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Pesquisa da Mosaic aponta boas práticas para fertilização da cultura de milho safrinha

Estudos analisaram resultados da adubação de sistema em SP e MT

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Uma pesquisa realizada pela Mosaic Fertilizantes, maior produtora global de fosfatos e potássio combinados, juntamente com o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Fundação Mato Grosso, FAPESP e PA Consult testou a resposta do milho safrinha em relação à utilização de fósforo, nitrogênio, enxofre e potássio na adubação de sistema ou na cultura. Conduzido nos estados de São Paulo e Mato Grosso entre 2013 e 2017, o estudo também observou aspectos sobre a aplicação a lanço ou no sulco de plantio, devido mobilidade e fixação do fósforo no solo.

Estima-se que boa parcela dos produtores rurais do Estado do Mato Grosso não utiliza fósforo no plantio da cultura de milho segunda safra, fazendo uso desse elemento apenas na cultura de soja. Essa prática é chamada de adubação de sistema, na qual aplica-se toda a demanda de fósforo das plantas de soja e milho safrinha em uma única cultura – que, no caso, tem sido a cultura da soja, de modo a realizar apenas uma fertilização para duas safras. Entretanto, a pesquisa realizada apontou que o milho safrinha responde melhor à fertilização de fósforo e enxofre no momento do plantio, em substituição à prática de aplicação de potássio, nutriente que mostrou resultados mais expressivos quando aplicado somente na soja.

O estudo avaliou o desempenho de nutrientes tanto isoladamente quanto combinados, com o objetivo de compreender o desempenho de cada um. Conforme ilustrado no gráfico abaixo, a parcela que recebeu a aplicação de 40kg de nitrogênio (N) na semeadura apresentou um expressivo incremento de produtividade de 1.500 kg de grãos por hectare em relação à aplicação no estádio V4-V5 da mesma dose, prática também bastante usual no Mato Grosso. Em contrapartida, a evolução da produtividade em relação à aplicação de N em cobertura não foi tão significativa ao olharmos a variável de volume de aplicação versus produtividade, ou seja, o produtor encontra melhor custo x benefício investindo na aplicação de N na semeadura, independente da forma de aplicação, tanto lanço ou sulco.

Reforçando a conclusão deste estudo realizado pela Mosaic, há também uma pesquisa conduzida pelo IAC, de 2005 a 2012, que avalia a resposta do milho segunda safra à cobertura nitrogenada. O resultado aponta que só vale a pena fazer a cobertura nesta cultura a partir de produtividades acima de 6.000 kg por hectare (ou 100 sacas por hectare), fato que tornará o investimento economicamente viável. Produções próximas ou abaixo deste valor, desde que aplicado alto teor de N no plantio do milho safrinha, tem sua demanda pelo nutriente atendida sem cobertura. Vale lembrar que é indicado que o produtor não ultrapasse os 50kg de nitrogênio por hectare no plantio, uma vez que o elemento poderá aumentar a acidez do solo próximo da semente, podendo prejudicar a plântula na fase inicial de germinação e desenvolvimento. Outro ponto importante a ser ressaltado é que a adubação de sistema pode ser realizada em qualquer situação e região, porém ela só apresenta resposta positiva em solos com fertilidade construída.

“Ao colocar zero e/ou baixa dosagem de N no plantio do milho segunda safra, o produtor utiliza um método ineficiente e será obrigado a realizar a cobertura em doses maiores para atender a demanda da cultura. Porém, aquele que colocou alta concentração de N no plantio do milho safrinha (35 a 45 kg/ha), poderá deixar de fazer cobertura nitrogenada, caso o histórico de produtividade seja abaixo de 100 a 110 sc/ha e o preço da saca de milho não esteja remunerando esta dose e aplicação, pois, ainda assim, irá colher muito bem e terá lucro, já que a dose de aplicação é muito menor e a resposta da lavoura muito maior”, explica Luiz Eduardo Salgado, Consultor Agronômico na Mosaic.

Salgado ainda ressalta que, ao realizar duas adequações na fertilização do sistema, o produtor terá verba disponível para investir em fósforo e enxofre, nutrientes importantes apontados pelo estudo e que poderão agregar resposta ao desempenho da cultura. A primeira seria retirar a aplicação de potássio da cultura do milho segunda safra, devido à baixa resposta obtida na pesquisa, e aplicar a quantidade exportada pelo milho juntamente com o potássio da soja, sendo toda a aplicação feita na soja. A segunda é reduzir a dose de nitrogênio em cobertura do milho safrinha. Ao utilizar nutrientes e dosagens adequados ao milho segunda safra, estes também ficarão disponíveis no sistema para a soja, que será plantada em outubro, melhorando a rentabilidade e desempenho da cultura.

A pesquisa também concluiu que o ideal para os produtores que desejam adotar a prática de adubação de sistema é que o fósforo (P) seja aplicado no milho segunda safra e complementado no plantio da soja, o que irá apresentar melhor resposta de produtividade em ambas as culturas. O gráfico abaixo aponta a diferença de produtividade de mais de 150 kg de grãos de milho por hectare entre as amostras de milho safrinha que receberam aplicação de 99 kg de P205 por hectare no milho, representadas pela bolinha azul, em comparação àquelas indicadas pela bolinha branca, que receberam a mesma dosagem de fósforo, porém, todo ele na soja.

Além disso, o milho segunda safra que recebeu a fertilização do fósforo combinada a uma alta concentração de enxofre (S), representada no gráfico abaixo pelo triângulo preto, apresentou um incremento de produtividade ainda maior, de 300kg por hectare e produzindo mais de 8.500 kg de grãos por hectare, no total.

Salgado conta que a pesquisa pode auxiliar produtores a aprimorar as práticas no cultivo de soja e milho safrinha, aumentando sua produtividade. “Com o estudo, concluímos que a troca de potássio por fósforo, enxofre e nitrogênio na fertilização do milho safrinha é muito benéfica para o agricultor. O quilo dos nutrientes fósforo e potássio tem os custos muito próximos, porém, o fósforo traz resultados melhores para a produtividade do milho, enquanto que o potássio responde bem na soja. Além disso, o potássio continua disponível no solo para a próxima cultura, uma vez que ele é o único entre os elementos essenciais para as plantas que não forma compostos orgânicos através da fotossíntese, sendo rapidamente liberado para o solo posteriormente à maturação fisiológica da planta”, afirma o consultor.

Fonte: Ass. Imprensa

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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

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Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
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