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Avicultura Como garantir bom desempenho?

Pontos críticos que afetam a qualidade de pintos de corte

Após realizada a colonização precoce, é importante manter a microbiota intestinal em equilíbrio durante toda a vida das aves, através do uso contínuo de probióticos e outros aditivos como: ácidos orgânicos, prebióticos e óleos essenciais.

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Divulgação/Pixabay

A qualidade dos pintos de corte é um assunto sério e visto com muita preocupação pela agroindústria, pois, mesmo antes do nascimento, essas aves já estão expostas a diversos riscos físicos e biológicos que podem debilitar sua saúde, aumentar a mortalidade e trazer perdas
econômicas significativas ao longo de toda a cadeia produtiva.

Vale lembrar que qualidade em pintos de corte significa alta viabilidade, boa uniformidade, bom ganho de peso e baixa conversão alimentar. O que deixa claro que mitigar riscos físicos e biológicos é decisivo para a saúde do negócio. Mas, de forma prática, como podemos minimizá-los? Quais são os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento inicial das aves e que precisam de
um acompanhamento próximo? É sobre isso que falaremos a seguir.

Riscos físicos e biológicos

Quando tratamos de riscos físicos, os principais são desidratação, umbigo mal cicatrizado, problemas locomotores, problemas na penugem, más-formações e desuniformidade. Ainda que sejam bastante relevantes e precisem de atenção, nesse artigo vou focar em questões relacionadas aos problemas biológicos, especialmente os causados por Enterobactérias, que estão entre as principais patologias que afetam a saúde intestinal de frangos de corte.

Microbiota intestinal e sua relação com a qualidade dos pintos

A microbiota intestinal é composta por microrganismos, em especial bactérias, que habitam o intestino das aves e que são responsáveis pela produção de energia, vitaminas, enzimas e desempenham funções essenciais para a sua saúde e performance.

Entendendo os riscos biológicos

As contaminações mais comuns são aquelas causadas por Enterobactérias, como Salmonella spp., Pseudomonas aeruginosa e, principalmente, Escherichia coli (APEC). Esta última tem sido um problema atual para a maioria das empresas, por ter participação nas onfalites, aerossaculites, salpingites, peritonites, pericardites e celulites. No entanto, apesar da sua influência direta, na maioria das vezes a E. coli patogênica aviária não é o único agente infeccioso envolvido: ele é um patógeno oportunista. O importante é entender que, independentemente de qual Enterobactéria esteja envolvida, a microbiota intestinal em equilíbrio é fundamental para minimizar problemas e controlar as contaminações causadas por esses agentes. Além de contribuir para o desenvolvimento futuro do frango de corte.

As 3 fases da formação da microbiota

Como a microbiota não é estática, é preciso haver iniciativas que promovam seu equilíbrio, ou seja, mantenham a eubiose ao longo de toda a cadeia produtiva. Isso significa que o cuidado começa com a microbiota da reprodutora, para mitigar a transmissão vertical de bactérias patogênicas.

Probióticos e equilíbrio da microbiota

Então, como trabalhar para favorecer esse equilíbrio? Uma das alternativas é o uso de probióticos. Eles contribuem com a formação de uma microbiota equilibrada e, ao mesmo tempo, estimulam o desenvolvimento e a maturação do sistema imune inato e específico local (GALT), resultando em uma melhor integridade intestinal das aves.

Quando começar: colonização precoce

A colonização intestinal das aves deve começar ainda no incubatório com a aplicação via spray de probióticos de exclusão competitiva, ou com a inoculação “in ovo” de probióticos de múltiplas cepas láticas, que também podem ser aplicados via spray, logo após o nascimento. Isso vai favorecer a formação intestinal e aumentar a proteção contra bactérias indesejáveis como as cepas patogênicas de Escherichia coli (APEC), salmonelas paratíficas e Clostridium perfringens, que colocarão em risco a integridade intestinal.

Em outras palavras: a colonização precoce é o ponto de partida para ganhos zootécnicos, estimulando o sistema imune e dificultando a colonização de bactérias patogênicas, que podem estar presentes na ração, água, cama e ambiente de criação das aves.

Após realizada a colonização precoce, é importante manter a microbiota intestinal em equilíbrio durante toda a vida das aves, através do uso contínuo de probióticos e outros aditivos como: ácidos orgânicos, prebióticos e óleos essenciais.

Afinal, as aves são constantemente desafiadas por patógenos que colocam em risco a integridade intestinal e a rentabilidade do negócio.

Fonte: Por Bauer Alvarenga, gerente de Negócios da BioCamp Laboratórios

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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