Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Pesquisadora fala sobre projeto de sustentabilidade na suinocultura

Iniciativa tem entre as finalidades analisar os gases de efeito estufa na produção agropecuária brasileira e viabilizar por sistemas de produções mais sustentáveis

Publicado em

em

A pesquisadora do projeto Rede PECUS, Patrícia Perondi Anchão é líder e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Pecuária Sudeste do projeto Rede PECUS – Pecuária Sustentável/ Pecuária de Sucesso, iniciativa que tem entre as finalidades analisar os gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária brasileira e viabilizar por sistemas de produções mais sustentáveis. O projeto teve inicio em 2011 e conta com 350 pesquisadores da Embrapa e demais instituições brasileiras. 

Anchão possui graduação em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP (1990), mestrado em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ-USP (1995) e doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pelo CENA-USP (2001). Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Sistemas de Produção e Pastagem e Forragicultura.

Poderia falar um pouco da origem da Rede Pecus e qual o principal objetivo?

A rede de pesquisa PECUS surgiu de uma demanda da sociedade de maneira geral (produtores rurais, entidades de representação de classes, estudantes de todas as categorias e o público em geral) que estavam preocupados com o hábito de consumir carne impactando as mudanças climáticas, havia um questionamento claro sobre o real papel da pecuária nas emissões de GEE e consequentemente nas mudanças climáticas.

Os projetos de pesquisa da rede PECUS avaliam o balanço entre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os sumidouros (“sequestro”) de carbono dos vários sistemas de produção da pecuária nos principais biomas brasileiros, em busca de uma pecuária sustentável, pautada pelos aspectos econômico, social e ambiental.
O objetivo geral é contribuir para a competitividade e sustentabilidade da pecuária brasileira, por meio do desenvolvimento e organização de pesquisas que estimem a participação dos sistemas de produção agropecuários na dinâmica de GEE.

A rede é composta por várias unidades da Embrapa, universidades e outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais, com apoio de agências de fomento à pesquisa e da iniciativa privada. Com caráter interinstitucional, formada por equipes multidisciplinares, a rede trabalha nos principais biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

Quais as principais áreas de atuação?

A atuação da Rede é muito abrangente e envolve muitas áreas, como pastagens, nutrição animal, economia, biofísica, estatística, meio ambiente, melhoramento genético animal e vegetal, entre outras. 

É necessário entender todos os processos para podermos formar um conhecimento científico que explique o impacto da pecuária sobre as questões ambientais, as formas para mitigar algum ponto negativo e garantir a "sustentabilidade", que é tão necessária quanto complexa de ser atingido. A sustentabilidade é um modelo diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente, garantindo as necessidades das futuras gerações. Baseia-se em três dimensões: a econômica, a social e a ambiental.

Qual a atuação da rede na suinocultura brasileira?

A Rede avalia as emissões de GEE em instalações e dejetos em granjas de suínos. Além disso, pesquisa ações para mitigação dessas emissões nessa área.

Qual a importância do aproveitamento dos dejetos animais para a sociedade e para o produtor, principalmente na questão ambiental?

O impacto é no mínimo nobre, porque os dejetos se transformam de um problema ambiental a uma produção renovável de energia ou de fertilizantes de alta qualidade, que garante todas as vantagens da adubação orgânica ou organomineral.

Quais os planos da rede para o futuro?

A Rede vai apresentar em junho deste ano os resultados de pesquisa nos diferentes sistemas de produção brasileiros na dinâmica dos gases de efeito estufa (GEE). Além disso, vai indicar sistemas de produção mais competitivos e sustentáveis e determinar o potencial de mitigação das pastagens e do componente arbóreo dos sistemas melhorados.

Qual o papel do agronegócio brasileiro na questão da redução dos Gases de Efeito Estufa (GEE)?

O uso de tecnologias que promovam a melhora da eficiência dos sistemas de produção e o aumento do desempenho animal estão sendo implementadas no setor, mas ainda há espaço para avançar.

Uma simulação de balanço entre as emissões e as remoções de gases de efeito estufa em um processo de recuperação de pastagem revelou que é possível a obtenção de saldo positivo de carbono. Alguns sistemas de produção, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), e alterações na nutrição animal, como inclusão de aditivos na dieta bovina que melhoram a sua digestibilidade, são estratégias pesquisadas pela Embrapa e que têm potencial para diminuir as emissões da agropecuária. Isso ocorre porque os sistemas integrados retêm mais carbono e uma melhor digestão promove menores emissões de metano pelos animais.

