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Plano Safra 2023/2024 para pecuária de leite em pauta na Fenasul Expoleite

Dentre as principais demandas do setor para o Plano Safra estão a formulação de modalidade no Proagro e no Seguro Rural para amparar o custeio da pecuária de leite, além do rebate de 30% na renda bruta anual para o enquadramento do agricultor familiar no Pronaf.

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Foto: Julia Chagas/Seapi

Representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estiveram reunidos, nesta sexta-feira (19), durante a 17ª Fenasul e 44ª Expoleite no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio (RS). Eles debateram, entre outros assuntos, medidas do Plano Safra 2023/2024, elaborado pelo governo federal, para a pecuária de leite. O encontro foi conduzido pelo coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, que também é vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

O engenheiro agrônomo da Fetag, Kaliton Prestes, abordou as perspectivas de linha de crédito, taxas de juros, limites de financiamento do Plano Safra 2023/2024 para a pecuária de leite. “Acredito que o Plano deverá focar na produção de leite com condições melhores para o agricultor produzir”, disse. Segundo dados de 2021 da Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul possui hoje 137.449 produtores de leite.

Conforme Prestes, as principais demandas do setor para o Plano Safra são a formulação de modalidade no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e no Seguro Rural para amparar o custeio da pecuária de leite; e o rebate de 30% na renda bruta anual para o enquadramento do agricultor familiar no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“O setor está preocupado também com o aumento da importação de leite do Uruguai e da Argentina. Pois lá os produtores têm maiores subsídios que os produtores brasileiros, ficando uma condição desigual”, destacou.

Sobre esse assunto, o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, enfocou as linhas de ações de competitividade que a Argentina e o Uruguai adotaram com o setor lácteo de seus países, para ajudar na atual crise financeira que abala a cadeia produtiva do leite.

A questão do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do RS (Fundoleite) também foi abordada. O coordenador-geral das Câmaras Setoriais e Temáticas e diretor-geral adjunto da Seapi, Clair Kuhn, afirmou que o processo de liberação dos recursos do Fundoleite tem evoluído, precisando resolver algumas pendências jurídicas. Kuhn destacou ainda que a Secretaria de Agricultura tem acompanhado as tratativas relacionadas ao Plano Safra, no âmbito do governo federal.

Encaminhamento

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, afirmou que será enviado um ofício para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e para o Parlamento do Mercosul (Parlasul) dizendo que o leite importado da Argentina e do Uruguai está desestabilizando o comércio local e que é preciso que o governo brasileiro tome algumas medidas para reverter essa situação.

Fonte: Assessoria Seapi

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Praga ameaça até 70% da produtividade do milho no Brasil

Campanha reforça necessidade de manejo integrado e alerta para risco elevado de perdas na produção.

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As ameaças de pragas às lavouras de milho, sobretudo aquelas capazes de transmitir doenças que podem reduzir em até 70% a produtividade, têm mobilizado entidades e especialistas a reforçar a adoção de práticas de manejo no campo. Entre elas está o inseto Dalbulus maidis, que deixou de ser considerado praga secundária em 2015 e passou a figurar entre os principais riscos à cultura, com surtos mais intensos em estados como Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Fotos: Divulgação

Com o objetivo de orientar produtores sobre medidas eficientes para prevenir o enfezamento e controlar a disseminação de patógenos, a CropLife Brasil (CLB) conclui em novembro a última etapa da Campanha de Boas Práticas Agrícolas (BPAs). “O milho ele é um dos pilares do sistema de plantio direto (SPD) e uma cultura estratégica, quando se fala em alimentação animal, bioenergia, e principalmente, para a balança comercial do país”,expõe o especialista em Assuntos Regulatórios de Defensivos Químicos na CropLife Brasil, Pedro Duarte.

Nas últimas safras, a praga figura como uma das principais ameaças ao milho, causando perdas significativas conforme o nível de infestação. Diante desse cenário, a CropLife tem intensificado treinamentos e estimulado a adoção de boas práticas agrícolas, entre elas o uso de sementes tratadas, híbridos tolerantes, rotação de culturas e sincronização das semeaduras, para reduzir a pressão do inseto e fortalecer o manejo no campo. “Essas medidas, aliadas ao uso responsável e complementar de inseticidas químicos e biológicos, são fundamentais para reduzir a pressão do inseto, preservar a efetividade dos métodos de controle e garantir a sustentabilidade da produção de milho no Brasil”, ressalta Duarte.

