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Pesquisadores desenvolvem cultivar mais produtiva de capim azevém

Em produtividade de forragem, o material recém-desenvolvido gerou 2% mais do que as cultivares BRS Ponteio e a Fepagro, dois importantes materiais de azevém que estão no mercado.

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Produtividade de folhas da nova cultivar é até 20% maior em comparação às tradicionais da mesma espécie - Fotos: Paulo Lanzetta

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma nova cultivar de azevém (Lolium multiflorum Lam.) com produtividade de folhas até 20% maior em comparação às tradicionais da mesma espécie. Trata-se de um avanço importante, uma vez que esse capim é amplamente empregado na alimentação de gado leiteiro, especialmente na região Sul.

Em produtividade de forragem, o material recém-desenvolvido gerou 2% mais do que as cultivares BRS Ponteio e a Fepagro, dois importantes materiais de azevém que estão no mercado. Chamada de BRS Estações, a nova cultivar ficou entre as mais produtivas em experimentos realizados no Paraná (veja tabela 1 abaixo).

Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Andréa Mittelmann

Com lançamento agendado para 1º de setembro, durante a Expointer, no Parque de Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a BRS Estações apresenta ciclo produtivo longo, persistindo até novembro, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Andréa Mittelmann. “Isso permite prolongar o pastejo, contribuindo para o enfrentamento do vazio forrageiro de primavera”, destaca a pesquisadora ao detalhar que a cultivar apresenta altura média a baixa, com folhas largas e longas e uma inflorescência densa, com alto número de espiguetas por espiga.

A cultivar foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento de Azevém da Embrapa, que integra as Unidades Embrapa Clima Temperado e Embrapa Gado de Leite, com participação das Unidades Embrapa Pecuária Sul e Embrapa Trigo. O desenvolvimento ocorreu no âmbito do convênio da Embrapa com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com a Associação Sul-Brasileira para o Fomento e Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto). “Por ser proveniente de populações adaptadas à região Sul do Brasil, a planta tem boa adaptação e sanidade, além de possuir alta produtividade de forragem, com excelente qualidade, devido ao florescimento tardio e à excelente relação folha/colmo”, relata a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Fernanda Bortolini.

A pesquisadora realça a produtividade das sementes, por ter espigas densas e capacidade de ressemeadura natural. O analista da Embrapa Sérgio Bender diz que a nova cultivar se destaca, principalmente, pela boa produtividade das folhas, o que dá mais qualidade ao pastejo (veja tabela 2).

Essa é a terceira cultivar de azevém desenvolvida pela Embrapa. A primeira, BRS Ponteio, ocorreu há uma década e foi considerada um sucesso pelo setor, com uma produtividade 7% maior que as concorrentes, na época. A segunda, BRS Integração, lançada em 2017, possui um ciclo mais curto (20 dias a menos), produzindo 5% a mais que a BRS Ponteio e se adapta bem aos sistemas de Integração Lavoura Pecuária (ILP).

As plantas são consideradas aptas ao pastejo quando atingem 18 centímetros de altura, segundo informa Carlos Eduardo da Silva Cardoso, professor do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que especificou os protocolos de manejo (veja quadro no fim da matéria). Para que ocorra o máximo acúmulo de folhas vivas, o intervalo entre cortes deve corresponder ao tempo necessário para a expansão completa de duas novas folhas: em torno de 30 dias ou 300 graus-dia (cálculo da soma térmica em graus-dia “GD” realizada a partir da temperatura média do ar subtraída da temperatura base) durante o período vegetativo e em torno de 20 dias ou 230 graus-dia durante o período reprodutivo. “Para que haja alta colheita de folhas vivas, a cada pastejo as plantas devem ser rebaixadas até atingirem a metade da altura inicial”, recomenda o professor (veja tabela 3). O aparecimento das flores ocorre em meados de outubro, com a produção suficiente de sementes para que haja ressemeadura natural, formando-se nova pastagem de azevém na mesma área no ano seguinte.

