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“Planejamos sair dos R$ 2 bi de faturamento para R$ 5 bi nos próximos quatro anos”, diz presidente da Copagril

Eloi Darci Podkowa nasceu em 04 de março de 1963, em Santo Cristo (RS). É filho de José e Felicia Podkowa (em memória) e tem como irmãos: João, Rosane, Julio e a Noeli (em memória).

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Diretor presidente da Copagril, Eloi Podkowa: “A Copagril precisa ser competitiva nos negócios que possui. Ela precisa ser a principal empresa em que os associados escolhem fazer seus negócios" - Foto: Sandro Mesquita/OPR

Casado com Sônia Fátima Cottica Podkowa desde 1989, o casal tem dois filhos: Cristiano Rodrigo (casado com Débora Lengert) e Camila Inês (casada com Andrei Gregory). Possuem dois netos, Aaron e Helen, ambos filhos de Cristiano e Débora. Estudou na Escola Rural Municipal Padre José de Anchieta, da Linha Palmital, até a 4ª série, seguindo para o Colégio Estadual Costa e Silva, de Vila Margarida, para concluir o Ensino Fundamental. No 2º grau cursou Técnico em Contabilidade no então Colégio Cenecista David Carneiro, de Marechal Cândido Rondon. Fez faculdade na Unioeste, sendo graduado bacharel em Ciências Contábeis. Cursou MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas e muitos outros cursos no Brasil e no exterior. É formado, também, em Parapsicologia e realizou curso de Inovação no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology – MIT).

Chegou a Marechal Cândido Rondon em 1965, quando tinha 2,5 anos de idade. Com seus pais, fixou residência na Linha Palmital, permanecendo na propriedade até 1989, quando começou a trabalhar em instituições da cidade. Enquanto morava com os pais, ajudava tanto na pecuária como na área de grãos (tirava leite, cuidava dos porcos, trabalhava na área de grãos e ia para a escola). Na cidade trabalhou nas instituições financeiras Unibanco, Banco Sul Brasileiro e Meridional. Também atuou como professor de Matemática no sistema público de ensino, contratado por Processo Seletivo Simplificado.

Associativismo

O início no associativismo começou aos 14 anos, quando Eloi passou a integrar o Comitê de Jovens da Copagril Treze de Maio, da Linha Palmital. Neste, foi escolhido para diversos cargos, como o de secretário e de presidente. Também foi eleito presidente da Associação dos Comitês de Jovens da Copagril (ACJC).

Também foi eleito membro do Conselho Fiscal da cooperativa de crédito rural Credilago (hoje Sicredi Aliança ParanáSão Paulo). Igualmente, vem ocupando o cargo de vice- presidente do Setor do Agronegócio da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) há mais de dez anos. É sócio-fundador do Rotary Club Guarani e delegado na central Frimesa. Participa ou participou de diversas outras entidades constituídas , entre elas, a Ocepar.

Associado à Copagril desde a juventude, Eloi foi aos poucos participando das atividades dos comitês. E já em 1990 foi escolhido para ser conselheiro fiscal, cargo que voltou a ocupar em 1991 e 1995.

No Conselho de Administração foi escolhido membro para as gestões 2000-2002 e 2003-2005. Em 2006 foi eleito para ser o diretor-secretário. Como diretor-vice-presidente foi eleito pela primeira vez em 2007, sendo reeleito por mais quatro mandatos, o último findo em 31 de janeiro de 2023. Enfim, Eloi tem uma caminhada consolidada e muito bem embasada dentro da Copagril, pelos muitos anos que vem se dedicando diariamente para com a cooperativa.

Vida na cooperativa

Para ele, estar na presidência da cooperativa é algo que não aconteceu da noite para o dia. “Acredito que foi um processo de inserção natural. Ao longo de duas décadas, estive presente no Conselho de Administração, como membro vogal, secretário e vice- presidente. Também atuei em empresas privadas e públicas”, comenta.

Na opinião de Eloi, é importante que o presidente da Copagril tenha canais de comunicação com o mundo externo.  “Posso afirmar que construí uma rede de relacionamento muito grande ao longo dos meus anos dentro da Copagril, seja com outras cooperativas, instituições e empresas, o que considero ser uma bagagem necessária para administrar a nossa Copagril”, entende.

Pelos anos dentro da Copagril, Eloi conhece grande parte dos associados e funcionários e todos os negócios que a Copagril possui. “Conheço dos cargos, sei da importância e funcionalidade de cada setor. Me sinto seguro no que estou fazendo e estou feliz pela acolhida que estamos tendo”, destaca.