Quando o aporte de tecnologias é menor e o cuidado com o meio ambiente não é levado em consideração a pecuária não cumpre esse papel. Por outro lado, resultados preliminares mostram que em alguns casos pode haver remoções de GEE por meio do sequestro de C, inclusive maiores que as emissões, colocando a pecuária como uma aliada da melhoria das questões ambientais no país.

Qual a porcentagem de gases emitidos pela agricultura brasileira e o que tem sido realizado para a redução tanto no Brasil quanto no mundo?

No Brasil, pelas Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a agricultura e a pecuária foram responsáveis por 37% das emissões nacionais em 2012 e a mudança do uso da terra, por 15%. De 1990 a 2012, houve uma queda na porcentagem de participação da mudança do uso da terra no total de emissões, decorrente do controle do desmatamento ilegal, colocando os outros setores em evidência. Com isso, a agricultura e a produção de energia tornaram-se proporcionalmente os maiores emissores de GEE brasileiros, mesmo sem aumento significativo na emissão absoluta.No entanto, a pecuária tem grande potencial de mitigação das emissões.

As instituições brasileiras de pesquisa estudam formas de mitigar as emissões nos diversos sistemas agropecuários. A partir da adoção, por exemplo, de sistemas integrados e melhores técnicas de manejo, é possível reduzir a emissão de GEE na pecuária. Pesquisas apontam que as principais tecnologias para garantir o desenvolvimento sustentável da pecuária englobam, dentre outros, a recuperação de pastagens degradadas, boas práticas de manejo da planta forrageira e do animal, uso adequado de insumos, melhoramento genético animal, boas práticas de manejo da água, adoção de sistemas integrados de produção (ILPF, ILP, IPF), balanceamento correto da dieta animal, uso de aditivos e o manejo racional dos dejetos animais, que englobam a fertirrigação, biodigestores e fabricação de fertilizantes organominerais.

Qual a atuação da Embrapa na questão do reaproveitamento dos dejetos dos suínos, de biogás e o uso do biodigestor? Existe alguma unidade específica?

A pesquisa da Embrapa está organizada em Portfólios de Pesquisa, nesse tema existe o Portfólio de Mudanças Climáticas, que é responsável pela prospecção e gestão das linhas de pesquisa, pelo monitoramento das emissões, pelas tecnologias geradas e pela transferência de tecnologia. A rede de pesquisa PECUS é um dos projetos do Portfólio.

Dessa forma, a Embrapa contribui com importantes relatórios e com a formulação de políticas públicas, como por exemplo atuando na formulação do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de GEE e no apoio técnico ao Programa e Plano ABC.

Fonte: Assessoria

Continue Lendo

Notícias Dia do Churrasco

ABPA inicia campanha por mais carnes de aves e de suínos na grelha

Em parceria com a Asgav e o SIPS, entidade realizou uma ação durante a ExpoChurrasco, em que foram servidos mais de 200 quilos de cortes assados, incluindo pratos especiais preparados pelo chef Marcelo Bortolon. A iniciativa continuará com a divulgação de vídeos nas redes sociais da ABPA, destacando a variedade e o potencial dessas carnes para grelha.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Às vésperas do Dia Nacional do Churrasco, comemorado em 24 de abril, a ABPA deu início a uma mobilização para estimular a adoção de mais cortes de carne de frango e de carne suína no cardápio das confraternizações que envolvam preparos na churrasqueira.

No último fim de semana, a ABPA promoveu, em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) uma grande ação em meio à ExpoChurrasco, em Porto Alegre (RS).

Foram mais de 200 quilos de cortes de aves e de suínos assados e servidos ao longo das seis horas de evento, incluindo o preparo de pratos especiais sob a batuta do chef Marcelo Bortolon – um verdadeiro convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

E a promoção dos cortes para churrasco não terminou no evento gaúcho. A partir das imagens capturadas na ação, uma série de vídeos ilustrativos e informativos sobre cortes diferenciados para o churrasco será difundida nas redes sociais institucionais e de consumo da ABPA.  O primeiro deles chegou às redes da ABPA hoje, e pode ser conferido no link https://www.instagram.com/reel/C6Hdy_wxgw-/?igsh=MWg1aDQwbTh4Z3E5dw%3D%3D.

“Queremos despertar a criatividade do público para mais cortes de carnes suínas e de aves nos churrascos. Além da praticidade e do sabor que casam muito bem com as grelhas, são produtos acessíveis e que tem todo o potencial para ganhar ainda mais protagonismo. Vamos focar nossa campanha nessas características, que são diferenciais nestas proteínas”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
Continue Lendo

Notícias

Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

Publicado em

em

Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
Continue Lendo

Notícias

Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.