Empresas
Plano Safra traz novidades para quem deseja solicitar crédito
Em relação às taxas de juros neste ano-safra, houve queda
Por Marilucia Dalfert*
O governo federal lançou, no início de junho, o Plano Safra 2017/2018, no qual serão disponibilizados R$ 188,3 bilhões em crédito rural. Para atender as necessidades dos seus mais de 600 mil associados ligados à agricultura familiar ou empresarial, o Sicredi disponibiliza linhas de crédito para custeio, comercialização e investimento.
Porém, antes de solicitar o recurso, é fundamental que o produtor já tenha se organizado para o processo transcorrer de maneira mais ágil e simples. Em primeiro lugar, uma dica muito importante para o associado que pretende solicitar o crédito rural é fazer o planejamento do que vai plantar, qual é a área de cultivo e o orçamento necessário, com base na análise de solo e sob orientação técnica profissional sobre o uso dos insumos e os demais serviços que serão utilizados.
Para este ciclo, existem algumas novidades que devem ser levadas em consideração, entre elas a revogação – a partir de janeiro de 2018 – da possibilidade de financiar insumos adquiridos até 180 dias antes da formalização do custeio. Assim, é necessário que antes de realizar a compra dos itens que compõe o orçamento para a implantação do seu empreendimento, no ano que vem, os associados já procurem a agência do Sicredi para encaminhar a solicitação do custeio.
Em relação às taxas de juros neste ano-safra, houve queda. Na agricultura empresarial, a redução foi de 1 ponto percentual. Já no Pronamp (linha destinada ao médio produtor rural para o financiamento das despesas de produção na sua atividade), a taxa caiu de 8,5% para 7,5% e, para os demais produtores, de 9,5% para 8,5%. Na agricultura familiar, atendida pelo Pronaf, não houve alteração nas taxas.
Também ocorreram mudanças importantes em relação ao direcionamento de recursos que obrigatoriamente as instituições financeiras precisam destinar para o crédito rural. Agora, a fatia desse montante que é destinada ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) subiu de 10% para 20% enquanto que a elevação no Pronamp foi de 13% para 15%. Isso demonstra o movimento realizado pelo governo federal para concentrar o atendimento destes públicos com recursos oriundos da exigibilidade bancária e reduzir a necessidade de equalização de recursos, o que, por consequência, reduz o custo para os cofres públicos.
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 3,5 milhões de associados e atuação em 21 estados brasileiros, prevê um aumento de 20% em relação ao volume de recursos disponibilizados no Plano Safra 2016/2017. Disponibilizaremos mais de R$ 14,8 bilhões em crédito rural, projetando atingir mais de 195 mil operações, sendo aproximadamente R$ 13,2 bilhões para as operações de custeio, comercialização e investimento, e R$ 1,7 bilhão em operações de investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Entre os principais fatores para este crescimento está o constante trabalho de captação de poupança rural que as cooperativas de crédito que formam o Sicredi têm realizado. É a partir da captação em poupança rural que acontece a disponibilização de recursos para o crédito rural. É este trabalho de “ciclo virtuoso” que tem viabilizado, nos últimos dois anos-safra, o atendimento de mais de 50% das demandas de crédito rural dos associados com esta fonte de recurso. Outro fator relevante é o aumento dos volumes das portarias de equalização negociados com o governo.
Conhecendo as novidades do Plano Safra 2017/2018 e tendo realizado o planejamento técnico da produção, é hora de o associado procurar sua cooperativa de crédito filiada ao Sicredi para conversar sobre as suas necessidades. Com isso, antes de dar andamento à proposta e demais procedimentos para aprovação e liberação do crédito, ele vai receber todas as orientações sobre quais produtos e serviços podem auxiliá-lo a atingir seus objetivos, sempre de forma responsável e sustentável. O planejamento e a consultoria adequada são fundamentais para que não aconteçam surpresas desagradáveis ao longo do ano-safra e o resultado planejado seja atingido.
* Marilucia Dalfert é gerente de Crédito Rural do Banco Cooperativo Sicredi
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
Empresas
Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