Forrageira de inverno
O azevém é uma espécie forrageira de grande importância para a Região Sul do Brasil e, desde que irrigada, pode ser cultivada também em algumas localidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Uma das principais forrageiras de inverno cultivadas no Brasil, essa gramínea resiste bem a baixas temperaturas. Importante banco de proteínas para o gado no período de entressafra, a suplementação com apenas duas horas de pastagem em um campo cultivado com azevém é capaz de garantir a produção diária de cerca de dez litros de leite por vaca, reduzindo a necessidade de concentrado e, consequentemente, os custos de produção.

A gramínea se adapta bem às condições climáticas do Centro-Sul brasileiro, onde, durante o inverno, as temperaturas são amenas. Um limitante, porém, é a necessidade de água. Ela exige o uso contínuo de irrigação. Por ser uma cultura anual, própria para o outono/inverno, o azevém não compete com outras culturas. A gramínea pode ser plantada nas mesmas áreas utilizadas para o cultivo do milho ou do arroz. O plantio ocorre em meados de março e final de abril, quando as áreas das culturas de verão já se encontram desocupadas.

A forrageira possui sementes pequenas, do tamanho de um grão de arroz, e pode ser semeada em linhas ou a lanço. Pode-se, ainda, semear com o solo preparado de modo convencional ou sobressemeado em áreas de campo nativo ou pastagens cultivadas de verão.

Manejo recomendado
As recomendações de manejo da BRS Estações foram desenvolvidas pela Embrapa, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O professor do Departamento de Fitotecnia da UFPel Carlos Eduardo da Silva Pedroso elenca os seguintes cuidados de manejo no cultivo: densidade de semeadura: 20 quilos por hectare (kg/ha) de sementes puras viáveis na semeadura em linhas e 25 kg na semeadura a lanço; correção do solo: solo corrigido quanto à acidez e fertilidade, conforme as recomendações da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; e adubação nitrogenada: 20 a 30 kg de nitrogênio (N)/ha na base e 150 kg/ha em cobertura, parcelados ao longo do ciclo, sendo a primeira dose no momento em que as plantas estiverem com três a quatro folhas.

Fonte: Ascom Embrapa Gado de Leite

Empresas

As empresas Choice Genetics da França, Brasil e Polônia se juntam ao Grupo Axiom

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Divulgação/Grupo Axion

A aquisição das empresas Choice Genetics da França, Brasil e Polônia reforça a posição do Grupo Axiom como líder francês indiscutível em genética suína e fortalece, consideravelmente, sua presença no cenário internacional, juntando-se aos 5 principais players mundiais no negócio.

Guillaume Naveau, CEO do Grupo Axiom

Atualmente líder francês em genética suína, o Grupo Axiom representa cerca de 50% da produção suína francesa em termos de vendas de reprodutores e vendas de doses. “Temos uma base acionária poderosa, composta por cooperativas francesas, que faturam 16 bilhões de euros e são presentes na França e internacionalmente, tanto no setor suíno quanto em outras atividades agrícolas”, evidencia Guillaume Naveau, acrescentando: “Também somos o principal exportador francês de animais reprodutores, com uma forte influência internacional, já que hoje temos quatro filiais, um na Polônia, um no Brasil, um na Espanha e um na China, e cerca de 90 distribuidores em todo o mundo”.

Soluções inovadoras e competitivas aos produtores brasileiros

Com uma base de seleção genética mundial de 30 mil matrizes GGP coloca o Grupo Axiom em uma posição de destaque, permitindo-lhe realizar um trabalho de seleção minucioso. Esse amplo conjunto de dados proporciona uma base sólida para identificar e aprimorar características genéticas valiosas, resultando em avanços significativos na seleção e melhoramento genético. Esse tipo de recursos coloca o Grupo Axiom entre os líderes do setor, destacando-se pela sua capacidade de realizar seleções de alta qualidade e com precisão. “Temos duas frases chaves em nossos critérios de seleção. A primeira é desmamar mais, mais pesado e mais facilmente. Queremos ter animais com qualidades maternais e com o máximo de autonomia possível. A eficiência alimentar é também essencial nos nossos eixos de seleção.

