Notícias No Paraná
Pork Expo 20 anos começa nesta quarta-feira em Foz do Iguaçu
De volta ao cenário da proteína animal mundial depois da paralisação provocada pela pandemia da Covid-19, o evento deve reuniu mais 2.100 pessoas de 40 países, 150 corporações industriais e 70 espaços fixos na Feira de Negócios.
Começa nesta quarta-feira (26), no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR), a Pork 20 anos & 10º Congresso Latino Americano de Suinocultura, que volta ao cenário da proteína animal mundial depois da paralisação provocada pela pandemia da Covid-19. Mas a espera valeu a pena. Já são mais de 2.100 inscritos, de 40 países, 150 corporações industriais e 70 espaços fixos na Feira de Negócios. Tudo para acompanhar uma programação moderna, inovadora. Espaço de negócios, confraternização e celebração da carne mais saborosa e consumida do mundo. Uma autêntica PorkExperience. Momento de reunir os profissionais, executivos e palestrantes mais qualificados do planeta. Todos debatendo como vencer os desafios da produção sustentável e segurança alimentar da Nova Era.
O encontro mais tradicional da suinocultura do continente comemora 20 anos e mata as saudades de milhares de investidores, parceiros, jornalistas, pesquisadores, profissionais e estudantes de mais de 20 países. Um retorno com muitas novidades, oportunidades e conhecimento sobre as granjas modernas, a genética dos rebanhos, nutrição de ponta, excelência em status sanitário, rastreabilidade dos rebanhos, logística, marketing, equipamentos, ofertas alimentares, momentos gastronômicos e a conexão cada vez mais intensa com os consumidores finais.
Dois dias intensos de atividades, privilegiando um programa científico de qualidade, rodadas de negócios, feira de novas tecnologias e as marcas principais que sempre fizeram presentes: alegria, convívio, festa, espontaneidade, amizade e congraçamento. Um cardápio com quarenta palestras dos mais renomados especialistas e pesquisadores, tratando de biossegurança, nutrição de precisão, tecnologias para produção sustentável, dietas da matriz ao suíno abatido, a granja do futuro 5.0, o mercado global de carnes e grãos, os desafios da zootecnia, a digitalização dos processos, o panorama do alimento do futuro, as novas gerações de consumidores, a explosão populacional da África e da Ásia, ESG, o alimento premium e o que a sociedade quer de uma proteína saudável e de qualidade.
Experts do gabarito de Sérgio De Zen, Glauber Machado, Osler Desouzart, Leandro Hackenhaar, Luan Souza dos Santos, Antonio Correia, Cleandro Pazinato Dias, Bruno Silva, Guilherme Brandt, Lia Hoving, José Antonio Ribas Junior, Wagner Yanaguizawa, Sung W. Kim, Djane Dallanora, Luis Rangel, Marcelo Miele, Paulo Verdi, César Augusto Garbossa, Rafael Nunes, Luis Rasquilha, Jussimar Bassani e Janice Zanella,Jackson Zenati, Ines Andretta, Horário Rostagno.
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), grande parceiro do evento há várias edições, vai promover o ‘Painel Especial ABCS’, discutindo temas como produção, exportação, consumo e a melhoria da relação com o mercado. Além de inovar com o lançamento da Cartilha de Receitas na panela Air Fryer, com Jimmy Ogro, um dos chefes de cozinha mais conhecidos e carismáticos do Brasil. “A Pork é um dos principais eventos da suinocultura internacional, pois reúne um público seleto e uma programação de excelente qualidade. Esperamos uma festa muito bonita e um dos momentos mais brilhantes da suinocultura no Brasil neste ano”, afirmou Marcelo Lopes, presidente da ABCS.
O encontro vai servir, ainda, como um cadeirão de debates envolvendo um dos momentos mais desafiadores da cadeia produtiva. A suinocultura brasileira vive um momento difícil. As exportações bateram recorde nos dois últimos dois anos, passando de um milhão de toneladas e com a abertura de novos mercados no exterior, mas as granjas sofrem com os custos de produção, turbinados com a valorização dos grãos, a pandemia, o pane na Logística, os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, além da queda nas vendas para a China, que se recuperou das perdas com a Peste Suína Africana.
Outro espaço tradicional da Pork é a premiação dos Trabalhos Científicos, que levam informações originais e inovações nas diversas áreas de estudo da Suinocultura. Disputa que tem a avaliação final dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves. Ao todo, serão distribuídos R$ 6 mil em prêmios, sendo R$ 2 mil para cada ganhador. “Nesta 10ª edição, vamos comemorar 20 anos ao lado da cadeia internacional e mostrar aos profissionais que atuam no segmento que existem caminhos seguros para eles seguirem obtendo sucesso nos negócios, vencendo os altos custos de produção, a inflação, o cenário de guerra na Europa e os problemas persistentes de logística. Vamos pensar juntos, discutir, trocar informações e casos de sucesso, comer carne gostosa e comemorar a vida e o prazer em trabalhar para alimentar o mundo com alimento saudável e seguro”, evidencia Flavia Roppa, presidente da Pork 20 Anos.
Nos dois dias do evento, os profissionais que forem prestigiar a Pork 20 Anos vão desembolsar R$ 750 enquanto o valor para estudantes e professores será de R$ 550. Para o público que for participar apenas da Feira de Negócios, a entrada é gratuita.
Notícias Em Pontes e Lacerda
Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado
Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.
O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.
Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.
Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.
Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.
A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.
“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.
Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.
“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.
As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.
“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.
“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.
Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.
Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.
Notícias
Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25
São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).
Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.
Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.
Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):
O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.
No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.
Notícias
Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal
Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.
A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.
“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.
“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.
Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.
“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.
Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.
A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.
Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.
Indicação geográfica
Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)