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PeixeBR recebe comissão técnica do Governo de Cuba para inspeção de plantas de piscicultura
Após visita, a autoridade cubana irá emitir um parecer final com as considerações e as decisões relativas às adequações do sistema necessárias para dar continuidade ao negócio. Essa autorização abre portas para que outras plantas de piscicultura sejam também habilitadas para exportação.
A Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR) recebeu na última semana a comissão de técnicos do Governo de Cuba com o intuito de verificar a equivalência do Sistema de Inspeção Sanitária Brasileira para a importação de peixes brasileiros de cultivo. O grupo técnico visitou as plantas de processamento de tilápia da C.Vale – Cooperativa Agroindustrial (PR) e a Mar & Terra Indústria e Comércio de Pescados (MS).
Após a visita da comissão, a autoridade cubana irá emitir um parecer final com as considerações feitas nas visitas e as decisões relativas às adequações do sistema necessárias para dar continuidade ao negócio. Essa autorização abre portas para que outras plantas de piscicultura sejam também habilitadas para exportação.
Segundo Fernando Aguiar, gerente comercial da C.Vale, a visita foi de extrema importância para fomentar a atividade e valorizar o produto brasileiro, que é produzido sob rígidos padrões ambientais, de qualidade e sanidade. “Conhecemos uma delegação comprometida que busca critérios bem rigorosos para a importação. Para nós, o mercado de Cuba é muito importante, afinal estamos falando de um país com mais de 11 milhões de habitantes que tem interesse em importar uma proteína brasileira de alto valor nutricional. Estamos prontos para atendê-los e seguir suas diretrizes nesse processo”, afirmou.
“A visita foi uma importante oportunidade de mostrar o potencial da piscicultura brasileira e da indústria da tilápia sul-mato-grossense. Foi uma grande troca de experiências e conhecimentos e, com certeza, esperamos a prospecção de negócios com Cuba”, afirmou Gustavo Pchirmer, gerente geral da Mar & Terra.
Hoje a tilápia é a mais importante commodity de peixe de cultivo do Brasil e do mundo. Só em 2022, as exportações brasileiras da proteína foram destinadas a mais de 42 países – as missões técnicas contribuem para dar credibilidade à cadeia produtiva brasileira.
“É importante para nós receber missões técnicas, pois assim podem conhecer de perto a realidade da atividade que está em pleno desenvolvimento no Brasil. A Peixe BR trabalha para o fomento e a valorização da piscicultura e, um dos pilares é a aproximação com países que têm demanda pelo nosso produto, buscando oportunidades para a geração de negócios”, complementa Francisco Medeiros, presidente-executivo da Peixe BR.
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Plano ABC+RS é apresentado durante Simpósio Gaúcho sobre mudanças climáticas
O Plano ABC é a grande política pública que existe no setor agropecuário para mitigação de emissão dos gases do efeito estufa (GEE) e para adaptação às mudanças climáticas.
As contribuições do Plano ABC+RS para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas no setor agropecuário foi o tema de apresentação realizada pelo coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano, Jackson Brilhante, na última sexta-feira (11), durante o Simpósio Gaúcho sobre os Impactos das Mudanças Climáticas na Agricultura.
“O Plano ABC é a grande política pública que existe no setor agropecuário para mitigação de emissão dos gases do efeito estufa (GEE) e para adaptação às mudanças climáticas. Já tem 14 anos de vigência no Brasil e, em sua primeira etapa, de 2010 a 2020, superou em muito as metas de adoção de tecnologias mitigadoras: foram 50 milhões de hectares no país, diante da meta de 30 milhões de hectares”, destacou Jackson. As tecnologias do plano em sua primeira etapa foram o sistema de plantio direto, sistemas de integração, recuperação de pastagens degradadas, florestas plantadas, bioinsumos e manejos de resíduo animal.
O ABC+, segunda etapa do plano que cobre o período de 2022 a 2030, incluiu duas novas tecnologias às demais: terminação intensiva e irrigação. “O foco dessa segunda etapa está mais voltado à adaptação, sem esquecer a mitigação da emissão de GEE. Os fenômenos climáticos vêm acontecendo numa maior frequência e temos que ter sistemas produtivos mais adaptados e resilientes”, complementou o coordenador.
Cada estado elabora planos locais, que convergem ao Plano Nacional. O Rio Grande do Sul, terceiro estado do país a ter metas definidas para o ABC+, apresentou seu plano em 2023, durante o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas.
Entre as metas estipuladas e monitoradas pelo estado para a segunda etapa do ABC+, Jackson destaca a meta para sistemas irrigados, para ampliação em 216 mil hectares de áreas irrigadas até 2030. “Graças às políticas públicas do Rio Grande do Sul para subvenção de projetos de irrigação, muito em função das três estiagens consecutivas que tivemos nos últimos anos, já atingimos mais de 50% dessa meta. Com certa tranquilidade, o estado deve atingir ou até mesmo superá-la até 2030”, avaliou.
