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Planalto Alegre comemora o sucesso do maior programa de agronegócio do País

Município foi sede de uma das turmas-piloto do Programa De Olho na Qualidade há 20 anos

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Não é por acaso que Planalto Alegre foi o berço de um dos maiores programas voltados ao agronegócio do País. Formado por uma população de três mil habitantes, metade está concentrada na área rural e 80% do movimento econômico do município vem da agropecuária. Foi ali, que em 1997, iniciava com 15 famílias, a primeira turma do curso “De Olho na Qualidade” e “Qualidade Total Rural”. 

A solução educacional, que atualmente é sistemicamente disponibilizada para os empreendimentos rurais do programa “Encadeamento Produtivo: Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”, comemora 20 anos com resultados expressivos. Nessa semana, Planalto Alegre formou a mais recente turma do curso “De Olho na Qualidade”. O grupo foi prestigiado por autoridades locais e lideranças que representaram os parceiros do programa e pelos produtores que participaram da primeira turma há cerca de duas décadas.

Com apresentação de peças teatrais e uma música (paródia), o grupo  demonstrou, de forma simples, o quanto é possível otimizar os resultados com organização. “Aceitamos o desafio porque consideramos interessante a proposta e percebemos que valeu a pena. Hoje, observamos grande diferença na propriedade que está mais organizada e, por isso, pretendemos participar do QT Rural em breve”, salienta o cooperado à Aurora e associado à Cooperalfa, Volmir Bet, que atua com foco na produção de aves há 17 anos, além de trabalhar com milho, feijão e melancia.

Além de participar da turma piloto, Antonio Camatti Sobrinho representou os demais empresários rurais, juntamente com as lideranças locais em Brasília, no período das negociações para viabilização do projeto. Segundo ele, os resultados na propriedade foram significativos. “Trabalhávamos sem organização e, após o curso, tudo melhorou 100%, pois passamos a ter planejamento”, enfatiza o produtor, que na época atuava com suínos. Hoje, o filho administra a propriedade que foca na produção de aves com um plantel de 38 mil frangos.   

O mentor do Programa Qualidade Total Rural e o De Olho na Qualidade, Celso Zarpelon, lembrou que os projetos eram voltados às empresas urbanas. Tratava-se de ferramentas de gestão que tiveram início no Japão e transformaram o País na 2ª potência do mundo em qualidade e eficiência. “Após ser aplicado em empresas brasileiras, adaptamos de forma inédita para as empresas rurais. Isso ocorreu em uma época em que as pessoas não acreditavam que um programa de qualidade pudesse dar certo para o agricultor, mas a iniciativa mostrou justamente o contrário, ou seja, o produtor rural tem o senso de mudança e isso é somente uma questão de oportunidade”, frisou.

O prefeito Juares Bet destacou que conhece as propriedades onde foi implantado o programa há 20 anos e todas servem de exemplo para o município pela organização, motivação e bem-estar das famílias. “Também já percebemos mudanças nas propriedades das famílias que participam hoje. Muitas vezes, as pessoas acham que não têm tempo para um curso, mas se fizerem os cálculos, o que ganham em organização é muito maior. O Poder Público também é beneficiado, pois a organização das famílias estimula o crescimento e a melhoria da produção, além de incentivar para que permaneçam em suas propriedades”, concluiu o gestor municipal que também participou do curso há 10 anos e conhece, na prática, as melhorias.

O coordenador dos programas de qualidade da Aurora, Joel Pinto, complementou que o segredo do sucesso está nas mudanças de comportamento  que as famílias rurais mostraram ao longo desses 20 anos. “Essa evolução, demonstrada de uma forma simples, é o que realmente faz com que as coisas deem resultados e isso se consolidou em função da parceria existente para o desenvolvimento do programa”. 

O coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, manifestou a importância da  parceria exitosa. “Desde o primeiro momento trabalhamos de maneira integrada com a plataforma das cooperativas. O que se propôs na essência continua acontecendo e não temos notícia de outro programa que se propagou e que tenha promovido o desenvolvimento e a transformação em resultados. A participação dos pequenos negócios rurais demandou metodologia adequada para educação de adultos, além da disposição para a mudanças para o propósito de desenvolvimento dos pequenos negócios rurais”. Realmente a solução permite preparar os pequenos negócios para elevar o nível de  competitividade no contexto das cadeias produtivas.

O presidente da Cooperalfa era o prefeito na época da implementação do projeto  piloto em Planalto Alegre, Romeu Bet, lembrou que existia a consciência da importância da criação de uma iniciativa como essa, mas que ninguém imaginava a dimensão que tomaria com o passar do tempo. “Foram muitos grupos da Cooperalfa e de todas as outras cooperativas que fazem parte do complexo Aurora. Fico feliz por ver que quando se planta sementes, colhe-se bons frutos. É um benefício que financeiramente, talvez não possamos mensurar, mas tenho certeza que todas as propriedades que fizeram os programas são organizadas, embelezadas e oferecem bem-estar e qualidade de vida”.

Programa de Encadeamento Produtivo do Agronegócio

Reconhecido nacionalmente como maior projeto voltado ao agronegócio do país, o Encadeamento Produtivo beneficiou mais de 35 mil produtores rurais. É ancorado pela Aurora Alimentos e Sebrae/SC e conta com as parcerias, em Santa Catarina, do Senar/SC, Sescoop/SC, Sicoob, Fundação Aury Luiz Bodanese, Cooperalfa, Itaipu, Auriverde, Coolacer, Copérdia, Caslo, Cooper A1 e  Coopervil. No Rio Grande do Sul os parceiros são o Sebrae/RS, Cotrel, Cooper A1, Copérdia e Sicredi/RS. No Paraná, é desenvolvido com o Sebrae/PR, Senar, Cooperativa Alfa e, no Mato Grosso do Sul, é realizado juntamente com o Sebrae/MS e Coasgo. A iniciativa é destinada às micro e pequenas empresas da cadeia produtiva do agronegócio – rurais e urbanas. 

Fonte: Assessoria

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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