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Por que medir a vedação do galpão?

Profissionais dão dicas de como e porquê fazer a medição da vedação do galpão

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Artigo escrito pela equipe Técnica Aviagen

  • A pressão interna pode ser um indicador de vedação do galpão e deve ser mantida em determinado nível para que o ar seja sugado na velocidade necessária para ventilar adequadamente o galpão e direcionar o fluxo de ar.
  • A ventilação só é eficaz se a vedação do galpão for total, sem escapes ou vazamentos de ar.
  • A pressão interna deve ser monitorada regularmente para que o nível adequado seja mantido e para que a presença de vazamentos que possam afetar a ventilação seja identificada.

Procedimento para medir a vedação do galpão usando o medidor de pressão interna

Equipamento

1. Medidor de pressão interna ou medidor portátil de pressão.

Procedimento

A vedação do galpão é medida através da leitura da pressão interna. Durante ventilação mínima, a pressão pode ser medida em qualquer ponto e deve ser consistente em todo o galpão. Recomenda-se medir a pressão interna antes do
alojamento de um novo lote ou quando há suspeita de problemas com a ventilação (em caso de condensação, deterioração da qualidade da cama ou se o comportamento das aves é diferente do esperado).

Passo 1

Feche todas as portas e entradas de ar e desligue todos os exaustores.

Passo 2

Caso use um medidor portátil, posicione o tubo de alta pressão (+) fora do galpão através de uma entrada de ar (com
cuidado para não deixar a entrada de ar aberta demais ou esmagar o tubo) e deixe o tubo de baixa pressão (-) dentro
do galpão.

Obs: Caso use um medidor de pressão interna fixo, este deve ser calibrado quando o lote é alojado (ver Como… Calibrar um Medidor de Pressão Interna do Galpão Preenchido com Líquido).

Passo 3

Verifique se o medidor de pressão está zerado.

Passo 4

Desligue o controle das entradas de ar da parede lateral para que não abram automaticamente.

Passo 5

Ligue 2 exautores em ventilação mínima (91 cm / 36 pol.) ou 1 exaustor tipo túnel (122 cm / 48 pol.).

Passo 6

Espere até que a leitura de pressão se estabilize e registre o valor no medidor de pressão.

Interpretação dos resultados

A pressão interna do galpão deve ser sempre superior a 37,5 Pa (0,15 polegadas de coluna de água). As pressões indicadas abaixo não são pressões operacionais, são apenas indicativas da vedação do galpão. Durante ventilação mínima, as pressões operacionais podem ser superiores a 37,5 Pa.

Por que medir a capacidade do exaustor?

  • Se a capacidade do exaustor for insuficiente, a ventilação será inadequada e o desempenho das aves pode ser afetado.
  • Medir a velocidade do ar através do exaustor ou medir as rotações por minuto (RPM) do exaustor determina
    se os exaustores estão funcionando corretamente e de acordo com as especificações do fabricante.

Procedimento para medir a capacidade do exaustor

Equipamentos

1. Tacômetro digital e/ou anemômetro.

Procedimentos

A capacidade do exaustor deve ser medida regularmente (pelo menos uma vez por lote) para garantir que os exaustores continuem funcionando corretamente. A capacidade do exaustor também deve ser verificada quando ocorrerem problemas com a ventilação ou se houver preocupações quanto à função do exaustor.

Procedimento para medir a capacidade do exaustor com um tacômetro digital (RPM)

Etapa 1

Abrir totalmente todas as entradas de ar e as portas.

Etapa 2

Se as pás do exaustor forem de plástico, colar um adesivo refletivo a aproximadamente 5-7 cm da extremidade da pá.

Etapa 3

Ligar o exaustor a ser testado. Todos os exaustores devem ser testados.

Etapa 4

Segurar o medidor de forma estável a 0,6-1,0m do exaustor e aponte o laser, levemente inclinado em relação ao adesivo, ou diretamente para uma pá, se as pás forem refletivas/metálicas, até que a leitura do tacômetro seja constante.

Etapa 5

Comparar o número de RPM do exaustor com as especificações do fabricante.

Nota

Se o exaustor tiver pás reflexivas/metálicas, o número registrado no tacômetro deve ser dividido pelo número de pás que o exaustor possui. O número de RPM deve estar de acordo com as orientações do fabricante ou das orientações definidas por testes independentes.

Procedimentos para medir a capacidade do exaustor usando anemômetro (velocidade do ar através do exaustor)

Etapa 1

Abrir totalmente todas as entradas de ar e as portas.

Etapa 2

Ligar o exaustor a ser testado. Todos os exaustores devem ser testados individualmente e em velocidade máxima.

Etapa 3

Segure o medidor na frente do exaustor e registre a velocidade média do ar através do exaustor.

Etapa 4

A velocidade média do exaustor deve ser medida em 9 locais diferentes da área de medição. A velocidade média do exaustor é a média de todas as 9 medições ou a velocidade obtida usando a configuração média (se aplicável) no medidor de velocidade do ar.

Etapa 5

Comparar a capacidade do exaustor com as especificações do fabricante.

 

Interpretação dos resultados

Se a capacidade do exaustor estiver abaixo das especificações do fabricante, verificar se todas as entradas de ar e as portas estão totalmente abertas e medir novamente a capacidade dos exaustores. Se a capacidade do exaustor ainda estiver abaixo das especificações do fabricante, é necessário fazer manutenção.

Outras notícias você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração

Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

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Foto: Shutterstock

O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).

O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.

A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.

A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.

No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).

Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.

No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.

Fonte: O Presente Rural com informações Boletim Deral
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Avicultura

Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços

Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

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Fotos: Shutterstock

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.

O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.

Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.

Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.

De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Avicultura

Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

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Fotos: Shutterstock

O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.

Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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