RenovAgro
O coordenador apresentou um instrumento financeiro vinculado ao ABC+, oferecido por meio do Plano Safra, que é a linha de crédito chamada RenovAgro. “No Plano Safra 2024-25, para essa linha, foi disponibilizado para todo o Brasil R$ 7,68 bilhões em crédito a juros mais baixos, de 7 a 8,5%, justamente para promover a adoção dessas tecnologias. Além dos juros, essa linha de crédito disponibiliza até R$ 5 milhões por beneficiário, com prazo de carência de até oito anos e prazo para pagamento de até 12 anos”, informou.
Conforme Jackson, o Rio Grande do Sul tem uma participação importante junto ao RenovAgro, tomando de 8 a 10% do volume de crédito disponibilizado pelo Plano Safra para essa linha. “Esse instrumento pode ser aperfeiçoado, para que mais produtores possam acessar. Principalmente, aumentar o volume de recursos, pois a demanda nesta linha é muito alta”, alertou.
Notícias Primeira estimativa
Safra de grãos 2024/25 indica produção de 322,47 milhões de toneladas
Volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola.
A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares. Os dados foram divulgados pela Companhia, nesta terça-feira (15), durante o anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.
Neste ciclo, o arroz deverá apresentar novo crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. O Sul, principal região produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, chegando a cerca de 1,16 milhão de hectares. Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita sendo estimada em aproximadamente 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018.
“Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é o resultado do trabalho dos nossos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com uma alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.
No caso da soja, os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas.
Para o milho, a Conab projeta uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, com uma área se mantendo em 21 milhões de hectares. Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas. No caso do algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares, e produção de pluma em 3,67 milhões de toneladas.
Culturas de inverno
A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas registradas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas neste levantamento. Problemas no clima durante todo o ciclo, sobretudo no Paraná, como estiagem no início, a falta de clima frio predominante, ocorrência de dois períodos de geadas em agosto e de doenças justificam tal redução. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o cenário é mais positivo.
Mercado
Com a perspectiva de maior disponibilidade interna de arroz, os preços do produto no mercado interno devem seguir um comportamento de arrefecimento, mas, mesmo com a possível queda, deve-se manter a rentabilidade ao produtor. A alta na produção também possibilita tanto uma elevação nas exportações do grão, que podem chegar a 2 milhões de toneladas, como um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25, estimada em aproximadamente 840 mil toneladas.
Para o milho, as atenções se voltam para a safra de verão do cereal cultivado na América Latina. Brasil e Argentina, os principais produtores do grão na região, devem reduzir a área destinada para a cultura neste primeiro momento, e essa menor oferta sul-americana pode refletir em uma recuperação nos preços no mercado externo. Apesar da redução na primeira safra do cereal, a Conab prevê uma produção total de milho em 119,7 milhões de toneladas, um acréscimo esperado de 3,5%, comparada ao ciclo anterior. As exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025 e a demanda no mercado interno pelo grão deverá se manter aquecida, devido ao bom desempenho do mercado exportador de proteína animal e pela produção de etanol.
Já para a soja, as exportações para 2025 estão projetadas em 105,54 milhões de toneladas do grão, com base no aumento da produção e da demanda mundial, especialmente da China. Os estoques finais estão estimados em 4,16 milhões de toneladas. No caso do trigo, os danos causados pelas adversidades climáticas no Paraná influenciam na valorização dos preços do cereal no mercado doméstico. O clima adverso em outras importantes regiões produtoras no mundo, bem como os conflitos geopolíticos enfrentados também foram fatores para a alta nas cotações verificada pela Companhia.
As informações completas sobre o 1° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.
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Colheita do trigo no Rio Grande do Sul deve superar 4 milhões de toneladas
Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta.
A expectativa para a safra 2023/2024 de trigo é de 4,2 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, em uma área plantada de 1,3 milhão de hectares. Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, esteve presente no ato, representando o governador Eduardo Leite.
O trigo é tradicionalmente a cultura de inverno mais semeada no Rio Grande do Sul. Em 2022, o Estado foi o maior produtor do Brasil, com uma produção histórica de 5,7 milhões de toneladas. Em 2023, o estado do Paraná, com 3,6 milhões de toneladas, superou a produção gaúcha de apenas 2,9 milhões de toneladas, devido ao clima adverso enfrentado no solo gaúcho.
O secretário da Agricultura destacou que Cruz Alta é um grande cenário da triticultura do Estado, com a Fenatrigo sendo realizada no município, e se destaca na produção do cereal. “Ano passado o plantio do trigo apresentou algumas dificuldades, depois de uma grande safra em 2022, e agora espera-se novamente uma boa safra com mais de 4 milhões de toneladas. O trigo é, numa rotação de cultura e plantio de inverno, o cereal mais plantado no Rio Grande do Sul”, afirmou.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), a moagem no Rio Grande do Sul chegou a 2,17 milhões de toneladas no ano de 2023 em 38 moinhos ativos (17% da moagem nacional).
A prefeita de Cruz Alta, Paula Librelotto, destacou o compromisso da gestão municipal com os produtores rurais. “Nosso papel é não atrapalhar quem produz e buscando melhorar as estradas rurais e a segurança rural. Seguiremos na defesa do que é mais precioso, que são as pessoas. Afinal, a comida que está na mesa da cidade vem das mãos de uma família do campo, que é forte e resiliente”, ressaltou.