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Pecuária brasileira tem tudo para se tornar melhor do mundo, afirma consultor

Entender mercado, adotar tecnologias e estratégias é essencial para pecuarista vender mais e melhor

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Uma das maiores dificuldades da pecuária atualmente ainda é a comunicação. O trabalho desenvolvido pelo pecuarista brasileiro é um dos melhores do mundo. Porém, transmitir isso para o consumidor para vender mais ainda é um desafio. O consultor em Agronegócio Ivan Wedekin falou sobre “o que a pecuária tem que fazer para vender mais e melhor” durante a InterCorte, que aconteceu em abril, em Cuiabá, MT.

A linha de pensamento do consultor é simples: para vender mais é preciso ter demanda. E, para ele, isso existe. “Nós temos um grande mercado interno, são 209 milhões de habitantes. Além do mais, quando olhamos a demanda mundial, os produtos que mais cresceram foram soja, milho, carne de frango e suína e leite. Estes são os produtos que estão na ponteira com as maiores taxas de crescimento de consumo. Então, a demanda mundial está também muito refletida na produção brasileira”, conta.

Para Wedekin, a demanda reflete dentro do Brasil porque o pecuarista está produzindo aquilo que o mundo quer. “Os produtos de origem animal nós produzimos nas mais diferentes manifestações de exigência do consumidor. A nossa matriz produtiva está adequada a esse crescimento da demanda mundial. Estamos produzindo internamente com muita eficiência o que o mundo quer”, afirma. De acordo com ele, o agro brasileiro é gigante e global.

Dessa forma, ele explica que isso se reflete em como é o mercado internacional brasileiro. “Se formos olhar, há 20 anos a China não importava nada, e agora está importando quase 100 milhões de toneladas de soja do Brasil. A China é o nosso grande cliente e ela está transformando o agro brasileiro”, destaca. Ele explica que essa importação da soja é importante, porque a demanda por outros produtos também impulsiona a carne bovina.

Ásia

O consultor informa que os maiores consumidores de carne bovina do mundo são Estados Unidos e China. Porém, os Estados Unidos – assim como o Brasil e a União Europeia – estão com o consumo praticamente estagnado. “Já a China tem um crescimento de 3 a 4% ao ano. Isso significa que assim como eles revolucionaram o nosso agro a partir da soja, agora revolucionam a partir das proteínas animais, especificadamente a carne bovina”, afirma.

Wedekin conta que de acordo com um estudo, nos próximos 10 anos o consumo per capita de carne bovina da China crescerá um quilo. “Esse crescimento significa que os chineses estarão demandando 1,74 milhão de toneladas a mais”, conta. Atualmente o país asiático importa quatro mil toneladas. “Nós estamos casados com esse desenvolvimento do mercado asiático”, afirma.

O consultor acrescenta que se o Brasil tem espaço e demanda, o país pode ser o maior produtor de carne bovina do mundo. “Mas, como atender a demanda e vender mais se a nossa pecuária está estagnada? Nos últimos 10 anos a produção de carne bovina no Brasil cresceu apenas 10,8% ao ano. E isso se deve a um aspecto que é o conceito de tolerância”, conta. Ele explica que este conceito significa que a pecuária é bastante tolerante a convivência com outros sistemas com elevados níveis de produtividade. “Essa convivência com diversos sistemas faz com que a nossa produtividade média seja baixa e, com isso, o nosso preço acaba sendo alto. Se o preço é alto, você perde para os concorrentes – a carne de aves e suína”, explica.

De acordo com o profissional, essa convivência entre lavoura e pecuária vai fazer com que o potencial da pecuária tradicional do Brasil aumente. “Aquilo que é uma ameaça de crescimento na verdade é uma grande oportunidade para a pecuária. Isso deriva de toda a necessidade de adoção de tecnologia e intensificação das atividades produtivas”, comenta. Wedekin acrescenta que se o Brasil tem que vender mais, só será possível para quem investe. “Então, esse é o desafio. O caminho é a integração e buscar novas tecnologias”, afirma.

Para vender melhor?

Wedekin reitera que a primeira coisa para vender melhor é atender ao mercado como ele realmente é. “O mercado é aquilo que ele é, e não o que gostaríamos que fosse. O produtor rural, o pecuarista, não manda no preço do produto final ou do processo produtivo, não adianta brigar contra o mercado”, diz. O consultor afirma que é preciso que o pecuarista entenda o mercado para explorar os potenciais que ele oferece. “Na mente da população o boi é uma commodity, e as pessoas olham a carne de boi com atenção ao preço. Mas nós temos espaço para a diferenciação de produto”, comenta.

