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Suínos Segundo Cepea

Perspectiva para suinocultura é de que bom cenário de 2019 se repita em 2020

Espera-se que a produção brasileira cresça 5% de 2019 para 2020

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Arquivo/OP Rural

Agentes do setor suinícola nacional estão com expectativas de que o balanço positivo observado em 2019 se repita em 2020. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o fundamento vem da redução na produção global de suínos, ocasionada pelos casos de Peste Suína Africana (PSA) na Ásia, o que deve continuar favorecendo o mercado brasileiro de carnes.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2020, prevê-se queda de 10% na produção mundial de suínos frente ao ano anterior, pincipalmente em função do declínio da oferta da China (de expressivos 25%), Filipinas (16%) e Vietnã (6%). Por outro lado, espera-se que a produção brasileira cresça 5% de 2019 para 2020. O USDA também estima aumento de 15% nas exportações brasileiras.

Nesse contexto, o bom relacionamento comercial com países asiáticos deve continuar beneficiando o Brasil. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume de carne suína brasileira escoado para a China aumentou 60% de 2018 para 2019. O país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil nesse mercado, sendo destino de 33,7% de toda a carne suína nacional exportada em 2019.

Sob a ótica do desempenho doméstico, partindo-se do pressuposto de que a agenda de reformas continue avançando, projeta-se um cenário macroeconômico favorável em 2020, o que pode beneficiar ou, ao menos, sustentar os atuais níveis de consumo. A projeção do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2020 está em 2,3% segundo Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) no encerramento de dezembro.

Outros fatores que podem corroborar para um possível aumento no consumo de carne suína são os elevados patamares de preços da carne bovina. Com a cotação dessa principal concorrente em alta, consumidores tendem a migrar para outras fontes de proteína animal que apresentem valores mais competitivos.

Apesar de as perspectivas, de modo geral, serem favoráveis para o setor, os diferentes cenários que o mercado de grãos pode assumir preocupam agentes do mercado. A demanda internacional incerta e as tensões ou mesmo possíveis acordos comerciais entre China e Estados Unidos podem gerar movimentos distintos nos preços dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja.

Além disso, a concentração das exportações brasileiras em países asiáticos também tem gerado apreensões. Ainda que no curto prazo o Brasil tenha se beneficiado do contexto da peste suína, há o receio de que, no médio prazo, a oferta chinesa de carne se normalize, o que reduziria expressivamente as exportações brasileiras, impactando negativamente todo o setor.

Fonte: Cepea

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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