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Pecuaristas já registram perdas irreversíveis em terceiro ano de La Niña

Campos secos, gado enviado aos frigoríficos sem o peso adequado e atraso na reprodução estão entre os principais problemas.

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Foto: Divulgação/Instituto Desenvolve Pecuária

Gado emagrecendo, campos praticamente queimados e falta de políticas públicas de prevenção à seca. Este é o roteiro de um filme que parece se repetir em mais um verão com predominância da estiagem causada pela incidência do fenômeno La Niña. Os produtores já consideram os danos no rebanho, irreversíveis. Mas, o impacto não será apenas da porteira para dentro. O Instituto Desenvolve Pecuária alerta que haverá reflexo também nas contas públicas, com redução no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho.

Os relatos chegam de todos os cantos com muita similaridade. Arturo Isamendi, que possui propriedade na cidade de Candiota (RS), conta que na região há criadores criadores com porteiras sem respeitar a categoria animal por falta de água. Ele cobra ações do gestor municipal. “Não sei o que o prefeito está esperando que não decreta situação de emergência”, questiona. O criador disse que está com a cacimba chegando ao limite e já teve que solicitar um caminhão-pipa para se abastecer.

Criador na Fronteira-Oeste, Glauco Monteiro ressalta que em Itaqui (RS) e Uruguaiana (RS) a seca é muito forte e até mesmo os reservatórios estão muito baixos. Ele acredita que os anos seguidos de La Niña possam ter afetado o lençol freático e que o gado parou de engordar faz tempo. O criador estima que mesmo que volte a chover, os campos provavelmente não vão ter tempo de se recuperar. “Trabalhamos com muito campo nativo que está muito seco, e queimado, sem a vegetação rala”, relata.

Já Juliano Leon, de Pelotas (RS), conta que foi preciso mudar os planos. “Estou me obrigando a desmamar os terneiros três meses mais cedo, incrementando custo de suplementação que não teria dentro do meu sistema, tendo que alocar estes terneiros nos campos de um pouco mais de qualidade numa época não tão adequada para poupar a vaca que estaria amamentando e não perder o desenvolvimento deste terneiro”, conta. Segundo ele, os demais produtores aos sul de Pelotas, que trabalham com terminação, estão entregando animais não bem terminados simplesmente para ajustar a lotação e resolver os problemas, pensando nos animais que ficam, com desempenho já comprometido, e não nos que vão para abate.

Com propriedade em Cachoeira do Sul (RS), Andrei Bescow, que também é médico veterinário e atende a outros produtores da região, diz que o maior prejuízo se dará na redução de desempenho, em termos de ganho médio diário, em categorias de recria e terminação, o que faz alongar o ciclo. “Já nas categorias de cria, o maior prejuízo se dará na redução das taxas de prenhez ou então na demora em conceber, com concepção no final da estação reprodutiva”, explica.

O presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Luís Felipe Barros, reclama de uma total falta de incentivo por parte do poder público para auxiliar os produtores. “O Estado ainda tem que melhorar a questão das leis ambientais, que é extremamente rígida, tem que melhorar a questão de subsídios para que se possa fazer as barragens, para que se possa fazer as contratações dos pivôs e não sofrer tanto com a estiagem”, afirma. Barros não deixa de criticar seu segmento ao ressaltar que se está discutindo estiagem há três anos. “Os produtores poderiam ter tomado movimentos estratégicos em relação à seca, porque ela tinha sido prevista, se sabia dela, e então poderiam algumas atuações terem sido realizadas e não foram. As pessoas ficaram estáticas”, avaliou o dirigente.

Barros também garante que a conta não fica só para a cadeia da carne. “O impacto que causa a seca é inclusive sentido nas contas do Estado, com a diminuição da safra e, consequentemente, do PIB, desalinhando a balança comercial”, conclui.

Fonte: Ascom

Notícias Evento acontece em maio

Acricorte 2024 projeta recorde em público e negociações

Além da feira de negócios, destinada para o setor, com mais de 60 stands, o evento contará com palestras dos principais nomes da agropecuária do País.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o maior evento técnico da pecuária brasileira, o Acricorte, acontece em maio nos dias 16 e 17. A expectativa é de um público superior ao do ano passado, atingindo três mil pessoas. Além da feira de negócios, destinada para o setor, com mais de 60 stands, o evento contará com palestras dos principais nomes da agropecuária do País.

