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Plantas voluntárias de milho favorecem sobrevivência e reprodução da cigarrinha do milho

Para evitar prejuízo aos agricultores, Embrapa, Adapar e IDR lançam campanha inédita para eliminação de plantas voluntárias do milho

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Divulgação/Yvi Leise

A sanidade da lavoura faz toda a diferença para que o agricultor tenha bons resultados e não gaste dinheiro com produtos desnecessários. Para reforçar esta importância, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a Embrapa Milho e Sorgo, o IDR-Paraná, o Sindicato Rural e o Conselho de Sanidade Agropecuária de Marechal Cândido Rondon estão lançando uma campanha inédita para que agricultores eliminem as plantas voluntárias de milho presente nas lavouras.

O que acontece, explica o engenheiro agrônomo e fiscal da Adapar, Anderson Lemiska, é que estas plantas voluntárias  favorecem a sobrevivência e reprodução da cigarrinha do milho, que é o vetor da doença chamada enfezamento do milho. A doença é causada por patógenos chamados de molicutes (Spiroplasma kunkelii e Phytoplasma), que infectam os tecidos do floema das plantas. “Existem diversas medidas de controle e prevenção. E esta campanha é uma delas”, afirma.

Para se ter uma ideia da situação, em 2019 pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo estiveram nos municípios de Marechal Cândido Rondon e Mercedes, no Oeste do Paraná, e em algumas lavouras de milho observaram alta incidência da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) e sintomas típicos dos enfezamentos, além de tombamento e morte súbita de plantas. Para verificar a presença dos patógenos nas lavouras, foram coletadas dezenove amostras de folhas de milho que foram submetidas a exame laboratorial por meio de análise molecular. Do total amostrado, onze amostras (57,9%) acusaram a presença de espiroplasma e não foi detectada a presença de fitoplasma.

O relato de problemas relacionados aos sintomas de enfezamentos na região Oeste Paranaense são recentes e até o momento ocorreu em áreas isoladas. “Dessa forma, os produtores devem ficar atentos e realizar o manejo adequado para evitar a presença de cigarrinha do milho em sua propriedade e assim mitigar os danos causados pelos enfezamentos”, comenta o fiscal da Adapar.

Neste contexto, explica Lemiska, a Adapar recomenda aos produtores da cultura do milho busquem informações, sobre as pragas em questão, para a identificação do seu vetor (transmissor) e a realização de monitoramento nas áreas com a cultura, visando auxiliar o diagnóstico por um profissional de agronomia e a necessidade de recomendação de controle. “Vale lembrar que, caso seja recomendado o controle químico, o profissional deve prescrever agrotóxico cadastrado na Adapar e o agricultor utilizar o produto conforme prescrito no receituário agronômico, respeitando as recomendações de dose, cultura, praga e intervalo entre aplicações. Deve-se evitar uso irregular e desnecessário de agrotóxico, fato que pode acelerar a resistência das pragas, elevar o custo de produção e a contaminação ambiental”, informa.

Medidas preventivas de controle

De acordo com a pesquisadora da Embrapa, Dagma Dionísia da Silva, em diferentes lavouras e híbridos foi possível observar variação na incidência e na severidade dos danos pelos enfezamentos. “As  cigarrinhas infectadas migram de lavouras mais velhas para mais novas e transmitem os patógenos para plântulas e plantas jovens sadias, ou seja, ainda no início do ciclo de desenvolvimento da cultura. Esse fato, associado às várias épocas de plantio e a fatores climáticos, provavelmente contribuiu para a incidência de enfezamentos na safra de milho 2018/19”, explica.

A pesquisadora comenta que na região visitada, a colheita antecipada de soja e a colheita regional de fumo proporcionaram a semeadura de milho no período de outubro a dezembro, favorecendo a criação de intensa “ponte verde” entre as lavouras, o que favoreceu as populações de cigarrinha e a transmissão dos patógenos, aumentando a incidência de enfezamentos. “Além do milho tiguera, pesquisas mostram que a cigarrinha pode utilizar outras culturas como o sorgo, a Braquiária ruziziensis e o milheto para abrigo, sobrevivendo no sorgo e na braquiária por até três semanas e no milheto por até cinco semanas”, diz. Dagma explica que em áreas em que foi realizado o tratamento de sementes (TS) e pulverizações contra insetos na fase de inicial do cultivo, pode ter ocorrido redução na ocorrência da cigarrinha e, consequente, redução na incidência de enfezamentos.

Dessa forma, ela sugere algumas medidas preventivas para reduzir a ocorrência de enfezamentos na safrinha de milho 2020:

– Participar de reuniões técnicas para conhecer as questões fitossanitárias relacionadas à cultura do milho, bem como sobre a identificação da presença do inseto vetor (cigarrinhas), os sintomas das doenças nas plantas e sobre o manejo e as medidas preventivas para evitar a presença de cigarrinhas e pragas nas lavouras;

– Eliminar as tigueras/plantas invasoras de milho em outros cultivos, os quais permitem a sobrevivência e multiplicação da cigarrinha, Dalbulus maidis, e agem como fonte de inóculo para os enfezamentos. Vale ressaltar que, além da cigarrinha, outros insetos e patógenos de outras doenças também podem sobreviver no milho tiguera.

– Selecionar para o plantio, sementes de híbridos de milho com resistência/tolerância aos enfezamentos, adaptados e recomendados para as épocas de plantio em cada região. Essa é até o momento, a  medida mais eficaz para manejo e convivência com os enfezamentos. Informações podem ser obtidas junto às empresas de produtoras de sementes e em publicações sobre o assunto;

– Evitar a semeadura de milho em datas variadas na mesma região, para evitar as ‘pontes verdes’. Atenção às áreas menores onde já existe histórico de ocorrência de cigarrinha e enfezamentos de forma a evitar que os plantios realizados fora de época proporcionem “ponte verde” no milho e, permitam que as populações de cigarrinha se concentrem nessas áreas;

– Monitorar a presença de cigarrinha nas lavouras em todas as safras e considerar o histórico de ocorrência de insetos; e

– Ficar atento à presença de cigarrinhas nas fases iniciais da lavoura, pois quanto mais cedo a planta for infectada, maior é a poderão ser os danos econômicos nas lavouras. Dessa forma, o tratamento de sementes associado ao controle químico da cigarrinha pode ser uma medida inicial para o manejo do vetor e, por consequência, da doença.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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