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Por trás do crescimento da suinocultura brasileira

O produtor buscou transformar a atividade em um negócio rentável, com eficiência na produção e, consequentemente, melhoria em seus ganhos

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Amanda Letícia Omai Camargo, médica veterinária da MSD Saúde Animal e Erich Nascimento, médico veterinário e coordenador Técnico da MSD Saúde Animal 

De uns tempos para cá, vimos o crescimento do setor suinícola. A profissionalização da atividade avançou “porteira para dentro”. O produtor buscou transformar a atividade em um negócio rentável, com eficiência na produção e, consequentemente, melhoria em seus ganhos. É bem verdade que o suinocultor brasileiro está mais atento às questões sanitárias, ambientais e de bem-estar animal.

A qualidade dos produtos nacionais se deve ao esforço e ao mérito do nosso suinocultor, sim! Que soube aproveitar o surgimento de novas tecnologias e de ferramentas de gestão não apenas para suprir a demanda do mercado por proteína suína, mas também, e principalmente, para atender às crescentes exigências dos consumidores quanto ao bem-estar animal e à sanidade, além de manter a sustentabilidade da cadeia e a escassez de mão de obra.

O resultado desses anos de esforços vimos recentemente. No cenário externo, ocupamos a 4ª posição tanto na produção quanto na exportação deste tipo de proteína animal. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que as exportações de carne suína (considerando todos os produtos, in natura e processados) alcançaram volume recorde em 2019. Ao todo, foram embarcadas 750,3 mil toneladas ao longo dos 12 meses do ano passado. O saldo é 16,2% superior ao registrado em 2018, quando foram embarcadas 646 mil toneladas.

Em receita, o saldo das vendas alcançou US﹩ 1,597 bilhão, número 31,9% maior que o resultado do ano anterior, com US﹩ 1,2 bilhão. Só em dezembro, as vendas chegaram a US﹩ 183,6 milhões – maior saldo mensal já atingido pelo setor. Foram embarcadas 76 mil toneladas, volume 35,1% maior em relação ao mesmo período de 2018, com 56,2 mil toneladas. Detalhe: o maior volume de embarque já registrado na história do nosso setor. Isso fruto do resultado dos impactos da Peste Suína Africana (PSA), que desde agosto de 2018 obrigou a China a sacrificar entre 150 e 200 milhões de suínos.

E não paramos por aí. As exportações de carne suína do Brasil apresentaram crescimento de 41% em janeiro de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a ABPA, os embarques totalizaram 68,5 mil toneladas, enquanto em 2019 o volume foi 48,5 mil toneladas. No mês de março, as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 72,1 mil toneladas, resultado 31,45 acima do registrado no mesmo período de 2019, quando foram embarcadas 54,8 mil toneladas.

Já no mercado interno, nunca neste País se falou tanto na carne suína, como em 2019. Foram notícias em jornais, televisão, programas de variedades, gastronomia, economia. E o consumidor se rendeu de vez ao sabor e nutrientes oferecidos pela carne suína. A proteína entrou como uma opção no prato do brasileiro, que por sua vez, tentou driblar o aumento nos preços da carne bovina. Mas o sucesso da carne de porco se dá, definitivamente, ao trabalho desenvolvido em parceria por empresas, entidades do setor e o governo, para levar o máximo de informações sobre a proteína ao consumidor, desmistificamos tabus e preconceitos.

Recentemente, o nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração, Daniel Magnoni, enfatizou o consumo da carne suína. Segundo ele, é comprovado que ela é uma proteína de alto valor biológico, tem menos gordura saturada, menos colesterol e tem mais zinco, selênio e ferro. Não à toa, Dr. Magnoni, se tornou responsável no reforço das vantagens do consumo da proteína para seus pacientes. Ele reforça em seus encontros como o que aconteceu há pouco tempo que o consumo de carne suína e outras proteínas aumentam a imunidade.

Do ponto de vista industrial, fizemos a nossa parte – e como fizemos! Levantamos a bandeira do bem-estar animal aliada à mudança comportamental do nosso consumidor que incentivou fortemente a tecnificação. Nas granjas, o bem-estar animal pode ser observado nas diferentes fases de produção: maternidade, creche, crescimento e terminação. Hoje, todas as etapas da cadeia produtiva na suinocultura são permeadas por procedimentos desenvolvidos e conduzidos por meio da tecnologia. Essa cadeia permite que o suinocultor tenha maior domínio dos fatores que influenciam a qualidade dos produtos (maximizando o desempenho dos animais), além de aumentar a produção.

Como o mercado de produção de suínos está buscando cada vez mais o bem-estar animal, sempre investimos em pesquisa e inovação. Justamente por isso, trouxemos ao Brasil inovações como, a vacinação intradérmica sem agulha, que reduz o risco de disseminação de doenças (transmissão iatrogênica de patógenos), problema comum em decorrência de outros métodos de imunização, que utilizam a mesma agulha em vários animais durante o processo.

Mas você deve estar se perguntando o que isso gera em produtividade e benefícios para o suinocultor e para o consumidor. Vamos imaginar que, além de eliminar o risco de quebra de agulhas, abcessos e condenações de carcaças associadas, podemos melhorar a segurança do operador, evitando ferimentos acidentais com as agulhas. Sabemos que a vacinação sem agulha não contribuirá apenas para o bem-estar animal, mas também para um ambiente de trabalho mais calmo e tranquilo para os vacinadores. Aqui, vale ressaltar uma curiosidade: você sabia que as manutenções são realizadas na própria granja apenas a cada 20 mil doses? Imagine o custo-benefício disso.

A busca constante por inovação e diferenciação estimula a realização de pesquisas em novas vias de administração de vacinas por empresas de saúde animal. Nos dias atuais, o mercado de produção de suínos está buscando cada vez mais o bem-estar animal em todo o seu processo.

Conquistas e oportunidades

O consumidor final está cada vez mais interessado em saber qual foi o processo do alimento que consome e nos questionando mais sobre bem-estar. Não é à toa que temos clientes usando sistemas de alta tecnologia, nos maiores estados de produção de suínos – como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso – e, dentre eles, algumas grandes e renomadas cooperativas. Sinal de que estamos no caminho certo. Diante disso e de tudo o que aconteceu no mercado internacional, fica a reflexão para a necessidade de cada vez mais investimentos na sanidade e na biosseguridade.

O cenário atual é positivo e abre inúmeras oportunidades para a carne suína, mas é preciso saber aproveitá-las. Entre as oportunidades, a saudabilidade está em destaque, reforçando a imagem da carne suína como uma alternativa saudável – eis a razão pela qual devemos sustentar a sanidade no setor. Lembramos sempre que precisamos de um incentivo ao consumo e isso já está acontecendo. Abraçamos a “Semana Nacional da Carne Suína”, ação que amplia a presença desse tipo de carne, buscando padronização e agregando valor ao nosso produto. É a nossa oportunidade. E a lição de casa é esforço conjunto de toda a cadeia para mudança de hábitos, esclarecendo os benefícios do consumo de proteína em campanhas e mostrando que fazemos a nossa parte: estamos de olho no campo e, principalmente, nos cuidados de bem-estar dos nossos animais.

Fonte: Assessoria

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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