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“Perspectivas para o 2º semestre são positivas”, diz presidente da ABPA

Dirigente destaca os principais desafios do setor e projeta cenários otimistas em termos de produção e consumo para o restante de 2021

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Depois de um primeiro semestre recheado de dificuldades, que vão desde a retirada do auxílio emergencial, o que afeta o poder de compra do consumidor, até o aumento exorbitante dos custos de produção, o mercado brasileiro de proteína animal tem boas perspectivas para o setor no segundo semestre de 2021. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. “Agora, temos o retorno do auxílio emergencial para as populações mais carentes e vemos uma retomada na economia do Brasil. Voltam os restaurantes, as atividades e o consumo acaba sendo puxado. Queremos seguir crescendo no segundo semestre”, enaltece.

Em entrevista ao O Presente Rural, Santin faz uma avaliação dos mercados interno e externo, analisa como os custos de produção respingam na lucratividade, projeta cenários otimistas em termos de produção e consumo e elogia a postura do setor neste mais de um ano de pandemia. Confira.

O Presente Rural (OPR): Como está o mercado avícola brasileiro, tanto o interno quanto o externo?

Ricardo Santin (RS): Nos primeiros cinco meses do ano, tivemos desempenhos positivos no mercado avícola brasileiro. Quando olhamos o mercado interno, não está faltando oferta, há um equilíbrio de oferta em relação, especialmente, à necessidade de substituição de proteínas. Quando saímos de proteínas mais caras para outras, como frango, ovos e a carne suína, o desempenho do mercado avícola é positivo. Positivo em vendas e atendimento à demanda do consumidor, porque quando olhamos para o lado do custo de produção, temos outro cenário, que é bastante preocupante. O aumento dos insumos em mais de 100% no milho e 60% no farelo de soja tem um impacto severo na produção e no custo de produção dos mercados internos. Quando olhamos o mercado nestes primeiros cinco meses no aspecto das exportações, ele é positivo em mais de 4% em volume, consegue recuperar as vendas que haviam sido feitas quando comparado com o início da pandemia no ano passado e o setor continua sendo demandado positivamente. Com isso, o setor avícola, no geral, tem capturado uma vantagem cambial, que é o dólar mais alto, com possibilidade maior de vendas. Tanto o mercado interno quanto o mercado externo, em termos de volume e desempenho, são positivos. A contabilidade é bastante complicada exatamente porque falamos do custo de produção, que subiu demais, o milho de R$ 50 foi para R$ 98 e aí surgem as dificuldades. Inclusive, aumenta a necessidade de repasse desse preço no produto final, que vai às gôndolas dos consumidores.

OPR: Os custos de produção estão reduzindo o lucro do setor?

RS: A rentabilidade do setor vem sendo bastante pressionada. Ela depende também do tamanho da empresa, da localização e do tipo de mix de produtos que ela oferece aos seus clientes. Vai depender muito se a empresa já tinha mais milho comprado e se tem estoque para passar esse período de pressão dos preços de insumos que estamos vivenciando agora, na visão da Associação Brasileira de Proteína Animal, com certa especulação, especialmente no preço do milho. Algumas empresas estão, sim, tendo prejuízos, especialmente as menores, que não têm perfil exportador, não conseguem comprar insumos em regime de drawback e capturar as vantagens cambiais que esse período acabou concedendo aos exportadores. Então, estão com dificuldades e rentabilidade pressionada; algumas tendo prejuízo e outras lutando para poder repassar o aumento do custo de produção para o preço final do produto e conseguir manter o equilíbrio da produção e oferta no mercado interno.

OPR: Atualmente, qual é o principal desafio do mercado para o setor avícola?

RS: O principal desafio é o custo de produção. No ano passado, a oferta de frango ao consumidor brasileiro aumentou 6,5%. Ou seja, cresceu a produção e cresceu o consumo, apesar de estarmos na pandemia. Temos que considerar que o auxílio emergencial possibilitou as pessoas seguirem consumindo e fazendo processos de substituição nas proteínas mais caras, e o frango saiu favorecido neste aspecto. Diante da dificuldade financeira vivida no país, outro grande desafio agora é conseguir repassar esse custo de produção, o qual, na nossa visão, teve muita especulação. Esperamos que com a chegada da safrinha, com a importação que está vindo da Argentina e do Paraguai, com a possibilidade de importação sem tarifa dos Estados Unidos, seja possível equilibrar o preço do milho. A grande dificuldade, sem dúvida nenhuma, é as pessoas terem dinheiro para comprar. Esta é uma situação que talvez melhore no segundo semestre, já que se prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil de aproximadamente 5%. Precisamos, também, que o custo se atenue para equilibrar essa oferta e demanda, tendo, acima de tudo, sustentabilidade no negócio para as empresas produzirem sem prejuízo.

OPR: Quais são as perspectivas de produção, consumo interno e exportações para o segundo semestre?

RS: As perspectivas para o setor no segundo semestre são positivas. Passamos, talvez, o período mais difícil, que foi o primeiro semestre, quando tivemos a retirada do auxílio emergencial e um aumento absurdo do custo de produção, especialmente do milho e do farelo de soja, mas não só eles, papelão, embalagens plásticas, energia elétrica, diesel, custos estes que pressionam demais a produção no dia a dia. Agora, temos o retorno do auxílio emergencial para as populações mais carentes e vemos uma retomada na economia do Brasil. Voltam os restaurantes, as atividades e o consumo acaba sendo puxado. Queremos seguir crescendo no segundo semestre. Tivemos quase 5% de crescimento no volume das exportações até maio e a tendência dos nossos concorrentes, de menores exportações, e a retomada econômica, conforme a previsão do Banco Mundial de aproximadamente 6% do PIB mundial, deve movimentar as compras de mercado externo para o Brasil chegar ao final do ano com um balanço positivo.

OPR: Como o senhor define a postura do setor neste mais de um ano de pandemia?

RS: O setor foi muito resiliente e dedicado à determinação que foi dada pelo governo brasileiro de essencialidade do nosso ramo. Não deixamos faltar comida na mesa dos brasileiros. Além disso, não deixamos também de colaborar com aqueles países que são importadores históricos do Brasil e que precisam do produto brasileiro para assegurar a segurança alimentar em seus países. O setor trabalhou, investiu mais de US$ 1 bilhão para proteger os nossos trabalhadores e conseguimos fazer isso efetivamente. Os nossos colaboradores tiveram índices mínimos de Covid e afastamento por conta dela. As plantas continuaram a trabalhar e não faltou comida para ninguém. Assim seguiremos até o final do ano, esperando a retomada econômica do Brasil. Com a retomada econômica do país devemos ter um aumento de consumo e, por consequência, de toda a cadeia, melhor produção e distribuição de renda.

Fonte: O Presente Rural

Notícias

ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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