Fizemos pesados investimentos para medir o índice de consumo de todas as nossas linhas e principalmente dos nossos machos reprodutores para oferecer o melhor aos nossos parceiros e clientes”, salienta Naveau, reforçando que o objetivo da Companhia é ter uma seleção global baseada na eficácia geral do plantel.

Objetivos a curto e longo prazo

Ao considerar o mercado da América do Sul, especialmente ao Brasil, o Grupo Axiom almeja estabelecer uma presença de longo prazo. A empresa está firmemente convencida de que a América do Sul não apenas é, mas também continuará a ser um dos principais centros de produção de suínos em escala global. “Reconhecemos os benefícios significativos que essa região oferece em termos de produção de carne suína, em quantidade e qualidade”, afirma Naveau.

Inicialmente, a Companhia vai buscar estabelecer um núcleo robusto de raças puras para fornecer reprodutores de alta qualidade aos seus parceiros no Brasil e em toda a América do Sul. “Para alcançar esse objetivo, contamos com o suporte de uma equipe local composta por cerca de 20 profissionais altamente capacitados. Além disso, o Grupo Axiom emprega aproximadamente 130 colaboradores no total, incluindo especialistas que podem ser mobilizados de diversas partes do mundo para complementar e apoiar nossos clientes e parceiros locais”, assegura.

Naveau afirma que a Axiom está entrando definitivamente no mercado sul-americano. “Faremos tudo o que for necessário para oferecer o melhor da nossa genética e disponibilizar uma equipe eficiente para apoiá-los no desenvolvimento da sua produção de suínos”, enfatizou.

 

Fonte: Ass. de Imprensa
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Sem categoria Em Uberaba (MG)

Testes de Desempenho e Eficiência Alimentar começam na Fazenda Escola da Fazu

Antes do início das provas, os exemplares foram avaliados, ainda, pelo exame de ultrassonografia de carcaça.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Todos os touros que vão participar do Teste de Desempenho e Eficiência Alimentar (TDEA) do Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT) já estão na Fazenda Escola da Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), em Uberaba (MG).

Nesta semana terminou o prazo da admissão e os animais passaram pelas primeiras avaliações. “A gente precisa estabelecer um protocolo sanitário para a seguridade desses animais, além das vacinações contra a clostridiose e doenças respiratórias. Então, primeiro, é o protocolo sanitário, seguido pela pesagem, que faz parte da avaliação dos animais”, conta a coordenadora de projetos da Fazu, Juliana Paschoal.

Antes do início da prova, os exemplares foram avaliados, ainda, pelo exame de ultrassonografia de carcaça. “A gente mede a área de olho de lombo, que é uma característica que está relacionada à musculosidade, com o rendimento à desossa do animal e, também, a espessura de gordura subcutânea, que está relacionada à precocidade e que é importante para o abate dos animais”, diz o professor Saulo da Luz Silva, da Universidade de São Paulo (USP).

Os animais passaram também pelo olhar apurados dos técnicos da ABCZ, na avaliação EPMURAS. “Para o animal vir para a fazenda, ele obteve a pontuação de ‘Muito Bom’ ou ‘Excelente’ no EPMURAS, e aqui ele tem que ter pelo menos ‘Bom’. É nessa avaliação de admissão que os animais recebem a pontuação, pela comissão tríplice, de pelo menos 25 pontos no EPMURAS”, explica Lauro Fraga, técnico de campo da ABCZ.

Com o fim do período de recepção dos animais, começa a fase de adaptação, com duração de 21 dias. “Aí sim, terá a prova oficial, acompanhando todo o desempenho do animal, o ganho de peso, até avaliar o peso final. Também no final dessa prova, é feita avaliação de carcaça, avaliação de tipo novamente, além da parte de andrologia completa, de qualidade de sêmen e, ainda, a eficiência alimentar”, conclui o Superintendente Técnico Adjunto de Fomento do Leite da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Notícias

Quarenta empresas de nutrição animal participam do Siavs 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva.

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Foto: Arquivo/O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

Diretor da feira do Siavs, José Perboyre: “Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do Siavs” – Foto: Divulgação/ABPA

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no Siavs, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição. “Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do Siavs, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do Siavs, José Perboyre.

Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: Assessoria ABPA
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CBNA – Cong. Tec.

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