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Bovinos / Grãos / Máquinas Segundo Embrapa

Pecuária de leite espera crescer cerca de 2% em 2020

Ainda que especialistas não vejam com euforia ano que se inicia, sinais de que crise está ficando para traz ficam mais claros

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Arquivo/OP Rural

Após fechar 2018 praticamente estagnada (crescimento de 0,5%), a pecuária de leite não tem muitos motivos para se lamentar em 2019. Mesmo não sendo um ano de grande expansão do setor (o crescimento deve fechar entre 2% e 2,5%), o preço do leite pago ao produtor terminou o ano em torno de R$1,36, o que equivale a 0,33 centavos de dólar, com o câmbio a R$ 4,06 por dólar. Segundo o analista da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, esse é um preço razoável para o setor, equivalendo-se às cotações internacionais, o que não favorece a importação do produto. O analista informa que lá fora, a tonelada do leite está sendo vendida entre USD$ 3.100 e USD$ 3.300, abaixo do preço histórico de USD$ 3.700, o que mostra equilíbrio do mercado mundial em termos de oferta e demanda.

Ainda que os especialistas não vejam com euforia o ano que se inicia, os sinais de que a crise está ficando para traz ficam mais claros. “As previsões iniciais para o crescimento do PIB [produto interno bruto] em 2020 indicam alta de 2,3%, o que é baixo, mas é a melhor expansão dos últimos seis anos”, diz o também analista que integra a equipe de socioeconomia da Embrapa Gado de Leite Denis Teixeira da Rocha. Por esse motivo, espera-se uma recuperação um pouco mais forte do consumo, possibilitando algum repasse de preços ao longo da cadeia produtiva e melhores margens industriais. A retrospectiva do ano que se passou também mostra mais solidez da atividade leiteira.

2019 contou com preços superiores aos patamares históricos

O pesquisador da Embrapa Glauco Carvalho relata que o primeiro semestre de 2019 fechou com os melhores patamares de preços para os produtores de leite brasileiros, quando comparado a igual período dos últimos sete anos. “Além de receber preços melhores, houve um incremento importante na relação entre o preço do leite e o custo da alimentação dos animais”, afirma Carvalho. Na avalição dele, o milho e a soja, principais ingredientes utilizados na ração das vacas, permaneceram com preços relativamente baixos no primeiro semestre, o que segurou os custos de produção do leite.

A relação de troca ao pecuarista, medida pela quantidade de litros de leite necessária para comprar uma saca de 60 kg de concentrado, ficou em 34 litros, na média do primeiro semestre; queda de 24% em relação ao ano anterior. “Entretanto, no segundo semestre, essa trajetória foi se alterando, com um recuo nos preços do leite e o aumento no custo do concentrado”. Ainda assim, na média do ano, os preços pagos aos produtores em 2019 ficaram acima do patamar histórico, o que sustentou crescimento da produção.

Quanto à indústria, na visão de Carvalho, 2019 foi bem mais desafiador, sobretudo para aquelas empresas focadas em linhas tradicionais, como leite UHT, queijo muçarela e leite em pó. “O gargalo do ano tem sido o baixo nível do consumo doméstico e a dificuldade de repasse de preços ao longo da cadeia produtiva”, constata o pesquisador. Para ele, a elevada capacidade ociosa da indústria nacional leva a uma necessidade de maior captação para diluir os custos fixos, o que muitas vezes se traduz em focar mais na captação do que na própria margem de comercialização.

Um outro ponto de estrangulamento, segundo o especialista, refere-se à fragmentação da indústria, que acaba dificultando uma estratégia de comercialização com o varejista para sustentar um patamar mais rentável de preços. “O fato é que as empresas estão trabalhando com margens bem apertadas. O pior cenário é o do leite UHT, em que a relação de preços entre o atacado e o produtor ficou quase 18% abaixo dessa mesma relação em 2018”.

Ano de 2020 traz incertezas nacionais e internacionais

Os especialistas da Embrapa avaliam que o ano que se inicia traz componentes de incerteza, tanto no ambiente interno quanto no externo. Internamente, pesa a articulação política e como o Governo vai tocar a agenda de reformas, que os analistas consideram fundamental para o Brasil retomar níveis melhores de crescimento econômico e distribuição de renda. No contexto internacional, a peste suína ocorrida em 2019 na China pode ter reflexos também em 2020 já que a doença está atingindo outros países asiáticos.

