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Avicultura

Poder de compra do avicultor de postura tem diminuído em relação ao farelo de soja nas primeiras semanas de abril

Para o ovo vermelho, o recuo foi de 4,9%, com a caixa de 30 dúzias comercializada atualmente a R$ 220,20, em média. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que as quedas estão atreladas à lentidão nas vendas.

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Foto: Shutterstock

O poder de compra do avicultor de postura paulista vem caindo frente ao farelo de soja nesta parcial de abril, chegando ao menor patamar dos últimos três meses.

Em relação ao milho, o desempenho se mostra estável. Segundo levantamentos do Cepea, os preços dos ovos e do cereal recuaram na mesma intensidade comparando-se as médias de abril com as de março, enquanto os valores do derivado de soja registraram baixa mais leve.

Em Bastos (SP), as cotações do ovo branco tipo extra, a retirar na granja (FOB), caíram 5% em relação a março, com a caixa de 30 dúzias passando de R$ 203,01 para R$ 192,79 nesta parcial do mês.

Para o produto vermelho, o recuo foi de 4,9%, com a caixa de 30 dúzias comercializada atualmente a R$ 220,20, em média. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que as quedas estão atreladas à lentidão nas vendas.

Fonte: Assessoria Cepea

Avicultura

Exportações de carne de peru do Paraná crescem em 2025

Embarques e receitas avançam no ano e sinalizam retomada gradual do setor após reestruturação da produção no estado.

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Foto: Sistema Faep

As exportações de carne de peru no Paraná voltaram a crescer em 2025. Dados do Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostram alta nos embarques e nas receitas geradas pelo segmento da proteína. Entre janeiro e outubro deste ano, o Estado exportou 12,2 mil toneladas de carne de peru, com receitas de US$ 38,7 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2024, o setor paranaense registrou altas de 12,7% e 53,9%, respectivamente.

O Paraná já foi o maior produtor nacional de perus. Em 2018, com o fechamento da planta de abates da BRF em Francisco Beltrão, na região Sudoeste, o setor diminuiu a produção e diversos avicultores migraram para outras atividades, como a criação de frangos de corte.

Em 2021, a BRF retornou ao município do Sudoeste, após a habilitação de uma planta de abates de peru para exportação ao México, maior parceiro comercial do Brasil nesse tipo de proteína.

Desde então, o Paraná vem retomando gradualmente a produção dessa ave para se aproximar dos patamares da década passada. Hoje, o Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional.

“O Sistema Faep esteve junto do produtor durante a crise no setor e vê com bons olhos essa retomada na produção e exportação de perus. Essa atividade tem um papel importante para a avicultura paranaense e esperamos que siga com esses bons índices para o próximo ano”, avalia o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Mercado interno

Paraná deve terminar 2025 com o maior crescimento na exportação de perus entre os estados da Região Sul

A produção de perus tem algumas particularidades em relação a outras proteínas. Uma delas é a importância do mercado interno no escoamento dos abates.

Em 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 49,6% dessa carne foram consumidas dentro do país, enquanto o restante seguiu para exportação. Na média, o consumo interno da proteína é de 297 gramas por habitante.

Historicamente, o peru produzido no Brasil passou por uma redução no tempo e peso de abate. Até a década de 1980, a ave era abatida com até 19 quilos, em um período de 112 a 140 dias. Atualmente, essas marcas reduziram para cinco quilos e janela de 60 a 62 dias.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Avicultura

Carne de frango registra queda nas exportações

Apesar da leve queda, a produção e os preços do frango permanecem estáveis, mantendo margens favoráveis para o setor.

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De acordo com dados do Itaú BBA Agro, as exportações brasileiras de carne de frango in natura tiveram desaceleração em novembro, passando de 435 mil toneladas em outubro para 395 mil toneladas no mês seguinte, uma queda de 5,2% em relação a novembro de 2024. No acumulado dos onze primeiros meses de 2025, o volume in natura caiu 7,8%. Ao incluir os produtos industrializados, a redução foi bem menor, de apenas 1,5%, mostrando que a indústria conseguiu compensar parte da queda nas vendas externas.

Apesar do recente anúncio de desbloqueio do mercado chinês, os embarques in natura para o país asiático permanecem zerados. Ainda assim, a diversificação dos destinos da carne de frango brasileira mantém a estabilidade do setor, com os Emirados Árabes Unidos como principal comprador, representando cerca de 10% do total.

