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Pesquisa sobre bactérias resistentes em polos suinícolas do Paraná ganha documentário

“Bactérias Multirresistentes: Uma Ameaça Invisível” retrata investigação científica realizada pela Proteção Animal Mundial e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Habitantes revelam casos de infecções que merecem atenção da indústria e de autoridades públicas. Melhoria do bem-estar na criação animal está no centro da solução.

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Produzido pela Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que trabalha em prol do bem-estar animal, o novo documentário “Bactérias Multirresistentes: Uma Ameaça Invisível” acompanha a pesquisa de campo feita pela organização em 2021, com assessoria técnica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que realizou a coleta e análise de amostras de solos e águas extraídas das margens de rios existentes nas proximidades de granjas de criação industrial intensiva de suínos em duas regiões do Paraná. Lançado em São Paulo, no fim da semana passada, o filme está disponível no fim deste texto.

A investigação foi feita para verificar a possível disseminação de genes de resistência a antibióticos (GRAs) a partir de instalações do tipo, reforçando com rigor científico um elo que já está sendo descoberto em diversas partes do mundo.

O documentário “Bactérias Multirresistentes: Uma Ameaça Invisível” é um desdobramento do relatório divulgado pela Proteção Animal Mundial em dezembro do ano passado. A publicação trouxe os resultados da pesquisa feita no Brasil replicando a metodologia empregada em apurações análogas feitas no Canadá, na Espanha, nos Estados Unidos e na Tailândia.

No caso brasileiro, assim como nas outras localidades, as análises laboratoriais efetivamente indicaram maior quantidade e maior diversidade de GRAs nas amostras coletadas depois das granjas (jusante) em comparação com as amostras coletadas antes das instalações (montante).

De forma geral, o problema se encaixa no tema amplo do aumento da resistência antimicrobiana (ou RAM) a medicamentos, situação que já afeta hoje a saúde humana, animal e ambiental. É o caso, por exemplo, de bactérias que foram selecionadas a ponto de se tornarem insensíveis a tratamentos médicos com múltiplos antibióticos, inclusive os mais críticos, disponíveis para curar as infecções.

Segundo os dados acadêmicos mais recentes compilados, essa crise de saúde já é responsável por 1,3 milhão de mortes humanas em todo o mundo a cada ano. Na projeção mais pessimista, se nada for feito, o total de fatalidades pode atingir até 10 milhões de pessoas globalmente em 2050.

Necessidade de melhores práticas

Vale notar que os indícios que relacionam a RAM à atividade agropecuária intensiva não estão restritos à criação de suínos, mas também dizem respeito às indústrias de aves, bovinos e até mesmo peixes. A principal razão por trás desse risco é o uso indiscriminado (em rebanhos inteiros) e rotineiro de antibióticos na criação animal.

Isso pode acontecer para mascarar problemas ao prevenir eventuais doenças nos animais (ocasionadas pelo baixo nível de bem-estar no sistema). Também pode ocorrer para promover artificialmente o crescimento dos animais. Em qualquer dos casos, são práticas já proibidas em muitas partes do mundo, como na União Europeia.

Em outros tantos países e regiões, como é o caso do Brasil e de muitas nações em desenvolvimento extremamente dependentes economicamente da atividade agropecuária, tais práticas seguem acontecendo. Não à toa, até 75% da produção mundial de antibióticos a cada ano, incluindo para humanos ou animais, é direcionada especificamente para o uso em animais de produção.

O problema é agravado em razão de descuidos no manejo de resíduos da produção (fezes e urina) e que podem estar contaminando o ambiente. Como esses resíduos acabam virando adubo na agricultura, chegam até os sistemas de abastecimento de água ou entram nas casas das pessoas sob a forma vegetais contaminados.

A questão é ainda mais delicada em países com problemas no tratamento de água ou no saneamento público. Além disso, mesmo produtos cárneos derivados dos animais produzidos nos sistemas intensivos podem carregar os agentes patogênicos preocupantes.

Falta de informação e vulnerabilidade

Nas cidades paranaenses visitadas pelo time de pesquisa (Castro, Carambeí e Piraí do Sul; Toledo e Palotina), a equipe de documentário foi também ouvindo moradores, trabalhadores da agropecuária e seus familiares para entender na prática como a RAM impacta suas vidas e as comunidades onde vivem.

Às vezes, mesmo sem relacionar conscientemente problemas de saúde vividos na própria pele ou por pessoas próximas às possíveis origens, os entrevistados acabam dando as pistas de como são, na verdade, alguns dos personagens mais vulneráveis desse enredo.

Se, por um lado, boa parte do sustento das famílias e do orçamento das cidades hoje dependem da atividade econômica e dos empregos nas granjas industriais intensivas, por outro os cidadãos (e os municípios) pagam contas médicas cada vez mais altas e arcam com incapacitações e fatalidades em razão de infecções bacterianas resistentes. “‘Bactérias Multirresistentes: Uma Ameaça Invisível’ traz uma mensagem de alerta e conscientização. O problema é real e presente. As ações para evitar uma crise que pode ganhar grandes proporções passam, entre outras, por fazer com que a produção de proteína animal venha obrigatoriamente de indivíduos criados respeitando altos níveis de bem-estar”, resume o gerente de Agropecuária Sustentável da Proteção Animal Mundial, José Ciocca.

“Animais criados de acordo com os padrões técnicos de alto bem-estar são naturalmente mais saudáveis e dependem menos do uso rotineiro e indiscriminado de antibióticos. Assim há menos riscos de aumento da resistência das bactérias e de contaminação ambiental. Nossa proposta é envolver toda a sociedade nessa conversa – indústria, cidadãos, autoridades públicas, academia – para difundir as melhores práticas e promover uma transição de sistemas que seja socialmente justa e economicamente viável”, complementa.

 

Fonte: Assessoria

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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Imeve Suínos março

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