Suínos
PorkExpo 2024 valoriza protagonismo do suinocultor e fomenta inovação no setor
Edição de 2024 foi marcada pela inovação, oferecendo experiências valiosas para profissionais, produtores e especialistas.

O Brasil possui uma cadeia produtiva de carne suína complexa e robusta, com mais de um milhão de pessoas envolvidas. Ao final de 2024, o país deverá alcançar a marca de 5,5 milhões de toneladas produzidas, das quais cerca de 1,3 milhão de toneladas serão exportadas, estabelecendo novos recordes. E no centro dessa atividade está o produtor, figura essencial que, apesar dos desafios e revezes constantes, não desiste de oferecer proteína de qualidade para os brasileiros e para o mundo.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Esse protagonista foi o grande foco da 22ª edição da PorkExpo, realizada nos dias 23 e 24 de outubro, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A CEO do evento, Flavia Roppa, destacou a grande mobilização de suinocultores que compareceram ao evento: “Nosso objetivo foi reunir um número recorde de produtores e conseguimos. Durante o evento mais de 1,5 mil suinocultores estiveram conhecendo as tecnologias, inovações e tendências do setor”, ressaltou.
A edição de 2024 foi marcada pela inovação, oferecendo experiências valiosas para profissionais, produtores e especialistas. Com mais de 2,1 mil congressistas ao longo de dois dias, o evento contou com uma programação intensa que incluiu mesas-redondas sobre as perspectivas futuras do setor e discussões sobre os desafios do mercado global de suínos.
Entre os destaques, o 12º Congresso Latino-Americano de Suinocultura trouxe palestras técnicas, projeções econômicas e análises de tendências tecnológicas, inovações em manejo e saúde animal, além das previsões sobre o futuro da suinocultura na América Latina. O 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, por sua vez, evidenciou o crescente protagonismo feminino no setor, com painéis e palestras sobre liderança, empreendedorismo e sustentabilidade.

CEO da PorkExpo 2024, Flavia Roppa: “Nosso objetivo foi reunir um número recorde de produtores e conseguimos”
Um dos grandes lançamentos foi a 1ª Academia do Fomento, voltada para extensionistas rurais, que capacitou 250 profissionais diretamente envolvidos no desenvolvimento técnico da suinocultura no Brasil. “A iniciativa foi um sucesso, superando as expectativas tanto dos organizadores quanto dos expositores”, afirmou Flavia.
Outro momento de destaque foi a realização do Primeiro Encontro de Analistas, que reuniu especialistas como o ex-diretor da Conab, Sérgio de Zen, o consultor da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, e o analista do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, para debater o panorama do mercado de proteína animal, com ênfase no futuro do mercado de grãos e carnes.
Reconhecimento
A PorkExpo 2024 também foi palco da tradicional entrega do Prêmio Pork da Suinocultura – Melhores do Ano, reconhecendo as empresas, produtores e profissionais que se destacaram por suas contribuições e resultados no último ano, elevando os padrões de qualidade no setor.
Apresentação de trabalhos científicos
Como parte do Congresso Latino-Americano, a apresentação de trabalhos científicos também foi um grande atrativo. Pesquisas inovadoras nas áreas de saúde animal, nutrição e sustentabilidade marcaram o evento, com os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) levando o primeiro lugar com um estudo sobre visão computacional e automação inteligente para monitorar a alimentação e o crescimento de leitões.
O segundo lugar ficou com os acadêmicos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com uma pesquisa sobre o impacto da lignina Kraft na dieta de leitões. Já os estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV) garantiram a terceira colocação, com um estudo sobre a digestibilidade ileal padronizada de aminoácidos em fontes de L-aminoácidos e biomassa de triptofano para suínos.
Edição 2026
A próxima edição será nos dias 18 e 19 de março de 2026, também em Foz do Iguaçu, no Paraná.
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Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