O consultor conta que após análise do mercado durante 20 anos, a conclusão que chegou foi que a formação do preço da carne e dos produtos derivados é comandada pelo atacado. “Na fronteira entre o atacado e o varejo é que se forma o preço da carne do boi. Concluímos ainda que, em média, o varejo demora três meses para levar aos consumidores alguma alteração a nível de preço de atacado”, conta.

Ele explica que o preço flutua mais para cima ou para baixo no atacado do que no varejo. “Quando o preço no atacado sobe, no varejo não sobe tanto. Porém, quando o preço no atacado cai, no varejo cai também. A verdade é que o varejo não gosta de alterar o preço na gondola do supermercado”, informa. O profissional afirma que é preciso entender como é formado o preço do boi e da carne bovina no Brasil, e esse preço não é formado a nível do produtor rural.

O consultor diz que é preciso compreender o mercado para tomar decisões e se proteger das oscilações, além de conseguir rentabilizar a atividade. “Os produtores que fazem a segunda safra de milho estão buscando aumentar a receita. É isso que precisamos ter na pecuária, através da intensificação do uso de tecnologias, para que a pecuária seja mais rentável”, conta.

Ele afirma que a pecuária é um negócio de ciclo completo, a longo prazo. “O que vai acontecer nas fazendas esse ano já está definido. Agora é executar o plano. O que podemos fazer para ser mais competitivos, eficientes e rentáveis é olhar as oscilações de preço para que possamos tomar as decisões corretas”, diz. Para Wedekin, é importante estabelecer mais eficiência na pecuária. “Tenho certeza que a nossa pecuária será a maior do mundo, seremos campeões nessa produção. Mas é preciso trabalhar o cenário nessa perspectiva e certamente seremos o orgulho da produção do agro brasileiro”, aponta.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de junho/julho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Menor oferta de matéria-prima mantém preços dos derivados em alta

Cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

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Foto: Rubens Neiva

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços do negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

O leite em pó fracionado (400g), também negociado no atacado de São Paulo, teve média de R$ 28,49/kg em março, aumento de 0,99% no comparativo mensal e de 9,6% no anual, em termos reais.

A capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada, e o momento é delicado para a indústria, que tem dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima à ponta final.

Agentes de mercado consultados pelo Cepea relatam que as vendas nas gôndolas estão desaquecidas e que, por conta da baixa demanda, pode haver estabilidade de preços no próximo mês.

Abril

As cotações dos derivados lácteos seguiram em alta na primeira quinzena de abril no atacado paulista.

O valor médio do UHT foi de R$ 4,21/litro, aumento de 1,99% frente ao de março, e o da muçarela subiu 0,72%, passando para R$ 28,87/kg.

O leite em pó, por outro lado, registrou queda de 2,04%, fechando a quinzena à média de R$ 27,91/

Colaboradores do Cepea afirmaram que os estoques estão estáveis, sem maiores produções devido às dificuldades de escoamento dos produtos

Fonte: Por Ana Paula Negri e Marina Donatti, do Cepea.
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Preço ao produtor avança, mas dificuldade em repassar altas ao consumidor preocupa

Movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo.

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Foto: JM Alvarenga

O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA). Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

O movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Nesse contexto, laticínios e cooperativas ainda disputam fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima.

A limitação da produção se explica pela combinação do clima (seca e calor) com a retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira. Porém, a elevação da receita e a estabilidade dos custos neste primeiro trimestre têm contribuído para melhorar o poder de compra do pecuarista frente aos insumos mais importantes da atividade.

A pesquisa do Cepea, em parceria com a CNA, estima que a margem bruta se elevou em 30% na “média Brasil” nesse primeiro trimestre. Apesar da expectativa de alta para o preço do leite captado em março, agentes consultados pelo Cepea relatam preocupações em relação ao mercado, à medida que encontram dificuldades em realizar o repasse da valorização no campo para a venda dos lácteos.

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos lácteos no atacado paulista seguiram avançando em março. Porém, as variações observadas na negociação das indústrias com os canais de distribuição são menores do que as registradas no campo.

