoque de carbono no solo, a presença do componente arbóreo confere superioridade do sistema ILPF em relação ao sistema ILP, como mostrado em estudo que avaliou o acúmulo de carbono (mais 12%) e de nitrogênio (mais 24%) na camada de 0 a 100 cm em área experimental. A biomassa florestal total acumulada durante seis anos num sistema com 130 árvores/ha foi de 60 t/ha, sendo 79% nos troncos (47 t/ha). Considerando-se 50% em carbono no tronco, isso corresponderia a 23,5 t/ha de carbono, o que representa 86 tCO2 eq/ha ou 14 tCO2 eq/ha/ano, ou, ainda, 30 kg C/árvore/ano. “Se fizéssemos 4 milhões ha, que é menos de 10% da área plantada de soja no Brasil, com um sistema ILPF com 50 árvores/ha, seria mais que suficiente para sequestrar toda a emissão de GEE do País”, disse.
O pesquisador destacou a diversificação de renda proporcionada pelo sistema de ILPF – além das safras de soja, milho e animais, a quarta safra são os produtos do componente florestal e, a quinta, os serviços ambientais, entre eles o sequestro de carbono, cujo mercado ainda não está estabelecido no Brasil, e o armazenamento de água no solo.
Outro aspecto destacado é o balanço de carbono do sistema ILPF. Resultados de um estudo comparativo realizado na Embrapa Cerrados em que foram computados as emissões de metano entérico dos animais (sem as excretas), o sequestro de carbono no solo e a fixação de carbono nos troncos, o balanço de carbono do sistema ILPF (21,89 tCO2 eq/ha/ano acumuladas) foi bem superior ao do sistema ILP (0,86 tCO2 eq/ha/ano acumulada) e ao da pastagem de baixa produtividade (0,91 tCO2 eq/ha/ano emitida).
“Com isso, se uma propriedade fizer ILPF com eucalipto em 15% da área, ela vai mitigar todos os GEE dentro da fazenda, tamanho é o potencial de sequestro de carbono do componente arbóreo”, afirmou. “Esse é um sistema muito eficiente quanto ao uso dos recursos naturais e dos insumos utilizados”, completou.
Souza também abordou a questão da substituição versus adição de renda, componente de mercado que deve ser considerado ao se inserir a árvore no sistema de integração. Ele explicou que quando se implanta uma linha simples de árvores seguindo as recomendações da pesquisa, não há competição com o sistema agrícola nem com a pastagem, ocorrendo adição de renda, já que a venda da madeira não trará prejuízo na produção de forragem ou agrícola.
Já no caso de renques duplos de árvores, é preciso atenção ao mercado, pois ocorre uma substituição de renda, em que a venda da madeira ou do produto oriundo do componente florestal terá que compensar a perda com a diminuição da produção agrícola ou de forragem. E em sistemas com renques triplos, a competição das árvores com a parte agrícola ou a pastagem é ainda maior, sendo que a madeira da linha central tende a ter mais valor agregado (para serraria e construção civil) que as das linhas laterais (biomassa para energia, cercas e mourões).
Entre as alternativas ao eucalipto, o pesquisador citou algumas espécies nativas que têm sido avaliadas pela pesquisa em sistemas integrados, como o baruzeiro e as oliveiras.
Ele concluiu a apresentação salientando que demanda e mercado para inserção do componente florestal no sistema de produção são fatores chaves, mas é preciso haver estímulo por parte das instituições de fomento. Nesse sentido, o uso da madeira na serraria e na construção civil, segundo o pesquisador, poderiam ser incentivados devido ao carbono sequestrado.
Papel dos bioinsumos
Maurício Piccin, assessor técnico do GAAS, abordou o papel dos bioinsumos na estratégia de transição para a agricultura tropical regenerativa, modelo que visa transformar agroecossistemas tropicais em sistemas produtivos resilientes, mais eficientes e integrados às dinâmicas naturais, reconectando a agropecuária à natureza, reduzindo a dependência externa de insumos e conferindo maior rentabilidade ao produtor.
Nesse sentido, Piccin apontou como pilares da agricultura tropical regenerativa a manutenção do solo sempre vivo e coberto; a economia regenerativa, com viabilidade econômica sustentável em longo prazo; e o manejo integrado, no qual as tecnologias estão integradas aos processos naturais, como é o caso dos sistemas de ILP e ILPF.

