Bovinos / Grãos / Máquinas De 1º a 30 de novembro
Pecuaristas de Mato Grosso não vão sofrer sanção na atualização do estoque de rebanho
A Lei nº 12.215, que prevê a decisão foi sancionada pelo governo de Mato Grosso e publicada no Diário Oficial de quinta-feira (24). A declaração é obrigatória para todos os produtores de animais de interesse comercial.
Pecuaristas de Mato Grosso não sofrerão incidência de sanção pecuniária nos casos de divergência do saldo de estoque de rebanho das espécies bovina ou bubalina junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), na campanha de 2023 (1º a 30 de novembro). A Lei nº 12.215, que prevê a decisão foi sancionada pelo governo de Mato Grosso e publicada no Diário Oficial de quinta-feira (24). A declaração é obrigatória para todos os produtores de animais de interesse comercial.
A medida foi um pedido das entidades que representam o setor agropecuário do estado: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Fórum Agro MT.
A Famato, em nome de todo o setor agropecuário, agradece ao Indea-MT, Executivo e Legislativo estadual por atender ao pedido e aos anseios dos produtores rurais. “Essa adequação vai possibilitar ainda mais confiabilidade nos dados da produção agropecuária de Mato Grosso”, disse o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain.
A medida vai valer apenas para a campanha de novembro de 2023. Diante disso, o produtor vai poder corrigir o saldo do rebanho na ficha de cadastro do Indea sem aplicação da multa de 1,5 UPF de Mato Grosso (R$ 344,35 /cabeça) no caso de divergência.
“Tal medida é muito importante. Por se tratar de semoventes, divergências podem ocorrer como partos gemelares, desaparecimento por mortes, furtos, ou mesmo pela ineficiência na contagem de animais, pastagens com poucas divisões, falha na identificação dos animais e outras. Ganha o pecuarista, fortalece o número real do nosso rebanho e permite aos institutos de pesquisa, como o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a ter dados cada vez mais consistentes da nossa produção, tais como: taxas de desfrute, produção e produtividade”, disse o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.
O analista de pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, orienta aos pecuaristas reunirem todo o rebanho, separados por sexo e idade para facilitar a contagem. “Estamos a pouco mais de dois meses para a campanha e o produtor pode aproveitar esse tempo para organizar com antecedência o rebanho e fazer uma contagem mais precisa”, reforçou o analista.
Para o segundo vice-presidente da Famato, Amarildo Merotti, validar o quantitativo de bovinos é o alicerce mais sólido para o trabalho estruturante do serviço de defesa animal. “Toda estratégia de ação voltada para a bovinocultura do Indea é baseada no estoque de rebanho real presente nas propriedades rurais do estado. Em 2023, Mato Grosso deixou de vacinar contra a Febre Aftosa, entretanto as campanhas de atualização do estoque de rebanho continuam”, lembrou Amarildo.
As entidades que compõem o Fórum Agro alertam para que o produtor rural abrace essa oportunidade e, na próxima etapa (novembro), comunique exatamente o rebanho que possui. “Isso é extremamente importante para o estado e para o serviço de defesa”, pontuou Xisto.
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Boletim do leite de novembro
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.
Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.
Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.