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Plantio de trigo começa pela região Norte do Estado

Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária acompanha a colheita de soja e milho, além de apresentar a situação de outros produtos agropecuários do Paraná.

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Foto: Gilson Abreu/AEN

O plantio de trigo começou no Paraná abrindo a safra de inverno para o principal produto desse período, enquanto a de verão caminha para o término da colheita. Os trabalhos envolvem municípios mais ao Norte do Estado. As informações estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 31 de março a 6 de abril.

Respeitando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o plantio do trigo iniciado no Norte do Paraná deve se estender até pelo menos o final de maio. Mas os trabalhos ainda não ganharam intensidade, em razão da prioridade dada à colheita da soja e plantio de milho segunda safra, que estavam atrasados.

Esse atraso é um dos fatores que levaram ao incremento de 13% na área de trigo neste ano, comparativamente a 2002, devendo chegar a 1,36 milhão de hectares. A parte financeira também contribui nessa motivação do triticultor. No ano passado, grande parte dos produtores teve margens positivas e agora aposta que se repita, ainda que os preços tenham recuado.

Como consequência da expectativa de rentabilidade, alguns produtores testaram plantios mais precoces (março), com vistas a conseguir semear uma segunda safra no outono/inverno. No entanto, devido ao alto risco agronômico e financeiro, o volume de área não alcança 1%.

Milho e soja

A colheita da primeira safra de milho chegou a 70% da área total estimada em 387 mil hectares. Os trabalhos estão atrasados em relação à média histórica para o período. Já a segunda safra teve o plantio praticamente encerrado, com 99% dos 2,5 milhões de hectares semeados.

O clima favorável dos últimos dias propiciou avanço de 12 pontos porcentuais na área colhida de soja na última semana. Foram colhidos aproximadamente 700 mil hectares. Esses números estão próximos da média histórica para o período, trazendo normalização para a cultura.

Aves e bovinos

A Embrapa Suínos e Aves apontou que o custo de produção do frango no Paraná teve aumento de 2,43% em fevereiro, o que representou R$ 0,13 por quilo em relação ao mês anterior. O valor médio ficou em R$ 5,47 o quilo.

O documento registra ainda que o anúncio da retomada das importações chinesas de carne bovina, em 23 de março, fez a arroba saltar de R$ 276,25 para R$ 292,90. Com o clima favorável e escalas de abate confortáveis em muitas regiões, o preço não deve sofrer grandes variações no curto prazo.

Agrotóxicos

O boletim também trata do Programa Estadual de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, instituído em 2011 pela Secretaria de Estado da Saúde, que tem objetivo de avaliar os níveis de resíduos desses biocidas nos alimentos.

Feijão 

Em relação ao feijão, o boletim aponta que na última semana os preços se mantiveram estáveis comparativamente à semana anterior. O feijão de cores foi comercializado em média a R$ 408,00 a saca, enquanto o tipo preto ficou em R$ 267,00.

A primeira safra teve a colheita encerrada no início de março. A segunda está a campo em área de 296 mil hectares, com produção estimada em 589 toneladas. O desenvolvimento é considerado satisfatório, com 93% da área em boas condições e o restante, medianas.

O Boletim n.º 01/2023 de Vigilância e Atenção à Saúde das Populações Expostas aos Agrotóxicos 2020-2023 apontou a coleta das 800 amostras de alimentos mais consumidos nas Ceasas do Paraná, em supermercados e alimentação escolar. Observou-se que, dos 25 produtos da horticultura, sete apresentaram níveis críticos e altos riscos de exposição aos venenos agrícolas.

Fonte: Assessoria AEN

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GTFoods prevê crescimento de 10% nas exportações de frango e Conab tem projeções otimistas para 2025 

Passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a empresa investe em mercados estratégicos e segue fortalecendo a presença internacional. 

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Foto: Divulgação/GTFoods

A GTFoods, uma das principais indústrias brasileiras no setor avícola, projeta um crescimento expressivo nas exportações de carne de frango para 2025, embasada em previsões otimistas divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal prevê que a produção nacional de carne de frango aumente 1,7% em 2024, atingindo 15,2 milhões de toneladas, e cresça mais 2,1% em 2025, alcançando 15,5 milhões de toneladas. Além disso, as exportações brasileiras de carne de frango devem avançar 1,9% em ambos os anos, totalizando 5,1 milhões de toneladas em 2024 e 5,2 milhões de toneladas em 2025.

Com uma meta de crescimento de exportação de 10%, passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a GTFoods se prepara para reforçar sua presença em mercados estratégicos, como China, Europa, México, Oriente Médio e África do Sul. “Essas projeções refletem o potencial de crescimento e a vantagem competitiva do Brasil no mercado global. Com estoques bem ajustados e um câmbio favorável, estamos prontos para expandir nossas operações e aproveitar essas oportunidades”, afirma Rafael Tortola, CEO da GTFoods.

Para sustentar seu crescimento e fortalecer a competitividade, a GTFoods investe continuamente em certificações e melhorias na qualidade dos processos, com um portfólio de cerca de 30 produtos voltados para exportação.

“Nosso compromisso com a inovação e a segurança alimentar garante o atendimento aos mais altos padrões de qualidade, o que nos torna um parceiro confiável para o mercado global”, destaca Kendi Okumura, gerente de exportação.

Fonte: Assessoria GTFoods
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BRF adquire planta de processados na China para expandir atuação na Ásia

Investimento de cerca de R$ 460 milhões marca o início de operações industriais da empresa no mercado chinês, onde já está presente comercialmente.

