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Pesquisadores do Paraná usam Inteligência Artificial para combate da ferrugem da soja

Essa é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.

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Foto: Divulgação/IDR-Paraná

O professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), é diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro (Ciagro), que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo. Atualmente, ele coordena um projeto em parceria com o Departamento de Computação (CCE) da instituição para a aplicação de IA na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem.

Foto: Divulgação/A. Neto

A ferrugem da soja (ou asiática, seu continente de origem) é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.

Além da UEL, IDR-PR, Adapar, UTFPR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Faep e Fundação ABC também estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa em Assis (SP), passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava.

Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha in loco para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a IA ele pode monitorar a presença (ou não) dos esporos sem sair do laboratório, pois a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O IDR-PR implantou a rede de armadilhas

De acordo com o professor, a ferrugem é uma praga em seu sentido pleno. “Mesmo com todas as medidas de combate, como o vazio sanitário anual, a pesquisa em torno do controle biológico e o desenvolvimento de espécies de soja mais resistentes, ela volta todo ano e exige a aplicação de fungicidas”, diz. Em média, anualmente, é preciso usar os produtos em uma área de 40 milhões de hectares.

O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especialmente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. “Com este trabalho, é possível reduzir em 35% as aplicações de fungicidas, com menos custos para o produtor e menos impacto ambiental”, afirma.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O projeto objetiva reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz, porque outros fatores também interferem e sobre eles é possível agir. Três aspectos devem ser levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O Ciagro está automatizando a observação dos três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas.

Os testes de monitoramento da safra 2023/2024 analisaram dois dos três aspectos: o clima e o patógeno (fungo). Para a próxima safra (24/25), entra o monitoramento do plantio. O professor Marcelo observa que, com o tempo, o fungo vem aumentando sua resistência aos fungicidas, daí a necessidade premente de desenvolver tecnologia de combate à praga. Novos fungicidas também são criados, mas o uso da IA pode indicar o melhor momento para usá-los, e até se compensa fazê-lo ou o quanto, dependendo das características de cada região.

Os dados climáticos são um componente importante da pesquisa. Antes levavam até duas semanas para serem determinados, e agora ficam disponíveis em dois dias. Isso faz funcionar melhor, por exemplo, o alerta virtualmente emitido pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que disponibiliza informações sobre a dispersão da ferrugem em todo o País.

Cada região tem seus índices pluviométricos e de umidade e é observada singularmente. Pato Branco e Guarapuava, por exemplo, são conhecidas pelo clima úmido e plantio tardio. E o tempo do plantio também conta: se for feito no tarde, o fungo chega com a planta menos desenvolvida, aumentando o risco de prejuízo, ou seja, aumentando a necessidade de aplicação de fungicida, o que significa mais gastos.

Apesar de ser um projeto de pesquisa, há ações de extensão, uma vez que envolve diretamente produtores rurais. A Embrapa e o IDR atuam neste aspecto. Fora isso, o projeto tem sido disseminado através de publicações, participações em eventos científicos e redes sociais. Já foram publicados trabalhos em periódicos da área de Agronomia e apresentados em eventos da Computação. O Ciagro já promoveu dois workshops sobre o uso de IA na agricultura e o terceiro será no final de novembro.

Evento

Em 27 de novembro, a Adapar vai promover um fórum técnico para definição dos períodos de vazio sanitário e do calendário de semeadura da soja para o Paraná na safra 2025/26. Esta proposição e discussão com os setores produtivos visa estabelecer as datas a serem encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que a análise seja realizada em harmonia com as demais Unidades de Federação. “Essas medidas legislativas são importantes para o Manejo da Ferrugem Asiática da Soja, pois, uma vez adotadas, são o princípio para a redução da pressão de inóculos da doença. Além disso, a janela de semeadura mais restrita pode proporcionar uma menor aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, que possibilita uma menor pressão nos ativos utilizados para o manejo da doença à campo”, explica o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo.

Fonte: AEN-PR

Notícias Em Mato Grosso do Sul

ABCZ participa da Expogenética MS 2024

Evento promovido pela Nelore MS reúne criadores, pesquisadores e profissionais do setor em Campo Grande; ABCZ tem participação especial nesta quinta-feira (7).

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Foto: Divulgação/ABCZ

A ABCZ tem participação de destaque na Expogenética MS 2024, maior exposição pecuária do Mato Grosso do Sul, promovida pela Nelore MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Nelore). Nesta quinta-feira, além da presença dos técnicos de campo da ABCZ no estado, o Gerente de Fomento do PMGZ, Ricardo Abreu, ministrará palestra com o tema “ABCZ e o PMGZ: avaliação que dá lucro”, a partir de 8h30 (horário de MS), no Parque de Exposições Laucídio Coelho. O presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid, já está na capital sul-mato-grossense e também participará do evento nesta quinta.

“Será um grande encontro com os criadores deste estado tão importante para a pecuária nacional. Nosso time da ABCZ estará em peso para compartilhar experiências e informações com todos. Reforçamos o convite a todos da região”, destaca Ricardo Abreu.

A Expogenética MS reúne criadores, pesquisadores e profissionais do setor pecuário para debater o melhoramento genético bovino e as inovações para o setor. A programação vai até o próximo domingo (10), com leilões, provas equestres, shopping de animais, área comercial e shows.