Entre os nomes confirmados estão: Marcos Fava Neves, um dos maiores professores e cientistas internacionais da atualidade que estuda o agronegócio mundial, que irá falar sobre “Futuro da pecuária: 10 pontos para vencer. Gustavo Spadotti, chefe geral da Embrapa Territorial, apresenta no primeiro horário da tarde do primeiro dia o tema “Sustentabilidade: Otimização produtiva e compromisso ambiental.” Já o médico-veterinário e editor do “Notícias do front”, Rodrigo Albuquerque, fala sobre evolução na pecuária 2024/2028.
Também estará presente no primeiro dia, Alessandro Medeiros, carioca de 53 anos e único ultra atleta do mundo que só come carne. Participa também, a nutricionista dele, Letícia Moreira, falando sobre Dieta carnívora: Nutrição e esporte.

No segundo dia, o círculo de palestras começa com o pecuarista Daniel Wolf explicando sobre sucessão familiar. João Branco, apontado como um dos 10 melhores profissionais de Marketing do Brasil, segundo a Forbes. O número um entre os profissionais de marketing do Brasil, vem em seguida com um tema curioso: “Muito além do Big Mac” Além disso, A forragista Janaína Martuscello apresenta como tema “A nova pecuária à pasto.”

Roberto Barcellos, agrônomo e consultor especializado em produção de carne bovina de qualidade, dá continuidade no painel de palestras falando sobre pecuária do futuro e as novas estratégias.

Por fim, o criador da maior comunidade de pecuária na bolsa de valores e maior influenciador deste assunto, João Sebba, finaliza as palestras do Acricorte 2024 falando sobre “Boi na bolsa e a nova pecuária.”

Para o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr, o evento que é um sucesso desde 2019, se destaca não apenas pelas palestras, mas sim pela feira de negócios que aumenta o número de empresas a cada ano. “Essa será uma oportunidade de o público conhecer novas tecnologias do setor, realizar transações comerciais e ampliar a integração entre os profissionais do ramo. Dezenas de empresas de vários ramos do setor da pecuária estão reunidas em um só local, facilitando para o produtor que busca se atualizar do mercado e investir em seu negócio”, explica o representante da entidade responsável pelo Acricorte.

Inscrição
Para se inscrever, os interessados devem acessar o site da Acrimat. Já os associados devem se inscrever através do telefone (65) 4063-1737 ou e-mail acrimat@acrimat.org.br.
Para credenciamento de jornalistas, os profissionais devem entrar em contato com a assessoria de comunicação pelo WhatsApp (65) 99914-0663.

Fonte: Assessoria Acrimat
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Supremo vai julgar marco temporal em sessão presencial

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir em sessão presencial do plenário a validade da decisão do ministro Gilmar Mendes que determinou a instauração de processo de conciliação e suspendeu as ações envolvendo o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Na última sexta-feira (03), os ministros iniciaram a votação no plenário virtual para decidir se a liminar do ministro será referendada. No entanto, a votação foi suspensa por um pedido de destaque do ministro presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, medida que leva o caso para julgamento presencial. A data da análise do caso ainda não foi definida.

Gilmar Mendes é relator das ações protocoladas pelo PL, o PP e o Republicanos para manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco e de processos nos quais entidades que representam os indígenas e partidos governistas contestam a constitucionalidade da tese.

No entendimento do ministro, questões de grande relevância devem ser debatidas antes da decisão final da Corte. “Qualquer resposta advinda dos métodos tradicionais não porá fim à disputa político-jurídica subjacente, merecendo outro enfoque: o da pacificação dos conflitos, na tentativa de superar as dificuldades de comunicação e entendimentos em prol da construção da solução por meio de um debate construído sob premissas colaborativas e propositivas voltadas a resolver os impasses institucionais e jurídicos advindos da Lei 14.701/2023”, justificou Gilmar Mendes.

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que validou o marco. Em setembro, antes da decisão dos parlamentares, o Supremo decidiu contra o marco. A decisão da Corte foi levada em conta pela equipe jurídica do Palácio do Planalto para justificar o veto presidencial.

Na semana passada, indígenas que participaram do Acampamento Terra Livre (ATL) defenderam o julgamento presencial do caso.

Fonte: Agência Brasil
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Valorização do farelo de soja e clima adverso mantêm preços do grão em alta

Além disso, as fortes chuvas no Rio Grande do Sul – segundo maior estado produtor da oleaginosa – vêm retardando as atividades de campo e gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras e o volume ofertado tanto do grão quanto dos derivados.

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Foto: Cláudio Neves

Os preços da soja seguem em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem principalmente da valorização do farelo.

Além disso, as fortes chuvas no Rio Grande do Sul – segundo maior estado produtor da oleaginosa – vêm retardando as atividades de campo e gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras e o volume ofertado tanto do grão quanto dos derivados.

Em abril, os Indicadores Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá e Cepea/Esalq – Paraná atingiram as maiores médias do ano, em termos reais (calculado por meio do IGP-DI, de março/24), de R$ 129,79/sc e de R$ 122,66/sc de 60 kg, respectivas altas de 4% e de 4,6% frente às de março.

Fonte: Assessoria Cepea
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