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Plano Nacional de Fertilizantes na soja e seus possíveis impactos segundo análise do CESB

Iniciativa procura contribuir para a diminuição dos custos dos produtores rurais

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Foto: O Presente Rural/Jacto

Cerca de 85% da demanda brasileira por fertilizantes é atendida via importação, o que caracteriza uma dependência muito grande do Brasil em relação aos outros países para a obtenção deste importante insumo. Como resultado, temos, entre outros fatores, significativas altas nos preços.

Com o objetivo de amenizar esse cenário e de promover a indústria nacional de fertilizantes, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Mas, quais são os impactos desta iniciativa na soja, importante cultivo brasileiro?

Para responder essa pergunta, o Comitê Estratégico Soja Brasil fez uma análise especial, com a participação de Leonardo Sologuren, presidente do CESB, e José Erasmo, membro do CESB. Confira a seguir os principais trechos.

Sologuren observa que a alta dependência do mercado internacional deixa o país refém de uma série de fatores, como alta exposição ao câmbio, mudança de políticas dos países fornecedores e conflitos que comprometem a oferta, a exemplo do que estamos vivenciando hoje.

“O PNF busca reduzir nossa dependência para 45%. Para um país que vem expandindo sua área plantada, a exemplo do Brasil, garantir a maior parte de sua fonte é fator estratégico para garantir não apenas a expansão da área cultivada, como também garantir o aumento da produtividade”, pontua.

O presidente do CESB acrescenta que o principal impacto do Plano Nacional de Fertilizantes é ter a oferta do insumo garantida. “Outro importante impacto pode estar relacionado aos custos. De certa forma, os macronutrientes acompanham a cotação internacional, mas o PNF busca alternativas de compostos, como a produção de organominerais e subprodutos com potencial de uso agrícola. O PNF ainda contempla a utilização de nanomateriais, bioinsumos, biomoléculas e remineralizadores. Essas alternativas podem representar custos mais acessíveis aos produtores rurais”, observa.

José Erasmo acrescenta que tivemos, ao longo dos anos, grandes avanços na área de fertilizantes aplicados no solo, mas a exigência de grandes quantidades de adubo a base de NPK continua sendo um fator ligado a produtividade das culturas.

“Os fertilizantes são hoje elementos fundamentais para manter a quantidade de alimentos para consumo interno e exportação. Por essa razão, existe hoje a grande discussão de como será o fornecimento de fertilizantes para a safra agrícola de 2022 e como a falta de parte dele afetará o fornecimento de alimento”, analisa.

O membro do CESB aponta que a possível falta de NPK para a safra, traz uma grande oportunidade para melhorar a eficiência no manejo do sistema agrícola. “O Brasil poderá dar um novo salto na eficiência do uso de fertilizantes e trazer um novo modelo de agricultura mais sustentável”, finaliza.

O CESB foi criado com o objetivo de oferecer um ambiente regional e nacional que estimule sojicultores e consultores técnicos a desafiar seus conhecimentos incentivando  o desenvolvimento de práticas de cultivo inovadoras.

Entre as ações do Comitê Estratégico Soja Brasil, destaca-se o Desafio Nacional de Máxima Produtividade, que nesta edição teve cerca de 5.400 inscrições. A revelação dos campeões do Desafio CESB acontece em junho, durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja. Na ocasião, serão revelados os cases de todos os produtores e consultores que alcançaram as maiores marcas de produtividade do Brasil, com o intuito de compartilhar informações preciosas para os sojicultores que desejarem elevar os seus patamares nas próximas safras.

Outra importante inciativa é o curso de pós-graduação EAD MTA Soja do Centro Universitário Integrado Campo Mourão, realizado em parceria com o CESB e com a Elevagro, com o intuito de promover conhecimento técnico de altíssimo nível, apresentando dados e estudos de produtividade obtidos pelo CESB, por meio de rigorosos protocolos e elevado nível de transparência. Com professores largamente experientes, o curso tem uma grade curricular que propicia ampla gama de conhecimentos teóricos e práticos sobre toda a cadeia produtiva da soja. É ideal para que produtores novatos ou experientes mantenham-se atualizados das inovações no mercado e estejam mais preparados para os desafios do setor, aplicando as melhores práticas em suas produções.

Fonte: Assessoria

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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