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Foto: Divulgação/BRF

A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, anuncia a aquisição de uma moderna fábrica de processados na província de Henan, China. A transação marca um passo significativo para a Companhia que passa a contar com uma operação industrial no mercado chinês, onde já comercializa proteína animal. Construída em 2013, a planta possui duas linhas de processamento de alimentos, com capacidade atual de cerca de 30 mil toneladas por ano e potencial para expansão. Serão investidos cerca de R$ 460 milhões ou 580 RMB, sendo R$ 250 milhões ou 310 RMB na aquisição e o restante em capex para adequações e para expansão de duas linhas de hamburguer. Os investimentos devem gerar cerca de 850 novos empregos e capacidade adicional de cerca de 30 mil toneladas por ano, dobrando a capacidade da fábrica para cerca de 60 mil toneladas por ano. A previsão é que a nova unidade produtiva esteja operando sob a gestão da BRF ainda no primeiro trimestre de 2025.

A aquisição do ativo está alinhada à estratégia de ampliar a presença global da companhia por meio da diversificação do seu footprint e fortalece a competitividade da BRF, com o avanço na oferta de produtos de valor agregado. A unidade produtiva possui uma linha de alimentos processados que permitirá à empresa responder de maneira mais eficaz às demandas regionais. Além disso, o acesso direto ao mercado chinês, um dos maiores mercados consumidores de proteínas do mundo.

O investimento representa uma oportunidade significativa para expandir a base de clientes e impulsionar as vendas da Companhia. A decisão também potencializa o uso da matéria-prima brasileira, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis e de alta qualidade.

A criação de um hub de exportação na nova localização abre oportunidades para atender mercados internacionais de forma mais eficiente, otimizando a logística e facilitando a distribuição para outros países. A plataforma comercial da BRF, incluindo clientes e escritórios comerciais estrategicamente localizados, será um diferencial importante nesse processo. As marcas da BRF, com destaque para a marca global Sadia, e os produtos da empresa estarão presentes em diversos canais, incluindo varejo e food service, incluindo grandes redes de contas globais. A possibilidade de explorar ainda mais o segmento de food service é uma oportunidade significativa, especialmente em um mercado em crescimento como o chinês, que é um dos mais relevantes, junto com o Oriente Médio e o Norte da África.

A fábrica está localizada em Henan, província no Vale do Rio Amarelo, na região central da China, conhecida como o lugar de origem da civilização chinesa. Trata-se da terceira área mais populosas da China, com cerca de 100 milhões de habitantes. A região é um ponto estratégico de acesso a um mercado de grande potencial.  A matéria-prima utilizada na fábrica poderá ter origem tanto na própria China, quanto nas operações da BRF e Marfrig, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis. As fábricas da BRF e Marfrig no Brasil, Argentina e Uruguai estão habilitadas para o envio de matéria-prima, garantindo um fornecimento contínuo e de alta qualidade.

Potencial

Henan, uma das províncias mais populosas e a quinta maior economia da China, destaca-se como um eixo estratégico de logística. Com 99,4 milhões de habitantes, a província é essencial para o transporte de mercadorias, conectando as regiões norte e sul do país por meio de uma infraestrutura robusta e bem distribuída. Localizada no centro da China, Henan abriga 266 mil km de rodovias, dos quais 7 mil km são rodovias expressas, além de 6.500 km de ferrovias e 1.400 km de ferrovias de alta velocidade. Seus dois aeroportos internacionais reforçam o papel da província como um importante centro logístico.

Fonte: Assessoria BRF
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Abiove projeta números recordes para complexo da soja em 2025

Expectativa é de que a produção de soja alcance 167,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve chegar a 57 milhões de toneladas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projetou o balanço de oferta e demanda para 2025 com números recordes para o complexo da soja. A expectativa é de que a produção de soja alcance 167,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve chegar a 57 milhões de toneladas.

Para o farelo de soja, a estimativa de produção é de 44 milhões de toneladas, e para óleo de soja, 11,4 milhões de toneladas. As exportações também devem atingir novos patamares, chegando a 104,1 milhões de toneladas de grãos. Para o farelo, as estimativas indicam aumento para 22,9 milhões de toneladas, enquanto a comercialização de óleo de soja deve se manter em torno de 1 milhão de toneladas. Ao todo, as exportações devem gerar receitas totais da ordem de US$ 50,8 bilhões. Além disso, espera-se um aumento na importação de óleo de soja, alcançando 150 mil toneladas, e de 500 mil toneladas de soja para suplementar o mercado.

Atualizações de 2024

As estatísticas mensais do complexo da soja até setembro de 2024 também foram atualizadas. A produção de soja se manteve estável, encerrando o ciclo em 153,3 milhões de toneladas e um esmagamento de 54,5 milhões de toneladas. A produção de farelo e óleo de soja permanece inalterada.

Processamento Mensal

Em setembro de 2024, o processamento foi de 4,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 5,5% em relação a agosto, mas um aumento de 2,4% em comparação com setembro de 2023 quando ajustado pelo percentual amostral de 90,6%. No acumulado do ano, houve uma redução de 0,3% em relação a 2023, considerando a correção amostral.

Exportação e Importação

O volume de exportação de soja projetado para 2024 cresceu 0,5%, totalizando 98,3 milhões de toneladas; as de farelo e de óleo estão mantidas em 22,1 milhões de toneladas e 1,3 milhão de toneladas, respectivamente.

Fonte: Assessoria Abiove
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