Ao mesmo tempo, as importações continuam sendo pauta importante para os agentes do mercado. Os dados da Secex mostram que as compras externas de lácteos em março caíram 3,3% em relação a fevereiro – porém, esse volume ainda é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Por Natália Grigol, do Cepea.
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Probióticos e a promoção da saúde intestinal: potencial ferramenta em rebanhos leiteiros

Os mecanismos de ação dos probióticos são frequentemente baseados em três modalidades, incluindo o antagonismo sobre microrganismos residentes da microbiota intestinal, tanto comensais quanto patógenos; modulação da imunidade inata e adquirida; inibição de toxinas produzidas por microrganismos patógenos, oriundos da alimentação ou água contaminada.

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Foto: Shutterstock

Os probióticos compreendem aditivos alimentares compostos por microrganismos vivos que beneficiam o hospedeiro através da melhora da microbiota intestinal. Quando o animal recebe uma dosagem oral efetiva, esses microrganismos são capazes de se estabelecer no trato gastrointestinal e efetivar a microbiota natural, prevenindo a proliferação de microrganismos patogênicos e melhorando o aproveitamento de nutrientes. Dentre as espécies que possuem propriedades probióticas, ressalta-se as bactérias láticas, grupo de espécies já existentes na microbiota do trato gastrointestinal e urogenital dos animais, onde o gênero Lactobacillus é um dos mais importantes na produção de produtos probióticos. Além deste, destacam-se as bactérias dos gêneros Bifidobacterium, Lactococcus, Propionibacterium e Bacillus, assim como as leveduras Saccharomyces, Pichya e Kluyveromices.

Os mecanismos de ação dos probióticos são frequentemente baseados em três modalidades, incluindo o antagonismo sobre microrganismos residentes da microbiota intestinal, tanto comensais quanto patógenos; modulação da imunidade inata e adquirida; inibição de toxinas produzidas por microrganismos patógenos, oriundos da alimentação ou água contaminada.

O antagonismo também é conhecido por exclusão competitiva, onde há competição dos sítios de ligação na mucosa intestinal, dos fatores de crescimento e nutrientes para os microrganismos, e também competição pela atividade metabólica (Figura 1). Ou seja, os microrganismos “bons” que constituem o probiótico impedem o desenvolvimento de outros microrganismos indesejáveis. Desse processo são originados produtos como o ácido lático, acético e fórmico, que ajudam a inibir o crescimento de bactérias maléficas e participam da produção de vitamina B e ácido fólico, compostos fundamentais para a vaca.

Figura 1- Mecanismos de ação das espécies probióticas que resultam na melhora da saúde intestinal.

Além disso, muitas espécies probióticas produzem bacteriocinas, substâncias compostas por peptídeos ou complexos proteicos que agem contra bactérias geneticamente semelhantes, como é o caso da nisina, bacteriocina que inibe o crescimento de bactérias patogênicas de alto risco, como Staphylococcus aureus, além de atuar na modulação ruminal. Trabalhos também mostram que o uso de probióticos melhora a digestão e absorção de nutrientes da dieta através da produção de enzimas como amilase, protease, lipase, maltase, sacarase e lactase.

Por exemplo, a amilase produz ácidos graxos de cadeia curta que são transformados em butirato, lactato e acetato, fontes de energia para a mucosa do intestino. Em um estudo, Nocek et al. (2003), observou que vacas que possuíam fonte de probiótico na dieta, entre 20 dias pré-parto até 70 dias pós-parto, aumentaram o consumo de matéria seca, a produção de leite e teor de proteína do leite, em relação ao grupo não suplementado. Estudando rebanhos da Virgínia, Estados Unidos, foi contabilizado que, de 45 rebanhos onde foi introduzido o probiótico, 31 apresentaram aumento na produção de leite. Frente a isso, fica evidente o efeito benéfico da suplementação com probióticos em dietas de vacas leiteiras. A pesquisa mostra que é possível observar, além do melhor aproveitamento da dieta e consequentemente aumento na produção leiteira, a melhora do estado geral de saúde do animal que recebe uma fonte de probiótico diariamente.

Probióticos e imunidade animal

Todo o processo descrito anteriormente auxilia na melhora da saúde do animal, uma vez que limita o desenvolvimento e proliferação de microrganismos maléficos ao hospedeiro, evitando o aparecimento de enfermidades, e também atua na digestão, oferecendo melhores condições para seu desenvolvimento.  Esses mecanismos de ação fazem parte das reações inespecíficas de defesa, ou seja, imunidade inata. Mas os probióticos também são capazes de influenciar a imunidade específica do animal.

