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Pesquisa de Inovação Semestral aponta qualidade e alcance da inovação da indústria brasileira
Atual edição apontou, dentre outros fatores, que as empresas industriais de médio e grande brasileiras porte investiram R$ 36,9 bilhões em P&D em 2022

Na manhã de quarta-feira, 20, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa de Inovação Semestral – PINTEC Semestral na cidade de Brasília-DF. A pesquisa é uma parceria do IBGE com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem como objetivo a construção de indicadores setoriais e nacionais, das atividades de inovação nas empresas industriais brasileiras. A atual edição apontou, dentre outros fatores, que as empresas industriais de médio e grande brasileiras porte investiram R$ 36,9 bilhões em P&D em 2022.
Participaram do evento o Presidente do IBGE, Marcio Pochmann; o Presidente da ABDI, Ricardo Cappelli; o Diretor do Instituto de Economia da UFRJ, Carlos Frederico Leão Rocha; o Diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da ABDI, Carlos Geraldo Oliveira; a Secretária Executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento do MDIC, Verena Hiltner; o Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira; o Secretário Executivo do MCTI, Luis Fernandes; o Chefe de Gabinete do MDIC, Pedro Guerra, a Diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida; além de diretores e equipes técnicas do IBGE e da UFRJ.

Foto: Lucas Cunha
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, destacou em sua fala a relevância da pesquisa no cenário atual brasileiro. “Esse levantamento é feito com base em uma amostra de empresas, permitindo que tenhamos uma visão panorâmica da realidade das indústrias brasileiras em relação às decisões de inovação. Essas inovações podem ser de produtos ou de processos e, de certa maneira, apontam para o país como um todo, bem como para o governo federal, estadual e municipal. O objetivo é entender como as empresas estão se comportando, sobretudo no período de uma revolução tecnológica que o Brasil está vivendo. Portanto, essas informações funcionam como um termômetro para avaliar o comportamento das empresas brasileiras, com base em uma amostra coletada pela PINTEC semestral”, afirmou.
Pochmann também ressaltou os desafios que o Brasil tem pela frente. “O esforço do governo atual me parece absolutamente necessário para que possamos convergir na reestruturação da atividade produtiva com informações mais adequadas à necessidade de quem toma decisões. É importante destacar que essa informação com a qual tivemos contato agora demonstra o estágio em que nos encontramos. Ela é como uma fotografia do momento presente, mas certamente não é o lugar onde desejamos permanecer. Queremos avançar para uma situação superior, pois obviamente é possível alcançar esse objetivo, e o Brasil já demonstrou essa capacidade em outro momento”, afirmou.

Da esquerda para direita – Coordenador de Estatísticas Estruturais e Temáticas em Empresas, Alessandro Pinheiro; Diretor-Adjunto da DPE, João Hallak; Presidente do IBGE, Marcio Pochmann; Superintendente da SES/DF, Gabriel Antonaccio; Assessor da Presidência, Denis Gimenez – Foto: Lucas Cunha
Já o presidente da ABDI, Ricardo Capelli, destacou a importância da parceria com o IBGE e da pesquisa para o desenvolvimento do Brasil. “A pesquisa é muito importante, e a parceria com o IBGE para nós da ABDI é estratégica, o IBGE é uma instituição central do país. A PINTEC fornece alguns indicadores que nos ajudam na formulação das políticas públicas e nos auxiliam a entender para onde o Brasil está caminhando. Essa parceria com o IBGE não só queremos reforçar, como também queremos ampliar. Estamos discutindo uma série de outras iniciativas, e acreditamos que o IBGE pode ser um parceiro fundamental para nós”, disse.
O Secretário Executivo do MCTI, Luis Fernandes, parabenizou o IBGE, ABDI e a UFRJ pela iniciativa e acrescentou que “o estudo vai ser fundamental para se balizar o método de projeção a ser utilizado para termos mais segurança em relação aos dados de investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, que servem para comparações internacionais.”
Além da apresentação da PINTEC Semestral, o evento também marcou a assinatura de um Protocolo de Intenções entre a ABDI e o IBGE. O documento tem por objetivo aproximar as duas entidades e contribuir para a execução de ações conjuntas voltadas para o fortalecimento do setor industrial brasileiro e para o desenvolvimento do país. Assinaram o documento o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, e a diretora de economia sustentável e industrialização da ABDI, Perpétua Almeida.
Carlos Leão Rocha, diretor do Instituto da economia da UFRJ, ressaltou a qualidade dos serviços técnicos do IBGE. “Essa parceria traz consequências muito boas para todos nós. A primeira é a capacidade analítica que a universidade ganha. Aprendemos muito com as pesquisas que foram realizadas. Principalmente, conseguimos fornecer rapidamente análises que são profundas sobre os resultados das pesquisas. Gostaria de saudar o IBGE pela qualidade de seus técnicos, aprendemos muito com eles. Esperamos que os resultados para o futuro do país sejam grandes”, disse Rocha.
Em sua 3ª edição, a Pesquisa de Inovação Semestral – PINTEC Semestral 2022 dá continuidade à produção de uma nova geração de estatísticas sobre inovação e temas correlatos para o setor industrial brasileiro, no âmbito das empresas de 100 ou mais pessoas ocupadas. A pesquisa tem periodicidade semestral para a coleta de informações das empresas selecionadas. Porém, o seu período de referência é anual para as estatísticas divulgadas.
Nesta edição, foram divulgados os Indicadores Básicos, com o propósito de fornecer dados para a construção de indicadores das atividades de inovação das empresas industriais brasileiras, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0.

Presidente do IBGE, Marcio Pochmann – Foto: Lucas Cunha

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