O problema na suinocultura chinesa, que reduziu em 40% o número de suínos naquele país, provocou o aumento das exportações de carne para a China – o que elevou a demanda por soja e milho na pecuária de carne. Os preços desses insumos tendem a se manter mais pressionados. Além disso, as exportações brasileiras de milho estão batendo recordes. Carvalho informa que se tem ainda uma nova demanda oriunda de plantas de etanol de milho no Centro-Oeste brasileiro. Todos estes fatores colocam uma pressão alta no milho e, consequentemente, no concentrado para as vacas. “Pode haver muita volatilidade nos preços do concentrado até que seja definida a safrinha de milho no meio do ano”.

Do ponto de vista da oferta e demanda, em linhas gerais, o mercado brasileiro de leite se mostra bem equilibrado. A expansão da produção nacional perdeu força no final do ano passado, na comparação com 2018. Além disso, o volume de importação está relativamente baixo e, apesar do consumo estar fraco, não há excedente de produção que possa levar a uma queda nos preços. Pelo contrário, as cotações se sustentaram no último trimestre do ano, quando geralmente os preços caem.

“Nesse cenário, a expectativa é que 2020 comece com os preços do leite ao produtor em patamares superiores ao registrado em janeiro de 2019 e com uma trajetória de elevação mais alinhada ao padrão histórico, que difere da precoce e expressiva alta registrada em fevereiro daquele ano”, diz Carvalho. Produtos lácteos cujo consumo está associado a rendas mais altas, como queijos e iogurtes, tendem a ter um crescimento melhor em 2020. Mas o mercado de UHT ainda deve continuar complicado.

O pesquisador acredita, no entanto, que as grandes apostas do setor foram adiadas para 2021, quando se espera que o Brasil tenha um crescimento mais robusto, gerando mais empregos e elevando o consumo familiar de leite e derivados.

Fonte: Embrapa Gado de Leite

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Menor oferta de matéria-prima mantém preços dos derivados em alta

Cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

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Foto: Rubens Neiva

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços do negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

O leite em pó fracionado (400g), também negociado no atacado de São Paulo, teve média de R$ 28,49/kg em março, aumento de 0,99% no comparativo mensal e de 9,6% no anual, em termos reais.

A capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada, e o momento é delicado para a indústria, que tem dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima à ponta final.

Agentes de mercado consultados pelo Cepea relatam que as vendas nas gôndolas estão desaquecidas e que, por conta da baixa demanda, pode haver estabilidade de preços no próximo mês.

Abril

As cotações dos derivados lácteos seguiram em alta na primeira quinzena de abril no atacado paulista.

O valor médio do UHT foi de R$ 4,21/litro, aumento de 1,99% frente ao de março, e o da muçarela subiu 0,72%, passando para R$ 28,87/kg.

O leite em pó, por outro lado, registrou queda de 2,04%, fechando a quinzena à média de R$ 27,91/

Colaboradores do Cepea afirmaram que os estoques estão estáveis, sem maiores produções devido às dificuldades de escoamento dos produtos

Fonte: Por Ana Paula Negri e Marina Donatti, do Cepea.
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Preço ao produtor avança, mas dificuldade em repassar altas ao consumidor preocupa

Movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo.

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Foto: JM Alvarenga

O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA). Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

O movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Nesse contexto, laticínios e cooperativas ainda disputam fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima.

A limitação da produção se explica pela combinação do clima (seca e calor) com a retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira. Porém, a elevação da receita e a estabilidade dos custos neste primeiro trimestre têm contribuído para melhorar o poder de compra do pecuarista frente aos insumos mais importantes da atividade.

A pesquisa do Cepea, em parceria com a CNA, estima que a margem bruta se elevou em 30% na “média Brasil” nesse primeiro trimestre. Apesar da expectativa de alta para o preço do leite captado em março, agentes consultados pelo Cepea relatam preocupações em relação ao mercado, à medida que encontram dificuldades em realizar o repasse da valorização no campo para a venda dos lácteos.

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos lácteos no atacado paulista seguiram avançando em março. Porém, as variações observadas na negociação das indústrias com os canais de distribuição são menores do que as registradas no campo.

Ao mesmo tempo, as importações continuam sendo pauta importante para os agentes do mercado. Os dados da Secex mostram que as compras externas de lácteos em março caíram 3,3% em relação a fevereiro – porém, esse volume ainda é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Por Natália Grigol, do Cepea.
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Probióticos e a promoção da saúde intestinal: potencial ferramenta em rebanhos leiteiros

Os mecanismos de ação dos probióticos são frequentemente baseados em três modalidades, incluindo o antagonismo sobre microrganismos residentes da microbiota intestinal, tanto comensais quanto patógenos; modulação da imunidade inata e adquirida; inibição de toxinas produzidas por microrganismos patógenos, oriundos da alimentação ou água contaminada.

