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Notícias Diagnóstico antecipado

Pesquisa da UENP vira referência internacional com estudo sobre diagnóstico de mastite bovina

O diagnóstico antecipado contribui para a redução de antibióticos aplicados nos rebanhos e impactos ambientais gerados pelo descarte de leite com resíduos de medicamentos. O estudo é resultado da dissertação da médica veterinária Jéssica Quirino da Silva.

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Arquivo/OP Rural

A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) desenvolveu uma pesquisa relacionada ao diagnóstico precoce da mastite bovina, uma inflamação das glândulas mamárias das vacas, que causa prejuízos econômicos na produção de leite. O diagnóstico antecipado contribui para a redução de antibióticos aplicados nos rebanhos e impactos ambientais gerados pelo descarte de leite com resíduos de medicamentos.

Jéssica Quirino da Silva desenvolveu uma pesquisa na UENP, relacionada ao diagnóstico precoce da mastite bovina – Foto: Divulgação/UENP

O estudo é resultado da dissertação da médica veterinária Jéssica Quirino da Silva, no âmbito do Programa de Mestrado em Agronomia da UENP, na linha de pesquisa Produção Agropecuária Sustentável. Ela avaliou a produção leiteira em vacas da raça Jersey, manejadas em Compost Barn (tipo de alojamento mais confortável para o gado leiteiro) em um sistema de ordenha robotizada, também conhecido como sistema voluntário de ordenha ou VMS, sigla em inglês para voluntary milking system.

Nesse sistema, um computador controla as ordenhadeiras (equipamento mecânico que automatiza a ordenha), de modo que as vacas escolhem o momento para serem ordenhadas, sem a interferência humana. Como a tecnologia ainda é muito recente no Brasil, o projeto monitorou os principais agentes biológicos causadores de mastite bovina, para auxiliar no controle zootécnico dos rebanhos.

Pesquisa

Jéssica associa os resultados da pesquisa à eficiência do sistema de produção das propriedades. “Com base na avaliação da condutibilidade elétrica, da contagem de células somáticas e da cultura microbiológica, os dados mostraram que mais de 40% das mastites não precisam de tratamento. Esses resultados repercutiram entre os produtores rurais, considerando a implementação de rotinas e manejos para o monitoramento de procedimentos nas fazendas leiteiras”, afirma a pesquisadora.

Em relação à saúde da glândula mamária das vacas leiteiras, o diagnóstico antecipado da mastite permite receitar medicamentos de forma assertiva, conforme o quadro clínico de cada vaca. Às vezes, é possível substituir antibióticos por outros tratamentos, assegurando o bem-estar do rebanho, sem prejudicar o sistema imunológico dos animais.

O orientador do projeto, professor Marcelo Alves da Silva, do Centro de Ciências Agrárias da UENP, confirma que a pesquisa pode impactar no manejo de rebanhos nesse tipo de propriedade. “A ideia é que os resultados sejam utilizados na definição de diretrizes e parâmetros para práticas de manejo em propriedades com sistemas de ordenha robotizada, contribuindo para evitar a queda na produção de leite”, afirma.

A mastite é uma das doenças mais onerosas na bovinocultura de leite, com impactos negativos para produtores, indústria de laticínios e consumidores. No Brasil, estimativas do setor rural apontam que a perda anual causada pela mastite subclínica, caracterizada pela ausência de alterações visíveis no leite e nas vacas, seja de até 1,75 bilhão de litros, o que representa aproximadamente 5% da produção total de leite do País.

Laboratório

Como laboratório, a pesquisadora utilizou a Fazenda Lagoa Dourada, propriedade rural com 200 hectares, localizada no município de Arapoti, na região dos Campos Gerais, que conta com mais de 350 vacas Jersey. O estudo avaliou um total de 725 amostras entre 2019 e 2020, durante a secagem das vacas leiteiras, período que compreende o intervalo de tempo entre as ordenhas.

O leite da vaca Jersey é considerado um dos melhores do mundo. Comparado a outras raças, tem 20% a mais de proteína, 15% a mais de cálcio e de 15 a 20% a mais de sólidos (menos água). Em média, a espécie produz entre 18 e 20 litros de leite diariamente. O período produtivo pode ultrapassar 20 anos, mas apesar de ser resistente a fatores ambientais a raça está suscetível ao estresse térmico em condições tropicais, principalmente nos meses mais quentes e úmidos.

A qualidade do leite pode ser medida por parâmetros físicos, químicos e microbiológicos. Os teores de proteína, gordura, lactose, sais minerais e vitaminas determinam as características do produto, influenciados por fatores como raça, espécie, idade e estágio de lactação; assim como aspectos ambientais de temperatura e umidade e as condições nutricionais, fisiológicas e patológicas dos animais.

Reconhecimento

O projeto de pesquisa foi contemplado em 2020 com o Planet of Plenty Awards, um prêmio global do setor agroalimentar, promovida pela Alltech, empresa americana que desenvolve produtos agrícolas e derivados para a indústria alimentícia. Como parte da premiação, Jéssica viajou no mês passado para a cidade de Lexington, no Estado do Kentucky, no Sudeste dos Estados Unidos, onde participou da 38ª Conferência da Alltech.

Fonte: AEN Paraná

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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná

Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.

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Foto: Shutterstock

De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!

A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.

Foto: Hb audiovisual

Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.

Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!

Fonte: Assessoria ABCS
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