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Pessimismo se mantém e confiança do agronegócio acumula queda de 13,4 pontos

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O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), acumula queda de 13,4 pontos ao longo do ano. O resultado para o terceiro trimestre de 2014, 89,3 pontos, é o menor da série histórica, iniciada no quarto trimestre de 2013. Segundo a metodologia do estudo, leituras acima de 100 pontos indicam otimismo e abaixo, pessimismo. 
Para o Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, o resultado foi influenciado pela corrida à eleição presidencial que estava no ápice em setembro, quando as pesquisas que compõem o ICAgro foram realizadas. 
“As incertezas geradas pela indefinição eleitoral no período do levantamento preocuparam o setor, que ficou receoso, especialmente sobre a indefinição de como seria a condução da política econômica daqui para frente”, analisa o diretor titular do Deagro, Benedito Ferreira. “Não é à toa que a avaliação sobre a economia do Brasil foi a variável que mais contribuiu para a redução do índice que inclui todos os elos da cadeia produtiva (antes, dentro e depois da porteira da fazenda).”
 
Também foi o item “economia”, somado às avaliações sobre as condições da região e do setor, que contribuiu para a queda de 15,4 pontos na confiança da indústria de insumos. O índice do elo “pré-porteira” passou de 94,1 pontos registrados no segundo trimestre, para 78,7 pontos, computados no terceiro trimestre. 
 
“A queda das cotações de soja, milho e algodão, em razão das estimativas de uma safra recorde no mundo, também contribuiu negativamente para as expectativas futuras de todos os segmentos da indústria de insumos. Para um dos setores que demostrou maior preocupação, o de defensivos agrícolas, essas culturas representam cerca de 70% do faturamento”, explica o gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa. “Se por um lado, a queda dos preços tende a beneficiar a indústria pós porteira, por outro impacta diretamente os insumos agrícolas como um todo.” 
 
Já o elo “depois da porteira”, que engloba as indústrias de logística e alimentos, apresentou um aumento discreto, de 0,7 ponto. O otimismo desse segmento quanto às condições atuais e futuras foi influenciado pela queda dos preços das commodities (que representa redução dos custos da produção) e a alta da taxa de câmbio no período do levantamento, fator que auxilia o elo exportador da cadeia. 
 
Preocupação é maior entre produtores agrícolas em comparação ao pecuário
No terceiro trimestre do ano, a confiança dos produtores agrícolas caiu 2,2 pontos, parando em 90 pontos. A preocupação com a “situação da economia brasileira” foi, novamente, o item que mais puxou o resultado para baixo, principalmente para os produtores de laranja e cana-de-açúcar que apresentaram, pela primeira vez, uma avaliação sobre a “situação atual” abaixo de 30 pontos. 
O produtor pecuário, por sua vez, foi o único, entre todos os elos pesquisados, que mostrou melhora consistente na confiança, fechando o período em 103 pontos. O aumento foi de 4,8 pontos em relação à pesquisa anterior. A redução dos custos de produção e a recuperação dos preços foram os responsáveis por essa condição “otimista”, a qual só não foi maior devido a avaliação do item “economia brasileira”, que seguiu a mesma tendência negativa apresentada pelos demais elos da cadeia. 
Segundo o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, “é importante notar que em um período de processo eleitoral, de incertezas quanto à economia, queda de preços de alguns produtos e eventos climáticos catastróficos, a confiança dos produtores na maior parte de seus setores ainda não é pessimista”. 
“Isso nos mostra um produtor mais amadurecido e ainda confiante na sua capacidade de gerenciar os riscos e planejar seus negócios, com credibilidade nos demais agentes das cadeias produtivas onde atua”, ressalta. 
 
Sobre o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro)
Apurado trimestralmente pela Fiesp e pela OCB, o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) mede, por meio de um conjunto de variáveis, a expectativa dos agentes do setor em relação ao seu negócio e ao ambiente econômico de forma geral.
A pesquisa é feita com os três elos que compõem o segmento: antes da porteira da fazenda (indústria de fertilizantes, máquinas e implementos, defensivos, nutrição e saúde animal, cooperativas, revendas, entre outros), dentro da porteira (produtores agropecuários) e depois da porteira (indústria de alimentos, tradings, cooperativas, armazenadores e operadores logísticos).
Os resultados, compostos por um painel de 645 respostas, são direcionados aos especialistas, acadêmicos, empresários, técnicos e jornalistas que desejam aprofundar o conhecimento estratégico do setor.
Para dar robustez aos resultados, outros dois levantamentos são realizados: o Perfil do Produtor Agropecuário e o Painel de Investimentos. Embora não entrem na composição do Índice de Confiança, essas sondagens ajudam a explicar o seu resultado.
Para saber mais sobre o ICAgro, acesse www.icagro.com.br 

Fonte: OCB

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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