Na condição de líder cooperativista, Eloi sempre primou pela busca do aperfeiçoamento como pessoa e líder. “Sempre busco o crescimento pessoal através de capacitações. Mas, acima de tudo, penso que minha característica maior seja pela inovação, eficiência e crescimento”, diz.

Uma empresa competitiva

Como característica da nova diretoria, Eloi quer que os diretores participem integralmente da gestão. “A Copagril precisa ser competitiva nos negócios que possui. Ela precisa ser a principal empresa em que os associados escolhem fazer seus negócios. E os três diretores estarão presentes para que isso aconteça. Estaremos juntos para ver e avaliar o que está sendo feito”, frisa.

Eloi entende que o caminho é a Copagril ter visão de negócio, agilidade, ser moderna e social. “Vejo que a preparação acontece lá atrás. Precisamos conhecer o associado, os colaboradores, os negócios da cooperativa, entender o que está acontecendo, ser competitivo nos negócios que possuímos e nunca podemos parar de aprender e de colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Para mim, que é diretor, o que está na liderança da cooperativa, tem que ser uma pessoa aberta às mudanças e às inovações. Deve olhar o que o mercado está praticando e adaptar às suas características, para ser competitivo nos segmentos que atua”, analisa.

O diretor-presidente da Copagril afirma que vai trabalhar com visão de futuro, muita honestidade e transparência. “Sempre tivemos esta conduta de fazer o melhor, de forma correta e honesta, para que possamos ter sempre esta tranquilidade para administrar a cooperativa. Vamos pensar tudo na forma adequada, aquilo que precisa ser feito será com estudos, projetos e planejamento”, expõe.

Empresa inovadora

“Para que a Copagril seja uma empresa inovadora é preciso que ela seja constituída por pessoas que estejam alinhadas ao nosso pensamento, que trabalhem com eficiência e transparência, que não tenham medo do futuro e que tenham a habilidade de decisões rápidas e assertivas. Queremos a proximidade com o crescimento”, pontuou.

E não é somente a cooperativa que precisa crescer, mas os associados também. “Vamos fazer a Copagril crescer ainda mais, trazer oportunidades para os associados e para a cooperativa. A liderança tem que trabalhar pela busca de alternativas e meios para que a cooperativa e os associados alcancem melhores resultados. A expansão possível será em escala, tudo muito bem avaliado e planejado para o momento que se esteja vivendo”, enaltece.

Importância do planejamento estratégico

Para que a expansão aconteça da maneira adequada, Eloi, ainda enquanto diretor-vice-presidente, participou da elaboração do Planejamento Estratégico 2023-2027 da cooperativa. “Ajudei a fazer o planejamento e acredito que grande parte do que planejamos será executado  e poderá ter incrementos a mais”, projeta.

Para ele, ser diretor-presidente de uma empresa de grande porte é uma responsabilidade enorme, pois acontecem negócios dos mais diversos tamanhos e isto precisa ser muito bem conduzido, com estudos de viabilidade e planejamento. “Mas não estou sozinho na missão. A cooperativa conta com colaboradores capacitados. Queremos que a Copagril ocupe o seu lugar no cenário local, regional, nacional e internacional. Somos grandes e vamos crescer ainda mais. Sei muito bem do tamanho da empresa e da responsabilidade perante o associado e a sociedade em que estamos inseridos. Planejamos sair da casa de R$ 2 bilhões de faturamento para R$ 5 bilhões nos próximos quatro anos, o que vai muito mais que dobrar o tamanho da cooperativa. Para alcançar isso, fizemos o planejamento, temos os processos definidos e agora estamos conversando com os parceiros. Queremos expandir, ampliar o mercado que já temos. São diversas ações e atitudes de direcionamento que estamos tomando. As coisas estão começando a acontecer, vamos colocar em prática uma nova mentalidade de administrar, todavia, tudo será feito pensando sempre no melhor para a cooperativa e seus associados, nos resultados que precisam ser alcançados”, evidencia.

Para esta caminhada rumo aos R$ 5 bilhões de faturamento a Copagril conta com as atividades de agropecuária, produção de grãos, lojas agropecuárias, supermercados, postos de combustíveis, prestação de serviços e as indústrias de ração e de esmagamento de soja. Novos negócios poderão surgir. Queremos eficiência com ampliações e melhorias nas áreas em que já atuamos. Mas pensaremos em novas também, sempre com segurança e viabilidade que cada negócio possui”, conclui.

Fonte: O Presente Especiais

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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