Avicultura Saúde Animal
Pontos de atenção da bronquite infecciosa das aves
Bronquite infecciosa aviária é conhecida por ser altamente contagiosa e gerar elevados prejuízos econômicos ao setor avícola
Artigo escrito por Bianca Vieira Costa, médica veterinária, mestre em Zootecnia e MBA em Gestão de Negócios
A Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG) é caracterizada por ser uma doença aguda e altamente infecciosa, o vírus causador pertence ao gênero Coronavirus, família Coronaviridae e ordem Nidovirales. Este nome se dá devido às projeções pedunculadas que revestem o envoltório do vírion, essas são conhecidas como espículas ou peplômeros. O gênero é separado de acordo com suas características genéticas e antigênicas, ele pertence ao grupo 3. Os patógenos pertencentes a esse grupo acometem apenas aves. O nome da doença provém de um dos seus sintomas, observado quando ela foi descrita: inflamação dos brônquios.
É encontrada em praticamente todas as regiões produtoras avícolas do mundo, afeta aves de ambos os sexos em diferentes idades. Acomete frangos de corte, poedeiras, matrizes leves e pesadas. Essa doença acomete a parte respiratória e geniturinária, causando um grande impacto tanto na cadeia de carnes quanto de ovos.
A transmissão da BIG nas granjas ocorre principalmente pela via horizontal, através de aerossóis respiratórios e fezes, e se espalha rapidamente por contato, objetos contaminados ou pelo ar. O vírus entra no organismo por inalação ou via conjuntival, se multiplicando rapidamente no trato respiratório, que é o local de predileção dele. Sua replicação ocorre nas células epiteliais, células secretoras de muco, células epiteliais dos pulmões e sacos aéreos. Além de lesões no trato respiratório, causa lesões no trato reprodutivo, digestivo e urinário. Tem um período de incubação de 48 a 96 horas, e a ave infectada tem a capacidade de transmitir o vírus por até duas semanas, e após a cura, ainda tem a possibilidade da mesma ave se infectar por uma cepa viral diferente. Algumas aves/cepas virais podem carregar a doença por um ano. O vírus pode sobreviver a 4 semanas no ambiente, e é sensível a solventes, calor acima de 56°C por pelo menos 15 minutos e desinfetantes a base de formal 1% durante 3 minutos. Uma ventilação inadequada e alta densidade são fatores predisponentes para esta doença. Por isso, a desinfecção, os processos de biosseguridade e vazio sanitário adequado são muito importantes no controle da doença.
As galinhas são animais sensíveis, a ponto de serem suscetíveis até a variações de temperatura. A produção avícola exige grande cuidado, principalmente quando se pensa em enfermidades, entre as quais, a bronquite infecciosa, que pode representar perdas significativas.
Os sinais clínicos variam de acordo com o sistema acometido. No sistema respiratório há dificuldade para respirar e a ave apresenta sinais como tosse, espirro, estertor traqueal, conjuntivite, descarga nasal e inflamações nos seios infraorbitários. Os animais se agrupam próximos à fonte de calor, ocorre queda no consumo de ração e, consequentemente, perda de peso. Em casos severos as aves apresentam forte diarreia, causando piora na qualidade da cama do aviário. Pode ocorrer aerossaculite por infecções secundárias (E. coli e micoplasma), fator que agrava o quadro clínico e eleva a morbidade e mortalidade.
O fato de não existir a observação clínica de infecção respiratória não significa a ausência do vírus da BIG. Pode ocorrer uma manifestação clínica não tradicional, ou seja, sem os sinais característicos. Estas situações estão ligadas a um bom programa de vacinação, bom manejo e boa biosseguridade.
Sistema reprodutivo
Apesar de causar problemas respiratórios, a bronquite infecciosa também atinge o sistema reprodutivo das aves. Com isso, poderá ocorrer queda variável da produção e perda (também variável) de qualidade da casca, chegando até a deformações, que prejudicam o valor do ovo para consumo ou a eclodibilidade deles. De forma geral, têm sua produtividade afetada de forma variável, dependendo do nível imunológico do lote ou também se o vírus que está desafiando é semelhante ou diferente do agente utilizado na vacinação.
Em matrizes pesadas são observadas quedas de produção significativas, causando um baixo número de pintos produzidos por ave alojada. São encontrados casos com queda na densidade de ovos, aumentando o número de ovos trincados e quebrados, além de liquefazer o albúmem, diminuindo a qualidade de pintos oriundos destes ovos. Em matrizes pesadas e aves de postura comercial observa-se um aumento significativo dos problemas de “cabeça inchada”, com recidivas das infecções secundárias como peritonites e salpingites. Em alguns quadros observa-se uma maior suscetibilidade aos quadros de enterite.
O acometimento da bronquite infecciosa na avicultura leva a uma perda média de 5,6 pintos por matriz alojada ou de 8 ovos por poedeira alojada. Em caso de frangos de corte podem ocorrer perdas por mortalidade ou condenação a nível de abatedouro. A doença ainda aumenta a chance de mortes no transporte. Isso porque a ave tem febre e sofre alterações sistêmicas importantes, como modificações fisiológicas e descompensação renal.
