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Notícias Durante SBSS

Pedro Malan reafirma que agronegócio é o motor essencial para a economia

Economista brasileiro respeitado internacionalmente relembrou o processo de desenvolvimento do Plano Real, implantado em 1º de julho de 1994, refletiu sobre a economia global e apresentou um panorama do crescimento econômico.

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Ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, ministrou a palestra Trinta anos do Plano Real e as lições para o futuro da nossa Economia

“Trinta anos do Plano Real e as lições para o futuro da nossa Economia” foi o tema da palestra de abertura do 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), proferida pelo ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, na noite de terça-feira (13), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, em Chapecó (SC). A preleção contou com patrocínio da Farmabase Saúde Animal.

Solenidade de abertura contou com a participação de autoridades, representantes de entidades do setor e de indústrias – Fotos: Suellen Santin/MB Comunicação

Economista brasileiro respeitado internacionalmente, Malan relembrou o processo de desenvolvimento do Plano Real, implantado em 1º de julho de 1994. “Foram 400 dias de muito trabalho. O presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu um grupo com longa data de experiência, pois uma coisa é discussão acadêmica e outra é implantar um plano que mude a trajetória do país. E isso é uma grande lição para o futuro, porque para alguns parece uma ‘mágica’ o fato de ter sido desenvolvido em um curto período de tempo, mas foram mais de 10 anos de busca, de luta”, evidenciou.

O especialista ainda refletiu sobre a economia global e apresentou um panorama do crescimento econômico. “A Inglaterra, ao liderar a Revolução Industrial, estabeleceu um modelo que inspirou outros países como os EUA, Alemanha, França e Japão a buscar avanços tecnológicos para reduzir a diferença. O Japão fez um grande progresso nesse sentido, e outros países asiáticos seguiram seu exemplo. A China, após enfrentar desafios, integrou-se globalmente nas áreas comercial, tecnológica e financeira, o que foi fundamental para alcançar seu atual PIB de 17 trilhões de dólares. O sucesso vem de investimentos em educação e tecnologia, que chamo de ‘tríade asiática’”. Para Malan, o setor agrícola brasileiro tem mostrado avanços significativos, com a produção de grãos crescendo exponencialmente. No entanto, o economista evidenciou que o setor manufatureiro enfrenta desafios, principalmente, relacionados as questões institucionais e barreiras comerciais. “Superar esses desafios depende de políticas públicas eficazes e visão de longo prazo”.

Presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, ressaltou a potência da suinocultura brasileira e catarinense – Fotos: UQ Eventos

A prelação também contou com reflexão acerca da importância do agronegócio para a economia brasileira. O ex-ministro da Fazenda ressaltou a realização do evento ao passo que apontou as conquistas significativas para a região. “As estatísticas sobre a exportação de aves e suínos demonstram avanços em tecnologia e produtividade. Este evento é notável e marca o sucesso na área, como exemplo temos o reconhecimento global que confirma que o Brasil é uma potência agrícola, especialmente no setor de carnes, onde ocupa posições de liderança. Tenho uma enorme confiança em vocês, profissionais da cadeia produtiva. Vocês têm todos os motivos para se orgulhar do que já conquistaram e do que ainda podem alcançar no futuro”, concluiu Malan.

Solenidade de abertura

Antecedente à explanação do ex-ministro, a cerimônia oficial de abertura do Simpósio reuniu autoridades, representantes de entidades e de indústrias do setor.

Em seu pronunciamento, o presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, sublinhou a ascendente potência da suinocultura brasileira e catarinense, cadeia produtiva que tem mostrado um crescimento robusto e promissor nos últimos anos. “Estamos vivendo um momento crucial para a suinocultura. As tecnologias emergentes e as novas práticas estão redefinindo o futuro da produção suína e, este Simpósio, essencialmente científico, é um palco privilegiado para a indicação de tendências e a atualização dos atores do setor. Nas 15 últimas edições, foram mais de 240 horas de conhecimento transmitidas, transformando-se no principal fórum de discussão do setor na América Latina”, destacou ao apontar que os temas elencados pela comissão científica abordam uma ampla gama de tópicos, desde avanços na nutrição até estratégias para melhorar a saúde animal.

Nucleovet realizou a entrega do cheque simbólico de R$ 10 mil para o Núcleo de Voluntários Formigas do Bem e para o Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (NAPA)

“À medida em que avançamos, é essencial refletir sobre o contexto atual do mercado da carne suína e como estamos moldando o futuro desta importante cadeia produtiva. Neste ano, o Brasil teve o melhor primeiro semestre da história, exportando um total de 614 mil toneladas, mantendo-se como um dos maiores exportadores globais. Esse desempenho é resultado direto da qualidade dos produtos e da confiança que os mercados internacionais depositam em nossa capacidade produtiva. É imperativo que continuemos investindo em inovação, em tecnologias que aumentem a eficiência e a sustentabilidade da suinocultura, e em práticas que garantam a sanidade e a qualidade da carne suína”, enalteceu Mores.

Em suas colocações, o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Luis Krabbe, refletiu acerca do atual momento enfrentado pelo setor suinícola e parabenizou o Nucleovet pela realização da 16ª edição do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, “um evento de extrema importância”, segundo Krabbe.

Para o diretor executivo da Farmabase Saúde Animal, Vitor Franceschini, a edição do Simpósio é ainda mais especial por poder dividir a celebração dos 30 anos da empresa. “Afirmamos com orgulho que, ao longo de nossas três décadas, contribuímos para tornar a saúde suína mais segura e mais acessível”.

Responsabilidade social

Reconhecido pela comunidade por suas ações e iniciativas de responsabilidade social, o Nucleovet tradicionalmente destina parte dos recursos obtidos em seus eventos científicos para entidades sociais-assistenciais. Nesta edição do SBSS, o Núcleo de Voluntários Formigas do Bem e o Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (NAPA) foram as organizações beneficiadas com o valor de R$ 10 mil.

Durante a cerimônia, o presidente Mores e o vice-presidente Alex de Marco, entregaram o cheque simbólico à coordenadora do Núcleo de Voluntários Formigas do Bem, Leiry Diva Gollo Piva e coordenadora adjunta, Enezilda Maria Baggio. As representantes do NAPA – a gerente e veterinária, Liandra Dall” Orsoletta, e a madrinha e voluntária Fabiana Matte Rodrigues – também receberam o cheque simbólico.

SBSS

O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura iniciou na terça-feira (13) e segue até quinta-feira (15), em Chapecó (SC). O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), reúne médicos veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria e produtores rurais.

Paralelamente à programação técnico-científica, o evento ainda conta com a 15ª Brasil Sul Pig Fair, feira que reúne empresas de tecnologia, sanidade, nutrição, genética, aditivos e equipamentos para suinocultura. Além da Granja do Futuro, espaço que simula uma granja com os principais equipamentos necessários para a produção de suínos, destacando tecnologia e inovação.

Apoio

O 16º SBSS tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Embrapa Suínos e Aves, da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria Nucleovet

Colunistas

Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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Notícias

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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ABMRA 2024

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