Notícias Na próxima terça-feira (13)
Pedro Malan palestra na abertura do 16° Simpósio Brasil Sul de Suinocultura
O congresso atrai especialistas de várias partes do mundo e desempenha um papel crucial no desenvolvimento profissional de veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria, produtores rurais e demais envolvidos na complexa cadeia produtiva da suinocultura.
“Trinta anos do Plano Real e as lições para o futuro da nossa Economia” é o tema da palestra de abertura do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) que o ex-ministro Pedro Malan fará na próxima terça-feira (13) às 18h35, no auditório do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, em Chapecó (Santa Catarina). A preleção conta com patrocínio da Farmabase Saúde Animal.
Economista brasileiro respeitado internacionalmente, Malan é um dos autores do único plano econômico que deu certo na história recente do Brasil. Ministro da Fazenda (1995-2002) e presidente do Banco Central (1993-1994), Malan foi negociador-chefe da dívida externa (1991-1993) e representou o Brasil nas Diretorias Executivas no Banco Mundial e no BID (1986-1992). É um dos organizadores do livro com Gustavo Franco e Edmar Bacha “30 Anos do Real – Crônicas no calor do momento”. É doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley.
Participa de vários conselhos de empresas no Brasil e no exterior, é professor do Departamento de Economia da PUC-Rio e membro do Comitê Estratégico do Conselho Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Sócio e membro ativo do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG) e Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP).
Escreveu uma certa ideia do Brasil: Entre passado e futuro (Intrínseca, 2018) e foi co-organizador do livro 130 anos em busca da República (Intrínseca, 2019), vencedor do Prêmio Jabuti em 2020. Um dos organizadores do livro com Gustavo Franco e Edmar Bacha 30 Anos do Real – Crônicas no calor do momento (Intrínseca, 2024).
Após a solenidade oficial de abertura do SBSS e da palestra do economista será servido coquetel de confraternização no Salão Nelson Galina, onde estará ocorrendo a PIG FAIR.
Para o presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), Tiago José Mores, a presença do ex-ministro Malan no evento representa uma oportunidade ímpar para os participantes. “Profissionais de todo o país terão a chance de aprofundar seus conhecimentos sobre as perspectivas e tendências econômicas do Brasil e do mundo, enriquecendo, também, o entendimento sobre os desafios e oportunidades que se desenham na suinocultura global”.
Sobre o evento
O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), evento promovido pelo Nucleovet, acontece nos dias 13, 14 e 15 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (Santa Catarina). Concomitantemente acontece a 15ª Brasil Sul Pig Fair.
O congresso atrai especialistas de várias partes do mundo e desempenha um papel crucial no desenvolvimento profissional de veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria, produtores rurais e demais envolvidos na complexa cadeia produtiva da suinocultura. Atualmente, o SBSS é considerado um dos mais importantes encontros do setor de suinocultura na América Latina.
Inscrições
As inscrições para o evento estão no último lote. O investimento é de R$ 850 para profissionais e de R$ 480 para estudantes. Para os congressistas que se inscreverem no Simpósio, o acesso à Pig Fair é gratuito. O valor para participar somente da 15ª Brasil Sul Pig Fair é de R$ 200.
Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSS serão concedidos códigos-convites bonificados. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.
Programação Científica do 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura
13, 14 e 15 de agosto de 2024
Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes Chapecó (Santa Catarina)
Terça-feira (13)
14 horas às 14h05 – Abertura da Programação Científica;
Painel Custo ou Investimento;
14h05 às 15h35 – Custo ou investimento: qual é o entendimento que temos a respeito da nossa sanidade?.
Palestrantes: Debatedores mesa-redonda
- Guilherme Marin: impacto do vazio sanitário;
- Marcelo Rocha: Fatores de risco para biosseguridade e boas práticas de manejo;
- Valdecir Luiz Mauerwerk: Visão da agroindústria sobre custos relacionados a sanidade.
15h35 às 15h50 – Discussão
15h50 às 16h10 – Coffe-break
Painel Pessoas
16h15 às 16h55 – Equipes de alta performance, este é o caminho? Desafios da produção na escassez de mão de obra.
Palestrantes: Leandro Trindade
16h55 às 17h25: Questionamentos;
17h35 – Solenidade de Abertura Oficial do SBSS 2024;
18h35 às 19h35 – Palestra de abertura: “30 anos do Plano Real e as lições para o futuro da nossa Economia”.
Palestrante: Pedro Malan
19h45 – Coquetel de Abertura na PIG FAIR.
Quarta-feira (14)
Painel Nutrição
8 horas às 8h40 – Nutrição de precisão: atualização das exigências nutricionais com foco em melhoria de performance.
Palestrante: Melissa Hanas
8h45 às 9h25 – Estratégias nutricionais em desafios sanitários.
Palestrante: Caio Abércio
9h25 às 9h40 – Questionamentos;
9h45 às 10h15 – Coffe-break.