Foto: Gabriel Faria
Ele trouxe a visão de agricultura regenerativa na qual a planta faz parte de um sistema chamado holobionte, em que todos os organismos estão conectados entre si. “Toda a micro, meso e macrofauna do solo está conectada à planta e esse sistema funciona em conjunto. É um único sistema, que precisa ser fortalecido com o aumento da presença desses organismos nos nossos sistemas produtivos. Essa visão traz consequências de manejo”, apontou.
Outra visão apresentada é a de cadeia alimentar do solo, em que os micro e macroorganismos se relacionam em cadeia: a planta produz energia e matéria orgânica, que é utilizada pelas bactérias, fungos e nematoides; os predadores desses organismos (artrópodes, protozoários, nematoides) liberam nutrientes que são prontamente disponibilizados às plantas; e esses predadores, por sua vez, servem de alimento a animais de níveis mais altos da cadeia (artrópodes, nematoides, pássaros, mamíferos).
“O problema na agricultura atual é que desarrumamos essa cadeia. O caminho é buscar reconstitui-la e temos estratégias para isso”, afirmou, citando os sistemas de integração e o uso de bioinsumos para potencializar a biodiversidade do solo no sistema produtivo.
Os bioinsumos podem ser produzidos pela multiplicação de uma comunidade de microrganismos, visando ao equilíbrio da vida no solo e à melhoria sistêmica; ou pela multiplicação de um microrganismo isolado, buscando um efeito específico e pontual, com consequências duradouras.
Piccin explicou como os microrganismos podem ser multiplicados em meios sólido e líquido; os diferentes tipos de comunidades microbianas formados por meio de soluções com mix de microrganismos, por matéria orgânica de plantas de cobertura ou por compostagem a partir de subprodutos da propriedade; e métodos de produção de comunidades de microrganismos.
Ele ponderou que a substituição de tratamentos químicos por biológicos é um processo que deve ser planejado e construído. “Não vamos a uma área que não tenha um processo de transição, de aumento da diversidade biológica e simplesmente substituímos (os produtos)”, afirmou.
Segundo o assessor técnico do GAAS, os bioinsumos cumprem alguns papéis na estratégia de transição para a agricultura regenerativa, como a recomposição da diversidade da biota do solo, potencializando a decomposição da matéria orgânica, a ciclagem de nutrientes e a proteção das plantas; atuação funcional na rizosfera; redução do uso de químicos no sistema de produção e diminuição de custos.
A ideia, segundo Piccin, é olhar mais para os processos e menos para os produtos. “A onda dos bioinsumos vem com um apelo comercial de substituição de produtos químicos por biológicos, mas mantendo a mesma lógica, o que não funciona. Se só trocarmos o químico pelo biológico, ela vai até um ponto, mas não entregará tudo o que pode num processo de mudança manejo”, explicou, salientando o foco nos processos que definem um novo tipo de produção num novo sistema de produção.
Dessa forma, ele ressaltou que os produtos biológicos não são soluções mágicas, mas uma ferramenta de apoio ao manejo na transição que deve ser usada com critérios para evitar ou reduzir as práticas nocivas e recompor a diversidade biológica dos agroecossistemas. “Temos que fazer um diagnóstico do sistema de produção, avaliar qual estratégia utilizar e acertar olhando a diversidade e não a especificidade. É a diversidade que fará o processo de transição”.
Após as palestras, os participantes da capacitação conheceram, em campo, a experiência da Fazenda Santa Brígida, modelo de referência em sistemas de integração e em agricultura regenerativa, apresentada pelo consultor agrícola Roberto Freitas e pelo gerente operacional da propriedade, Alex da Silva.
Promoção da agricultura tropical regenerativa para a sustentabilidade
Ao fomentar práticas de agricultura sustentável em Minas Gerais, o programa LabAgroMinas busca incentivar a adoção, pelos produtores do estado, de novas tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, promovam a regeneração do solo e garantam alto desempenho das culturas em qualidade e produtividade. As operações do LabAgroMinas no Cerrado mineiro são executadas em sinergia com o programa LabCerrado, uma parceria entre a Embrapa Cerrados e a empresa de logística VLI S/A.
