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Pesquisas da APTA garantem mais produtividade, melhor qualidade da carne e menos impacto no ambiente
Em 14 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Pecuária, data para lembrar dessa importante atividade, responsável por disponibilizar a população um alimento altamente nutritivo, a carne.
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realiza por meio do Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto Biológico (IB) e unidades da APTA Regional pesquisas de ponta que garantem mais produtividade para o pecuarista, sanidade animal, mais qualidade para o consumidor e menos impacto para o ambiente.
O Instituto de Zootecnia tem a pecuária de corte como um dos seus carros-chefes. É reconhecido em todo o Brasil e no exterior por desenvolver pesquisas que visam a seleção de gado de corte. Os ganhos genéticos acumulados pelo processo de seleção do IZ no seu Centro Avançado de Pesquisa de Bovinos de Corte, resultaram em quatro arrobas a mais no peso da carcaça dos animais selecionados quando abatidos com 24 meses de idade. Além de produzirem carcaça mais pesada precocemente, os animais produzem carne com excelente parâmetro de qualidade.
Preocupado com a sustentabilidade da produção de carne no Brasil, o IZ inaugurou em julho deste ano o Laboratório de Fermentação Ruminal e Nutrição de Bovinos de Corte, um dos poucos do mundo com tecnologia para estudar o que ocorre dentro do rúmen dos animais, verificando o que se pode fazer para otimizar a fermentação ruminal e assim diminuir as emissões do metano entérico, natural no processo de fermentação dos bovinos.
Um dos projetos em desenvolvimento no laboratório é realizado em conjunto com as empresas SilvaTeam e a JBS e busca reduzir a emissão de metano na atmosfera a partir do uso de aditivos que tornam o processo de fermentação da dieta mais eficiente. “Temos em nosso laboratório um equipamento que simula as condições do rúmen, que é a parte anterior ao estômago do animal. Esse rúmen artificial permite que a gente acompanhe as transformações que ocorrem no processo de fermentação e meça com precisão o potencial de aditivos para reduzir as emissões”, conta a pesquisadora do IZ, Renata Helena Branco Arnandes, que é também diretora do Departamento de Gestão Estratégica da APTA.
De acordo com ela, um dos diferenciais do IZ é que as pesquisas iniciadas no laboratório depois são testadas no campo, com os animais em sistema de pasto e confinamento. Isso traz resultados mais consistentes para os estudos e para os usuários das tecnologias, uma vez que são validadas no laboratório e no confinamento.
Os recursos para a criação do laboratório foram aportados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP). A Secretaria de Agricultura e Abastecimento assinou também em julho deste ano protocolos de intenções com a JBS e SilvaTeam, visando ações conjuntas com o IZ para o desenvolvimento sustentável da pecuária paulista e nacional.
Novilhas precoces
A APTA Regional de Colina também tem forte atuação para a cadeia produtiva de bovinos de corte e contribuições marcantes para a pecuária, como o desenvolvimento do conceito do Boi 7.7.7, adotado em todas as regiões produtoras de gado de corte do Brasil.
Agora, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de um sistema de produção em que as bezerras desmamadas aos sete/oito meses com 170 kg atinjam 300 kg aos 14/15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas – tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros, que conseguem emprenhar as novilhas aos 24 meses. De acordo com os pesquisadores, o ciclo de produção mais rápido, reduz os custos da criação dos animais nas fazendas. A produção precoce é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame.
As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.
Segundo o pesquisador da APTA Regional de Colina, Flavio Dutra de Resende, as fêmeas têm mais facilidade para deposição de gordura, uma característica importante para esse nicho de mercado. “Por terem essa facilidade, podemos engordar com suplementação as fêmeas que não emprenharam, abatendo esses animais também jovens, com 19 meses. Enquanto a picanha de um boi de 23 arrobas ultrapassa 2 kg, essa novilha dá uma peça de 900 g a 1,1 kg, que é um tamanho de corte adequado, com nível de acabamento diferenciado. É a carne que o brasileiro mais gosta de comprar”, afirma.
O sistema de produção de novilhas precoces é uma das entregas tecnológicas dos Institutos de Pesquisa da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. As entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.
Sanidade animal
A sanidade é outro fator fundamental para o avanço da pecuária. Por isso, o Instituto Biológico tem forte atuação nessa área, realizando diagnósticos com alto padrão de qualidade para diferentes atores da cadeia produtiva. Além dos diagnósticos, o IB realiza um outro importante trabalho, que é a produção dos chamados imunobiológicos, utilizados para diagnósticos de brucelose e tuberculose em animais, inclusive nos bovinos. Sem esses kits, não é possível o trânsito de animais no Brasil.
O IB é a única instituição brasileira autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a produzir esses imunobiológicos, atendendo ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).
Desde 2019, o Instituto passa por atualização de seu portfólio, graças a investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Os recursos foram fundamentais para que o IB aumentasse, em 2020, o prazo de validade dos frascos de tuberculina para triagem e confirmatório de tuberculose, que passaram a ter dois anos, o dobro do que era disponibilizado anteriormente. Para o AAT, o aumento na validade foi de seis meses, passando de 12 para 18 meses. “Isso tem ajudado muito na rotina de compra e de armazenamento dos produtos pelos profissionais que atuam no campo, além de também reduzir o desperdício”, afirma o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão.
Em 2020, foram produzidas 5.484.430 doses de imunobiológicos no Instituto, um aumento de 20% em relação a produção de 2019. No mesmo período foram comercializadas, 4.995.680 doses, o que representou um crescimento de 46,6% na arrecadação total de 2020, em comparação ao ano anterior.
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran