Pet PET
Pets na pandemia: como a vida com eles mudou em 2020
Dados do programa BETTER CITTIES FOR PETS™, da Mars Petcare, revelaram que a maioria dos tutores de gatos e cães reconhece os benefícios da convivência e podemos entender o quanto existe de espaço para o crescimento de locais pet friendly
A pandemia causou impacto no estilo de vida de toda a população do mundo e grande parte das pessoas adaptaram suas rotinas aos novos padrões dentro de casa. Com as dinâmicas familiares modificadas, o dia a dia dos pets também foi impactado. O Programa BETTER CITTIES FOR PETS™, da Mars Petcare, divulgou relatórios que ajudaram a compreender mais profundamente o comportamento dos tutores durante 2020 e externalizar os principais benefícios e desafios que foram enfrentados.
Os dados mostraram que o número de tutores aumentou e a grande razão é que 86% dos entrevistados afirmaram que os pets foram umas das principais companhias durante o isolamento. Dentro desse número, 56% de novos tutores confirmaram que a principal razão de terem adquirido um pet foi pela companhia.
Os relatórios do programa têm a intenção de esclarecer as necessidades atuais dos tutores de pets, e quando eles podem estar precisando de auxílio.
Benefícios dos pets
Durante 2020 os tutores passaram mais tempo com seus pets e foi percebido mais profundamente os benefícios dessa convivência.
• Entre os tutores:
– 86% afirmaram que seus pets são grandes fontes de companhia;
– 78% disseram que eles ajudaram a reduzir sintomas de estresse e ansiedade;
– 75% confirmaram que eles diminuem a sensação de tédio e monotonia;
– 74% afirmaram que houve uma redução na depressão durante a pandemia;
– 30% dos tutores de pets receberam um novo pet para aumentar a família em 2020;
– 50% dos respondentes afirmaram que um benefício da política de home office foi poder passar mais tempo com seus pets – colocando até mesmo acima de itens como aumento de flexibilidade, menos gastos e mais tempo com a família;
Despesas financeiras
Muitos tutores enfrentaram dificuldades financeiras durante a pandemia e tiveram que tomar decisões difíceis.
• 61% dos tutores se preocuparam se conseguiriam arcar com os gastos de seus pets;
• 20% consideraram se desfazer de seus pets e 13% realmente tiveram que fazê-lo;
Ambiente do trabalho em home office
Depois de meses trabalhando de casa, os tutores passaram a se acostumar com a presença de seus pets na rotina e muitos começaram a se preocupar com o momento do retorno aos escritórios e de terem que deixar seus pets em casa.
• 78% dos tutores que estão trabalhando de casa mostraram preocupação com seus pets se tornarem ansiosos ou ficarem confusos quando tiverem que retornar ao antigo modo de trabalho;
• Do mesmo modo, 75% dos tutores se preocupam com seus próprios estados emocionais quando for necessário deixar os pets em casa;
• 2/3 dos trabalhadores gostariam de poder levar seus pets para o escritório se fosse permitido;
Atividades de lazer
Com o passar do tempo, os tutores gostariam de poder levar seus pets para fazerem atividades de lazer fora de casa.
• 50% se sentem confortáveis em levar seus pets em lojas abertas, eventos ou restaurantes com espaços ao ar livre. Entre os tutores de cães, 50% disseram se sentirem ainda mais confortáveis nesses mesmos espaços se pudessem ter a companhia de seus cães;
• 2 entre 3 entrevistados disseram que pretendem viajar a partir de 2021 e aproximadamente 60% deles afirmaram que querem levar seus pets junto;
Com esses dados é possível perceber o quanto a convivência entre tutores e pets gerou impacto na vida e no emocional de ambos e como gatos e cães se tornaram ainda mais integrados à vida das pessoas. Olhando mais para o futuro, podemos entender o quanto existe de espaço para o crescimento de locais pet friendly, já que o desejo dos tutores é cada vez mais da companhia de seus pets em suas vidas dentro e fora de casa.
Pet No CFMV
CRMV-RJ protocola pedido de isenção total à anuidade do ano em que ocorra parto, adoção ou gestação não levada a termo
Medida representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.
Como parte do compromisso do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) em promover uma prática profissional cada vez mais humanizada e inclusiva, o presidente Diogo Alves protocolou no dia 07 de março, junto ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um pedido para a concessão de isenção total correspondente à anuidade de mulheres inscritas no sistema CFMV/CRMVs no ano em que ocorra o parto, adoção ou gestação não levada a termo.
Essa medida, prometida durante a campanha da chapa eleita para o período de 2023-2026, representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.
Ao promover essa isenção, o CRMV-RJ demonstra sua sensibilidade às necessidades individuais dos profissionais, bem como seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e justo para todos.
Esta iniciativa também é apresentada durante o Mês Internacional da Mulher, reafirmando o compromisso desta autarquia com a igualdade de gênero e com a promoção de condições mais favoráveis para a atuação das mulheres na Medicina Veterinária e na Zootecnia.
Pet
Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais
É preciso entender as particularidades dos animais, as causas e os sinais comportamentais de que algo não está bem
Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.
Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani.
As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis. “São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.
De olho na prevenção
A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária Farah de Andrade.
A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta Farah.
Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.
Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.
Tratamento em forma de petisco
Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.
Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.
“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.
Notícias
Instituto da UEL completa um ano com 84 cientistas em busca de vacina contra toxoplasmose
No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Toxoplasmose (INCT), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), comemora um ano de atividades com 70 pesquisadores brasileiros e 14 estrangeiros provenientes de 32 instituições conectados. As atividades do grupo começaram em março de 2023, logo após a UEL ser contemplada na Chamada 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que financia pesquisas de alto impacto, com investimento de R$ 5 milhões.
No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.
A toxoplasmose é uma zoonose que afeta a saúde pública brasileira. Recentemente, em 2018, houve um surto da doença em Santa Maria (RS), com um óbito. Outra manifestação intensa do parasita ocorreu em Santa Isabel do Ivaí, no Noroeste do Paraná. O protozoário pode ser encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados e pode causar graves complicações em gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado.
As pesquisas do INCT têm foco na prevenção, daí a importância da criação de um kit rápido. Além desse esforço, os pesquisadores têm projeto para o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra toxoplasmose. O imunizante é utilizado em ovinos e caprinos apenas no Reino Unido, Irlanda, França e Nova Zelândia. A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico. O imunizante deverá ser aplicado em gatos (que contaminam o meio ambiente por meio das fezes) e em suínos (que podem transmitir a doença pelo consumo da carne mal passada).
O coordenador do Instituto, João Luis Garcia, do Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva (DMVP), afirma que o projeto foca na chamada Saúde Única, focando em ferramentas que possam fortalecer medidas preventivas, de forma conciliada com a sustentabilidade. O público-alvo das medidas preventivas envolve crianças e gestantes. “Outra preocupação é quanto aos animais de produção, já que a doença não pode ser constatada na inspeção sanitária”, afirma.
Por meio do INCT Toxoplasmose, a estudante Ana Clésia da Silva viajou em agosto do ano passado para os Estados Unidos, onde aprofunda pesquisas sobre a doença na Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), considerado um importante centro de pesquisa da doença.
Pesquisadores interessados ainda podem submeter seus projetos para avaliação. As propostas podem ser enviadas para o portal do Instituto.