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Notícias Carne bovina brasileira

Pecuária do Brasil comemora volta da China; vai ter custos altos em 2022, mas seguirá avançando em exportação e confinamento

Mercado de certificação também vai crescer, com os consumidores pedindo qualidade, informação e história dos alimentos.

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Divulgação/SBC

Foi um ano intenso para a carne bovina brasileira. O país exportou 1,7 milhão de toneladas em onze meses, 9,4% abaixo do mesmo período de 2020, mas com faturamento de US$ 8,5 bilhões, 10% maior do que no ano passado. O ano ainda termina com pouco mais de 6,5 milhões de cabeças confinadas. Mas o segmento também sofreu, com altos custos de produção, mercado interno deprimido e o embargo determinado pela China em setembro, por conta de dois casos do ‘Mal da Vaca Louca’, em Mato Grosso e Minas Gerais, que só foi levantado nesta semana.

Foi uma notícia boa demais para fechar 2021.  Pequim retomou as importações de produtos brasileiros de carne bovina desossada de animais com menos de 30 meses, de acordo com documento publicado pela Administração Geral das Alfândegas. A proibição de exportação de carne bovina brasileira causou preocupação generalizada, pois a China obtém cerca de 40% de todas as suas importações da proteína no Brasil. Os governos dos dois países estavam em negociações para resolver o assunto, uma vez que o embargo reduziu praticamente pela metade os embarques brasileiros. As importações de carne bovina da China aumentaram nos últimos anos, alimentadas pela crescente demanda por carne de uma classe média cada vez mais abastada.

Diretor do SBC, Sergio Ribas Moreira: “Compromissos que precisaremos firmar com os consumidores internacionais e brasileiros”

“A saída da China da compra da nossa carne causou um forte impacto no preço da arroba. É natural. Em 2020, eles compraram 870 mil toneladas. Em 2021, já haviam importado 716 mil toneladas. Todos achavam que a volta seria rápida, como em 2019, mas não foi isto que ocorreu. Porém, o mercado trabalhou forte no ajuste. E a oferta menor também ajudou a recuperação do preço da arroba”, avaliou Sérgio Ribas Moreira, Diretor do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), um dos mais respeitados especialistas desse mercado, com quase vinte anos de experiência em certificação na pecuária brasileira.

O executivo calculou o baque sofrido pelo setor nos últimos dois meses. “No ano passado, eles compraram 870 mil toneladas. Este ano, já haviam importado 716 mil toneladas. A diferença acumulada sobre o ano anterior já alcançava 260 mil toneladas, considerando também Hong Kong, um número absoluto que se aproxima dos outros três maiores compradores da proteína brasileira juntos: Estados Unidos, Europa e Chile”, revelou.

Pensando em 2022, o Diretor do (SBC) mostrou um grande otimismo. Além dos chineses, os americanos se tornaram um parceiro ainda mais robusto, mais do que dobrando os volumes escoados. Sem falar na recuperação de antigos clientes, como a Rússia, e na conquista de novos parceiros, como a Indonésia.

“Há mais possibilidades interessantes em 2022, como a volta com mais força do exigente mercado europeu, a evolução nas vendas para os chilenos e uma recuperação mais vigorosa da economia internacional. O Chile, por exemplo, compra peças muito semelhantes às preferidas pela China, são diversos cortes. O que é interessante para escoarmos bem essa produção. A Europa compra cinco cortes no máximo, com valor agregado, podendo aumentar as importações em 2022. Neste caso, envolvendo a Certificação Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos)”, apontou.

E, na pecuária, o maior cliente do SBC são os confinadores, totalmente envolvidos com os mercados mais exigentes do exterior. Sérgio Ribas afirma que, em 2021, houve aumento de volume nas unidades de confinamento sobre 2020. Com grandes unidades crescendo, as pequenas parando e as médias tentando segurar o volume que vinham realizando. “Analisando nossa carteira, que vai fechar em torno de 2,5 milhões de cabeças rastreadas, sendo a maioria de confinamento, as perspectivas para o ano novo é que os custos continuem semelhantes a 2021. A previsão da soja é de ótima safra e do milho, também. Mas os demais insumos devem permanecer com os custos elevados para os confinadores. Neste caso, a solução é ganhar na eficiência, no uso de tecnologia, volume de compra, na negociação com os frigoríficos. Acredito no mercado com essas características. A não ser que algo diferente cause impacto, como algum problema sanitário grave etc.”, completou.

E se há algo de que os especialistas, Sérgio Ribas incluído, não têm dúvida é sobre a aceleração na demanda do mercado pela Certificação. “É uma exigência que não para de crescer. Visitamos a maior feira de alimentos do mundo neste ano, a Anuga, na Alemanha, e vimos inúmeros exemplos de informação que o consumidor mundial aprecia. E são compromissos que precisaremos firmar com os consumidores internacionais e brasileiros. Eles estão preocupados com a qualidade do alimento que vão ingerir, como são os processos, a história dos produtos. E o selo consegue transmitir essas informações. Falando especificamente da pecuária, vejo forte demanda para o bem-estar animal, as questões sociais nas propriedades e ambiental. Assim como a questão da produção primária com baixo carbono. Acredito muito nisso”, concluiu.

Fonte: Assessoria Serviço Brasileiro de Certificações

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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