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Plataforma automatizada vai monitorar vazio sanitário e pragas de culturas baianas
Inteligência artificial vai elaborar mapas de alerta das regiões que descumprirem o vazio sanitário
Com quase 2 milhões de hectares destinados à produção de soja e algodão, a Bahia aposta na incorporação de ferramentas tecnológicas para monitorar o campo durante o vazio sanitário. A medida, adotada para conter o aumento populacional de pragas entre uma safra e outra, vai ser controlada por meio de uma plataforma automatizada, prevista para entrar em operação em 24 meses. Ao analisar de maneira automática imagens aéreas ou orbitais, o sistema identificará as áreas que descumprirem o vazio sanitário, período em que o campo deve ficar sem cultivo a fim de impedir a continuidade do ciclo de pragas e doenças.
A solução tecnológica vai operar em ambiente digital, remotamente e em tempo real, utilizando recursos computacionais e técnicas de inteligência artificial, de forma a fornecer dados rápidos e precisos. O monitoramento é realizado atualmente por fiscais agropecuários, mas devido à grande extensão da área e à importância econômica das duas culturas, o estado baiano espera agilizar a coleta de dados fitossanitários para tomada de decisão.
A iniciativa faz parte de uma de cooperação técnica-financeira assinada entre a Embrapa Instrumentação (SP); a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba); a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), por meio do Setor de Processamento Digital de Imagens (SPDI); e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped).
O coordenador do estudo na Embrapa, Lúcio André de Castro Jorge, explica que o objetivo é desenvolver um pacote tecnológico capaz de monitorar, identificar plantas espontâneas na cultura do algodão e da soja, por meio de imagens aéreas ou orbitais, e gerar mapas de alertas de áreas que não seguem o vazio sanitário.
Estudo em etapas
Com prazo de execução de dois anos, a cooperação envolve recursos da ordem de quase R$ 1,6 milhão, disponibilizados pela Aiba. Em contrapartida, a Embrapa vai contribuir indiretamente com cerca de R$ 1,35 milhão, na forma de infraestrutura e pessoal.
As atividades serão desenvolvidas em nove etapas. A primeira é a definição das áreas para os testes. Lúcio Jorge revela que os próximos passos são o desenvolvimento da plataforma com as funcionalidades desejadas, bem como a criação de interface para conexão com bases de dados de imagens; seleção e aquisição de imagens de satélites com alta precisão que serão integradas às ferramentas.
Com mais de 20 anos de experiência em pesquisas envolvendo veículos aéreos não tripulados, o pesquisador diz que também serão desenvolvidos interface para visualização de mosaicos adquiridos pelos drones e de satélites de alta precisão; algoritmo de classificação para as culturas de algodão, soja, tigueras e pragas, baseado em inteligência artificial; voos com drones para captação de imagens e, por último, geração de mapas temáticos e de relatórios.
De acordo com o pesquisador, o uso de imagens de satélite pode ajudar a detectar problemas de vegetação assim que ocorrerem, permitindo que os agricultores saibam exatamente quando e onde agir. Sensores de última geração também poderão registrar imagens com alta precisão a 50 cm do solo para mapear plantios, com atualização semanal, ou a 5 cm, para identificar tigueras ou plantas voluntárias.
Mas ele explica que as imagens com sensores multiespectrais, produzidas por sobrevoos utilizando drones de asa fixa ou multirotores, também oferecem a resolução necessária para auxiliar na construção do modelo matemático e dos algoritmos que irão tornar o processo automático.
“Os drones oferecem sensores com precisão de 5 cm para mapear plantios e para identificar as tigueras ou voluntárias”, avalia. No entanto, o pesquisador propõe criar um sistema híbrido, aproveitando imagens de satélite, a fim de viabilizar a solução para grandes áreas a serem monitoradas, considerando o custo elevado desse processo.
Medida preventiva
Os experimentos serão realizados em municípios divididos em núcleos regionais e não por propriedades. O diretor da Adab, Oziel Oliveira, acredita que o vazio sanitário é uma medida eficiente e evita o uso excessivo de defensivos agrícolas, gerando economia aos produtores e agricultores.
No Brasil, 13 estados e o Distrito Federal adotam a medida por meio de normativas estaduais, a fim de reduzir a sobrevivência de pragas e doenças com alto potencial de danos econômicos em culturas como soja, feijão e algodão.
Tanto o vazio sanitário da soja como o do algodão são regulamentados e fiscalizados no estado baiano pela Adab, conforme as portarias estabelecidas. O pesquisador da Embrapa lembra que o estudo terá início com as duas culturas: a do algodão, cuja principal praga é o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), uma espécie de besouro, e da soja.
A praga do algodoeiro tem grande capacidade de infestação e destruição, além de habilidade para permanecer nas lavouras durante a entressafra. O bicudo utiliza a maçã do algodão para depositar os seus ovos e para alimentação, tornando impossível a formação da pluma.
“Vamos focar no monitoramento do bicudo a partir do controle das tigueras – plantas da cultura antecessora que infestam espontaneamente o cultivo seguinte – e nos alertas das áreas que não estejam respeitando o vazio sanitário”, conta o cientista.
Segundo Oliveira, a Adab pode aplicar sanções que vão desde advertências e multas até a interdição da propriedade e destruição de plantas afetadas ou cultivadas fora do calendário estabelecido.