No campo, os custos dos principais insumos da ração, como milho e farelo de soja, vêm subindo nos últimos meses. No Paraná, por exemplo, os preços desses insumos aumentaram 10% e 11%, respectivamente, entre julho e novembro. Segundo levantamento da Embrapa, porém, esses impactos ainda não foram totalmente absorvidos, e as margens seguem favoráveis, com spread estimado em torno de 41%, acima da média histórica de 35%.

Os preços do frango inteiro congelado em São Paulo permanecem estáveis desde o início de novembro, alinhados aos valores do fim do ano passado, com leve tendência de alta no curto prazo devido ao aumento sazonal da demanda durante o período de festas.

Quanto à produção, os dados do IBGE mostram que o setor manteve trajetória de crescimento ao longo de 2025. No terceiro trimestre, o abate de frangos avançou 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, e a produção cresceu 3,1%. No acumulado até setembro, os abates subiram 2,2% e a produção 2,9%, confirmando a expansão contínua da avicultura nacional.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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Avicultura

Brasil moderniza inspeção de abate de frango

Avanços em inspeção baseada em risco, digitalização de processos e novos sistemas de autocontrole buscam aumentar a eficiência sanitária e a competitividade das exportações.

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O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está passando por uma ampla transformação para modernizar e tornar mais eficiente o sistema de inspeção de abate de aves e outros produtos de origem animal.

De acordo com a diretora do Dipoa/Mapa, a médica-veterinária Juliana Satie o objetivo é construir um modelo de inspeção preparado para os próximos 10 anos, que seja ágil, transparente e com base em risco, conectando a tradição da inspeção e fiscalização sanitária com a inovação e a governança de dados. “Buscamos constantemente aprimorar os nossos processos para dar respostas mais rápidas e eficientes aos mercado, tanto interno quanto externo”, enfatizou Juliana, durante sua participação no 11º Encontro Avícola Empresarial Unifrango, realizado em meados de julho em Maringá (PR).

Nos últimos 10 anos, o Dipoa passou por grandes mudanças estruturais, focadas na regionalização, padronização de procedimentos e implementação de princípios de inspeção baseada em risco, como a transição de um modelo centrado por espécie para um modelo orientado por processos, além da verticalização do departamento. A diretora ressalta que essas mudanças permitiram maior eficiência e confiança junto a autoridades sanitárias internacionais.

Médica-veterinária e diretora do Dipoa/Mapa, Juliana Satie: “Nosso objetivo é ter processos cada vez mais integrados e automatizados, pensando 10 anos à frente” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A transformação digital é outro pilar do departamento. Sistemas robustos estão sendo desenvolvidos para coletar e tratar dados de autocontrole das empresas, agilizar a emissão de certificações e habilitações, e até reduzir custos com papel, especialmente em exportações para mercados como a China. “Estamos criando uma base de dados moderna, rápida e integrada, que poderá ser um hub para futuros módulos de autocontrole e estatísticas, garantindo mais previsibilidade para o setor”, explicou Juliana.

Entre as iniciativas está a implementação do Programa de Incentivo à Conformidade (PIC), regulamentado pelo Decreto 12.126, que fortalece modelos de inspeção baseados em risco e estabelece programas voluntários de autocontrole para estabelecimentos com padrões diferenciados. “A proposta busca agilizar processos, garantir prioridade em certificações e criar regras claras para a adesão de entes privados”, antecipou.

Outro exemplo prático é a modernização do sistema de inspeção de aves. De acordo com Juliana, a implementação do sistema de lavagem de carcaças pré-inspeção já foi adotada por 55% das 135 plantas de abate de aves habilitadas em menos de um ano. “Esse sistema permite reduzir riscos de contaminação gastrointestinal, garantindo mais segurança alimentar e credibilidade para os exportadores”, expôs Juliana.

O Dipoa/Mapa também avançou na centralização de habilitações, criação de sistemas informatizados de certificação e credenciamento de médicos-veterinários para otimizar a força de trabalho e a fiscalização. A expectativa é que essas mudanças reduzam prazos de resposta e aumentem a previsibilidade para empresas e autoridades. “Todos esses resultados refletem o compromisso da nossa equipe, que trabalha com agilidade, técnica e foco em melhoria contínua. Nosso objetivo é ter processos cada vez mais integrados e automatizados, pensando 10 anos à frente”, ressaltou a médica-veterinária.

Com essas ações, o Brasil busca consolidar um sistema de inspeção moderno, confiável e capaz de atender às demandas de um país produtor e exportador de alimentos, alinhando tradição, ciência e inovação.

versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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