O chefe-geral da Unidade, Sebastião Pedro, lembrou que o LabAgroMinas promove a aceleração da agricultura regenerativa climaticamente inteligente. “Pela primeira vez entre instituições financeiras, o BDMG foi sensível a uma abordagem científica levada pela Embrapa Cerrados. Hoje, estamos mudando o paradigma: de uma agricultura e pecuária muito baseadas em insumos nos últimos 50 anos, para uma agricultura e pecuária de processos biológicos, porque o solo é químico, físico e biológico”, comentou, acrescentando que os solos agrícolas do Cerrado foram química e fisicamente corrigidos ao longo dos anos, mas podem estar ou não biologicamente saudáveis.
Ele explicou que o LabAgroMinas é um programa de aceleração por agregar todas as tecnologias já desenvolvidas e disseminá-las, acelerando o desenvolvimento do setor produtivo. “Temos mais de 750 tecnologias desenvolvidas na Embrapa Cerrados, mas elas não chegam ao agricultor e ao pecuarista sem investimento. Quem investe é o agente financeiro, e ele precisa acreditar. O BDMG é o exemplo disso no Brasil e no mundo”, disse, agradecendo ao Banco pela confiança.
Sebastião Pedro salientou ainda que, além da sustentabilidade social e ambiental, o setor primário brasileiro está buscando a sustentabilidade econômico-financeira, o que para ele sinalizaria o final de um ciclo, já que o País importa 85% dos fertilizantes e praticamente 100% das moléculas de agroquímicos, com elevados custos logístico e cambial.
“Viemos muito bem até aqui, só que a conta não está fechando mais. Está acontecendo na agricultura de commodities e vai acontecer na pecuária: à medida que adubarmos a pastagem e intensificarmos a produção com animais de ciclo curto, o investimento ficará caro. E talvez não estejamos usando bem o principal insumo, que é o capim. O consumidor hoje só fala em sustentabilidade, e estamos aqui trabalhando com um tema que visa à sustentabilidade”, concluiu.
Maria Isabel de Camargos, representante do BDMG, recordou que essa é a terceira capacitação em agricultura regenerativa promovida pelo programa LabAgroMinas. Em 2024, foi realizada uma capacitação focada em cafeicultura e, no ano anterior, o tema foi a introdução de novas tecnologias voltadas à agricultura de baixo carbono em Minas Gerais. “Nessas capacitações, alcançamos 2,4 mil pessoas. Neste ano, o BDMG recebeu um prêmio de inovação financeira da Alide (Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento) pelo LabAgroMinas”, disse, informando que o banco de fomento já aprovou 19 projetos de agricultura regenerativa, beneficiando 3,5 mil hectares.
“Precisamos desse trabalho de multiplicação e divulgação da agricultura regenerativa, que é algo novo e está revolucionando a nossa agricultura tropical sustentável”, afirmou Ronaldo Trecenti, membro do GAAS, representando o presidente Paulo Bufon.
Aluno da capacitação, o secretário de Agricultura de Ipameri, Plínio Machado, concorda que o atual ciclo da agricultura brasileira está chegando ao final e que, de agora em diante, é preciso pensar no uso das práticas de agricultura regenerativa para ser sustentável tanto do ponto de vista do solo como econômico, garantindo um futuro longevo. “Temos que tentar difundir essas práticas ao máximo possível (no município), aproveitando a bela vitrine que é a Fazenda Santa Brígida, que é pioneira. Muita gente já está se espelhando nela e, cada vez mais, temos que usar os exemplos daqui para que possamos ter sustentabilidade nos nossos negócios”.
Para Cristiano Barros, gestor de sementes na AgroBrasil, empresa com atuação em Minas Gerais, Goiás, Tocantins e no Sul do Pará, foi gratificante participar tanto das aulas curso como das palestras da visita de campo, por terem tratado de temas pontuais. “Estamos passando por um processo que precisa de sustentabilidade, como foi falado hoje. Precisamos de sistemas mais resilientes. O uso das pastagens, das florestas e dos animais foi muito bem abordado e acredito ser o caminho que temos que seguir”, afirmou.