As espécies probióticas realizam a modulação do sistema imune do hospedeiro, auxiliando no controle de infecções e inflamações. O processo de imunomodulação ocorre através da interação entre os microrganismos do probiótico e as células epiteliais e imunes do intestino do animal. Quando esses microrganismos se aderem às células intestinais, há a estimulação da produção de células de defesa, como macrófagos, monucleócitos, células dendríticas e citocinas pró-inflamatórias. Isso acontece porque componentes das paredes celulares dos microrganismos probióticos, como peptidoglicanas, ácido teicóico e lipoteicóico (LTA), reagem com as placas de Peyer presente no intestino e induzem os fatores pró-inflamatórios nas células intestinais do animal.

Em 2017 foi realizado um estudo onde dois grupos de animais foram vacinados, sendo que um deles recebeu, além da vacina, suplementação com probiótico a base de Lactobacillus. Posteriormente o autor observou que o grupo dos animais tratados com o probiótico apresentou níveis superiores de anticorpos específicos e de forma mais duradoura, auxiliando no controle de infestações por carrapatos atrelados a imunização. Adicionalmente, estudiosos mostraram que o tratamento com probióticos apresentou melhores benefícios quando comparados aos tratamentos convencionais da mastite bovina, evidenciando a influência desse aditivo na resposta imunológica das vacas.

Probióticos em uma abordagem preventiva e sua implicação em bezerreiros

Cerca de 75% das mortes de bovinos leiteiros ocorre em seu primeiro mês de vida. Em função disso, muitas pesquisas são realizadas a fim de elucidar os cuidados necessários no bezerreiro, assim como controlar as enfermidades mais comuns na rotina das fazendas leiteiras. A principal enfermidade relacionada a morte de bezerras leiteiras é a diarreia, que leva o animal a óbito em razão ao severo desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base. A diarreia corresponde a uma enfermidade multifatorial, porém, frequentemente é resultante da combinação de agentes infecciosos como o rotavírus, coronavírus, Escheria Coli, Salmonella spp., Clostridium perfringens e Eimeria spp., além de ser comum se deparar com infecções causadas por mais de um agente concomitantemente. Esses agentes possuem tendência em afetar os animais em determinada faixa etária (Figura 2), justamente quando esses apresentam suscetibilidade a infecção, por isso a importância da utilização de técnicas nutricionais e de manejo que proporcionem melhores condições para que as bezerras leiteiras não tenham seu desenvolvimento afetado.

Figura 2- Incidência de agentes etiológicos causadores de diarreias em bezerros de acordo com sua idade em dias.

Os probióticos contribuem para o desempenho zootécnico de bezerras leiteiras devido sua influência na permeabilidade intestinal, oferecendo maior eficiência de digestão e evitando o desenvolvimento de microrganismos patógenos. As principais bactérias probióticas associadas a prevenção de diarreia em bezerros são a Lactobacillus acidophillus e a Lactobacillus casei. Ambas são produtoras de ácido lático, ou seja, atuam diminuindo o pH intestinal e tornando o ambiente inadequado para o crescimento de algumas bactérias patogênicas, além de produzirem peptídeos que agem especificamente contra Salmonella typhimurium e acidofilina que inibe o crescimento de Escherichia coli e Salmonella panamá.

Outro microrganismo probiótico que recebe destaque quando o assunto é bezerros é a Saccharomyces boulardii, levedura que além do efeito diarreico, auxilia no desenvolvimento da flora intestinal fisiológica, na síntese de vitaminas complexo B e principalmente, realiza uma complementação enzimática, assim, aumenta a capacidade digestiva do animal jovem, impactando diretamente o seu desempenho.  Autores que utilizaram probióticos em bezerros observaram melhora do ganho de peso corporal total, sendo que os bezerros suplementados apresentaram ganho de 31,4kg, comparado a 25,4kg do grupo controle. Corroborando com esses dados, outro pesquisador mostrou que bezerros suplementados com probióticos, do nascimento aos 30 dias de idade, foram capazes de ganhar de 10 a 40% a mais de peso em relação aos animais não tratados.

Os probióticos apresentam grande potencial de uso nas fazendas leiteiras, sendo uma alternativa para restabelecer ou efetivar a saúde intestinal das vacas, aumentando o aproveitamento da dieta e potencializando sua imunidade. Além disso, é uma ótima opção para ser introduzida nos bezerreiros, uma vez que oferece melhores condições para o animal conseguir superar os desafios existentes nessa fase, influenciando seu ganho de peso e gerando bezerras maiores e mais produtivas futuramente.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: luiza.carneiro@laboratorioprado.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Luiza de Souza Carneiro, médica-veterinária, mestra em Produção de Ruminantes e consultora Técnica Comercial no Laboratório Prado.
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