Ela pode afetar mais de 80% da criação por ser uma patologia endêmica. Por isso, o Banco Mundial destacou que essa é a segunda enfermidade de maior impacto econômico no mundo.
No Brasil, uma pesquisa de campo sinalizou prejuízos de 9,88 milhões de dólares em frangos de corte no Paraná e mais 1,6 milhão de dólares em galinhas reprodutoras. O único grupo variante presente no Brasil é o BR, que um percentual significativo das detecções.
O vírus abre espaço para a entrada de agentes oportunistas. Por isso, é preciso investir na prevenção. O recomendado é apostar em práticas sanitárias e medidas de biosseguridade. Junto a isso, é necessário adotar um programa vacinal. Somente dessa forma o animal estará realmente protegido da bronquite infecciosa. Como a doença exige que o sistema imunológico esteja em constante estímulo por um agente vivo, é preciso ter contato com a vacina viva atenuada na fase de recria. Após esse processo, a inativada oleosa é injetada e, com a memória do sistema imune, há uma imunidade mais plena e completa.
Portanto, fica claro que a bronquite infecciosa na avicultura é impedida somente pela prevenção. As vacinas são essenciais nesse processo, porque ajudam a proteger o animal e a evitar que a doença se espalhe pela granja.
Preocupação no mundo
A possibilidade da ocorrência de variantes de BIG continua sendo uma grande preocupação em todas as partes do mundo. A existência de variantes está relacionada com a capacidade de variação antigênica do vírus da BIG. Isso ocorre em virtude da existência dos genes da região S, que é responsável por determinar os sorotipos dos vírus e induzir a resposta imune. Devido à existência de diferentes sorotipos e o fato da imunidade poder ser específica a um sorotipo, pode não existir proteção cruzada total, dificultando o controle da BIG.
Imunidade
Diferentes tipos de imunidade protegem contra o vírus da bronquite. Existe a imunidade de origem materna, imunidade local ou de mucosa, mediada por células e humoral. A imunidade materna protege aves contra infecções precoces, mas sua duração é baixa; na imunidade local há proteção em combate à infecção respiratória primária; a imunidade mediada por célula tem papel fundamental na resposta contra a infecção, já que a imunidade humoral não tem correlação com a proteção. Existem três classes de imunoglobulinas envolvidas na resposta imune, IgM, IgG e IgA. IgM é o primeiro anticorpo a aparecer após a infecção, pode ser detectado entre 6 e 9 dias, sua presença é indicativa de infecção recente ou de vacinação. IgG está em maior número no soro após a infecção, por isso é utilizada na sorologia para diagnóstico da doença. A IgA por ser produzida em secreção salivar e lacrimal, age como primeiro combate em defesa do organismo.
O diagnóstico provisório baseia-se em sinais clínicos, lesões macroscopicas e sorologia. O diagnóstico definitivo é baseado no isolamento viral nos embriões da galinha, lesões típicas, imunofluorescência positiva e ciliostase em cultura de órgão traqueal. As doenças que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial são Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae, Pneumovirose, Laringotraqueíte infecciosa, doença de Newcastle, Coriza Infecciosa e infecções por Escherichia coli. Os exames mais usados para detecção da BIG são Elisa e PCR-RT.
Não existe um tratamento específico para a doença. Alguns produtores costumam administrar antibióticos para evitar infecções secundárias, diminuindo assim as perdas na criação. Muitas vezes esse tratamento pode ficar muito caro. A melhor forma para evitar e/ou combater a bronquite infecciosa ainda é prevenindo a doença através da vacinação.
Considerações finais
A produção avícola brasileira vem aumentando sua produtividade e destaca-se nos cenários nacional e internacional do agronegócio. A demanda dos mercados (brasileiro e mundial) exige o aumento da produção, sendo que esse aumento deve estar associado ao avanço tecnológico e sanitário, e acaba por provocar o aumento no número de animais alojados por granja, e este fato eleva a pressão sanitária e pode favorecer o surgimento de doenças. Entre estas doenças, a bronquite infecciosa aviária é conhecida por ser altamente contagiosa e gerar elevados prejuízos econômicos ao setor avícola.
Várias ações são tomadas em conjunto para evitar que a doença afete os plantéis avícolas, como por exemplo: protocolos de vacinação conforme desafio da região, execução de programas de biosseguridade e monitorias sanitárias durante toda a vida do lote.
O país tem conquistado importantes avanços no requisito da saúde dos plantéis, e isto permite que as exportações brasileiras atinjam patamares acima das médias de crescimento mundial, consolidando o país entre os principais países produtores e exportadores de carne de frango e derivados na atualidade.
Outras notícias você encontra na edição de Aves de julho/agosto de 2021 ou online.
Participe do nosso grupo de Whatsapp e receba todas as notícias sobre avicultura.
Avicultura
Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas
Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.
O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.
Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.
Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.
Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.
O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.
Destaques
A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.
O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.
De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.
“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.
Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.
“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.
Metodologia
A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.
Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.
Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.
Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.
Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.
Avicultura
Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024
Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.
Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.
A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.
Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.
Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.
Avicultura
Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos
Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.
Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.
De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.
Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.
Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.
E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.
Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.