Mesa-redonda Sanidade
10h15 às 11h55 – Síndrome respiratória dos suínos: E agora! (abordagem prática da situação e discussão sobre possibilidades de mitigação de perdas);
10h15 às 10h45: Influenza. O que podemos fazer além de “sentar e chorar”. Hoje conseguimos fazer terapia de suporte, e esperar o ciclo da doença passar?.
Palestrante: Danielle Gava
10h50 às 11h20 – Mycoplasma hyopneumoniae, por que ainda causa tanto impacto sanitário? Estratégias para manter um equilíbrio no sistema de produção.
Palestrante: Maria Pieters
11h20 às 12 horas – Questionamentos;
12 horas às 14 horas – Intervalo para almoço;
12h15 – Eventos Paralelos.
Painel Gestão da Produção
14 horas às 14h40 – É possível melhorar a uniformidade dos leitões ao nascimento através da nutrição?.
Palestrante: Jesus Acosta
14h45 às 15h45 – Desmistificando leitões de baixo peso: da teoria a prática?.
Palestrantes: Fernanda Almeida e Djane Dallanora
15h45 às 16h05 – Questionamentos;
16h05 às 16h25 – Coffe-break.
Painel Imunidade e Microbiota
16h30 às 17h10 – Como a imunidade herdada e modulada na maternidade interferem na resposta vacinal?.
Palestrante: Geraldo Alberton
17h15 às 17h55 – É possível incrementar a saúde respiratória por meio da microbiota intestinal?.
Palestrante: Andres Gomez
17h55 às 18h15 – Questionamentos;
18h25 – Eventos Paralelos;
19h40 – Happy Hour na PIG FAIR.
Quinta-feira (15)
Painel Biosseguridade
8 horas às 8h40 – Biossegurança em fábricas de rações: principais eventos de risco de contaminação do alimento às granjas;
Palestrante: Gustavo Simão
8h45 às 9h25 – Conhecendo o inimigo: como garantir a segurança da granja com relação a roedores;
Palestrante: Isis Pasian
9h25 às 9h45 – Questionamentos;
9h45 às 10h05 – Coffe-break;
Painel Manejo da Produção
10h10 às 11h45 – Perdas ao abate: oportunidades no campo e abatedouro;
10h10 às 10h35 – Qual o papel do abatedouro como cliente do sistema de produção? Uma visão holística;
Palestrante: Jalusa Deon Kich
10h35 às 11h45 – Debatedores:
- Marisete Cerutti;
- Augusto Queluz;
- Sérgio Carvalho;
- Mônica Santi;
- Ricardo José Buosi.
11h45 às 12 horas – Questionamentos;
12h05 – Sorteios e encerramento.
Notícias
Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo
Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.
A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.
“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.
O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.
O que está em jogo?
Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.
Notícias Em São Paulo
‘Conta do Boi’ aponta caminhos para produzir mais e melhor na pecuária
Tema central da Feicorte foi debatido no âmbito da cria e recria durante o segundo dia da feira, em Presidente Prudente.
O tema “conta do boi” norteou os debates do segundo dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, evento que reúne diversos elos da cadeia da pecuária brasileira, e vai até sexta-feira, 23/11, em Presidente Prudente (SP).
O tema central da feira visa oferecer subsídios e informações que auxiliem o pecuarista a produzir mais e melhor, analisando o sistema de produção em sua propriedade e apontando os fatores que podem ser aperfeiçoados para potencializar os resultados de cada fase.
“Toda a estrutura da ‘conta do boi’ está baseada nos três ciclos principais: cria, recria e engorda, que foram divididos em três painéis, além de um quarto dedicado ao mercado. Hoje, iniciamos os debates destacando as duas primeiras fases, com informações que auxiliem o pecuarista”, explicou o diretor de Mercado Corte da Semex Brasil, Daniel Carvalho, moderador do Fórum Feicorte.
De acordo com o moderador, o painel destacou elementos importantes que mostram que exercer a atividade sem planejamento, profissionalismo, uso de tecnologia e boa execução tende a ser tratado de forma ‘improvisada’, algo que não é mais aceito na pecuária. “Quanto mais profissionais formos na gestão dos recursos, no consumo eficiente, na administração dos insumos e no aproveitamento das informações compartilhadas em eventos como este, mais assertivos seremos em aumentar a produtividade. A mensagem principal é clara: podemos produzir mais. Mas a questão crucial é: como? Para isso, é essencial reconhecer que o mercado está mais oportuno do que nunca nos últimos três anos”, salienta Carvalho.
O médico-veterinário, pecuarista e editor do informativo de mercado pecuário “Notícias do Front”, Rodrigo Albuquerque abordou, em sua apresentação, temas essenciais para a pecuária, como a recuperação do mercado em 2024 e estratégias para aumentar a lucratividade no sistema de cria. Ele destacou as cinco etapas da virada de ciclo pecuário: “Tudo começa com a recuperação do preço nominal do bezerro, seguida pela redução no abate de fêmeas, valorização do boi, recuperação do preço real e, por fim, o aumento dos preços em todas as categorias até o limite da demanda”.
