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Picos de estresse ocorrem da granja ao frigorífico

Medidas devem ser tomadas pelos profissionais desde a apanha das aves até o descarregamento das caixas na planta industrial para evitar danos e perdas

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São inúmeros os cuidados que o produtor tem na granja para que as aves tenham o menor estresse possível, além de muito conforto, bem-estar animal e total disponibilidade de água e comida. Toda essa comodidade deve ser dada ao animal durante toda a sua vida, isso inclui, inclusive, o transporte feito da granja até o frigorífico, quando ocorre o pico de estresse das aves. São diversas as precauções que os responsáveis pela apanha e transporte das aves devem tomar para que, quando o animal chegar ao seu destino, ele esteja em perfeitas condições para abate e posteriormente ao consumidor.

Os primeiros cuidados devem ser tomados ainda durante a apanha das aves, quando são postas nas caixas para o transporte. O gerente de Avicultura da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Luis Carlos Farias, explica que a apanha deve ser feita pelo dorso das aves e de forma individual, evitando assim as contusões e fraturas. “É importante ainda que o apanhador esteja posicionado atrás da ave”, conta. Outro detalhe é quanto à importância da colocação dos animais dentro das caixas. “O objetivo é que haja menos de 24 quilos por caixa. Dessa forma o número de animais em cada caixa é dependente do tamanho das aves”, informa.

Estes detalhes ainda antes do transporte são cruciais para evitar que os animais fiquem muito estressados ou mesmo acabem tendo asas quebradas e hematomas. É importante que quando o profissional for colocar as caixas com as aves dentro do caminhão, o veículo esteja estacionando em um local com sombra, além do momento ser o mais calmo e tranquilo possível, para evitar prejuízos. Isso porque, neste momento as aves estão no pico do estresse, explica. “O manejo das aves durante o carregamento deve ser com o mínimo de ruídos e movimentação possível. Também, sempre que possível, com menor intensidade de luz”, sugere Farias. Se esses fatores não forem seguidos, além de causar danos para o frigorífico com o descarte, são visivelmente percebidos pelos consumidores, que evitam carnes com este tipo de marcas.

Transporte

Após os cuidados com apanha e carregamento, as preocupações com bem-estar não podem cessar. O transporte é um dos pontos mais importantes para evitar perdas no frigorífico e entregar uma carne de qualidade ao consumidor. Farias diz que é imprescindível que o caminhão seja conduzido de forma prudente e contínua, evitando movimentos bruscos e paradas desnecessárias. Ainda é importante andar em uma velocidade padrão, parar na sombra, molhar e transportar durante a madrugada se possível.

Os dois últimos itens citados são importantes pelo fato de a temperatura também ser um ponto importante para o bem-estar da ave durante o transporte. O gerente aconselha que nas épocas mais quentes do ano a prática para evitar perdas e estresse é molhar as aves em cima do caminhão de tempo em tempo. Já nas épocas mais frias, a recomendação é fazer o isolamento do caminhão, baixando as cortinas e utilizando a lona frontal para proteger o animal no momento do transporte.

Espera

Os cuidados continuam quando o caminhão chega ao frigorífico. Muitas vezes, é necessário esperar para a descarga dos animais. Neste momento também é importante primar pelo bem-estar dos animais, já que durante a apanha e o transporte os picos de estresse são altos. Farias conta que nas plantas frigoríficas existe um local de espera, que é importante estar bem equipado para receber estes animais. “Ali é onde deve possuir ventiladores e nebulizadores para diminuir a temperatura interna dos caminhões. Isso ajuda a evitar perdas”, diz.

Após este processo de espera, o gerente conta que no momento da descarga das caixas dos caminhões é importante tomar cuidado, principalmente para evitar amontoamento. Ele ainda acrescenta que na apanha e no transporte das aves devem ser tomadas várias medidas, como as citadas por ele, para evitar mortes e/ou perdas de peso durante o processo até a chegada no frigorífico.

Mais informações você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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