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Foto: Shutterstock

Os probióticos compreendem aditivos alimentares compostos por microrganismos vivos que beneficiam o hospedeiro através da melhora da microbiota intestinal. Quando o animal recebe uma dosagem oral efetiva, esses microrganismos são capazes de se estabelecer no trato gastrointestinal e efetivar a microbiota natural, prevenindo a proliferação de microrganismos patogênicos e melhorando o aproveitamento de nutrientes. Dentre as espécies que possuem propriedades probióticas, ressalta-se as bactérias láticas, grupo de espécies já existentes na microbiota do trato gastrointestinal e urogenital dos animais, onde o gênero Lactobacillus é um dos mais importantes na produção de produtos probióticos. Além deste, destacam-se as bactérias dos gêneros Bifidobacterium, Lactococcus, Propionibacterium e Bacillus, assim como as leveduras Saccharomyces, Pichya e Kluyveromices.

Os mecanismos de ação dos probióticos são frequentemente baseados em três modalidades, incluindo o antagonismo sobre microrganismos residentes da microbiota intestinal, tanto comensais quanto patógenos; modulação da imunidade inata e adquirida; inibição de toxinas produzidas por microrganismos patógenos, oriundos da alimentação ou água contaminada.

O antagonismo também é conhecido por exclusão competitiva, onde há competição dos sítios de ligação na mucosa intestinal, dos fatores de crescimento e nutrientes para os microrganismos, e também competição pela atividade metabólica (Figura 1). Ou seja, os microrganismos “bons” que constituem o probiótico impedem o desenvolvimento de outros microrganismos indesejáveis. Desse processo são originados produtos como o ácido lático, acético e fórmico, que ajudam a inibir o crescimento de bactérias maléficas e participam da produção de vitamina B e ácido fólico, compostos fundamentais para a vaca.

Figura 1- Mecanismos de ação das espécies probióticas que resultam na melhora da saúde intestinal.

Além disso, muitas espécies probióticas produzem bacteriocinas, substâncias compostas por peptídeos ou complexos proteicos que agem contra bactérias geneticamente semelhantes, como é o caso da nisina, bacteriocina que inibe o crescimento de bactérias patogênicas de alto risco, como Staphylococcus aureus, além de atuar na modulação ruminal. Trabalhos também mostram que o uso de probióticos melhora a digestão e absorção de nutrientes da dieta através da produção de enzimas como amilase, protease, lipase, maltase, sacarase e lactase.

Por exemplo, a amilase produz ácidos graxos de cadeia curta que são transformados em butirato, lactato e acetato, fontes de energia para a mucosa do intestino. Em um estudo, Nocek et al. (2003), observou que vacas que possuíam fonte de probiótico na dieta, entre 20 dias pré-parto até 70 dias pós-parto, aumentaram o consumo de matéria seca, a produção de leite e teor de proteína do leite, em relação ao grupo não suplementado. Estudando rebanhos da Virgínia, Estados Unidos, foi contabilizado que, de 45 rebanhos onde foi introduzido o probiótico, 31 apresentaram aumento na produção de leite. Frente a isso, fica evidente o efeito benéfico da suplementação com probióticos em dietas de vacas leiteiras. A pesquisa mostra que é possível observar, além do melhor aproveitamento da dieta e consequentemente aumento na produção leiteira, a melhora do estado geral de saúde do animal que recebe uma fonte de probiótico diariamente.

Probióticos e imunidade animal

Todo o processo descrito anteriormente auxilia na melhora da saúde do animal, uma vez que limita o desenvolvimento e proliferação de microrganismos maléficos ao hospedeiro, evitando o aparecimento de enfermidades, e também atua na digestão, oferecendo melhores condições para seu desenvolvimento.  Esses mecanismos de ação fazem parte das reações inespecíficas de defesa, ou seja, imunidade inata. Mas os probióticos também são capazes de influenciar a imunidade específica do animal.