Devido à extensão territorial e à diversidade climática, o estado foi dimensionado em três regiões para controlar o bicudo. A norma da Adab definiu períodos distintos de plantio, colheita, destruição e vazio sanitário.
No oeste, o período é de 20 de setembro a 20 de novembro, enquanto no sudoeste o vazio sanitário começa em 01 de setembro e vai até 20 outubro. Já a região de Baianopólis, Wanderley, microrregião do Campo Grande e em São Desidério, o período estabelecido é de 11 de setembro a 10 de novembro.
Além do vazio sanitário, também são adotadas a rotação de culturas e uso do controle químico para a cultura do algodão, com produção estimada em 1,28 milhão de toneladas na safra 2020/2021.
O diretor da Adab conta que atualmente a inspeção é realizada por fiscais estaduais agropecuários que monitoram toda a área com soja e algodão no estado durante o calendário anual de cultivo. Para isso, técnicos foram capacitados para filmar e fotografar as áreas usando drones.
A preocupação com medidas sanitárias levou a Adab a criar um setor específico, a fim de buscar soluções tecnológicas para a execução da Política Pública de Defesa Agropecuária do estado. Desde 2019, o Setor de Processamento Digital de Imagens, vinculado à Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, atua prestando suporte no planejamento, organização e operacionalização dos serviços, programas e ações desenvolvidas pela Adab.
“No entanto, diante da importância econômica das culturas da soja e do algodão para o estado e do desafio das atualizações permanentes das ações em tempo real, a Adab busca nesse projeto o desenvolvimento de um sistema informatizado de coleta e a criação de um banco de dados sobre as questões fitossanitárias presentes nas regiões”, relata Oliveira ao ressaltar a parceria com a Embrapa e a Aiba.
Segundo ele, a coleta de forma ágil e o processamento de dados vão possibilitar traçar estratégias de combate às pragas em um curto intervalo de tempo, impedindo a sua dispersão pelas plantações.
Oliveira adianta que, com a tecnologia da plataforma web, a Adab vai disponibilizar aos técnicos ferramentas, como tablets interligados à Rede Mundial de Computadores, em substituição aos formulários de procedimento manual. “Dessa maneira, acreditamos que iremos facilitar a detecção de pragas, a fiscalização do vazio sanitário e, principalmente, avaliar a eficácia de nossas ações”, pontua o diretor.
Lúcio Jorge acrescenta que com esses dados, que poderão ser acessados remotamente, os produtores irão acompanhar por meio de mapas indicadores as regiões com alterações na lavoura, bem como os alertas de ocorrências de tigueras. “Assim, poderão melhorar o manejo e controle de pragas no campo com custos mais baixos”, afirma o pesquisador.
Redução de prejuízos
De acordo com a 11ª edição do relatório Projeções do Agronegócio, a área ocupada com soja no País deve dobrar, chegando a mais de 46 milhões de hectares em 2029/2030. A produção deverá crescer 30% em relação à safra de 2019/2020, ultrapassando os 156 milhões de toneladas no fim da década.
Mas para continuar avançando, o Brasil enfrenta o desafio de combater pragas e doenças da cultura como a principal delas, a ferrugem asiática. O presidente da Aiba, Odacil Ranzi, diz que a doença pode causar grandes prejuízos aos produtores se não forem adotadas as boas práticas para o seu manejo, congregando ações estratégicas de prevenção e controle, preconizadas pela defesa sanitária vegetal.
Uma das medidas é o vazio sanitário, que compreende o período de 01 de julho a 07 de outubro no estado baiano. São 99 dias, período no qual o campo deve ficar livre de plantas. “A medida visa à remoção total de plantas vivas de soja, quebrando o ciclo do fungo”, esclarece Ranzi.
Segundo ele, os experimentos envolvendo o desenvolvimento da plataforma automatizada deverão ser realizados em dez municípios que concentram a produção de soja na região oeste baiana, estimada na safra 2020-2021 em 6,4 milhões de toneladas. A região que tem Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, entre outros municípios, é considerada um dos motores do agronegócio nordestino.
Embora o controle da ferrugem asiática não seja objeto do estudo por enquanto, o pesquisador Lúcio Jorge explica que vai aliar o monitoramento na cultura do algodão, usando técnicas de inteligência artificial contidas na plataforma, para também identificar plantas espontâneas durante o vazio sanitário da soja. “Vamos aproveitar a experiência no controle de pragas na cultura do algodão e, como consequência, poderemos estender mais tarde para a soja”, avalia.
Ranzi diz que, em função da rotação de cultura e do cultivo de variedades transgênicas, mesmo utilizando o controle químico e mecânico, ainda é comum restarem algumas plantas vivas em campo.
“Para isso, necessitamos de ferramentas eficientes que promovam sua rápida identificação, já que temos 1,7 milhão de hectares de soja e 268 mil hectares de algodão para monitorar nesta safra 2020/2021”, ressalta o presidente da Aiba.
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Sindirações apresenta dois novos associados
Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.
Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.
De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.
Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.
“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro
Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.
A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).
Milho
Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.
De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.
O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:
Trigo
Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.
Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.
Soja
No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.
Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.
Bovinos
Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.
A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.
Frangos
Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.
De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão – alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.
A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).
Suínos
Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.
De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.
Leite
Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.
De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.
Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.
Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.
Notícias
IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.