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Pesquisador brasileiro é nomeado como cátedra IICA pela contribuição ao desenvolvimento do comércio agroalimentar nas Américas

Programa Cátedras IICA é um reconhecimento às contribuições de pesquisadores, acadêmicos, professores e lideranças que promovem e estimulam novos conhecimentos sobre a agricultura e o desenvolvimento rural nas Américas.

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Professor sênior de agronegócio do Insper e coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank, recebeu o título das mãos do diretor geral do IICA, Manuel Otero - Foto: Divulgação

Com mais de 35 anos dedicados aos temas agroalimentares globais, o professor sênior de agronegócio do Insper e coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank, foi nomeado o novo membro do programa Cátedras IICA do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), durante a reunião anual do seu Comitê Executivo, na Costa Rica.

O programa Cátedras IICA é um reconhecimento às contribuições de pesquisadores, acadêmicos, professores e lideranças que promovem e estimulam novos conhecimentos sobre a agricultura e o desenvolvimento rural nas Américas.

Jank, que recebeu o título das mãos do diretor geral do IICA, Manuel Otero, é o segundo brasileiro no Cátedras IICA e se juntará aos sete membros do programa. O outro representante do Brasil é o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Durante a reunião anual do Comitê Executivo do IICA, órgão integrado rotativamente pelos ministros da Agricultura de 12 países das Américas, Jank também fez parte de um painel sobre a situação do comércio agroalimentar global e hemisférico, junto com a ex-ministra da Agricultura da Costa Rica e ex-embaixadora deste país na Organização Mundial do Comércio (OMC), Gloria Abraham; e o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos.

Marcos Jank pode ser definido como um profissional múltiplo que dedica a vida para promover o desenvolvimento da agricultura nos mais diversos espaços. Sempre atuante em projetos de pesquisa, no ensino, em organismos internacionais, nas associações setoriais, na iniciativa privada e no setor público.

Tem uma carreira de 20 anos como docente e pesquisador com passagens como professor associado na Faculdade de Economia e Administração (FEA-USP), no Instituto de Relações Internacionais (IRI-USP) e na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP). Em 2010, recebeu a Ordem de Rio Branco e já foi reconhecido em mais de dez premiações como uma das pessoas mais influentes do agronegócio brasileiro. “É um grande prazer fazer parte desta Cátedra, que trata de comércio internacional e segurança alimentar, tema que escolhi em toda a minha vida profissional, desde que saí da universidade. Estou extremamente feliz por estar ao lado das ilustres pessoas que já receberam esta homenagem e da possibilidade de continuar trabalhando pela integração da América Latina e do Caribe em questões de segurança alimentar, comércio e política comercial agrícola. Espero progredir, estudar e lutar pela maior integração das Américas nestas áreas.”, disse Jank.

Ao falar sobre a agricultura no Brasil, Jank afirmou que o país e a região têm uma responsabilidade crescente na segurança alimentar, energética e ambiental global. “Além disso, temos um grande potencial na agricultura integrada com pecuária, bioenergia, carbono e florestas, bem como a possibilidade de desenvolver técnicas sustentáveis ​​não só em commodities, mas em especialidades como pescados, bebidas e fruticultura”, ressaltou.

Ao lembrar a trajetória do homenageado, o diretor geral do IICA, Manuel Otero, disse que apesar do extenso currículo, ainda há muito a fazer na área de segurança alimentar e integração. “O programa Cátedras do IICA reconhece pessoas que têm muito a contribuir para o desenvolvimento da agricultura e da ruralidade nas Américas, não apenas pelo seu trabalho de qualidade, mas também pelo seu compromisso em valorizar o papel fundamental que os agricultores têm para garantir a segurança alimentar e o estado nutricional dos habitantes de nossa região e do mundo inteiro”, explicou Otero.

A trajetória acadêmica de Marcos Jank começou em São Paulo e ganhou o mundo. Fez graduação na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” da Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Política Agrícola pelo Insituto Agronômico de Montpellier e doutorado em Economia de Negócios pela Faculdade de Economia e Administração da USP.

Como a busca de conhecimento sempre foi um dos seus objetivos, ele estudou e trabalhou por dez anos no exterior, tendo passado pelos Estados Unidos, Europa (França) e Ásia (Singapura).

Em períodos sabáticos também esteve em universidades americanas (Visiting Scholar na School of Foreign Service da Georgetown University e no Agribusiness Research Institute da University of Columbia-Missouri) e europeias (Paris e Montpellier, França).

Setores privado e público 

Com um olhar empreendedor aguçado, Jank também atua fortemente no setor privado ocupando cargos de presidente na União da Indústria de Cana-de-Açúcar (2007 a 2012) e na Aliança Agro Ásia-Brasil (Asia-Brazil Agro Alliance – ABAA), de 2017 a 2019. Foi ainda vice-presidente de assuntos corporativos e desenvolvimento de negócios da BRF para a região Ásia-Pacífico (2014-2017)

Na área pública, serviu como especialista em integração e comércio na Divisão de Integração, Comércio e Assuntos Hemisféricos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington (2001-2002) e como Assessor Especial do Ministro Celso Lafer no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em 1999.

Jank integrou diversos conselhos empresariais no país e no exterior.  Atualmente é membro independente do Conselho de Administração da Rumo Logística, chairman do Comitê de Sustentabilidade e Inovação da Minerva Foods, membro do Painel Internacional da Cargill Global para sustentabilidade e proteção de florestas e membro do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp (Cosag).

Ele também compartilha seu conhecimento como comunicador, tendo atuado como comentarista e colunista de televisão, jornais e revistas de grande circulação nacional e internacional.

Fonte: Assessoria IICA no Brasil 

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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