As espécies probióticas realizam a modulação do sistema imune do hospedeiro, auxiliando no controle de infecções e inflamações. O processo de imunomodulação ocorre através da interação entre os microrganismos do probiótico e as células epiteliais e imunes do intestino do animal. Quando esses microrganismos se aderem às células intestinais, há a estimulação da produção de células de defesa, como macrófagos, monucleócitos, células dendríticas e citocinas pró-inflamatórias. Isso acontece porque componentes das paredes celulares dos microrganismos probióticos, como peptidoglicanas, ácido teicóico e lipoteicóico (LTA), reagem com as placas de Peyer presente no intestino e induzem os fatores pró-inflamatórios nas células intestinais do animal.

Em 2017 foi realizado um estudo onde dois grupos de animais foram vacinados, sendo que um deles recebeu, além da vacina, suplementação com probiótico a base de Lactobacillus. Posteriormente o autor observou que o grupo dos animais tratados com o probiótico apresentou níveis superiores de anticorpos específicos e de forma mais duradoura, auxiliando no controle de infestações por carrapatos atrelados a imunização. Adicionalmente, estudiosos mostraram que o tratamento com probióticos apresentou melhores benefícios quando comparados aos tratamentos convencionais da mastite bovina, evidenciando a influência desse aditivo na resposta imunológica das vacas.

Probióticos em uma abordagem preventiva e sua implicação em bezerreiros

Cerca de 75% das mortes de bovinos leiteiros ocorre em seu primeiro mês de vida. Em função disso, muitas pesquisas são realizadas a fim de elucidar os cuidados necessários no bezerreiro, assim como controlar as enfermidades mais comuns na rotina das fazendas leiteiras. A principal enfermidade relacionada a morte de bezerras leiteiras é a diarreia, que leva o animal a óbito em razão ao severo desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base. A diarreia corresponde a uma enfermidade multifatorial, porém, frequentemente é resultante da combinação de agentes infecciosos como o rotavírus, coronavírus, Escheria Coli, Salmonella spp., Clostridium perfringens e Eimeria spp., além de ser comum se deparar com infecções causadas por mais de um agente concomitantemente. Esses agentes possuem tendência em afetar os animais em determinada faixa etária (Figura 2), justamente quando esses apresentam suscetibilidade a infecção, por isso a importância da utilização de técnicas nutricionais e de manejo que proporcionem melhores condições para que as bezerras leiteiras não tenham seu desenvolvimento afetado.

Figura 2- Incidência de agentes etiológicos causadores de diarreias em bezerros de acordo com sua idade em dias.

Os probióticos contribuem para o desempenho zootécnico de bezerras leiteiras devido sua influência na permeabilidade intestinal, oferecendo maior eficiência de digestão e evitando o desenvolvimento de microrganismos patógenos. As principais bactérias probióticas associadas a prevenção de diarreia em bezerros são a Lactobacillus acidophillus e a Lactobacillus casei. Ambas são produtoras de ácido lático, ou seja, atuam diminuindo o pH intestinal e tornando o ambiente inadequado para o crescimento de algumas bactérias patogênicas, além de produzirem peptídeos que agem especificamente contra Salmonella typhimurium e acidofilina que inibe o crescimento de Escherichia coli e Salmonella panamá.

Outro microrganismo probiótico que recebe destaque quando o assunto é bezerros é a Saccharomyces boulardii, levedura que além do efeito diarreico, auxilia no desenvolvimento da flora intestinal fisiológica, na síntese de vitaminas complexo B e principalmente, realiza uma complementação enzimática, assim, aumenta a capacidade digestiva do animal jovem, impactando diretamente o seu desempenho.  Autores que utilizaram probióticos em bezerros observaram melhora do ganho de peso corporal total, sendo que os bezerros suplementados apresentaram ganho de 31,4kg, comparado a 25,4kg do grupo controle. Corroborando com esses dados, outro pesquisador mostrou que bezerros suplementados com probióticos, do nascimento aos 30 dias de idade, foram capazes de ganhar de 10 a 40% a mais de peso em relação aos animais não tratados.

Os probióticos apresentam grande potencial de uso nas fazendas leiteiras, sendo uma alternativa para restabelecer ou efetivar a saúde intestinal das vacas, aumentando o aproveitamento da dieta e potencializando sua imunidade. Além disso, é uma ótima opção para ser introduzida nos bezerreiros, uma vez que oferece melhores condições para o animal conseguir superar os desafios existentes nessa fase, influenciando seu ganho de peso e gerando bezerras maiores e mais produtivas futuramente.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: luiza.carneiro@laboratorioprado.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Luiza de Souza Carneiro, médica-veterinária, mestra em Produção de Ruminantes e consultora Técnica Comercial no Laboratório Prado.
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