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Plantio do trigo avança no Brasil e preços seguem elevados

Mercado brasileiro de trigo segue atento às variações do dólar em relação ao real, que influenciam diretamente nos custos de importação

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Cleverson Beje

O mercado brasileiro de trigo segue atento às variações do dólar em relação ao real, que influenciam diretamente nos custos de importação. Apesar da queda de ontem, a moeda norte-americana segue valorizada em relação à brasileira, encarecendo a aquisição do grão no mercado externo. Os agentes também acompanham o início dos trabalhos de plantio pelo Brasil.

Por enquanto, as cotações domésticas se mantêm com pedidas firmes. Os produtores estão pouco dispostos a negociar, o que deixa reduzida a liquidez. Os compradores por sua vez buscam alternativas atrativas. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, a tendência ainda é de maior procura pelo cereal conforme há maior proximidade do encerramento desta temporada, no final de junho, e da colheita, em agosto, favorecendo a possibilidade de maiores recuperações de preços, principalmente se a taxa cambial seguir elevada.

Conab

A produção brasileira de trigo em 2020 deverá ficar em 5,433 milhões de toneladas, segundo o oitavo levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), subindo 5,4% sobre a temporada passada, quando foram colhidas 5,155 milhões de toneladas. Em abril, a Conab apostava em safra de 5,431 milhões de toneladas.

A Conab indica uma área plantada de 2,089 milhões de hectares, contra 2,040 milhões do ano anterior. A produtividade está projetada em 2.601 quilos por hectare, 3% acima do ano anterior, quando o rendimento ficou em 2.526 quilos por hectare.

IBGE

Para o IBGE, a produção do trigo foi estimada em 6,2 milhões de toneladas, crescimento de 27,7% em relação a março. Em relação ao ano anterior, a estimativa é 19,4% maior. A Região Sul deve responder, em 2020, por 88,7% da produção tritícola nacional.

No Paraná, a produção foi estimada em 3,5 milhões de toneladas, crescimento de 63,2% em relação ao mês anterior. O rendimento médio e a área plantada cresceram 55,4% e 5,0%, respectivamente. A produção paranaense subiu 64,1% em relação a 2019.

O Rio Grande do Sul deve produzir 1,9 milhão de toneladas, declínio de 17,5% em relação ao ano anterior e, Santa Catarina, 155,1 mil toneladas. Com informações do Departamento de Comunicação Social do IBGE.

Paraná

O plantio de trigo no Paraná atingia 35% de área até o último dia 11. Segundo o Departamento de Economia Rural do estado, o Deral, 80% das lavouras estavam em germinação e 20% em desenvolvimento vegetativo. A maioria das lavouras (69%) estavam em boas condições.

A semeadura de trigo chegava a 46% na área de abrangência da Cooperativa Coopavel, que atua em 17 municípios do oeste e sudoeste do Paraná, de acordo com relatório do dia 11 de maio. Conforme fonte da cooperativa, que concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS, a região recebeu chuvas que, apesar de irregulares, são benéficas ao plantio. A área a ser semeada está estimada em 99,5 mil hectares, ante cerca de 96 mil hectares na temporada passada. Das lavouras já semeadas, 14% estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 86% em emergência. A produtividade média está estimada em 3.540 quilos por hectare, ante 3.530 quilos na semana anterior.

O plantio de trigo em Palotina, no oeste do Paraná, atinge 80% da área projetada para 2020. A superfície deve ficar entre 4 e 4,3 mil hectares. Segundo o engenheiro agrônomo da C.Vale, Alan de Melo, os trabalhos avançaram significativamente na última semana e devem ser finalizados até o próximo dia 22. “As chuvas dos últimos dias encorajaram os produtores a voltarem a campo”, disse. O desenvolvimento atrasado das lavouras vem sendo motivo de preocupação. Até o momento, 50% estão em fase de emergência e 30% em início de desenvolvimento vegetativo. O ideal seria que todas as áreas já tivessem sido plantadas e emergidas. Ainda assim, o término da semeadura até o final do mês permite projetar uma situação favorável para a colheita antes da época chuvosa em setembro. A produtividade para esta safra é estimada entre 57 e 60 sacas por hectare.

Rio Grande do Sul

O plantio de trigo atinge 5% da área em Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrirosa, Taciano Reginatto, a chegada de chuvas nessa semana paralisou os trabalhos. No final de semana, os produtores devem voltar a campo e a semeadura deve avançar significativamente. Ele projeta que o implante atinga 70% até o final do mês. A área no município é estimada entre 10 e 11 mil hectares. A produtividade é esperada em 50 sacas por hectare.

Fonte: Agência SAFRAS

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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