A CLB possui acordo de cooperação técnica firmado com as unidades da Embrapa Cerrados e Milho e Sorgo, que contempla 20 atividades e tem o objetivo básico de desenvolver estudos aplicados do tema em áreas de produção de sementes e grãos no Brasil.

Foto: Divulgação

O que é e por que é ameaça

A cigarrinha-do-milho é um inseto de apenas 3,7 a 4,3 mm de comprimento, de coloração branco-palha, que lembra a mosca-branca. O primeiro grande relato de aparição foi datado em 1985, em Minas Gerais.

Embora quase imperceptível para quem não está familiarizado com a espécie, a praga apresenta potencial perigo devido a sua alta capacitada reprodutiva e dano ativo pela sucção contínua da seiva de plantas.

Cada fêmea é capaz de depositar 400 a 600 ovos, resultando em populações numerosas, com ciclo de vida entre 15 e 27 dias, permitindo a formação de duas ou mais gerações dentro do mesmo período de cultivo do milho.

Além do dano direto, o inseto representa um risco ainda maior por atuar como vetor de patógenos que infectam o milho. Em altas populações, pode desencadear os chamados enfezamentos, doenças de caráter vascular e sistêmico que comprometem o desenvolvimento da planta. Entre as mais comuns estão o enfezamento-vermelho, o enfezamento-pálido e a virose da risca, todas capazes de provocar perdas significativas na produtividade.

Entre as principais commodities

O milho é uma das principais commodities do Brasil. Hoje, o país é o terceiro maior produtor mundial da cultura, atrás da China e dos

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Estados Unidos, respectivamente. Além da relevância na produção, em 2023, o Brasil foi o maior exportador global de milho, superando inclusive os EUA.

Na safra de verão 2024/2025, a produção brasileira alcançou 24,9 milhões de toneladas, enquanto a safrinha de 2025 registrou 109,5 milhões de toneladas. O rendimento médio foi de 6.320 kg por hectare, evidenciando a eficiência da produção nacional.

Monitoramento e manejo

Nenhuma medida de controle isolada é capaz de eliminar totalmente a cigarrinha-do-milho. Por isso, a adoção de práticas de manejo orientadas pelas boas práticas agrícolas, preferencialmente em nível regional, pode auxiliar a reduzir as populações da praga e seus impactos. A eficácia deste processo requer monitoramento da lavoura desde os estágios iniciais e adoção de medidas rápidas com controle químico, biológico ou captura massiva na lavoura.

Entre as principais ações estão a eliminação das plantas voluntárias na entressafra, para evitar que funcionem como hospedeiras; o uso de cultivares mais resistentes ou tolerantes, reduzindo a vulnerabilidade da lavoura; a aplicação criteriosa de controle químico nas fases iniciais da cultura, quando as plantas são mais suscetíveis; e a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina diferentes estratégias de forma coordenada e sustentável.

Campanha de conscientização

A campanha de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) conduzida pela Croplife Brasil visa conscientizar produtores, trabalhadores rurais e consumidores sobre o uso responsável das tecnologias no campo. O objetivo é estabelecer uma iniciativa permanente para fortalecer a relação entre a produção sustentável de alimentos e os desafios globais de sustentabilidade que impactam o agronegócio, além de capacitar o setor com ferramentas e informações sobre essas práticas, que são fundamentais para gerar impactos positivos na agricultura e no planeta.

Além disso, a entidade mantém a plataforma de treinamento Conecta, que possui dois módulos (9 e 10) destinados ao manejo integrado de pragas, entre outros que abordam o uso de tecnologia de aplicação segura e correta. Todo o conteúdo da campanha está disponivel para download.

Fonte: O Presente Rural com CropLife Brasil
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China mira cooperação com Bahia em saúde animal e genética

Acordo em discussão com a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas prevê pesquisa conjunta, novos métodos de diagnóstico e tecnologias acessíveis para produtores baianos.

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Fotos: Manuela Cavadas

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (CAAS) discutiram, na segunda-feira (17), novas possibilidades de cooperação voltadas à biossegurança animal, ao melhoramento genético e ao desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao campo. A aproximação também abre caminho para intercâmbio científico, pesquisa conjunta e acesso a insumos e metodologias mais acessíveis para o setor agropecuário baiano.

Para o secretário estadual de Agricultura, Pablo Barrozo, o diálogo reforça o compromisso da Bahia em avançar na modernização produtiva. “O estado está estruturando um ecossistema de inovação e vê na China um parceiro estratégico para tecnologias aplicadas à saúde animal, ao melhoramento genético e ao fortalecimento da defesa agropecuária. Essa troca pode gerar ganhos diretos para pequenos e médios produtores”, afirmou.

