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Pesquisadores apontam os caminhos para a agricultura conservacionista

Sistema Plantio Direto, agricultura regenerativa e a agricultura sustentável são uma parte da agricultura conservacionista. E a tecnologia é informação, mas o manejo precisa de formação para interpretar a informação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A agricultura conservacionista e regenerativa está no linguajar de vários meios da sociedade, seja formal ou informalmente. Por vezes, o conceito dessa agricultura perde-se em significados diferentes do que esta se propõe.

Pesquisador da Embrapa Trigo, José Eloir Denardin: “Agricultura conservacionista é praticada com os preceitos do conservacionismo estudados, convertidos em tecnologias, prescritos e apregoados pela conservação do solo” – Fotos: Rodrigo Alva

Com o propósito de clarear a visão sobre agricultura conservacionista, agricultura sustentável, agricultura regenerativa e outros termos nesta mesma linha, o pesquisador José Eloir Denardin, da Embrapa Trigo, promoveu uma reflexão dos participantes do 2º Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção (II SIP) , realizado na última semana  em Campo Grande (MS). “O objetivo é promover uma reflexão sobre a linguagem como a maior invenção humana e sua associação à geração e à adoção de tecnologias na agricultura”, iniciou Denardin.

O pesquisador explicou que a linguagem pode modificar e atrapalhar a interpretação das tecnologias. “A linguagem é a essência da ciência. Requer aceitável de dubiedades”. Segundo ele, a descrição exata da ciência realizada por meio de artigo-científico é critério primordial para concessão de certificação científica para que ela possa ser reproduzida da forma correta.

Denardin enfatizou que o conceito maior, que abarca todos os outros, é o da agricultura conservacionista, que possui três premissas: o agricultor deve cultivar plantas em benefício do solo; a água deve ser retida onde ela cai; e nenhum sistema é melhor do que quem o gerencia e ou maneja. “Agricultura conservacionista é praticada com os preceitos do conservacionismo estudados, convertidos em tecnologias, prescritos e apregoados pela conservação do solo”, enfatizou.

De acordo com o pesquisador, o conservacionismo possui regras que são transformadas em tecnologias. O Sistema Plantio Direto, a agricultura regenerativa e a agricultura sustentável são uma parte da agricultura conservacionista. A tecnologia é informação, mas o manejo precisa de formação para interpretar a informação. “Manejo é a arte de operar os instrumentos das tecnologias. Capacitar é dar poder para decidir”, disse Denardin.

Dentro dos conceitos, o pesquisador atentou para o conservacionismo, que é de âmbito maior e possui como premissas preservar (não admitir interferência antrópica), manter (correção e ajuste de suas deficiências sem reduzir ou comprometer suas potencialidades) e regenerar (reabilitar os elementos da biosfera ou dos recursos naturais).

Nos dados apresentados, ele mostrou que a agricultura atual, no Brasil, ocupa 52,2 milhões de hectares, sendo que 27 milhões são considerados conservacionistas.

Professor da Universidade Federal da Grande Dourados, Luís Carlos Ferreira de Souza: “Quanto mais palha, maior a produtividade da cultura. Isso se repetiu em vários anos de experimento”

O professor Luís Carlos Ferreira de Souza, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), ministrou a palestra “Sistema Plantio Direto: agricultura sustentável, agricultura regenerativa: diferenças e vantagens.” Abordou também os conceitos de agricultura sustentável e agricultura regenerativa. “Dentro desses princípios é que o grau de tecnologia e de comprometimento de empresas deve estar calcado. Até 2030, temos que atender às políticas públicas do carbono zero, e não é fácil”, alertou.

Ele afirmou que as definições do Sistema Plantio Direto (ausência de revolução do solo, rotação de culturas e manutenção da palhada) são claras, todo mundo sabe, mas muitas vezes não são realizadas. A melhoria do solo não é imediata, tem que ter investimento, mas é necessário diversificar o sistema.

A produção de palha e matéria orgânica do solo em consórcio é bem maior do que em cultivos solteiros. A produtividade da soja semeada sobre o milho solteiro é menor do que nos consórcios. “Quanto mais palha, maior a produtividade da cultura. Isso se repetiu em vários anos de experimento”, pontuou o professor.

O pesquisador Cândido Novais, do Grupo Scheffer, falou sobre a importância de “Regenerar a vida na terra”. Para ele, a agricultura regenerativa é a esperança de recuperação de algo que já vinha sendo feito e não estava tão bem; é o conjunto de ferramentas que busca melhorar a qualidade da saúde do solo. “A análise de biodiversidade é maior nas áreas de agricultura regenerativa do que nas convencionais e até mesmo nas de reserva natural do Cerrado. Há um maior número de espécies de microrganismos, melhoria na microfauna e mesofauna e também benefícios adicionais como o retorno de inimigos naturais que antes não eram vistos no cultivo convencional, tanto na soja quanto no algodão”,ressaltou.

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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