Segundo a Nelore MS, Mato Grosso do Sul conta atualmente com um rebanho bovino de corte estimado em 18,9 milhões de cabeças, sendo que em torno de 90% deste rebanho é da raça Nelore.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Sistema Faep reforça importância de fazer o cadastro de imóveis rurais

No programa de rádio, o chefe da Patrulha Rural Comunitária, Capitão Íncare Correa, fala sobre a importância do cadastro de imóveis rurais como estratégia de segurança pública.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

A segurança pública no campo é uma bandeira histórica do Sistema Faep. Nos últimos anos, diversas ações têm contribuído para aprimorar o combate à criminalidade nas áreas rurais, como a parceria com a Polícia Militar do Paraná (PM-PR), que conta com uma coordenadoria de Patrulha Rural Comunitária. O chefe desse setor da PM, Capitão Íncare Correa de Jesus, destaca a importância do cadastro de imóveis rurais na estratégia de segurança pública.

“Nosso foco é principalmente preventivo e a primeira ação quando um agricultor recebe os policiais é a realização de um cadastro. Já nesse primeiro contato é feita uma orientação sobre aspectos que podem proporcionar maior segurança àquela propriedade”, explica o capitão durante o programa.

O policial relembrou que a Patrulha Rural, criada em 2009 e com reformulação em 2021, conta com policiamento em todos os batalhões da PM com uso de tecnologia. “Temos desde o cadastro com georreferenciamento, uso de drones, sistema mobile específico para cadastro, internet móvel para viaturas e uma série de inovações ligadas à segurança pública”, aponta.

Como fazer o cadastro

É possível realizar um pré-cadastro online. Posteriormente, a PM realizará uma visita à propriedade para repassar orientações sobre medidas de segurança e ações proativas de prevenção de crimes nas áreas rurais. Para saber os detalhes de como realizar o procedimento, acesse as orientações no site do Sistema Faep.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Agrinho celebra a educação paranaense, com quase 2,6 mil premiados

Realizado em Pinhais, evento de encerramento reuniu mais de 4 mil pessoas, entre alunos, pais, educadores e autoridades.

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Fotos: Divulgação/Sistema Faep

Um evento de dimensões superlativas celebrou, na última segunda-feira (4), o encerramento do Programa Agrinho – maior iniciativa de responsabilidade social do Sistema FAEP. Realizada no ExpoTrade Convention Center, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, a cerimônia reuniu mais de 4 mil pessoas, entre alunos, pais e educadores, advindos de todas as regiões do Paraná, além de autoridades que enfatizaram a importância do Agrinho para a educação do Paraná. Em sua 29ª edição, o programa terminou com a quebra de um recorde: 2.578 participantes premiados.

Realizada nas redes pública e privada de ensino, esta edição teve como tema “Agrinho: do campo à cidade, colhendo oportunidades”. O programa é levado às salas de aula em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) e com outras entidades e apoiadores. Ao longo do ano, com materiais didáticos próprios e distribuídos gratuitamente às escolas, o Agrinho tem uma proposta pedagógica inovadora, pautada em princípios como colaboração, interdisciplinaridade, transversalidade e pesquisa.

A metodologia do programa está tão consolidada, que o Agrinho vem quebrando recordes de participação ano a ano. Nesta edição, foram mais de 1,3 milhão de participantes, em 17 categorias. Só no Concurso Agrinho, foram mais de 658,1 mil alunos inscritos. A categoria Redação Paraná somou mais de 551,6 mil participações. No total, 3.741 unidades escolares aderiram à iniciativa, entre escolas estaduais, municipais, particulares, colégios agrícolas e Apaes. Além disso, o programa também se estende por categorias inovadoras, afinadas com as novas demandas da sociedade, como Robótica, AgroRobótica e Programação.

Anfitrião da festa, o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, destacou o alcance e os números expressivos do Agrinho. O líder rural também enfatizou a importância do programa, que “contribui com o desenvolvimento das novas gerações e da agropecuária”.

“O Agrinho incentiva crianças e jovens a conhecer e respeitar o agro. É fundamental a participação de alunos, pais, professores e diretores das escolas da rede pública e privada do Paraná” – Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP

O vice-governador do Paraná, Darci Piana, lembrou que os impactos do Agrinho são tão positivos que o programa já foi levado a outros cinco estados – Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rondônia e Ceará, abrangendo 3,7 milhões de participantes por ano. Na avaliação de Piana, o Agrinho tem sido decisivo para fazer com que conceitos e práticas sustentáveis se consolidem entre os estudantes, perpetuando-se entre as gerações.

“Juntamente com uma província do Japão, nós somos o Estado mais sustentável do mundo e o Agrinho tem muito a ver com isso. Este é o melhor programa do agronegócio deste país, tanto que cinco Estados já estão utilizando o Agrinho em suas escolas”, declarou Piana. Ao lado de outras autoridades presentes, o vice-governador foi homenageado ao longo do evento, recebendo uma placa de reconhecimento.

A festa

A celebração começou logo cedo, quando 72 ônibus desembarcaram no ExpoTrade Convention Center. Os estudantes e educadores foram recepcionados pelos personagens-símbolo do programa – Agrinho, Aninha e Nando – e puderam tirar fotos com eles em diversos cenários. Após a abertura e os discursos, os participantes assistiram a um espetáculo apresentado pela Sista Produções Artísticas: uma adaptação do musical “The Greatest Showman”, que incluiu música, dança, teatro e performances circenses.

Em seguida, o Agrinho promoveu a entrega de quase 2,6 mil condecorados nas diversas categorias, que receberam prêmios como celulares smartphones, tablets, chromebooks, notebooks e projetores multimídia, além dos três carros entregues às vencedoras da categoria Experiência Pedagógica.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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