A reunião ocorreu durante a visita do pesquisador chinês Dr. Guangzhi Zhang à Seagri. Referência internacional em prevenção e controle de zoonoses, Zhang atua no Instituto de Ciências Animais da CAAS, em Pequim, onde lidera estudos em métodos de detecção, patogênese e vacinas para doenças como brucelose e tuberculose bovina. A agenda foi articulada pela pesquisadora da UFBA, Dra. Silvana Marchioro, que acompanhou a visita ao lado do professor Luis Pita.

Cooperação institucional e oportunidades para o setor

O secretário destacou o papel do Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (CETAB) e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) como instituições-chave para validação de tecnologias, testes de campo e implementação de projetos-piloto no território baiano. Durante a reunião, foram alinhadas frentes de cooperação em áreas estratégicas, como: melhoramento genético e produtividade animal; desenvolvimento de métodos de diagnóstico precoce; pesquisas conjuntas; fortalecimento da saúde e defesa agropecuária.

A parceria com a CAAS coloca o estado em uma agenda de inovação estratégica. “A Bahia está pronta para construir pontes que fortaleçam a produção, ampliem a segurança sanitária e gerem novas oportunidades para quem vive e trabalha no campo”, enfatizou Barrozo.

A expectativa é que a cooperação estabeleça bases sólidas para avanços estruturantes no setor. A longo prazo, a Bahia, que possui o maior rebanho caprinovinocultor do Brasil, terá condições de elevar padrões produtivos e ampliar a oferta de proteína animal de alta qualidade.

Para a pesquisadora Silvana Marchioro, a colaboração pode ampliar significativamente a capacidade científica e tecnológica do estado. “A China domina tecnologias de ponta e produz em escala, o que reduz custos e amplia o acesso a insumos essenciais. Essa parceria aproxima a universidade de soluções aplicadas ao campo, e o professor Zhang demonstrou grande interesse em colaborar com a Bahia”, frisou.

Fonte: Assessoria Governo da Bahia
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Brasil deve romper barreiras históricas na produção e exportação de soja em 2026

Estimativas indicam safra de 177,7 milhões de toneladas e exportações recordes, em cenário de maior processamento e fortalecimento da cadeia.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou novas estimativas para o balanço de oferta e demanda do complexo da soja em 2026, reforçando a expectativa de resultados inéditos para o setor. A produção nacional está projetada em 177,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve atingir 60,5 milhões de toneladas, impulsionando também os volumes industriais: a produção de farelo está estimada em 46,6 milhões de toneladas, e a de óleo de soja deve chegar a 12,5 milhões de toneladas.

Foto: Jaelson Lucas

No comércio exterior, as projeções mantêm o Brasil em trajetória ascendente. A Abiove prevê a exportação de 111 milhões de toneladas de grãos, além de 24,6 milhões de toneladas de farelo e 1,2 milhão de toneladas de óleo, este último com alta de 20% em relação ao ciclo anterior.

As importações devem permanecer em níveis moderados: cerca de 125 mil toneladas de óleo de soja e 500 mil toneladas de grãos, destinadas ao abastecimento interno. “Mesmo com ajustes pontuais, os números reforçam a solidez da cadeia da soja e a capacidade do setor em responder às demandas do mercado interno e externo com eficiência. A expansão do processamento, somada ao ritmo consistente das exportações, confirma o papel estratégico do Brasil no comércio internacional do complexo da soja”, afirma Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove.

Desempenho em 2025

Os dados consolidados até setembro de 2025 também mostram avanço do setor. A produção de soja no ciclo alcançou 172,1 milhões de

Foto: Alvaro Rezende

toneladas, enquanto o esmagamento projetado foi de 58,5 milhões de toneladas.

A oferta de farelo deve atingir 45,1 milhões de toneladas, e a de óleo, 11,7 milhões de toneladas, mantendo estabilidade frente ao desempenho industrial.

Ritmo das exportações

Em setembro de 2025, o processamento somou 4,1 milhões de toneladas, queda de 9,1% em relação a agosto e de 1,2% frente a setembro de 2024, considerando o ajuste amostral.

Ainda assim, o setor segue em expansão: no acumulado do ano, o processamento cresceu 5,1% ante o mesmo período de 2024, totalizando 39,3 milhões de toneladas.

Fonte: O Presente Rural com Abiove
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