O consultor técnico Rogério Fonseca discutiu a eficiência no sistema de cria, enfatizando a gestão da lotação e o manejo estratégico: “A retirada precoce dos animais da seca permite melhores condições corporais para vacas e novilhas, aumentando a eficiência reprodutiva”.
Fechando o painel, o médico-veterinário e proprietário da empresa Firmasa Tecnologia para Pecuária, Luciano Penteado destacou o papel da gestão integrada: “É fundamental equilibrar a gestão financeira e produtiva. Quem ignora uma dessas áreas corre o risco de sofrer com perdas significativas”.
A cobertura completa do painel está disponível, clicando aqui.
A conta da recria
O segundo painel do Fórum Feicorte debateu a conta do boi, discutindo os desafios e soluções para a recria. O médico-veterinário Rodolfo Saraiva abordou os impactos da saúde animal na rentabilidade da pecuária, destacando como problemas sanitários, como clostridioses e verminoses, podem afetar a produtividade. Ele sugeriu medidas preventivas, como a vacinação e o controle de parasitas, e ressaltou ganhos de até 20 quilos por animal com manejo adequado.
Em seguida, o professor Rodrigo Goulart, da USP, falou sobre a importância da recria no ciclo produtivo, enfatizando a necessidade de estimular o crescimento muscular e evitar a deposição de gordura. Goulart também destacou a variabilidade dos bezerros adquiridos em leilões e a importância do planejamento financeiro para garantir um bom custo-benefício.
O diretor da Agropecuária Maragogipe, Lucas Marques destacou que o sucesso na recria de bovinos está diretamente ligado à união de três pilares: método, conhecimento do negócio e gestão de pessoas. Para ele, esses elementos precisam estar alinhados para gerar resultados consistentes. “É possível ter a melhor genética, o manejo mais avançado e os melhores insumos, mas, sem integrar esses pilares, o resultado não vem”, afirmou. Marques reforçou que estratégias bem definidas e equipes capacitadas são indispensáveis para fechar a conta na pecuária moderna.
“A Feicorte é reconhecida por oferecer conteúdo e informações que contribuem para a evolução da pecuária, incentivando a troca de experiências e conectando o campo, o mercado e as instituições de pesquisa. Os painéis da ‘conta do boi’ têm como objetivo ir além, detalhando cada etapa do processo produtivo, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento da pecuária brasileira”, destaca a CEO da Verum e organizadora da Feicorte, Carla Tuccilio.
A cobertura completa pode ser conferida aqui.
Pecuária solidária arrecada R$ 600 mil para Núcleo Ttere
O Leilão Pecuária Solidária, realizado na noite da última terça-feira (19/11), durante a Feicorte, arrecadou mais de R$ 600 mil destinados ao Núcleo Ttere de Trabalho – Realização, uma entidade assistencial que promove a inclusão social de pessoas com deficiência na região.
Entre os itens leiloados estavam bovinos, equinos, sêmen, insumos agropecuários, equipamentos, joias, tapetes, além de outros itens doados. A iniciativa reforçou a responsabilidade social do setor agropecuário, dando visibilidade a causas sociais.
“O engajamento dos pecuaristas de Presidente Prudente foi excepcional e estamos extremamente felizes com o resultado. O Leilão Pecuária Solidária arrecadou R$ 600 mil, valor que será destinado a uma entidade de confiança, o Núcleo Ttere, que realiza um trabalho maravilhoso e de grande impacto social. Agradecemos imensamente a todos do setor que apoiaram essa causa e à organização da Feicorte, que está sendo um verdadeiro sucesso. O evento começou com uma grande proporção e tem recebido muitos elogios. Ajudar quem precisa é algo que não tem preço. Muito obrigado a todos que contribuíram!”, declarou o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.
Carne como protagonista
Ampliar a percepção da sociedade sobre a qualidade e a origem da carne brasileira. Esse é o objetivo da Beef Hour, um espaço na Feicorte que reúne projetos, marcas de sucesso e profissionais que contribuem para a construção de uma carne de confiança, abrangendo toda a cadeia produtiva até o consumidor final.
São três painéis, um por dia, com grupos de especialistas diferentes, focados na discussão da carne bovina de qualidade, privilegiando o debate e a interação com o público.
Na agenda de hoje, participaram dos bate-papos o proprietário do restaurante Vermelho Grill, Eduardo Fornari; o zootecnista e pesquisador, Gustavo Rezende; o proprietário da Celeiro Carnes Especiais, Marco Túlio Soares e o agrônomo e consultor Roberto Barcellos.
Notícias
Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China
Ministro da Agricultura destaca potencial de comércio de US$ 450 milhões por ano.
Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping na última quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.
São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.
Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.
O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.
“O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.
“O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
“Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.
Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.
Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023). O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.
No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.
Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.
No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.
Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.
As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.